Michael Schulz
O problema da camisa apertada é que nos tolhe todo o tipo de movimentos…ou fazemos como o "Hulk", arquejando e insuflando os músculos para a rasgar…ou, simplesmente, a tiramos, com todo o ritual doce de quem chega a casa e se despe do indesejável para estar bem.
…e nós andamos a sentir a camisa apertada demais!
Andamos com um pé lá e outro cá, numa ginástica que nos vai reclamando mais sossego, mas este movimento é natural até acertarmos o nosso estado.
Sentimos o Universo a comunicar connosco, tanto de uma forma subtil como em flagrante sensação…sentimo-lo.
No entanto, há momentos em que é como se tivéssemos caído, a seco, num mundo irreconhecível e indigesto, colocando-nos nessa energia baça em que as sensações que eram comuns, em tempos, voltam a assaltar-nos…o que estou eu a fazer?....para que é tudo isto?....será que não se trata de um engodo mental?...e se….?
Temos de redefinir (novamente) algumas coisas.
Sabemos, por experiência, que há essa comunicação, no entanto parece só funcionar em certos momentos….sentimos o nosso campo energético? O que é que colocamos lá?
Se não tivermos isto bem sentido/integrado, continuaremos a colocar no nosso campo de comunicação, essa bolha de energia individual, todo o tipo de pensamentos contrários ao rumo que queremos tomar…e é cansativo, no mínimo!
Esse campo é a nossa central de comunicação com o Todo e o Universo responde ao que introduzimos nele, entrando na "conversa" com aquilo que chamamos sincronicidades.
Mas é necessário honrar essa comunicação, aceitá-la como natural e não como produto aleatório do nosso alinhamento.
Todos nós somos emissores/receptores, o grau de funcionamento do nosso "aparelho" depende, unicamente, de nós mesmos…dos filtros que colocamos, das interferências que permitimos e da nossa percepção sobre a nossa posição no meio de Tudo.
Sabendo isso, passamos a estar conscientes do que colocamos no nosso campo energético, embora saibamos, também, como é difícil em alguns momentos, corrigir o nosso padrão de pensamentos, o nosso estado interior de desalento…mas é nesses momentos que temos de ir buscar aquilo pelo qual sentimos gratidão, aumentar a nossa vibração da melhor maneira. É que, o simples facto de estarmos a fazer o nosso melhor e estarmos conscientes de que não estamos a contribuir com uma energia benéfica (para nós mesmos), já é um passo enorme a caminho da nossa tranquilidade, de um certo bem-estar de alma.
Nós estamos a ancorar a Consciência…é o nosso "trabalho"!
Andar a deambular sonâmbulos, por aí, já não é aceitável, nem nós nos sentimos bem com isso.
A cada momento Estamos!
A cada momento Somos!
…e se não estamos nem somos, temos de nos voltar a colocar lá!
Se não for agora…é quando?
Sabia-nos bem atirar tudo para as costas da ignorância e a nossa irresponsabilidade passava incólume no meio da confusão…sabia-nos bem, mas já não sabe, porque a partir do momento que nos tornamos conscientes de nós mesmos, só a Paz é real e nos interessa, só o Amor é real e nos move, só a compaixão é real e nos conforta.
Alexandre Viegas
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