quarta-feira, 6 de maio de 2020

Lince






O lince (Lynx spp.) é um mamífero da ordem Carnivora, família Felidae.

O género tem distribuição geográfica vasta mas presente apenas no Hemisfério Norte.
Os linces são por vezes classificados dentro do género Felis, apesar de possuírem seu próprio género, Lynx

O nome lince, vem do próprio género das espécies, Lynx, que por sua vez vem do grego antigo lúnx mas alguns consideram originada do proto-indo europeu lewk. De qualquer modo, todos os termos significam “brilhante, claro”, em referência aos brilhos dos olhos dos linces quando avistados à noite.

É um animal de comportamento solitário e hábitos geralmente noturnos. 
Por ser um caçador que usa táticas de espreita, o lince é bastante silencioso ao caminhar, dificultando ainda mais a sua visualização em ambientes naturais. Em algumas comunidades dos Balcãs, uma região do sudeste europeu formada por países como Bósnia, Bulgária, Sérvia e Grécia, os linces são considerados “fantasmas”, pelo fato de raramente serem vistos. 

Em Portugal e Espanha está representado pela subespécie (Lynx lynx pardallus), designada lince mediterrânico ou ibérico.





Os linces são felinos de dimensões um pouco maiores que o gato doméstico, podendo pesar até 30kg, encontrando-se em geral entre os 12kg e 20kg, e tem um comprimento que oscila geralmente entre os 80 e 110 centímetros. São felinos de porte médio, costumando ser menores do que as panteras (leões, tigres, leopardos e jaguares) e pumas mas maiores do que os demais gatos selvagens que habitam seu habitat. Têm cauda curta e orelhas bicudas, com um tufo de pelos na ponta.
A pelagem é de cor cinzento-amarelada ou pardo-avermelhada, dependendo da espécie.
Os linces também possuem bigodes ultrassensíveis (vibrissas), pelagem espessa e patas largas como adaptações à vida sobre a neve no inverno.

Os habitats preferenciais dos linces são florestas e zonas de vegetação densa em geral, onde abundem roedores, lagomorfos e cervos, as suas presas preferenciais, mas quando o inverno chega sua principal presa é a lebre, apesar da dificuldade de captura, devido à pelagem branca desta.

Os linces são caçadores ativos e a maioria da suas presas é composta por animais de pequeno porte como roedores, lebres, coelhos e aves.
No entanto podem capturar filhotes e espécimes jovens de alces, de javalis e de ibex (uma espécie de cabra montesa).

Geralmente associado a áreas frias, os linces ocorrem em boa parte do hemisfério norte, com representantes tanto na América do Norte, quanto na Europa e Ásia. 

Atualmente existem quatro espécies de linces.






O lince atinge a maturidade sexual entre 1 e 3 anos de idade. 

A estação de acasalamento varia de acordo com a espécie, mas geralmente ocorre durante os primeiros dias da primavera ou no final do inverno.
Dessa maneira, os jovens nascem antes que a próxima estação fria chegue.

Quando a fêmea está no calor marca as árvores ou rochas que estão ao seu alcance e, como o macho, aumenta a frequência das vocalizações. Antes do acasalamento, o macho e a fêmea se perseguem, tendo entre eles vários tipos de interações físicas.
Os pares de acasalamento só permanecem juntos no momento do namoro e do acoplamento. 

Em relação ao período de gestação, pode durar de 55 a 74 dias. 





O nascimento ocorre nas raízes das árvores, nas cavernas, nos galhos caídos das árvores ou nas tocas que deixaram outros mamíferos abandonados.
Geralmente a ninhada consiste em dois ou três filhotes.

Nascem com orelhas e olhos fechados, abrindo-os um mês após o nascimento. 
Seu corpo possui um pêlo de cor creme, com faixas longitudinais na região dorsal.
Eles são amamentados pela mãe por quatro ou cinco meses.
Depois, oferece-lhes pedaços de carne fresca e, por cerca de 6 meses, ensina-os a caçar. 

Os jovens são completamente independentes aos 10 meses; no entanto, eles podem ficar com a mãe até a 1 ano de idade.






Espécies de lince:

  • Lince-euroasiático (Lynx lynx)
  • Lince-ibérico (Lynx pardinus)
  • Lince-do-canadá (Lynx canadensis)
  • Lince-pardo ou lince-vermelho (Lynx rufus), típico das Montanhas Rochosas
  • Lynx issiodorensis, espécie extinta, habitou na Europa durante o Pleistoceno.
  • Lince-do-deserto (Caracal caracal),  habitante da África e da Ásia Menor.





O lince-euroasiático (Lynx lynx) é um felino de tamanho médio, nativo nas florestas da Europa e da Sibéria, onde é um dos predadores cujas principais caças variam de uma lebre a um veado adulto.

O lince euroasiático é o maior do linces, variando de 80 a 130 cm de pé.
Os machos geralmente pesam entre 18 a 30 kg e as fêmeas pesam 18 kg em média.

75% desses animais estão distribuídos em território russo, mas também podem ocorrer em áreas da Escandinávia, China e Ásia Central. Podem ser encontrados inclusive no Himalaia. 

Tem de cinza a um avermelhado como cor do seu pelo, sendo presente manchas negras características. O padrão do pelo é variável; linces com o pelo fortemente manchado podem existir perto de linces com pelo sem manchas.

O lince é essencialmente um animal noturno e vive sozinho quando adulto.
Além disso, os sons que ele produz são muito calmos e raras vezes pode ser ouvido, de modo que sua presença numa área pode passar despercebida durante anos. Restos de presas ou marcas na neve são geralmente observadas muito antes de o animal ser visto.

Na Suécia existem 1 020 linces. É uma espécie protegida (fridlyst).
A sua alimentação está sobretudo baseada na lebre, podendo ainda entrar na sua dieta animais como aves florestais, corças, renas mansas, microtus e lêmingues.

O lince euro-asiático está localizado no norte e na Europa central, em toda a Ásia, até a Índia e a região norte do Paquistão.
No Irão, ele mora no Monte Damavand e a nordeste da Polónia mora na floresta de Białowieża.
Ele também vive nas áreas oeste e norte da China.
Esta espécie está localizada principalmente no norte da Europa, especialmente na Suécia, Estónia, Finlândia, Noruega e norte da Rússia. Fora desse intervalo, a Roménia é o país em que há uma população maior de Lynx Lynx .

A extinção deste felino ocorreu em várias regiões.
Assim, desde o início do século XX, foi considerado extinto na Croácia e na Eslovénia. 
No entanto, desde 1973, foi introduzido em algumas regiões croatas de Velebit e Gorski Kotar e nos Alpes Eslovenos.
Existem também vários projetos para a reinserção do lince euro-asiático na Alemanha, na Suíça e na Grã-Bretanha, onde foi aniquilado durante o século XVII.





O lince-ibérico (nome científico: Lynx pardinus) é uma espécie de mamífero da família Felidae e género Lynx. Anteriormente considerado uma subespécie do lince-euroasiático (Lynx lynx), o lince-ibérico está agora classificado como espécie separada. 
Ambas as espécies percorriam juntas a Europa central durante o período Pleistoceno, separadas apenas por escolhas de habitat.
Acredita-se que o lince-ibérico, assim como os outros linces, evoluiu a partir do Lynx issiodorensis.
Apresenta muitas das características típicas dos linces, como orelhas peludas, pernas longas, cauda curta e um colar de pelo que se assemelha a uma barba. 
Ao contrário dos seus parentes mais próximos, o lince-ibérico tem uma cor castanho-amarelada com manchas.
O comprimento da cabeça e do corpo é de 85 a 110 centímetros, com a pequena cauda a acrescentar um comprimento adicional de 12 a 30 centímetros. O macho é maior que a fêmea e podem pesar até cerca de 27 kg.
A longevidade máxima na natureza é de treze anos.

Endémico da Península Ibérica, no sul da Europa, o lince-ibérico é especialista na caça de coelhos, os quais representam 79,5% a 86,7% da sua dieta, com fraca capacidade de se adaptar a outro tipo de alimentação. Um macho necessita de um coelho por dia; uma fêmea grávida come três coelhos por dia.

A queda acentuada das populações da sua principal fonte de alimento, em resultado de duas doenças, contribuiu para o declínio do felino. O lince também foi afectado pela perda de matagal, o seu habitat principal, pelo desenvolvimento humano, incluindo mudanças no uso do solo (como o mono-cultivo de árvores) e pela construção de barragens e estradas. Os atropelamentos com veículos são a principal causa de morte não-natural do lince-ibérico.

O lince-ibérico foi uma espécie em perigo crítico até 2015, para agora ser considerada uma espécie em perigo. Ainda assim, é a espécie de felino mais ameaçada no mundo e o carnívoro em maior perigo na Europa. De acordo com o grupo de conservação SOS Lynx, se o lince-ibérico desaparecesse, seria a primeira espécie de felino a ficar extinta desde os tempos pré-históricos.
Está categorizado como espécie em perigo por várias organizações, incluindo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

A reprodução em cativeiro e os programas de reintrodução têm aumentado o seu número. 
Em 2013, a Andaluzia tinha uma população de 309 indivíduos em estado selvagem e em Dezembro de 2014 foram reintroduzidos os primeiros exemplares em Portugal.
Em 2017 a população total do lince era de 475 espécimes.

Numa tentativa de salvar esta espécie da extinção, teve início o projecto Europeu de Vida Natural que inclui a preservação do habitat, monitorização da população do lince, e gestão das populações de coelho.





O lince-do-canadá (Lynx canadensis) é uma espécie de felino nativa do Canadá e parte dos Estados Unidos. 

Indivíduos desta espécie possuem pelagem geralmente da coloração castanha-amarelada, muitas vezes com pontos castanhos escuros, que varia consoante a estação. As partes superiores têm frequentemente uma aparência cinzenta grisalha e a parte inferior amarela pálida.
A cauda é curta e quase sempre apresenta a ponta de cor negra.
O comprimento de corpo de espécimes adultos varia entre 67 a 107 cm e o peso de 5 a 17 kg. Os machos são maiores do que fêmeas.

O lince-do-canadá é carnívoro.
As lebres americanas são parte importante de sua dieta.
Alimenta-se também de roedores, pássaros e peixes. No inverno, pode alimentar-se de presas maiores, tal como cervos.

O cio pode demorar até 5 dias.
Dois ou três filhotes nascem após um período de gestação de 8 a 10 semanas. 
Os filhotes pesam cerca 200g após o nascimento, sendo desmamados completamente após 5 meses.




O lince-pardo ou lince-vermelho (nome científico: Lynx rufus) é um felídeo selvagem nativo da América do Norte.
Com doze subespécies reconhecidas, esse animal pode ser encontrado entre o sul do Canadá e o norte do México, incluindo a maioria dos Estados Unidos continentais.

O lince-pardo é um predador adaptável que habita ambientes diversos, tais como florestas, semi-desertos, zonas urbanas ou até pantanosas. Os linces-pardos vivem numa determinada área que varia conforme a estação do ano.

 Fisicamente, o Lynx rufus possui listas pretas características nas patas dianteiras e na cauda. As suas orelhas são proeminentemente pontiagudas com pequenos tufos pretos nas pontas. A sua cauda é curta e grossa, de ponta preta e distingue-se de outras espécies de lince pela lista branca que possui por baixo da cauda. O seu pelo é normalmente de cor cinza ou de vários tons de castanho avermelhado, intercalando com manchas pretas ou dissipando-se nos tons claros das partes inferiores do seu corpo.

Um macho adulto tem aproximadamente 90 cm de comprimento e varia entre os sete e os quatorze kg, e é geralmente 30 a 40% maior que a fêmea.

É um animal carnívoro e, embora prefira se alimentar com coelhos e lebres, também pode caçar desde insetos e pequenos roedores a quadrúpedes de maior porte, tais como o cervo.
A localização, estação do ano e escassez das presas influenciam bastante as suas escolhas enquanto predador.

Como a maioria dos felinos, é territorialista e geralmente solitário, embora possa acontecer de mais de um indivíduo habitar uma área. Eles utilizam vários métodos para determinar os limites de seu território, tais como marcações com as garras, urina e fezes.

 O lince-pardo acasala entre o inverno e a primavera e tem um período de gestação de cerca de dois meses. Embora tenham sido extensivamente caçados por humanos, por desporto ou peles, sua população se provou resistente. A espécie continua com um número estável e a população é saudável.

Eles fazem parte da mitologia nativo americana e do folclore dos colonizadores europeus.





O caracal (Caracal caracal) também conhecido como lince-do-deserto, ou lince-persa é um carnívoro da família dos felídeos habitante da Ásia Menor. 

Apesar de sua aparência lembrar a de um lince, este gato selvagem é parente próximo do serval.
São felinos de porte médio, sendo que em seu habitat são menores do que as panteras (leões e leopardos) e guepardos, mas maiores do que os gatos selvagens.

O caracal pode chegar a medir mais de 90 cm e pesar mais de 18 kg. 
Possui pernas longas e uma aparência esguia.
A cor da pelagem pode variar de avermelhado, acinzentado a amarelo torrado, embora até se conheçam casos de indivíduos todos negros; e é própria para ele se camuflar.

Um caracal selvagem vive cerca de 12 anos, mas em cativeiro pode chegar aos 17 anos. 
Como ele é um animal fácil de se domesticar, ele é utilizado pelos humanos para atividade de caça em países como o Irão e a Índia. Ele é treinado para caçar outros animais.

O caracal distribui-se pelo Sudoeste Asiático.
Seu habitat consiste normalmente de estepes e desertos, mas também aparece em florestas ou savanas.

As presas favoritas do caracal são os roedores (nomeadamente os daimões), as lebres, aves de capoeira e outros animais domésticos.
Por vezes pode até atacar gazelas, pequenos antílopes e também jovens avestruzes.

Pode dar saltos verticais de 3 metros e "abater" aves em pleno voo com a pata.






EVOLUÇÃO

Os restos fósseis mais antigos do lince datam de aproximadamente 4 milhões de anos. Em relação ao ancestral do lince moderno, os pesquisadores apontam para Lynx issiodorensis .

Esta espécie, conhecida como lince Issoire, é um felino extinto que viveu na Europa entre o Plioceno e o Pleistoceno. Provavelmente se originou na América do Norte, de onde se espalhou para várias áreas da Europa e Ásia. Em relação à sua extinção, isso poderia ter acontecido no final da última glaciação.

O esqueleto do Lynx issiodorensis tem muitas semelhanças com o do lince atual.
No entanto, seus membros eram mais robustos e mais curtos.
Além disso, tinha uma cabeça maior e um pescoço mais longo.

Os pesquisadores apontam que o lince que atualmente vive na Península Ibérica pode ter evoluído como resultado do isolamento geográfico, após vários períodos glaciais consecutivos.

A distribuição actual do lince na Europa está associada aos eventos que ocorreram no final do Pleistoceno. Uma delas foi a chegada do lince da Eurásia ao continente europeu.
O outro facto é a diminuição significativa na área geográfica do lince ibérico e euro-asiático, durante a glaciação de Würm. 

No final da glaciação de Würm, grande parte da Europa estava coberta de gelo e tundra.
Isso fez com que o lince se refugiasse nas florestas do sul.
Após a glaciação, o clima ficou mais quente, permitindo que as áreas arborizadas começassem a se expandir. Os linces fizeram o mesmo, o que ampliou sua abrangência geográfica.





HABITAT


O lince pode viver numa grande diversidade de ecossistemas, onde existem florestas de altura média a alta, com uma floresta coberta por vegetação densa. Assim, é encontrado desde florestas de coníferas até o boreal, em florestas de abetos e madeira de lei, bem como em comunidades subalpinas.
Os habitats do lince e da raquete de neve livre estão fortemente associados. O lagomorfo é uma das principais presas dos felinos, portanto, geralmente é onde pode consumi-los. É por isso que as áreas relacionadas a florestas de abetos boreais frescos e húmidos, onde há alta densidade de lebres, são ideais para a reprodução e sobrevivência do lince.
A neve também é um fator influente na distribuição, uma vez que as populações geralmente estão localizadas nas áreas em que a cobertura contínua de neve dura no mínimo quatro meses.

Durante o século XX, as principais causas de mortalidade dessas espécies foram a caça e captura. Estes estão associados à venda de suas peles, ao controle de alguns predadores regionais e à exploração de coelhos e lebres selvagens.
Além disso, eles são mortos por fazendeiros, que defendem seus animais dos ataques deste gato.
Esta situação se intensifica nas regiões onde o gado é uma das principais fontes económicas.
Esses factores de ameaça diminuíram, mas nos últimos anos o lince é apanhado em armadilhas ilegais ou morre envenenado pelo consumo de produtos químicos usados ​​para controlar roedores.

Em algumas regiões, como no Paquistão, Azerbaijão e Mongólia, o esgotamento de presas que forma a dieta do lince é considerado uma grande ameaça para este gato selvagem.

O homem modificou o ambiente natural do lince, derrubando e desmatando as florestas, para se desenvolver nesses urbanismos fazendas agrícolas e pecuárias.
Além disso, a construção de estradas, além de fragmentar o habitat, causa a morte do animal, ao tentar atravessá-lo. As várias construções urbanas e industriais estão a afectar os padrões naturais de dispersão e o fluxo genético das várias espécies do género Lynx.
Outras consequências são as proporções sexuais tendenciosas, a diminuição do número de filhotes e o aumento da mortalidade por doenças.






COMPORTAMENTO

O lince é um animal solitário, de hábitos noturnos. Geralmente é agrupado quase exclusivamente na estação de acasalamento. No entanto, uma mãe pode formar um grupo com seus filhos por até um ano.

Embora seja um animal terrestre, é capaz de escalar árvores com habilidade. Ele também é um nadador experiente e alpinista.

Como outros gatos, as espécies que compõem o género Lynx usam as glândulas olfativas e a urina para demarcar os limites de seu território e se comunicar com outras de suas espécies.

Além disso, pode vocalizar várias chamadas. Assim, os jovens geralmente emitem sons guturais quando precisam de ajuda. O jovem também pode uivar, assobiar ou miar.
Quando a mãe amamenta ou prepara os filhotes, ela costuma ronronar.

Todas as espécies de lince têm excelente visão, mesmo em condições de pouca luz nas quais costumam caçar. Essa habilidade se deve a uma estrutura especial sob a retina, chamada tapetum lucidum . Sua função é semelhante à do espelho, intensificando os raios de luz que o afetam.





ESPIRITUALIDADE

Se o Lince atravessou a sua trilha…

Saiba que as coisas não são exactamente o que parecem ser. 
Use seu discernimento para remover as camadas de ilusão e ver as coisas como elas realmente são. Veja através, ao invés de apenas olhar, do objecto de sua atenção.
Confie neste felino, pois ele fará com que você veja o que é verdade.

Alternativamente, este guia pode estar a dizer-lhe que alguém pode estar te enganando, e muito provavelmente, esse alguém é você mesmo. Atente para conseguir ver as coisas que estão te desiludindo de suas crenças. Tome o tempo necessário para analisar a verdade daquilo em que você acredita e considere o que você valoriza nisso tudo.

Esta energia também te encoraja a ser mais brincalhão e flexível na sua vida. 
Ele te incentiva a tentar alcançar mais oportunidades, “sair da caixa” e mudar a sua rotina. 
O Lince, nesse sentido, tem tudo a ver com desenvolver suas habilidades para ver o que fica escondido e perceber os silenciosos aspectos do interior de cada ser humano.
Procure sempre pela verdade quando enfrentar algum obstáculo.

Sonhar com o lince tem a ver com segredos. 
Você precisa expor e examinar os segredos ao seu redor e aprender com eles. 
Se o sonho for com um Lince Negro, isso é um sinal de que você deve ser objetivo em algumas situações. Esse sonho pode simbolizar também culpa relacionada a alguém que você não gosta ou não confia. Para as mulheres, sonhar com esse grande felino geralmente significa que elas não estão vendo as coisas com clareza no que se refere a seus relacionamentos amorosos.

O significado do sonho com o lince está ligado ao seu senso de identidade e desejo por independência. Também demonstra a sua conexão com os seus instintos primitivos e a natureza.

As pessoas costumam sonhar com o lince quando se sentem esquecidas.
Você é paciente, mas conhece o seu poder e deseja mostra-lo ao mundo.
Sabemos que para sermos melhores precisamos ser assertivos a tomar a iniciativa.
Você não precisa esperar que o mundo o descubra, pode se mostrar para ele. 

Este sonho também está ligado aos medos enraizados que têm origem no chakra da raiz primordial. São medos sobre a sobrevivência, que normalmente tem a ver com dinheiro. Problemas com dinheiro desempenham um papel no significado de sonhos com lince.
Quando você sonha com o lince, precisa se controlar e de planear a sua vida financeiramente.

Para finalizar, se o seu sonho possui um plano de fundo natural, pode ser que tenha necessidade de uma conexão com a natureza. Todos precisamos voltar para as nossas raízes de tempos em tempos, para ter um tempo de qualidade num ambiente natural.
Para nos energizarmos e nos conectarmos com a Mãe Terra.







ANIMAL TOTEM

Se o Lince é seu Animal Totem, então você é uma pessoa muito paciente.
Você sabe como esperar pelo momento certo para agir. 
As pessoas amam contar-lhe seus segredos porque sabem que você tem a habilidade de guardá-los.

Em contrapartida, outras pessoas ficam desconfortáveis perto de você, pois sabem que você consegue ver através delas, de seus dramas e fingimentos. 

Você aprendeu a seguir a sua intuição e a seguir sua orientação interna.
Você é brincalhão, mas ainda assim, sabe ser discreto.
É também apaixonado por todas as coisas que lhe interessam, ainda que raramente demonstre.
Você valoriza seu tempo próprio.





SIMBOLOGIA

É a medicina do segredo e do conhecimento oculto. 
Para conexão com mistérios ancestrais, sabedoria oculta, sabedoria intuitiva, e desenvolvimento com poderes psíquicos. 
Usar seus poderes de forma positiva.
Pode ser evocado para obter atmosfera de silêncio e concentração antes de agir, e assim saber coisas importantes sobre si mesmo.
Sábio em segredos interiores. Clarividência.
Ensina a ficar alerta. 
Ensina a compreender melhor as decepções dos outros.


Simbolismos do Lince:

Habilidade;
Percepção;
Mudança;
Conforto;
Confiança;
Intuições;
Lealdade;
Paixões;
Descontracção;
Segredos;
“Eu” Interno;
Professor;
Verdade;
Fidelidade;
Percepção ao invisível;
Crescimento e habilidade;
Instinto e intuição;
Assertividade;
Paciência e planeamento;
Independência;
Luxo e paz;
Confiabilidade;
Compreensão.






O Lince é o guardião dos Segredos dos sistemas mágicos perdidos e do conhecimento oculto. 
Ele tem a habilidade de entrar no tempo e espaço e penetrar no Grande Silêncio para desvendar qualquer Mistério.

O Lince não é somente o guardião desses segredos, mas o detentor deles. 
Ele tem um tipo específico de clarividência. 
Ele vê seus próprios medos, suas mentiras e frustrações e sabe esconder o seu tesouro mais precioso. Dessa forma também pode ver outras pessoas e ajuda-las a entrar em contacto com o seu Ser mais profundo.

Para descobrir um segredo peça à força do Lince para ajuda-lo. 
Procure um lugar e fique só.
É muito importante prestar atenção às revelações que receber na forma de quadros mentais ou uma voz sussurrada ao ouvido. 

O Lince poderá ensinar-lhe a desenvolver os seus poderes e lembra-lo de coisas que você tenha esquecido sobre você. Ele pode ajudá-lo a conectar-se com o espírito da fraternidade.

As pessoas que têm a energia do Lince são silenciosas, misteriosas e altamente confiáveis, têm o andar leve do felino, e sempre escutam primeiro para sentir o que devem falar.
Procure observar cada momento e analise cada detalhe.

O Lince ensina a fecharmos a boca grande. Segure a sua língua.
Não seja um protagonista.
Seja silencioso como o Lince.

Dizem que quando você quer descobrir um segredo, deve perguntar à medicina do lince. 
Infelizmente é difícil fazer com que o lince calado fale.
Para ser enfrentado pela força medicinal do lince significa que você não sabe algo sobre si ou sobre os outros. 






O lince é o preservador de segredos. 
Ensina a ouvir para o crescimento.
Ensina a usar a nossa paciência.
Ensina a Observar e ficar calado.


O lince ainda pode representar que existem coisas ocultas na sua vida e que você precisa ficar atento, ou algo vai dar errado. Assim como o lince desenvolveu sentidos aguçados para sobreviver em seu habitat, você precisa estar atento aos detalhes do seu ambiente. 
Existem pistas subtis em todos os lugares, e manter a sua mente alerta vai ajudar neste momento.
O desenvolvimento das suas habilidades sensoriais e extra-sensoriais o ajudarão a alcançar esse objetivo. 

Faça um esforço para seguir o exemplo deste felino e prestar atenção aos detalhes que podem revelar verdades. Confiabilidade e verdade são valores ligados ao animal, assim como ele simboliza a revelação de segredos.

O lince é um predador furtivo, que confia em permanecer escondido o maior tempo possível.
O significado simbólico do lince também está relacionado à paciência. Eles não fazem a sua jogada até que se sintam em maior vantagem. Se estiver vivendo um momento de pressão, seja no trabalho ou no âmbito pessoal, reserve um tempo para pensar antes de falar ou agir. Às vezes um minuto de reflexão pode ajudá-lo a resolver o problema com muito mais eficácia.





Hoje o Lince revelou-se para mim.
Como meu Animal Totem!
Da Direcção Norte!
O meu Corpo Mental!


Começou há dois dias, em que sonhei que tinha detonado uma bomba num centro de exposições.
Esse sonho mostrou-me que em breve iria ter uma revelação surpreendente.
Hoje, ao ligar o meu computador, aconteceu uma coisa que nunca acontece: duas imagens, uma a seguir à outra, com um intervalo de segundos. 
Senti de imediato que era uma sincronicidade.

A primeira imagem foi de um lince, e a segunda do Stonehenge.
O Stonehenge indica o Solstício de Inverno.
Para além disto, hoje é dia de Lua Cheia em Escorpião.
A Lua da Visibilidade do Lado Oculto da Vida!

Esta é a Lua, em que os segredos são revelados, e temos que encarar a verdade.
Não podemos mais fingir que tudo está bem, especialmente se estamos em negação sobre alguma coisa.
A Lua em Escorpião também nos empurra para fazer as mudanças que precisamos tão desesperadamente fazer, porque não podemos mais ignorar a intensa e profunda paixão interior que estamos a sentir.

Aprende a suportar o teu próprio silêncio, observando as tensões que te rodeiam.
Observa, em vez de reagir.
Mantém a calma.
Fica apenas em Consciência.

O Nosso sofrimento é sempre interno, é emocional e é causado pela nossa forma negativa de lidar e interpretar a realidade. Se ainda sofremos, em qualquer nível que seja, é porque ainda não houve uma completa aceitação.

Aceitação significa não haver luta interior com a realidade, e isso nada tem a ver com passividade como muitos podem pensar.
Nesse estado, a vida fica muito mais simples, e nada mais é visto como problema e, sim, somente como situações.

Algumas situações requerem acção, e outras não.
É tão Simples quanto isto.

Tudo isto aprendemos com o Lince! 




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