segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O Luto de Elias Gro e a Trilogia Dos Lugares Sem Nome





"Numa pequena ilha perdida no Atlântico, um homem procura a solidão e o esquecimento, mas acaba por encontrar muito mais.
A ilha alberga criaturas singulares: um padre sonhador, de nome Elias Gro; uma menina de onze anos perita em anatomia; Alma, uma senhora com um coração maior do que a ilha; Norbért, um velho louco que tem por hábito vaguear na noite; e o fantasma de um escritor, cuja casa foi engolida pelo mar.
O narrador, lacerado pelo passado, luta com os seus demónios na local que escolheu para se isolar: um farol abandonado; à mercê dos caprichos da natureza - e dos outros habitantes da ilha. Com o vagar com que mudam as estações, o homem vai, passa a passo, emergindo do seu esconderijo, fazendo o seu luto e descobrindo, numa travessia de alegria e dor, a medida certa do amor.
O Luto de Elias Gro é o romance mais atmosférico de João Tordo, um mergulho na alma humana, no que ela tem de mais obscuro e luminoso."



O narrador deste livro, é um moribundo à procura de si mesmo numa ilha sem nome e sem aparente localização geográfica. Um homem cheio de mágoa, com os fantasmas do passado a atormentarem-no furiosamente. Um homem que sofre por amor, e pela perda de uma filha, e que vai para esta ilha para fazer o seu luto.
O verdadeiro suspense aqui já não está na resolução de um enigma, mas no labirinto de emoções, crenças, sonhos e pesadelos de personagens bizarras que lhe servem para discorrer sobre a morte, o medo, a doença, a angústia, a religião, a mitologia e o sofrimento enquanto potência de vida numa teia que obedece a um único princípio: seguir um homem — com letra minúscula ou maiúscula — em dor.

De forma a afugentar o terror do passado, o narrador decide ir viver para o farol de uma ilha, a alguns quilómetros da povoação mais próxima.
«Diziam que nela viviam menos de cem pessoas e que, na época balnear, os turistas a visitavam em grupos muito pequenos», a solução ideal para o protagonista viver os seus dias isolado, sem contacto com o exterior e as pessoas. Um estado de vida para os que ambicionam ressacar as mágoas do passado.

O ambiente carregado de cinzento povoa a ilha e acompanha os seus habitantes peculiares:
Elias Gro, o pastor ambicioso e sonhador – especialmente com a reconstrução da casa afundada do escritor moribundo Lars Drosler  –, a imagem mais próxima de um líder; a bondosa Alma, a viver fechada em desgosto pela morte prematura da sua filha Karla Maria aos 12 anos, vítima de um naufrágio perto da ilha; a criança Cecília, filha de Elias e Merete ( Merete morreu 1 ano depois da Cecília nascer com cancro nos ossos) peculiar e cheia de curiosidade, com um vício sobre os ossos do corpo humano e, através das leituras de cadernos guardados na casa de Elias, cria uma grande cumplicidade com o narrador. A partir do momento em que as várias personagens vão aparecendo no caminho do narrador – uma vez mais sem nome, os comportamentos e pensamentos bastam para o leitor desenhar o aspeto do narrador –, as várias histórias misturam-se na linha de acção deste Luto de Elias Gro.

O narrador vagueia pela ilha, sem destino e sem preocupações.
Num primeiro plano existe o farol e o alcool em excesso a acompanhar, a deixá-lo inconsciente todas as noites e, no seguimento da história, acaba por ser expulso do farol e passa a dormir ao relento. À mercê das chuvas ou do calor que se faz sentir, ao lado dos animais, com a tormenta do seu passado a infiltrar-se no presente. A sensação do futuro é quase inexistente para este protagonista, é a mestria de João Tordo que torna possível sentir o desespero da personagem. A agonia do narrador, situado no inferno, é o ponto alto ao longo de todo o livro: todos os restantes enredos são acessórios, mesmo a história do louco Drosler e a fé do sacerdote Elias. Alguns personagens nasceram na ilha e nela viveram toda a sua vida, outros foram lá parar depois de algum acontecimento trágico nas suas vidas e por lá ficaram, lá viveram e morreram. É o caso de Alma, que com a sua filha Karla Maria foram vítimas de um naufrágio perto da ilha e foram socorridas pela população. Lá ficaram, a sua filha não sobreviveu e acabou por ser sepultada na ilha.

O narrador desta história é um dos que foi para a ilha à procura do natural isolamento que um farol desactivado lhe poderia trazer. Procurava um sítio onde não tivesse de falar com outras pessoas, onde ninguém o conhecesse e onde ninguém estivesse interessado em conhecê-lo. Queria liberdade para poder afogar todas as suas mágoas e enfrentar todos os seus demónios sem ser julgado.
No entanto, nem todos os habitantes da ilha estão interessados em respeitar a vontade do novo inquilino do farol. O padre, que não é padre, Elias Gro, faz os possíveis para que ele se sinta acolhido, obrigando-o a participar na vida da pequena comunidade, impondo-lhe levar a filha Cecília à escola todas as manhãs.

É desta forma que conhece Cecília, a filha de Elias Gro.
Cecília é uma menina de onze anos, muito perspicaz e inteligente, que cresceu muito sozinha na ilha, sem mais crianças para brincar, embora frequente a escola no continente. É uma miúda sedenta de atenção e parece encarar o mau humor do narrador, que chega a ser ofensivo e violento com a pequena Cecília, como um desafio. Percebemos logo que ele gosta muito dela, que a acha peculiar no bom sentido e divertida. A presença de Cecília faz-lhe bem, mas também lhe traz lembranças do seu passado com as quais ainda não consegue lidar.

Ao longo do livro vamos acompanhando o processo de luto do narrador. 
Vamos conhecendo o que o levou a procurar isolar-se do mundo, num farol perdido numa ilha perdida no meio do Atlântico. Descobrimos um homem que perdeu tudo e que não sabe lidar com isso. Refugia-se na bebida e torna-se uma pessoa desprezível. Quer afastar de si toda e qualquer manifestação de bondade, não se sente merecedor da compaixão dos outros. Quanto mais os habitantes da ilha o tentam incluir,  mais ele os afasta. A única pessoa que parece conseguir, de alguma forma, criar brechas na barreira protectora que criou à sua volta, é Cecília.

O narrador chega à ilha para fazer o seu luto e, no seu isolamento auto-imposto, no “inferno circular” da sua cabeça, apercebe-se de que uma ilha é um território apetecível a quem lida com a perda. Cínico, mordaz, agnóstico, depara-se com gente para quem Deus salva — como Elias Gro ou Alma — e outros, como o fantasma do escritor Lars Drosler, que rejeitam a ideia de Deus “até ao final dos seus dias”. Mas todos lhe devolvem uma imagem, como um espelho: a da solidão a que estão condenados no momento em que sofrem a perda.
“A solidão do mar pode esmagar as pessoas, remeter os mais loquazes ao silêncio.”
A única pessoa que parece capaz de quebrar essa vertigem auto-destrutiva é Cecília, filha de Elias, anjo da guarda e espírito de contradição do narrador.

“Confesso-vos que, às vezes, aquela miúda me mexia com os nervos. Nela eu via a insolência de Elias Gro: o repto constante, o gosto pelo choque.” 
Cecília tem um papel decisivo. 
Além de antagonista à altura do desespero e do cepticismo do narrador, é a partir dela que todas as personagens adquirem uma identidade. Cecília ouve e interpela, faz agir. Tal como o narrador se revê nos que procuram a ilha como lugar de luto, o leitor pode achar em Cecília a sua própria voz, o seu meio de, através de uma personagem, provocar o narrador. É um jogo a vários níveis, com o tal leitor a ser, por sua vez, lembrado da sua condição através de um narrador que também o interpela, que lhe lembra que é ele o destinatário de uma narrativa construída para indagar acerca da mortalidade, conjugando para isso o racional e a fantasia, sem que a fronteira entre um e outra seja visível.

Todos naquela ilha têm problemas, todos eles conhecem a perda e vivem com ela e, todos têm diferentes maneiras de fazer o luto. Todos eles encontraram formas de continuar a viver depois da morte. O nosso narrador também vai acabar por sair do buraco escuro e fundo para onde foi quando a vida lhe pregou uma partida ao perder a sua filha que teria a mesma idade de Cecília. A viagem não será fácil e levará algum tempo até que ele consiga ver para além da sua própria dor.

De certo modo, a esperança permanece ao longo das páginas de “O Luto de Elias Gro”.
Por detrás de todo o drama e tragédia construída por João Tordo, há «uma medida certa do amor» para os mais descrentes. Fica a sensação de vazio no final da história, o querer mais; o desejo de mais desenvolvimento pelos pormenores do narrador, da curiosa Cecília, e de todos os outros habitantes da ilha.

Tordo procura provocar em quem lê, alguma da dor, raiva, tristeza, angústia e impotência que o narrador sente nos diversos estágios do seu luto.
Embora pareça e, de certa forma, seja um livro pesado, está escrito com algum sentido de humor que aligeira um pouco a atmosfera mais negra da história.
Sempre com a "História Universal da Infâmia", de Jorge Luis Borges, presente nas reflexões do narrador... encontrou esse volume de contos no dia em que chega ao farol, um lugar onde há muito não morava ninguém, e foi o livro que leu durante o seu luto na ilha. Passa a ler uma página do livro por dia numa existência de sono, whisky e o papel de peão da loucura de Elias Gro, que tenta resgatar da água a casa onde viveu Lars Drosler e tudo o que ele deixou ( a casa foi submersa pelo mar), sobretudo um baú cheio de folhas soltas escritas e os diários de Drosler que revelam o passado de Elias e do faroleiro Xavier, assim como as loucuras de Drosler.

Mais do que uma história sobre a forma como perdemos as pessoas que mais amamos é um livro sobre empatia. Numa ilha as pessoas revelam-se, entregam-se a afectos. Deus parece ser o escape num meio do caminho, a busca por uma fé desajustada. As relações estreitam-se, escapam por entre os dedos, passamos a vida com medo de perder.
A nossa tristeza é fruto de quem perdemos ao longo da vida?
Numa ilha queremos fugir mas não temos mais do que a natureza, o silêncio e a própria solidão.



Este livro é o primeiro de uma Trilogia.
A Trilogia Dos Lugares Sem Nome:

1- O LUTO DE ELIAS GRO
Numa pequena ilha perdida no Atlântico, um homem procura a solidão e o esquecimento, mas acaba por encontrar muito mais.
A ilha alberga criaturas singulares: um padre sonhador, de nome Elias Gro; uma menina de onze anos perita em anatomia; Alma, uma senhora com um coração maior do que a ilha; Norbert, um velho louco que tem por hábito vaguear na noite; e o fantasma de um escritor, cuja casa foi engolida pelo mar.
O narrador, lacerado pelo passado, luta com os seus demónios no local que escolheu para se isolar: um farol abandonado, à mercê dos caprichos da natureza – e dos outros habitantes da ilha. Com o vagar com que mudam as estações, o homem vai, passo a passo, emergindo do seu esconderijo, fazendo o seu luto, e descobrindo, numa travessia de alegria e dor, a medida certa do amor.
O luto de Elias Gro é o romance mais atmosférico e intimista de João Tordo, um mergulho na alma humana, no que ela tem de mais obscuro e luminoso.

Este narrador, lúgubre e melancólico, dependente do álcool para atenuar a sua dor, apresenta-nos de início como conheceu um alemão que lhe arrendou um farol numa ilha para poder viver longe da sua anterior existência, descrevendo-nos a ilha e os seus habitantes. Após a primeira apresentação que nos é feita da Casa das Águas, uma casa vitoriana que tinha sido habitada por um escritor, Lars Drosler, e que fora engolida pelo mar, o narrador descreve-nos a breve rotina que levou nos primeiros tempos na ilha. Rotina que mudou quando, distraído, o narrador atropelou, de bicicleta, Cecilia, uma pequena rapariga espirituosa e perita em anatomia, e Alma, uma mulher muito carinhosa com quem Cecilia passava grande parte do seu tempo livre. Num dos dias subsequentes, o narrador conhece Elias Gro, um padre anglicano, pai de Cecilia, que lhe pede o favor de acompanhar a partir de aí a sua filha até à escola, que era no continente. Estranhando tal pedido, mas aquiescendo de forma a compensar o remorso que sentia por ter atropelado Cecilia, o narrador assim o faz. E é assim que eles começam a passar muito tempo juntos e a trocar as suas ideias e pensamentos.

A certa altura, Elias Gro expressa os seus desejos em recuperar a Casa das Águas, recuperando tudo o que pudesse ser dos restos afundados da casa. É assim que o narrador e Cecilia têm acesso aos escritos e diários de Lars Drosler, e começam numa análise dos mesmos.

A parte final da história revela-nos como o narrador vai aos poucos aprendendo a lidar com a sua dor, e como o luto não é algo que pertence a cada um individualmente, mas é um sentimento partilhado por todos nós. O narrador apercebe-se disso quando fica a conhecer os lutos de Alma e, especialmente, de Elias Gro. É com esta renovada perceção que a história avança para uma conclusão inconclusiva, na qual a dor e a renovação se enlaçam e aproximam.
 A história começa pelo final. O narrador, como muitos outros antes na obra de João Tordo, é um personagem melancólico, perseguido pelos seu passado e pelos seus demónios, procurando uma fuga e uma expiação dos mesmos. É assim que o narrador decide, primeiro, escrever a sua peculiar história, como terapia, e, em segundo, viajar para a ilha e morar num farol.

O farol é um símbolo universal de isolamento mas de esperança, metáfora ideal para a melancolia, a dor e a esperança amalgamadas num mesmo sentimento, numa mesma torre de ferro, fria e distante, mas cuja luz orienta os barcos perdidos no mar.
A Casa das Águas também tem a sua função metafórica, quer a que se afundou, quer a que Elias Gro sonhou reconstruir. O luto, como esta casa, consome e afunda, sem nunca conseguirmos recuperar totalmente. Mas isso não quer dizer que não seja possível iludir essa dor.

João Tordo é um autor que se apoia em imagens metafóricas de uma forma muito bem conseguida, e este livro é talvez aquele que, até agora, mais evidenciou essa sua capacidade. Todos os personagens fulcrais deste romance, o narrador, Elias Gro, Cecilia, Alma, Lars Drosler, e François Xavier (o faroleiro que habitava no farol), exprimem as suas formas de dor e as suas maneiras de lidar com a dor, de fazer o seu luto e de aprender a, aos poucos, recuperar dela.

O final do romance é deixado em aberto, precisamente para exprimir essa ideia de inconclusão que a dor nos destina. Os temas da expiação, da inquietude, da melancolia e da tristeza são temas recorrentes na obra de João Tordo, aqui encontrando uma espécie de súmula, precisamente porque, pelo menos é dado a entender, nesta obra (e talvez na "trilogia") o autor procura um encerramento temático, e, em simultâneo, um início.





2- O PARAÍSO SEGUNDO LARS D.

Numa manhã de Inverno, Lars sai de casa e encontra uma jovem a dormir no seu carro. Ele é um escritor sexagenário e, poucas horas mais tarde, parte em viagem com a jovem deixando para trás um casamento de uma vida inteira e um romance inédito: O Luto de Elias Gro.
O Paraíso Segundo Lars D. reflete-se sobre a perda e o vazio que ela causa numa pessoa, através da narrativa da mulher de Lars.

"E, no silêncio, o que acontece? Quando domamos a raiva por causa do carteiro barulhento ou, encontrando uma alternativa, fechamos a janela e de súbito nada existe além dos raios de sol que atravessam a clarabóia e iluminam o pó que nos envolve a todos os momentos? Ultimamente, tenho reparado nisto. Que somos abraçados pelo pó; que entre o nosso corpo e as restantes coisas existe um espaço que julgamos vazio, mas que está cheio de uma matéria qualquer que é pó e mais do que pó, que é sombra e mais do que sombra."
"O que se passa na cabeça de alguém para quem talvez fosse preferível desaparecer? Desaparecer era quase um dever de cada homem, para que pudesse ver a sua vida do lado de fora…”
“O que é que resta de nós se perdermos uma coisa muito importante”, como a escrita num escritor, “onde pomos a nossa identidade se isso falha?”
“Talvez seja esta a resolução de toda a inquietação, o fim de toda a angústia: sabermos, no nosso interior, que toda a inquietação ou angústia são manifestações de uma mesma coisa, de um desejo de união com alguma coisa inefável que resiste a mostrar-se.”  
in, O Paraíso Segundo Lars D.






3- O DESLUMBRE DE CECÍLIA FLUSS

"O que acontece ao amor quando envelhece ou definha ou é trocado pela indiferença? O que aconteceu à mulher jovem que está naquela fotografia a olhar-me como se nunca me tivesse visto, que coisa é esta, tão cruel, este sussurro do passado, este perfume de ontem? Ouço Lars subir as escadas, pata após pata, arfando pesadamente - não vai para novo, o meu cão. Entra, sorrateiro, e vem deitar-se aos meus pés. Parece que suspira, deixa a cabeçorra cair sobre as patas, no seu mundo de eterno presente, de infinito amor. Sorrio. Chego a cadeira à frente, a noite caiu há muito, e há uma voz que me chama, Matias, Matias, batatas com enguias."

Aos catorze anos, Matias Fluss é um adolescente preocupado com três coisas: o sexo, um tio enlouquecido e as fábulas budistas. Vive com a mãe e a irmã mais velha, Cecilia, numa espécie de ninho onde lambe as feridas da juventude: a primeira paixão, as dúvidas existenciais, os conflitos de afirmação. Sempre que sente o copo a transbordar, refugia-se na cabana isolada do tio Elias.
Cedo, contudo, a inocência lhe será arrancada. Ao virar da esquina, encontra-se o golpe mais duro da sua vida: o desaparecimento súbito de Cecilia que, afundada numa paixão por um homem desconhecido, é vista pela última vez a saltar de uma ponte.
Muito mais tarde, Matias será obrigado a revisitar a dor, quando a sua pacata vida de professor universitário é interrompida por uma carta vinda das sombras do passado, lançando a suspeita sobre o que aconteceu realmente à sua irmã — sem saber ainda que regressar ao passado poderá significar, também, resgatar-se a si mesmo.



No final desta «Trilogia Dos Lugares Sem Nome», iniciada com O luto de Elias Gro, João Tordo explora, através de personagens únicas e universais, numa geografia singular, os temas da memória e do afecto, do amor e da desolação, da vida terrena e espiritual, procurando aquilo que com mais força nos liga aos outros e a nós próprios.

São três romances que, apesar de constituírem uma trilogia, terem títulos semelhantes e nomes de personagens que transitam, contam histórias "independentes", sem uma cronologia a seguir, podendo ser lidos de forma independente ou sem qualquer ordem específica.






Sem comentários:

Enviar um comentário