sábado, 28 de julho de 2018

................................. pessoas desafiantes


Desmond Boylan





A harmonia é fácil com pessoas fáceis ou harmónicas por natureza. O desafio de evolução esconde-se obviamente nas pessoas desafiantes que tal como as maravilhosas, também têm algo para nos ensinar. Porque são, pelas mais variadas razões, mais difíceis do que as pacificadoras, nem sempre conseguimos atingir o estado de paz e harmonia que gostaríamos. Umas vezes porque nós próprios não conseguimos, outras porque o outro ainda não permite. No entanto, a impossibilidade de conseguir a harmonia com o outro não impede a harmonia por si, até porque a resposta do outro não deixa de ser uma projeção da própria desarmonia interna.

Antes então de chegarmos ao outro, somos primeiro responsáveis por harmonizar o nosso próprio interior, incluíndo os espaços onde vivem dentro de nós, as representações internas dessas mesmas pessoas desafiantes. E nesse espaço que é só nosso e do qual somos responsáveis, podemos e devemos conseguir a harmonia com o outro. Seja através do perdão, da aceitação e do entendimento do papel que ele representa na nossa história.

Eu diria mesmo que muito mais importante do que conseguirmos a harmonia com os outros, é consegui-la antes dentro de nós, aprendendo a ver os outros como espíritos companheiros, seres sagrados, atraídos pela nossa própria energia, que estão presentes na nossa vida contribuindo com a sua energia para o nosso processo de evolução.

Enquanto o julgamento ao outro estiver a servir de mecanismo do ego para a própria inconsciência, não será possível a harmonia, seja ela interna ou com o outro.

A cura só poderá acontecer a partir do momento em que percebemos que o outro apenas trouxe o desafio que nos permitiu evoluir para um mais elevado patamar de evolução. Não temos que "gostar" deles, estar com eles, permitir os seus abusos e temos o direito de lhes colocar limites. Mas somos responsáveis por derrubar os bloqueios internos que nos impedem de aceitar o seu papel na nossa história.

Assim, esteja o outro vivo ou já tenha partido, esteja ele presente ou já pertença ao passado, seja ele da família ou não, que a tua relação interna com ele seja analisada à luz do espírito e das leis cósmicas, de maneira a que o consigas ver com o coração, aceitar a sua proposta e lhe consigas ter gratidão.


Vera Luz 




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