É este o meu segredo –
fechar-me, calar-me, adormecer espantosamente.
Sem mover os dedos,
sem abrir os lábios,
irei devagar, mais tarde, à hora do sol que se
apaga,
à beira de um rio negro,
quando o coração pára.
Serei apenas um homem sem nome,
caminhando ao acaso, pelas ruas de uma cidade
que devora a sua luz.
Não quero ser mais nada.
Sou a estátua cega, sou de dentro, e por dentro
me perdi.
José Agostinho Baptista
in, Quatro Luas
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