A Alquimía é um método ancestral químico/espiritual que propunha transformar os metais pesados em Ouro embora fosse apenas uma metáfora para a verdadeira intenção ou proposta que era transformar o homem e a sua densidade ou sombra em Deus, leveza e fonte de Amor.
Este processo envolve transmutação,
morte e renascimento,
mudança do velho estado para o novo
e fica implícito que não será nem leve nem indolor.
Ou seja, a dor é precisamente o activador da mudança, o impulso para libertar a densidade, o fogo purificador que permite queimar a densidade e revelar o ouro escondido.
A passagem da escuridão para a Luz.
Segundo os princípios alquímicos, essa Viagem Iniciática Espiritual à qual todos estamos sujeitos, quer tenhamos consciência deles ou não, passam pelas seguintes 4 Fases:
Nigredo - momento do choque ou da dor que nos desperta e convida para a viagem da cura, que nos acorda do estado de inconsciência e nos prepara para um processo de transmutação.
Albedo - convite à transição entre a velha realidade e a nova que vai envolver limpeza, responsabilização pelo próprio estado, cura das velhas feridas, libertação de velhos valores, crenças, apegos, dependências e condicionamentos vários que impedem a evolução de acontecer.
Citredo - busca por ajuda, redefinição do novo Eu, abertura a uma nova forma de viver com novos valores, novas crenças e princípios, mais alinhados com o nosso processo pessoal e missão espiritual de evolução.
Rubedo - encontro com uma nova verdade, nova consciência, vibração mais elevada, um novo Ser mais iluminado resultado da transcendência do velho para o novo ser.
Diz uma frase famosa que,
“A dor é inevitável,
o sofrimento é opcional”
Há então que perceber a diferença entre dor e sofrimento.
Como vimos nas 4 fases da Alquimia, na primeira do Nigredo a dor é precisamente o activador do processo de evolução ou purificação. Vemos pelas fases seguintes o “protocolo” exigido por este caminho da Mestria, para que passemos de uma velha realidade para outra mais saudável.
No entanto, nem todos estão abertos ou conscientes desta viagem.
A maior parte nem sequer sabe que esta proposta espiritual existe e é real.
Outros não têm a Fé para confiarem no desenrolar da mesma e por isso a RESISTÊNCIA é o maior obstáculo, o nosso maior inimigo, a grande prova a ser superada.
Esta resistência pode tomar várias formas:medo, ignorância, culpa, arrogância, manipulação, apegos e dependências várias, tudo esquemas de fuga ao processo das 4 Fases Alquímicas essenciais à nossa evolução e que são a origem não da dor, mas sim do sofrimento em que nos mantemos a nós próprios quando resistimos à transformação.
Seja a dor psicológica, emocional, física ou espiritual, ela esconde todo um simbolismo que é necessário compreender, há uma mensagem a descodificar e uma lição a reter e cada uma destas etapas vão muito para além do que a nossa mente lógica e racional é capaz de entender.
É a consciência espiritual ou intuição, aberta e disponível para conceitos filosóficos e abstratos, possuidora de uma sabedoria intemporal que nos irá revelar os segredos que se escondem por trás da rotina do dia a dia.
Por isso, a dor que cada pessoa traz e que por ignorância ou resistência já gerou sofrimento, precisa ser analisada pela lupa espiritual, descoberto seu propósito, aprendida a sua lição, transmutada a densidade para que então sim, possamos aceder ao Novo Eu, ao Novo Elixir que tanto ansiamos.
Vera Luz
A dor é aquilo que nós sentimos no momento. Alguma coisa acontece, há um impacto e há uma dor. Há uma perda, há uma dor. Há um desgosto, há uma deceção, há uma dor.
A dor pode vir de fora ou de dentro, mas ela aparece, magoa e vai embora.
O sofrimento não. Conseguimos criar sofrimento e segurá-lo por quanto tempo der vontade. Sofrer é sintetizar a dor. O sofrimento é contínuo.
A dor está associada ao impacto. E o sofrimento não, ele prolonga-se...
Quer dizer, prolonga-se, se nós escolhermos o sofrimento.
A maneira como nós gerimos o sofrimento é uma escolha nossa.
"A dor é inevitável; o sofrimento é opcional."
Nós, como seres humanos, temos o potencial de pensar e controlar nossos sentimentos.
O sofrimento é resultado dos nossos pensamentos e, se pudermos desenvolver a capacidade de pensar de maneira diferente, a dor não nos trará sofrimento o tempo todo.
Imagina que, numa viagem ao Egito, ficas presa na areia movediça. Como uma pessoa normal, tu entras em desespero e fazes força com os pés para sair. Esta é a estratégia que funciona 99,9% das vezes em que precisas de escapar de algum lugar. Mas não na areia movediça. Nesse tipo de areia, quanto mais lutas para escapar, mais a areia te engole. Cada passo para longe te afunda mais. Como escapar da morte numa armadilha dessas? A solução é contra-intuitiva: parar de lutar, deitar na areia e espalhar o teu peso ao máximo no chão.
Como areia movediça, quanto mais empurras, mais forte o pensamento volta. Como a hidra do Hércules, quanto mais lutas, mais invencível o inimigo se torna.
Da mesma forma que ficar preso na areia movediça não é uma sentença de morte, prender-se na sua própria mente não é uma sentença de depressão. E o caminho para fora do sofrimento é tão contra-intuitivo quanto parar de lutar contra a areia: é parar de lutar contra os teus pensamentos.
Se passas a vida inteira a fazer cabo de guerra contra a tua mente e ela sempre puxa mais forte, pode ser a hora de soltar a corda.
Em vez de esgotares a tua energia a expulsar ou evitar uma emoção que sempre volta, pode ser a hora de abrir espaço para ela existir e passar.
Em vez de passares dias a culpar-te porque pensaste algo “que não deverias”, pode ser a hora de observares os teus pensamentos como só palavras e imagens na tua cabeça — não ordens, profecias ou verdades absolutas.
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