O Coronel Percy Harrison Fawcett, nasceu em Torquay, 15 de agosto de 1867, e morreu no Mato Grosso em 1925, foi um arqueólogo e explorador britânico que desapareceu ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida na Serra do Roncador, em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso, Brasil.
A primeira expedição de Fawcett na América do Sul ocorreu em 1906 quando ele viajou ao Brasil para mapear a Amazónia num trabalho organizado pela Royal Geographical Society, atravessando a selva e chegando em La Paz, na Bolívia em Junho desse mesmo ano.
Fawcett realizou sete expedições entre 1906 e 1924.
Ele tinha a habilidade de conquistar os povos que habitavam os locais explorados dando-lhes presentes. Ele retornou a Inglaterra para servir no exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial, mas logo após o fim da guerra retornou ao Brasil para estudar a fauna e arqueologia local.
Em 1925 convidou seu filho mais velho, Jack Fawcett, para acompanhá-lo numa missão em busca de uma cidade perdida, a qual ele tinha chamado de "Z".
Após tomar conhecimento de lendas antigas e estudar registos históricos, Fawcett estava convencido que essa cidade realmente existia e se situava em algum lugar do estado do Mato Grosso, mais precisamente na Serra do Roncador.
Curiosamente, antes de partir, ele deixou uma nota dizendo que, caso não retornasse, nenhuma expedição deveria ser organizada para resgatá-lo. O seu último registo deu-se em 29 de maio de 1925, quando Fawcett telegrafou uma mensagem à sua esposa dizendo que estava prestes a entrar num território inexplorado acompanhado somente pelo seu filho e um amigo de Jack, chamado Raleigh Rimmell. Eles então partiram para atravessar a região do Alto Xingú, e nunca mais voltaram.
Muitos presumiram que eles foram mortos pelos índios selvagens locais.
Porém não se sabe o que aconteceu.
Os índios Kalapalos foram os últimos a relatar terem visto o trio.
Não se sabe se foram realmente assassinados, se sucumbiram a alguma doença ou se foram atacados por algum animal selvagem.
Há três publicações biográficas do coronel Fawcett:
O Enigma do Coronel Fawcett - o verdadeiro Indiana Jones, do escritor Hermes Leal e publicado pela Geração Editorial em 2007.
A Expedição Fawcett em busca da cidade perdida de Z do escritor Luis Alexandre Franco Gonçales, publicado e editado pelo autor em 2016 e
Z: A Cidade Perdida, do escritor norte-americano David Grann e publicado pela Companhia das Letras em 2009. Inclusive esse livro serviu de base para o filme lançado nos cinemas em Junho de 2017 denominado Z: A Cidade Perdida, com a participação de Robert Pattinson, no papel coadjuvante de um explorador amigo do coronel Fawcett.
No aniversário da primeira década do caso, em 1935, Fawcett foi homenageado pelo cartunista belga Hergé, em "O Ídolo Roubado" da coleção "As aventuras de Tintim", onde o repórter das HQs encontra um explorador que teria deixado a civilização para viver entre os índios, numa referência a Fawcett.
"Com seu inseparável chapéu Stetson, uniforme cáqui e botas longas", como descreve Hermes Leal, Fawcett foi inspiração para a criação do personagem Indiana Jones, franquia de aventura criada pela dupla George Lucas e Steven Spielberg. De acordo com outro biógrafo do coronel, David Grann, a primeira inspiração foi no romance "Indiana Jones e os Sete Véus", de 1991, em que o arqueólogo procura Fawcett.
Mais do que cruzar portais para outras dimensões, Fawcett parecia querer, sozinho e do seu jeito, encontrar ouro e obter fama internacional.
Para alguns, o coronel inglês Percy Harrison Fawcett foi um grande explorador romântico.
Para outros, um ganancioso buscador de riquezas.
Há quem diga que não passava de um gringo desastrado que encontrou a morte em 1925, no Mato Grosso, seguindo a pista de uma quimera: uma cidade perdida construída pelos descendentes dos hipotéticos habitantes de Atlântida.
São muitos os boatos que atribuem ao explorador a inspiração do escritor Rob MacGregor para criar as aventuras de Indiana Jones, imortalizado no cinema por Steven Spielberg na pele do ator Harrison Ford.
O explorador também inspirou Sir Arthur Conan Doyle, o “pai” de Sherlock Homes, especialmente no livro O Mundo Perdido.
Fotografado com seu cachimbo, botas e bombachas, Fawcett era um homenzarrão cuja vida foi salpicada de aventuras na Ásia e América Latina. Nasceu em 1867, em Torquay, Inglaterra, e foi criado no auge do Império Britânico, canalizando seu caráter forte e arrogante a serviço da conquista de territórios para a rainha.
Aos 19 anos, alistou-se na Real Artilharia de Sua Majestade. Foi enviado à ilha do Ceilão (atual Sri Lanka) e depois para a África negra, Malta, Hong Kong, Marrocos e Irlanda.
Sua visão do mundo, centrada na suposta superioridade britânica, fez com que descrevesse os outros povos com uma série de preconceitos: sujos, ignorantes e atrasados – embora pudesse ter compaixão pelos índios e raiva dos europeus sem escrúpulos que buscavam a fortuna fácil.
Em 1906, com 39 anos, o incansável viajante foi convidado pela Sociedade Geográfica Real para demarcar as fronteiras da Bolívia com o Brasil e o Peru. Durante esse período, fez contato com vários grupos indígenas, dos quais recolheu lendas, tradições e muitas histórias fantásticas. Os grandes descobrimentos arqueológicos daqueles tempos, como as tumbas faraónicas do Egito e a cidade perdida de Machu Picchu, aguçaram ainda mais a curiosidade do militar britânico.
Em 1912, deu de cara com um documento supostamente escrito no século 18 e traduzido em inglês por outro aventureiro britânico, Richard Burton. Era a descrição de uma cidade de pedra abandonada no sertão baiano. Depois, em 1920, realizou uma viagem solitária pela Chapada Diamantina – há quem diga que motivado não só pela vontade de encontrar uma cidade perdida, mas também pelas minas de ouro e diamantes.
Em 1925, ele decidiu, junto com seu filho Jack, de 22 anos, e um amigo do filho, fotógrafo, Raleigh Rimell, procurar a tal cidade perdida nas proximidades da Serra do Roncador, no Mato Grosso, Brasil. Nunca mais foram vistos.
Surgiram milhões de lendas para explicar o desaparecimento.
Houve quem descrevesse o sisudo coronel a viver com os índios Xavantes.
Os místicos da Sociedade Teúrgica do Roncador espalharam a história de que Fawcett encontrou a cidade misteriosa e ficou a viver lá: um povoado subterrâneo cujos habitantes possuem poderes paranormais. O jornal inglês The Times ofereceu uma pequena fortuna para quem encontrasse pistas sobre o militar e organizou expedições de buscas sem sucesso.
A Serra do Roncador, que deve seu singular nome aos estranhos sons que parecem surgir do solo. Outro feito inexplicável já que o vento não pode gerar tremendos fragores que parecem gerar-se na entranhas do lugar. E já se descartou qualquer tipo de atividade sísmica na zona. Então, quem ou o que gera esses sons, que as vezes são metálicos ou mecânicos?
É importante este mistério da Bahia pelo fato desta cidade aparecer no “manuscrito 512”, que se conserva na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro. A existência deste enclave, e as revelações deste manuscrito, puseram Fawcett atrás de uma “pista.
“Relação histórica de um oculto e grande povoado antiquíssimo sem habitantes que se descobriu no ano 1753”.
Fawcett conhecia a narração deste insólito documento, e as possíveis “pistas” que outorgava para encontrar outras cidades perdidas no Brasil. No entanto, o estímulo mais poderoso com que contava o Coronel para penetrar o Mato Grosso, era outro. E talvez tão inquietante como o mesmo manuscrito.
O que motivou finalmente Fawcett a partir em busca de “Z” na perigosa Serra do Roncador radicada numa estranha estatueta de estilo egípcio feita em basalto negro (rocha vulcânica vitrificada). O objeto tinha chegado a suas mãos graças ao famoso novelista Sir Rider Haggard ―autor da fascinante obra “As minas do Rei Salomão”― que a conseguiu no Brasil em finais do século XIX.
Através da investigação psíquica ―como a psicometria― determinou-se que a estranha estatueta, de uns 25 cm. de altura, provinha possivelmente de Atlântida, sendo resgatada por um sobrevivente que a manteve em sua custodia numa cidade de pedra, escondida nas selvas de América do sul. O curioso é que a estatueta representava um possível sacerdote sustentando uma taboa com inscrições com 24 estranhos signos que esperavam ser decodificados. Fawcett conseguiu decifrar 14 destes símbolos ao encontra-los em peças de cerâmica pré-histórica procedentes do Brasil. E pensa-se que os utilizou como “coordenadas” para alcançar seu objetivo.
O objeto ―como se tratasse de uma profecia― acompanhou o ousado explorador inglês no seu último e estranho viagem ao Mato Grosso. Tinha que devolve-lo a seu lugar de origem?
A similaridade deste episodio com a Pedra de Chintamani que portava Nicolas Roerich no deserto de Gobi e as montanhas do Altai para ser “devolvida” a Shambhala, é sugerido.
Por um lado, a denominada “Pedra de Orión” representava as forças cósmicas, ao tratar-se do fragmento de um presunto meteorito. E a estatueta de Fawcett, ao ser de basalto, fecharia a energia telúrica do planeta. Mais longe de um ato simbólico, em tudo isto parece deslizar-se certas transmissões de energia ao levar estes objetos aos Retiros Interiores. Temos que nos perguntar se aquelas viagens foram induzidas pelos mesmos “Mestres Invisíveis”.
No caso desse tema que comparte China e Mongólia, se ouviram muitas vezes que as caravanas que atravessavam o deserto asiático de repente escutavam um “canto antigo” sair das entranhas da terra. Imediatamente tudo ficava em silencio. Até os animais que iam com a caravana se encontravam imóveis, sobrenaturalmente tranquilos. Incluso o vento, frequente daqueles locais, também, misteriosamente, tinha acalmado. Ao cabo de uns instantes mais, tudo voltava à normalidade.
Os lamas afirmam que isto sucede quando o Rei do Mundo, o Supremo Mestre de Shambhal segundo suas crenças, está a rezar pela humanidade.
Ricardo González
in, “Uku Pacha: O Mundo Subterrâneo da Irmandade Branca”
"Muito ainda nos falta.
Falta-nos o elo de ligação que nos permita compreender, sentir e viver em plenitude, conectados com o movimento cíclico do Cosmos, com os diversos planos de existência, integrados e em harmonia conosco, com nosso próximo e com o universo."
in, Cidades Intraterrenas - O depertar da Humanidade
PRINCIPAIS AUTORES QUE FALARAM DOS REINOS SUBTERRÂNEOS
Esses sao alguns autores que lembram da possibilidade da existência de Mundos Subterrâneos:
Francis Bacon, na Nova Atlântida fala-nos da Ilha Branca, Morada dos Bem-Aventurados, que teria existido na superfície terrestre mas cujo povo se transferiu para o Interior da Terra aquando da grande catástrofe diluviana há milhares de anos.
Thomas Moore, no seu livro Utopia faz menção a uma região desconhecida com uma Sociedade altamente organizada e liderada pelo Rei Utopos, que bem pode ser o “Rei do Mundo” cuja morada é Shamballah;
Tommaso Campanella, no seu livro a Cidade do Sol aborda temas muito semelhantes aos referidos na Utopia de Thomas Moore;
Júlio Verne, o conhecido autor da Viagem ao Centro da Terra(1864) também fala-nos duma aventura vivida através de uma rede de túneis que levam a lugares desconhecidos no interior do Planeta onde existem espécies vegetais e animais que se julgavam extintos.
Bulwer Lytton, escreve em “A Raça futura” um romance entre um homem da superfície com uma entidade feminina dos mundos subterrâneos que lhe mostra como está organizada a sua Sociedade onde vive com um nível social, tecnológico e espiritual bastante avançada em relação a nós;
James Hilton, no livro Horizonte Perdido, fala-nos de uma região inóspita nos Himalaias que se denomina Shangri-Lá onde impera a harmonia dos seus habitantes que supostamente teriam descoberto há muito o “elixir da longa vida”...
Helena P. Blavatsky, a grande teosofista , escreve inúmeras obras nas quais Ísis Sem Véu e A Doutrina Secreta, que falam de um lugar onde se encontram os Santos Sábios no Governo Oculto do Mundo.
Saint-Yves d´Alveydre, na sua obra Missão da Índia fala-nos minuciosamente de um reino de Agharta e todos os seus aspectos hierárquicos, filosóficos, sociológicos, políticos e tecnológicos, duma grande Sociedade que se localiza no interior da Terra;
Ferdinand Ossendowski, na sua obra sobre Animais, Homens e Deuses, fala-nos das suas viagens pelo Oriente e dos relatos antigos relacionadas com os Mundos Subterrâneos e o enigma do Rei do Mundo e das suas profecias;
Alice Bailey, fala-nos de Shamballah, Lugar Sagrado no Centro do Mundo onde se situa um “Sol Central” (com 960 Km de diâmetro), cuja luz origina as chamadas Auroras Boreais e Austrais através dos Polos, e não o Sol a 150 milhões de Km da Terra;
René Guénon, em o Rei do Mundo, fala-nos das inúmeras tradições em todo o planeta que descrevem a existência de Agharta e de Shamballah, assim como das cavernas e túneis subterrâneos que se perdem nas profundezas da Terra, Gaia ou Urântia, como também é conhecida;
Mas foi Raymond Bernard, Nicholas Roerich e Alexandra David-Neel, que deram o melhor contributo em prol da divulgação dos Mundos Subterrâneos e bem assim Henrique José de Souza (JHS), no seu livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação, onde fala abertamente de um País Maravilhoso com suas 7 cidades no interior da Terra, conhecido por Agharta (AG – Fogo; HARTA - Coração) havendo outros dois reinos mais à superfície conhecidos por Badagas e Duat.
O QUE DIZ A CIÊNCIA
A possibilidade de que a Terra seja oca, que possa entrar nela através dos Pólos Norte e Sul, e de que civilizações secretas floresçam em seu interior tem aguçado a imaginação desde tempos atrás.
Assim, o herói babilónio Gilgamesh visitou seu antepassado Utnapishtim nas entranhas da Terra;
na mitologia grega, Orfeo tratou de resgatar Eurídice do inferno subterrâneo;
dizia-se que os faraós do Egito comunicavam-se com o mundo inferior, onde desciam através de túneis secretos ocultos nas pirâmides;
e os budistas acreditam que milhões de pessoas vivem em Agharta, um paraíso subterrâneo governado pelo Rei do Mundo.
O mundo científico não ficou imune desta teoría:
Leornard Euler, um génio matemático do século XVIII deduziu que a Terra era oca, que continha um sol central e que estava habitada;
e o doutor Edmund Halley, astrónomo real de Inglaterra no século XVIII, descobridor do cometa Halley, também acreditava que a Terra era oca e guardava no seu interior três pisos.
Nenhuma destas teorias estavam sustentadas cientificamente, porém coincidiam com várias obras de ficção sobre o mesmo tema, onde dentre as mais importantes eram:
“As Aventuras de Arthur Gordon Pym”, de Edgar Alan Poe (1833), onde o herói e seu companheiro tem um terrível encontro com os seres do interior da Terra.
E na Viagem ao Centro da Terra, de Julio Verne (1864), onde um professor aventureiro, seu sobrinho e um guia penetram no interior da Terra através de um vulcão extinto na Islândia, e encontram novos céus, mares e répteis gigantescos e pré-históricos que povoavam os bosques.
Assim, quando foram vistos os primeiros OVNI's nos Estados Unidos em 1947 e a ufomania assolou o país primeiro e o mundo depois, surgiram duas teorias para explicá-los.
- Os OVNI's deviam ser naves extraterrestres de alguma galáxia próxima, ou pertenciam a seres avançadíssimos que habitavam o interior da Terra. Estas teorias levaram a recuperar as lendas das civilizações perdidas da Atlântida e de Thule, e a crença de que esta última encontrava-se no Ártico (não confundir com Dundas, antes Thule, que hoje é uma base aérea dos Estados Unidos e centro de comunicação).
- Acreditava-se também que outra possível fonte de procedência dos OVNI's encontrava-se na Antártida.
in, Mistérios Desvendados