terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Inside Out Full Movie in English Disney Animation Movie

                                                 





Lançado em 2015, o filme é dirigido e co-escrito por Pete Docter, filme americano de animação comédia dramática, produzido pela Pixar Animation Studios e lançado pela Walt Disney Pictures.
Co-dirigido e co-escrito por Ronnie del Carmen e produzido por Jonas Rivera, com banda sonora composta por Michael Giacchino

Docter começou a desenvolver Inside Out em 2009, após perceber mudanças na personalidade de sua filha desde o seu nascimento. Os produtores do filme consultaram inúmeros psicólogos, incluindo Dacher Keltner e Paul Ekman, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que ajudaram a analisar a história, enfatizando os aspectos neuropsicológicos em que as emoções humanas são espelhadas.

A animação Divertida Mente (no original Inside Out) tem como protagonista a menina Riley, que se vê obrigada a mudar de cidade com os pais.

Acompanhamos o seu processo de adaptação na vida nova e assistimos como as cinco emoções (Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo) regem o seu comportamento. Através de personagens lúdicos observamos o funcionamento cerebral de Riley e como ela se comporta socialmente.

Divertida Mente trata de um tema complexo (a máquina do nosso pensamento) a partir de uma abordagem singela e didática. 
O filme recebeu os mais importantes prémios de melhor filme de animação (Oscar, BAFTA e Globo de Ouro).

Riley descobre que irá mudar-se do Minnesota para São Francisco por causa do trabalho do pai. A menina tem 11 anos quando toma consciência de que irá passar por essa complicada transição.

Riley enfrentará portanto duas mudanças: uma externa (de cidade) e uma interna (o fim da fase infantil para a entrada na adolescência).

Ao longo do filme acompanhamos o desenvolvimento da menina desde o momento que ela sai da barriga da mãe. Assim que a pequena bebé é segurada no colo vemos nascer também o seu primeiro sentimento, a Alegria.

Logo a seguir, precisamente 33 segundos depois, aparece o Medo e a Tristeza, outros sentimentos que a acompanharão durante o seu percurso. Mais tarde se juntará a Raiva e o Nojinho, outros dois afetos essenciais que disputarão o controle da sala de comando.

Assistimos não só ao que se passa no dia-a-dia da menina, como também de que forma esses sentimentos vão sendo processados. Riley é obrigada a deixar para trás a sua equipa de hockey (os Feras do Gelo), os amigos e a casa que tanto gostava. Seu dia-a-dia passa por uma mudança substancial.

E não se trata aqui de demonizar ou louvar algum sentimento específico, todos eles são importantes para a manutenção da saúde psíquica da menina. Percebemos rapidamente como o Medo, por exemplo, é essencial para garantir a segurança da criança.


As emoções vivem na Sede, como é chamada a mente consciente de Riley, onde elas influenciam as ações e as memórias de Riley através de um painel de controle. 
Suas novas memórias são alojadas em esferas coloridas, que são enviadas para as memórias de longo prazo no final de cada dia. As memórias mais importantes são colocadas numa central na Sede, e são chamadas de memórias base. São cinco memórias base que criam "ilhas", onde cada ilha reflete um aspecto diferente da personalidade de Riley. A Alegria atua como a emoção dominante que mantém Riley num estado feliz, mas ela e os outros não entendem o propósito da Tristeza.
  
No final do filme, a  Alegria e a Tristeza trabalham juntas para criar uma nova memória base, que mistura as duas emoções e cria uma nova ilha de personalidade. 
Um ano mais tarde, Riley adaptou-se à sua nova casa; suas emoções agora trabalham em conjunto para ajudá-la a lidar com a sua nova vida, emocionalmente mais complexa conforme ela envelhece, com ilhas de personalidade adicionais produzidas por novas memórias base compostas por várias emoções.




Cada memória base é organizada de modo a moldar um aspecto da personalidade da Riley. Na menina, várias ilhas coexistem: a Ilha da diversão, da amizade, da honestidade, da família...

Através da animação, de forma metafórica, entendemos como se dá o nosso funcionamento interno: 
  1. o comboio do pensamento, 
  2. o depósito de memória, 
  3. as emoções complementares que se revezam ao longo das várias fases da vida.

Assistimos em Riley um pouco do que se passa dentro de cada um de nós e, ao observarmos a menina, percebemos como também nós reagimos a situações desafiadoras que atravessam o nosso quotidiano.






Análise

O formato dos personagens

Cada emoção essencial de Divertida Mente possui um boneco específico que se relaciona diretamente com o sentimento que representa.

  1. A Alegria, por exemplo, tem um formato corporal que nos lembra uma estrela. 
  2. O Medo, por sua vez, tem os contornos de um nervo e é roxo. 
  3. Nojinho é inteiramente verde e nos recorda um brócolo (comida que Riley não aprecia). 
  4. A Raiva é como um tijolo: retangular, vermelho e pesado. 
  5. A Tristeza tem um contorno de gota, como uma lágrima, e é azul.


Lições do filme
Após assistirmos ao filme, notamos como não existem sentimentos bons e maus, todos os sentimentos são necessários para o nosso desenvolvimento psíquico.

Todos os sentimentos são importantes; ao contrário do que nos faz crer a sociedade contemporânea, a tristeza é essencial para a nossa vida.

O nojo também é importante, porque de certa forma nos protege. 
O medo também não deve ser desprezado porque nos mantém em segurança.


A importância das memórias
Aprendemos, a partir da observação do cérebro de Riley, como acontecimentos externos repercutem em nós internamente e como a nossa personalidade está intrinsecamente relacionada às nossas memórias.

Somos aquilo que vivemos, e as memórias vão sendo armazenadas carregadas de sentimentos.

A memória vai sendo apagada aos poucos, e a metáfora das esferas, que vão desaparecendo, é precisamente para retratar o que se passa na nossa mente.

Não somos capazes de armazenar tudo aquilo que vivemos, por isso as recordações vão gradativamente sendo apagadas.


Mudar é preciso
O filme aborda como a mudança é um imperativo da vida: com o passar do tempo precisamos mudar e somos frequentemente colocados à prova.

Muitas vezes acomodados na nossa zona de conforto, custamos a aceitar as mudanças que a vida nos impõe, mas a verdade é que somos constantemente empurrados para novas situações com as quais não sabemos inicialmente como lidar.

Divertida mente nos ensina que adaptar-se as novas realidades é preciso, ainda que seja um movimento difícil a princípio.


As crises são importantes para o crescimento
Riley, ao longo do filme, passa por uma série de crises e momentos difíceis onde os seus sentimentos são testados.

Frustração, raiva, injustiça - as crises representam um turbilhão de afetos com os quais não sabemos lidar. Mas a verdade é que esses instantes são essenciais para o crescimento da protagonista - e também para o nosso crescimento individual.

Crises são oportunidades para encararmos o mundo de outra forma e para nos redescobrirmos.


Um filme para adultos e crianças
Apesar de a princípio parecer um filme dirigido para a infância, Divertida Mente é importante tanto para adultos quanto para crianças por ser construído a partir de múltiplas camadas de interpretação.

O filme permite que se compreenda o funcionamento do cérebro diante de situações quotidianas. Através de exemplos ilustrativos percebemos como lidamos com circunstâncias do dia-a-dia e de que forma eventos externos se processam internamente.

O roteiro do filme foi construído com a supervisão de psicólogos e neurologistas que procuraram adaptar as complexas explicações sobre o funcionamento cerebral para termos acessíveis aos leigos.


A importância de sabermos como funcionamos por dentro
O filme nos ajuda a entender o nosso funcionamento cerebral e faz com que sejamos capazes de lidar melhor com os nossos sentimentos.

Divertida Mente chama a atenção para analisarmos de forma diferente as situações e estarmos mais alerta para as conexões que fazemos. Não é raro, depois de vermos o filme, refletirmos sobre quem estará na nossa sala de comando e, quais serão os sentimentos envolvidos nas interações que temos.

Ao termos consciência de como o corpo processa o que foi vivido, entendemos melhor os nossos conflitos emocionais e respeitamos as nossas limitações internas e ao mesmo tempo que podemos escolher desafia-las.

O filme também nos ensina a importância de aceitarmos as experiências negativas porque elas são essenciais para a formação do nosso caráter.





Personagens principais

Os sentimentos base que constituem a identidade de Riley são representados pelos cinco personagens que simbolizam as emoções da menina: 
  1. a Tristeza, 
  2. a Alegria, 
  3. a Raiva, 
  4. o Medo e 
  5. o Nojinho. 

Na Sala de Comando os cinco disputam o que se passa no interior de Riley. 
As principais emoções apresentadas no filme afetam a percepção da menina, a forma como ela vê o mundo e como lida com a sua própria vida e com os que estão ao seu redor.





Riley

Riley é a protagonista do filme.
É uma menina de 11 anos do Minnesota, que se vê obrigada a mudar com a família para São Francisco. Acompanhamos a sua vida afetiva desde o dia em que ela nasceu até à sua pré-adolescência. 
Riley é como qualquer menina norte-americana: sente medo, angústia, insegurança e ansiedade. 
Ela está a aprender a lidar com o seu próprio corpo e com quem está à sua volta.

Assistimos ao funcionamento do cérebro de Riley e é a partir dele que conseguimos entender o funcionamento das cinco emoções base: a Alegria, a Tristeza, o Medo, a Raiva e o Nojinho.





Alegria

Assim que Riley abre o olho ao sair da barriga da sua mãe aparece a Alegria, uma das principais emoções do centro de comando do cérebro da menina. Ao ouvir a voz do pai e encarar a expressão da mãe, a Alegria - que tem o corpo com o formato de uma estrela - comparece fazendo imediatamente Riley sorrir.

A Alegria está presente em todos os momentos felizes da vida da menina e tem um papel central no seu bem estar.

A Alegria é a principal narradora do filme, é ela que nos guia por essa aventura e apresenta as principais emoções de Riley.

A Alegria, que é a grande administradora da Sala de Comando do cérebro da menina, é a primeira emoção sentida por Riley. Depois da tela escura, quando a bebé nasce, surge logo a Alegria quando Riley conhece os pais.

A recém-nascida ouve a voz do pai e admira a expressão da mãe, já nesse momento a Alegria é acionada e a menina sorri. A principal missão da Alegria é deixar Riley contente e realizada, ela é a grande responsável pela menina ler os acontecimentos da sua vida de forma positiva e favorável. O sentimento tem como maior objetivo a felicidade de Riley.

Antes de saber que mudaria de cidade, Riley era conhecida pelos pais e pelos amigos como sendo uma menina sempre sorridente e feliz da vida, a Alegria reinava no seu universo mental. A emoção, no entanto, perde o protagonismo quando Riley descobre que precisará mudar de cidade.

Fisicamente a Alegria é uma personagem feminina, que usa um vestido estampado e está sempre bem disposta. Ela é repleta de energia, cheia de otimismo, mesmo quando surgem situações inesperadas como a mudança de casa (a Alegria interpreta esses imprevistos como uma oportunidade de Riley crescer).

É a Alegria que é responsável pela sensação de bem-estar e euforia sentida pela menina.

Com cabelos e olhos azuis, bem magrinha, a Alegria tem a pele amarelada claro e está sempre saltitante. A Alegria tem um formato corporal de uma estrela.

No arquivo das memórias de Riley, as esferas com a cor amarela simbolizam as memórias marcadas pela Alegria. 
O amarelo, cor da personagem, é frequentemente associado à energia, à jovialidade, ao calor, referências que se associam ao perfil expresso pela personagem.






Tristeza

Depois do nascimento de Riley, e da apresentação do sentimento da Alegria, o segundo afeto experimentado pela bebé é a Tristeza.

A Tristeza é um sentimento essencial de Riley e fundamental para o amadurecimento da menina. Ao se deparar com situações inesperadas - como a súbita mudança de cidade - Riley sente-se deprimida, sozinha, e a Tristeza ganha força. Fisicamente o corpo da personagem tem o contorno de uma gota e é azul.

Com um ar pessimista e desanimado, a Tristeza no filme personifica tudo aquilo que gera infelicidade para a pequena menina. A Tristeza está associada aos momentos de angústia e de aflição, onde Riley se sente melancólica, inquieta e sem esperança. Apesar de ser introduzida logo a seguir ao nascimento de Riley, a personagem da Tristeza ganha mais força depois que a menina é informada pelos pais que precisará mudar de cidade. Ciente de que precisará deixar os amigos para trás, a menina vê-se de repente imersa num mar de desânimo.

Embora ninguém goste de se sentir triste, vemos no filme como a Tristeza é importante para que Riley amadureça e lide com as situações novas que vão surgindo ao se sentir sozinha na nova casa.

A sociedade contemporânea costuma muitas vezes mascarar a tristeza, e um dos aspectos mais importantes de Divertida Mente é justamente a legitimação do sentimento. O filme ressignifica o lugar da Tristeza, tirando o afeto do lugar de vilão e colocando-o como um sentimento importante para o nosso processo de crescimento psicológico.

Ao vermos o funcionamento da mente de Riley compreendemos que a Tristeza tem um papel e que ela é importante para garantir o funcionamento saudável no mundo dos afetos.

Fisicamente descrita como sendo baixa, azul, gordinha e com um ar deprimido, a Tristeza usa óculos e anda sempre com um casaco branco. Ela é uma personagem feminina que carrega um ar cabisbaixo e o seu próprio corpo tem o formato de uma gota, fazendo o espectador se lembrar da imagem de uma lágrima. Em inglês a palavra blue - a cor da personagem - é usada numa expressão bastante comum (“feeling blue”) que significa desanimada, triste ou deprimida.

A mesma cor azul da Tristeza aparece nas bolas presentes no arquivo mental de Riley quando a personagem as toca. Essas esferas ficam marcadas como carregando então as memórias infelizes, cristalizadas como sendo de um momento mau.

Um dos ensinamentos de Divertida Mente é justamente a importância da Tristeza, que costuma ser deixada de lado sempre que possível na sociedade contemporânea.





Medo

O sentimento do Medo é essencial para proteger a criança dos perigos do mundo. Ele surge quando nos vemos ameaçados de alguma forma, seja de modo físico ou imaginário.

O personagem no filme representa o nosso lado prudente, nos ensina a ter cautela e a cuidar de nós mesmos com atenção.

O Medo é fundamental para a nossa autopreservação e nos faz escapar de situações potencialmente perigosas nos transportando para realidades mais seguras - tanto em termos do corpo como da mente.

Por mais que o Medo não seja um sentimento desejado - e vemos as situações vividas por Riley que causam esse desconforto - a verdade é que ele é muito importante para o amadurecimento da protagonista.

O Medo permite que Riley pense bem antes de tomar uma atitude fazendo com que a menina avalie e reavalie os riscos físicos (como quedas) ou emocionais (como as decepções).

A primeira sensação vivida por Riley é a Alegria, a segunda é a Tristeza e a terceira é justamente o Medo. O Medo é um personagem masculino, que começa a surgir com mais frequência quando Riley começa a explorar a casa e os perigos vão ficando cada vez mais próximos.

O Medo no filme tem a pele roxa, olhos grandes, usa sempre uma camisola xadrez, e cada vez que toca numa das esferas do Centro de Comando uma memória de Riley se torna lilás eternizando uma situação que a apavorou. O formato do seu corpo faz lembrar o contorno de um nervo.

O Medo é responsável por muitas das reações de repulsa de Riley, quando ele entra em ação a menina tem o impulso de escapar da situação em que se encontra o mais rapidamente possível.

Apesar de tendermos a menosprezar e a diminuir ao máximo o Medo, ele acaba por se mostrar como um sentimento essencial para a proteção do indivíduo.





Raiva

A última emoção que é apresentada a Riley é a Raiva. Ele representa a sua revolta e traduz a fúria que sentimos quando o que desejamos não acontece conforme planeado. A presença da Raiva está associada aos momentos em que Riley se vê acometida por uma fúria intensa, tornando-se agressiva física ou verbalmente.

A primeira cena em que é apresentada acontece quando a menina diz que não vai, de modo algum, comer brócolos. O pai diz-lhe que, se ela não comer, ficará sem sobremesa. É nesse momento que surge a Raiva pela primeira vez.

A Raiva ganha mais força quando Riley vai entrando na pré-adolescência. Com o corpo a desenvolver-se muito rapidamente e sem saber lidar bem com os afetos, a menina muitas vezes tem a Sala de Comando invadida pela Raiva.

Quando Riley se sente frustrada ou dececionada, muitas vezes a Raiva toma o controle do seu sistema emocional e espanta todos os outros sentimentos.

O personagem masculino Raiva é todo vermelho e liberta labaredas de fogo pela cabeça. Com o corpo quadrado e sólido como um tijolo, ele é baixinho e veste-se como um executivo (com roupa social).

Quando Riley se enfurece com alguma situação, a Raiva coloca a mão na esfera da memória na Sala de Comando e a bola imediatamente se transforma em vermelha, eternizando o afeto que a menina irá reviver quando se lembrar daquela situação específica.

A cor vermelha carregada pelo personagem está habitualmente associada ao nervosismo e a ira.
Quando as coisas não acontecem conforme o esperado, a Raiva entra em ação e domina a sala de comando do pensamento.

Em diversas situações chave vemos a menina a render-se à raiva, o sentimento começa a ficar especialmente potente quando Riley cresce e entra na pré-adolescência.






Nojinho

A quarta personagem apresentada ao público é Nojinho, que surge quando Riley é ainda bem pequena e é convidada pelos pais a provar brócolos. A personagem está associada aos momentos em que a menina sente repulsa, náusea, asco.

Apesar de ter uma participação menor no filme, Nojinho é muito importante porque impede a menina de se intoxicar e se envenenar. Sentir nojo é fundamental para nos protegermos de agentes estranhos, que desconhecemos.

Ao ver-se diante de uma situação que causa repulsa, Nojinho encosta numa das esferas da Sala de Comando de Riley e a bola se transforma em verde. A cor verde é provavelmente resultado de uma associação com os legumes e vegetais, que as crianças não costumam comer e relacionam com o sentimento de repulsa. O próprio formato do corpo de Nojinho faz lembrar uma pequena “árvore” de brócolos.

Fisicamente a personagem é toda verde, com olhos e cílios enormes, tem uma estatura baixa e usa um vestido estampado verde e um batom cor de rosa que combina com o lenço elegante que leva ao pescoço. Seu figurino snobe dialoga com a postura convencida das crianças que se recusam a provar um alimento novo.

As situações em que Nojinho mais aparece envolvem a refeição, especialmente quando há brócolos no prato.

Ao menor alerta de Nojinho, Riley imediatamente se afasta da circunstância que lhe provoca repulsa e aversão.




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