sábado, 2 de julho de 2022

Os Velhos Rebanhos








Um dos maiores desafios 
da vida da Ovelha Negra, 
não é tanto o ter que aprender 
a caminhar sozinha, 
a lidar com a solidão 
e com a rejeição 
de quem ela um dia dependeu 
e foi protegida. 


Já sabemos que o desapego e a autonomia são condições essenciais para sair dos velhos padrões de dependência e conseguir trilhar um novo caminho mais saudável e mais livre.


Mais difícil ainda 
serão os testes 
e provocações 
que as pessoas 
do velho rebanho 
ainda provocam. 



Como nos ensina Plutão, 
enquanto não morrermos para quem fomos, não poderemos ser quem nascemos para ser.

Por não compreenderem a exigente proposta de libertação da Ovelha Negra, as personagens do velho rebanho irão tentar a todo o custo manter a Ovelha Negra dentro do rebanho, irão acusá-la de abandono, desrespeito e traição, irão ofendê-la pelo seu atrevimento de ser diferente, irão manipulá-la ao limite para que desista da sua necessidade espiritual de ser livre e de viver fiel à sua verdade. 
Não raras vezes a Ovelha cede pela simples razão de que este velho rebanho são os pais, são irmãos, até podem ser filhos e não raras vezes (ex-)companheiros, ou seja, pessoas muito próximas que amamos e não desejamos magoar com intenção. 

É por isso comum o dilema frequente na vida da Ovelha Negra:
  1. Ou sou fiel a mim mesma, avanço com coragem e terei que desiludir e dizer que não a quem insiste puxar-me de volta para o rebanho.
  2. Ou, cedo, agrado, anulo-me em prol da vontade externa, deixo o medo da rejeição ganhar, vivendo depois a amargura da traição a mim mesma.

Não é fácil viver entre estas duas forças. 
Decidir o tempo todo entre ceder ao passado ou corajosamente avançar para o novo. 
Entre o sacrifício de agradar o outro ou a coragem de ser fiel a si mesma.
Mas é essencial que quando avancemos, o façamos com e por amor ao nosso desafio e não apenas como fuga ou acto de rebeldia.

Diz uma famosa frase que não libertamos o que não amamos. 

Algures a Ovelha terá que olhar para trás e cheia de empatia e nostalgia, lembrar o seu tempo de inconsciência de si mesma, onde os apegos, dependências e validações externas dominavam a sua vida, assim como todas as pessoas que ainda representam essas energias. 
Depois de fazer esse reconhecimento e validação e com o coração cheio de amor, estará então livre para se virar para o futuro, para o novo, para a sua nova vida de consciência e liberdade.

Estamos numa semana explosiva de tensão entre Plutão e Marte que se irá arrastar por todo o mês de Julho por ter feito parte da Lua nova, por isso deixo a sugestão que vivamos este mês mais atentos e conscientes dos testes à nossa volta. 
É um mês maravilhoso para testar os nossos medos, dependências, apegos, manipulações, jogos psicológicos. 

Resumindo, todas as áreas, relações e circunstâncias onde ainda não somos verdadeiramente livres, que representem os velhos rebanhos, onde o nosso poder pessoal ainda anda nas mãos de alguém a ser usado contra nós.

É um mês extraordinário para nos libertarmos dessas energias e darmos um salto quântico rumo a uma nova realidade, rumo à nossa essência e liberdade de sermos quem Somos! 

Que depois deste intenso mês de Julho, Agosto nos acolha, nos encontre mais tranquilos, mais livres, mais perto do nosso propósito. 


Vera Luz




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