Com a dessacralização da sexualidade o cristianismo transformou-a em sexualidade/pecado exilando-a no reino.
A sexualidade sagrada estava associada à feminidade.
O dualismo cristâo amputou ao feminino o atributo sexual, necessário ao processo de fecundidade. Como na imagem lendaria de Guenièvre do mito do rei Artur, o conceito contemporâneo de feminidade é estéril e só encontra salvação nas virtudes da virgindade ou então no dever religioso da reprodução. Com a cristianização do druidismo, a “soberania” do feminino conserva-se so na “virgindade”, a “sexualidade” feminina pratica-se no “pecado” e a “fecundidade” sagrada empresta o seu corpo à “reprodução”. O conceito de feminino sagrado transformou-se principalmente através da interpretação cristã, monotaista e patriarcal da sexualidade.
Manon B. Dufour
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