quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lições




Depois de algum tempo a gente aprende a diferença,
a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
E começa a aceitar as nossas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo a gente aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto nos importemos,
algumas pessoas simplesmente não se importam...


E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e precisamos de perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que podemos fazer coisas num instante,
das quais nos arrependeremos pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tem na vida, mas QUEM tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que o seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada,
e terem bons momentos juntos.


Descobre que as pessoas com quem mais se importa na vida
são-lhe retiradas muito depressa -
por isso, devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, porque
pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde vai;
mas se não sabe para onde vai, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou controla seus actos ou eles o controlarão;
que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências.


Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes, a pessoa que espera que o pise quando cai,
é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas,
do que com quantos aniversários já celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em si do que supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates...
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama como gostaria,
não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes tem de aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
será em algum momento condenado.


Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido,
o mundo não pára para que seja concertado.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.


E, finalmente, aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte,


e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!


Veronica A. Shoffstall






Sem comentários:

Enviar um comentário