quinta-feira, 29 de setembro de 2022

A Ovelha Negra e a Família




Porque a família 
representa um desafio 
para a viagem da Ovelha Negra?


Porque normalmente a família está presa na vibração dos papéis sociais, associada com a personalidade ou ego. Logo, o discurso limita-se a esses papéis e aos contratos, expectativas, cobranças e apegos que os mesmos implicam.

Como a Ovelha vem reconectar com a sua identidade espiritual, com a sua alma, ela vai responder na vibração do Eu, na energia da liberdade, na necessidade de ser diferente, na exigente responsabilidade pessoal onde a sua prioridade é seguir a voz do coração.

Conclusão?
O rebanho da família não entende e julga  a ovelha negra, 
e a ovelha negra por sua vez já não aceita as limitações e afasta-se do rebanho.

Esse afastamento tem um propósito maior não entendido pela mentalidade do rebanho. 
Por isso mesmo a viagem da ovelha negra é desafiante e solitária. 

Enquanto não sentir esse apelo do afastamento e, a “segurança” do rebanho for mais importante, o caminho de auto descoberta não será possível até porque o rebanho nunca abençoou ovelhas negras.

A paz e o amor são necessários sim mas, dentro de nós e não dependentes de outros.

Mesmo não sendo confortável para qualquer um dos lados, o fenómeno é real e quanto mais consciente, melhor conseguiremos lidar com ele. 
Estejamos do lado do rebanho ou do lado da Ovelha Negra.

O desafio começa logo por saber o que queremos ter. 
Um trabalho estável, uma relação de amor, ter filhos, ir viver para o campo e tantos outros sonhos e idealizações que valem o que valem mas que jamais vão ter verdadeiro valor se não soubermos o que queremos SER. 

Muito antes de chegarmos às relações com os outros, aos amigos, aos amores, ao papel profissional que representamos, já temos uma missão pessoal a cumprir. 
Aliás, antes ainda de chegarmos ao colo da mãe aquando do nascimento, antes ainda do nome que nos vão dar e dos papéis que vamos representar na família e no mundo, já temos um projeto de evolução pessoal. Aprendizagens que só nós podemos fazer, desafios que só nós podemos superar, novos patamares que só nós conseguimos subir, prisões internas que só nós conseguiremos libertar. 

Não há dinheiro, filho, sucesso profissional ou amor romântico que substitua este trabalho interno. 

Feliz daquele que consegue conciliar os dois lados. 
Triste aquele que usa o exterior para compensar a falta de trabalho interior. 

Deixo-te assim a pensar ou sentir, de preferência ambos, o que queres fazer da tua vida, o que pretendes que ela represente, que papel, passivo ou activo tens tu na construção da mesma.



Vera Luz




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