Há momentos em que tudo se nos abisma até à fadiga.
O desânimo sem fundo.
A vertigem para lá de qualquer significação.
Nós somos o artifício de nós.
Mas é aí que construímos a legitimação de se existir.
Somos duplos do que somos e por baixo da camada que nos torna plausíveis há uma outra realidade que revela o plausível em ficção.
O que somos não é.
O que somos é o que resta depois de tudo se dissipar.
O falso de nós é que é verdadeiro.
Ou ao contrário, não sei.
Vergílio Ferreira
in, Pensar
Vergílio Ferreira
in, Pensar
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