Nicolas Bruno
Porquê tanta mentira, tamanhos disfarces,
tanto veneno corrompendo a nossa vida,
e os dias que passam,
e as nossas bocas seladas para a palavra de amor e de carinho?
Porquê o silêncio quando estuamos de amor,
a máscara, a voz contrafeita, o falar doutra coisa?
Que maldição nos corrompe
para assim nos fecharmos no quarto enregelado?
Miséria... e os dias passam
e a vida vai tecendo à nossa volta o seu arame farpado,
e lá vamos,
a boca fechada, a palavra intacta,
tão miseráveis que nem sabemos já da nossa degradação...
Adolfo Casais Monteiro
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