A humanidade vive aquém do seu potencial de amor, felicidade e abundância.
Numa escala de 0 (agressividade / medo) a 10 (tolerância / amor incondicional) eu diria que a humanidade em peso não vai além de um mísero 2.
Os últimos dois mil anos, em especial as crenças religiosas medievais deram origem a todo um paradigma denso e deprimente e incutiram em nós toda uma série de atitudes e posturas perante Deus e a vida que não só são absolutamente obsoletas como nos mantiveram presos a uma energia que ainda hoje causa as maiores dores das nossas vidas.
Por exemplo: a autonomia e a independência eram apenas para os homens, o amor próprio, a beleza e o prazer eram pecados, a liberdade de expressão era altamente condicionada, a sombra era negada e reprimida, o casamento tinha que ser para sempre e toda a nossa energia era gasta em tentativas frustradas de atingir a perfeição para encantar o tão exigente Deus.
No entanto, a evolução espiritual é uma constante, os tempos mudam radicalmente e a energia iluminada da Nova Era de Aquário começa já aos poucos a trazer luz às nossas trevas e a ajudar-nos a ver o que antes era invisível. É precisamente essa luz que irá cada vez mais iluminar os muitos padrões ultrapassados e crenças antigas e mostrar-nos que o que antes era desejável ou tolerável, é agora, sob a nova luz, obsoleto.
Mas esta transição não será fácil.
As nossas escolhas e o grau da nossa consciência irá tornar o processo mais leve ou mais pesado.
É impressionante observar como a Era medieval está ainda tão viva dentro de nós em pequenos hábitos, manias, vícios, ditados, crenças e posturas sociais e familiares que repetimos sem pensar, independentemente se já nem sequer fazem sentido nenhum. É uma densa energia que vem gravada nas nossas células e que levará o seu tempo a ser limpa. Mas mais preocupante mesmo é como essas heranças nos são inconscientes e condicionam até hoje 99% das nossas escolhas e anseios.
Vamos ver então uma lista de crenças ainda bem presentes no nosso dia a dia mas que depois de analisadas à luz da nova energia, iremos perceber como ainda de facto estão presentes mas já não fazem sentido nenhum:
Crenças Medievais
Medo
Atingir a perfeição
Ser feliz
Bom / Mau
Obediência a Deus
Culpa
Castigo
Sorte / azar
Responsabilidade social
Julgamento
Sacrifício
Mártir
Poder material
Inferno / paraíso
Ser bonzinho
Casamento
Vitimização
Modéstia
Agenda religioso/social
Pureza e perfeição
Deus fora
Culpa
Destino traçado
Máscara
Fit in – encaixar
Impotência
Mandamentos
Tradição / Opressão
Submissão
Controle
Nova Era
Amor
Evoluir espiritualmente
Atingir o equilíbrio – Yin Yang
Tudo é experiência
Fidelidade à nossa essência
Reencarnação
Consequência / retorno / Karma
Lei da atração
Responsabilidade Karmica
Fenómeno dos espelhos
Escolher com qualidade
Herói
Valorização pessoal
Reencarnação
Ser transparente
Relacionamento
Responsabilização
Abundância
Agenda pessoal/espiritual
Integração da luz e sombra
Deus dentro
Aceitação
Poder de escolher / mudar
Essência
Stand out – destacar
Livre arbítrio
Leis Universais
Liberdade
Poder pessoal
Fé / Confiar
Por mais sentido que a lista da Nova Era faça a todos nós, o mundo mostra que ainda estamos longe de a viver e integrar por completo. E talvez mais importante do que investir apenas nela, é identificar o que nos prende ainda na lista Medieval e tudo fazer para nos libertarmos desses ganchos.
A dualidade Ego / Alma dentro de nós irá sempre existir.
Faz parte do plano e do desafio terreno. É a contra-força essencial à superação de desafios que precisamos para evoluir. O tempo medieval transportou essa dualidade para fora de nós nas formas de Deus e Diabo, fazendo-nos acreditar que somos apenas vitimas impotentes das suas vontades.
O dentro e o fora,
o cima e o baixo,
não existem
pois
pois
a Unidade é uma só,
e a energia
tudo e todos liga.
tudo e todos liga.
Chegou o tempo de assumirmos que essas duas forças representadas exteriormente das mais variadas maneiras, existem também dentro de nós, e somos nós os responsáveis pela força e direcção que lhes damos.
Chega do padrão de vitimização, de acreditarmos que somos perfeitos, e de continuarmos a dizer mal do mundo e da maldade dos outros pois, o mundo e os outros somos nós, e logo o pior que temos no nosso mundo é o que temos vindo a negar dentro de nós próprios.
Muitos são os que se sentem perdidos, presos a responsabilidades que entram em conflito com os anseios da alma ou simplesmente com a vontade de ser criativo ou livre.
Ainda há quem pense que a evolução espiritual é um estado de FAZER algo ou mesmo de ser bonzinho ou perfeito, quando é muito mais um estado de SENTIR amor e de conseguir o equilíbrio interior. Não importa para onde as correntes da vida nos levam lá fora no mundo, o verdadeiro processo de purificação e evolução é sempre interno, pessoal e normalmente imperceptível para quem nos rodeia. Pelo que tenho observado do ser humano, acredito que no nosso tempo, a verdadeira evolução espiritual se resume um pouco em todos nós na transferência das posturas, ideias, emoções, ganchos e condicionantes da lista medieval para o resgate das posturas da lista da Nova Era.
Não é fácil de facto viver atento 24h por dia.
Mas se até há bem pouco tempo, poucos tinham a noção ou sequer de onde procurar informação sobre o propósito espiritual ou existencial das suas vidas, a energia poderosa da Nova Era está a facilitar o despertar através da informação acessível quase a todo o mundo ao que vem acrescida a responsabilidade de escolhermos bem.
Convido-te assim a imprimires a lista das características, vai fazendo bolinhas ou cruzinhas à frente dos conceitos que ainda vivem enraizados em ti na lista medieval e nas que já estás a trabalhar na lista da Nova Era. Aos poucos, essas pequenas mas poderosas mudanças irão passar do estado de consciência para as emoções e das emoções para a acção.
E é assim que iremos mudar a nossa energia e por impacto, o nosso mundo.
Vera Luz
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