quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Fazer amor
Fazer amor requer arte inconsciente
fazer amor transcende o feio e o bonito
fazer amor requer a alma despida
fazer amor transcende a sexualidade
Fazer amor é ignorar todos os conceitos formais da humanidade
e se entregar como quem se doa a si mesmo
fazer amor não tem vínculo algum
com o lado físico dos seres
fazer amor é divindade.
divindade que advém do mais nobre dom da vida: a própria vida.
Fazer amor é enlouquecer a anatomia.
não importa a forma.
o que importa é não importar com coisa nenhuma.
Fazer amor é fazer de inconcebíveis palavrões um lindo poema.
fazer amor é fazer do corpo um banquete de sonhos
e fazer da alma o berço do gozo...
José Eustáquio da Silva
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