sexta-feira, 21 de outubro de 2016
................................a inconsciência mil vezes
Perante a encomenda de uma certeza registada de garantias, apresenta a inconsciência mil vezes.
Depois, há milésima primeira vez, quando esperarem que lhes apresentes uma canção ou um lápis, apresenta-lhes mesmo uma certeza registada de garantias porque tu sabes que só estarás errado se concordares com eles quando te acusam de erro, porque tu sabes e sais da tua comfort zone, assim mesmo, em inglês imperialista, para dares a tua pele à vida, às cicatrizes e às cócegas feitas com penas de pavão.
Não tentas preservar o que tens porque sabes que não tens nada e podes sempre ter mais nada ainda.
Quando deixas de fazer sentido, é porque foste capaz de encontrar um novo sentido e há muito boas possibilidades que esse sentido esteja enfeitado por canteiros de plantas necessariamente selvagens, onde a seiva corre desgovernada, feita de sol liquefeito, claridade liquefeita, incandescência tão limpa que cega.
José Luís Peixoto
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