Essa é uma daquelas histórias
que saltam dos dedos,
por não caberem mais no coração.
Pras minhas irmãs de coração
Penso que pode ser culpa do mês de Setembro. Cheio de detalhes esperançosos. Desses, que fazem a gente acordar em estado de leveza, esperança, ou aquele ar de 'tudo está sobre controle'. Daquelas poucas vezes em que o passarinho azul pousa no seu ombro e diz: 'vambora, voar'.
Ai a gente cria uma ideia de ser/estar maior a cada dia. Estando dentro de si mesma, sem esforço. E nessa ciranda da vida a gente sempre tem uma mão pra girar mais solta. Eu tive quatro!
Elas foram chegando devagar. Meninas que olham o céu e enxergam um jardim. Me mostram que flor regada com amor, nunca morre. Limpam as nuvens cinzas do meu céu e apontam desenhos das que ficam. Enchem meus dias de palavras coloridas e risonhas. Coisa de quem tem traçado na testa, uma cruz feita com óleo de jasmim.
São bordadeiras da vida. Traçam no meu caminho um desenho lindo, que só encontro aqui. Dentro. Porque nesse caminho, eu vou com elas. Eu danço com elas pra fazer parte de um pedaço-estrelado no palco da vida. Se quiserem, empresto todas as minhas cores pra elas também. Tenho linha colorida prum bordado mágico e um quintal cheinho de borboletas pra passeios em noites estreladas. Como voo, como samba.
Falamos de flores. Cores e sorrisos largos. E bem sabemos como é carregar saco de pedra como se fosse uma braçada de girassol. Eu sei, elas sabem. Corremos pra perto do anjo da guarda quando sentimos ausência de qualquer coisa que brilha. Afinal, se for pra desesperar, que seja perto de alguém enviado por Deus.
Essas moças que brilham e plantam flores no meu caminho, são minhas amigas de hoje. São minhas irmãs de coração e histórias mirabolantes. Dessa e de outras vidas. São feitas de sorrisos, amoras, segredos risonhos, alguns silêncios, chocolates, poesia e muito amor. É tudo em que penso quando lembro delas.
Dos desejos: que sigamos colorindo. Das querências: que a poesia se esparrame sobre nossas esperanças.
Das vontades: que os pequenos gestos nos levantem do chão. Das verdades: que nossas flores nunca murchem. Dos sons: de músicas perfumadas.
Dos pedidos todos: que nossa espinha esteja sempre ereta. E que nossos castelos sejam sempre re-construídos. Que perto ou longe estamos sempre na mesma roda. Girando. Giramos. Uma mão na outra. Sem soltar. Sorrindo
Eu tenho um amor colorido por vocês, meninas. Amo em dobro. Amo do tanto que for, o quanto precisar. Sem caber nem medir. Mas vai ser do jeito mais bonito que consigo. Ou de qualquer jeito também.
Vanessa Leonardi
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