quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Tenhamos Fé…

 


Jian Wang




Tenhamos Fé…

Não por não termos outras alternativas, 
ou porque é melhor que nada, 
nem por nos faltarem capacidades…
nem sequer por 
uma espécie de desistência.

Tenhamos Fé consciente. Tenhamos Fé na nossa capacidade de mudar as circunstâncias, de abrir os mares para passarmos incólumes.

  • Tenhamos Fé na Inteligência Divina, pela forma como o cognoscível se revela mais do que os olhos vêem…pela obra sublime que nos sustenta.
  • Tenhamos Fé por acreditarmos em nós mesmos como criadores de mundos, viajantes galácticos que trazem poeira de estrelas nas pontas dos dedos.
  • Tenhamos Fé por sabermos que tudo isto é ilusão…mas nada é em vão.


Houve, ou não, um deslocamento no que pensávamos ser o nosso propósito? 
Muitos estão um pouco desalentados, por acharem que já não estão tão conectados, tão em sintonia com a energia Una, como estavam…algo mudou.

Ou porque deixámos de sentir total conexão com o propósito individual, ou porque deixámos de nos interessar de sobremaneira com o que "deveria" nos interessar…muitos de nós sabem que estão um pouco alheados de tudo, mas vamos escondendo como podemos, esperando que algo mude…

Antes do grande salto há um hiato.

Sentimos as ondas de choque, o burburinho energético dos que se acotovelam, perdidos…sentimos a aproximação de uma grande mudança. No entanto, não será tão espampanante como se poderia pensar; será grandiosa para quem aprendeu a desapegar-se do trivial e mundano, dos conceitos que nos regeram durante séculos, das crenças que aceitámos como "certas".

Sentimos a pressão do "tempo", a tensão, as nuances nos padrões sociais/políticos/climáticos…e cósmicos.

"Morreremos" para tudo o que é velho e não nos acrescenta mais nada em felicidade, harmonia, paz e alegria, para renascermos, vindos de dentro de nós mesmos…mas novos, sem ideias feitas sobre o que já é perfeito, mas responsáveis pelo nosso passo.

Daqui até ao final do ano, teremos pela frente mais trabalho, veremos ressurgir, mais uma vez e outra, velhos padrões por desmontar e dissolver, medos por encarar, escolhas conscientes para fazer; e será mais musculado esse trabalho, porque não podemos deixar pontas soltas.

Temos galgado etapas em dias, não em anos, ou em vidas…em dias!

Honremos o desconhecido, tenhamos como uma Graça não "termos de" saber, porque nos habituámos a controlar os resultados de tudo, tornando tudo previsível, monótono, sem Vida e sem brilho…não temos de saber o resto do caminho, temos de o sentir, de deixar que a intuição nos guie, não a mente calculista.


Espera-nos a melhor parte do caminho, aquela em que nos encontramos libertos de tanto peso, livres para sermos quem somos, sem termos de olhar por cima do ombro, sem julgar nem ser julgado.


A linha do horizonte está aqui…lá longe coloca-a a mente, aqui coloca-a o coração. De tão ténue, esvai-se e perde o sentido…e é aí que percebemos que o infinito nos foi vedado e a linha do horizonte nos confinou.

É mais para além…muito mais para além, até de nós mesmos….sem medo da lonjura ou vastidão…sem medo de nada, porque tudo é Criação Divina, tudo é Consciência…e estamos todos bem.


Alexandre Viegas



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