domingo, 29 de agosto de 2021

Um poema


Donell Gumiran
 



Não quero abrir a boca
O que devo cantar?
Eu, odiada pela vida,
Não há diferença entre cantar e não cantar.
Por que eu devo falar sobre a doçura?
Quando eu sinto tanta amargura?
Oh, a festa do opressor.
Ele tocou na minha boca.
Não tenho nem um parceiro nessa vida.
Para quem eu posso ser doce?
Não há diferença entre falar, rir.
Morrer, ser.
Eu com minha solidão exausta
Com dor e tristeza.
Nasci para nada.
A boca deve ser selada.
Oh, meu coração, você sabe que é primavera.
E hora de comemorar.
O que devo fazer com uma asa presa?
Que não me deixa voar?
Estive quieta muito tempo.
Mas eu nunca esqueço a melodia,
Porque cada momento murmuro
As músicas do meu coração
Que me lembram do
Dia que eu vou quebrar a gaiola.
Voar dessa solidão
E cantar com melancolia.
Eu não sou um Álamo fraco.
Que qualquer vento vai abalar.
Eu sou uma mulher afegã.
Então, só faz sentido gemer.


Nadia Anjuman 




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