Theraphosidae é uma família de aranhas, que inclui as espécies conhecidas pelos nomes comuns de tarântulas (português europeu) ou caranguejeiras (português brasileiro), que se caracterizam por terem pernas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de cerdas.
As tarântulas habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. A tarântula encontra-se distribuída por Marrocos, Balcãs, Espanha e sudoeste de Itália.
Existem várias espécies de tarântulas, algumas são pequenas e outras são grandes.
Enquanto crescem, têm uma fase de troca de pele chamada ecdise.
Apesar do tamanho e aspecto sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
É um dos artropódes, da classe dos aracnídeos e da família dos Licosídeos que se divide em doze espécies. As tarântulas são aranhas de grandes dimensões cuja picada costuma ser dolorosa.
A tarântula (Lyeosa tarentula) vive em zonas secas sobretudo em buracos subterrâneos.
É responsabilizada por produzir, quando pica, grandes perturbações orgânicas.
A tarântula tem hábitos noturnos e alimenta-se de insetos que mata com o seu veneno.
O veneno da tarântula não é mortal para os humanos.
A época de reprodução ocorre na primavera, os juvenis eclodem no fim do verão e a primeira semana vivem-na protegidos pela fêmea.
Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul.
As aranhas são animais invertebrados, pois não possuem coluna vertebral. São consideradas um dos grupos mais diversos de invertebrados terrestres, perdendo apenas para os insetos.
Elas apresentam quatro pares de patas e a quantidade de olhos pode variar, algumas com dois, seis ou oito.
Essas aranhas possuem patas grandes e o corpo coberto de pelos, que produzem uma substância urticante, ou seja, irritante, que pode provocar alergias na nossa pele e ser bastante doloroso.
Podem ser de diversas cores: azul, rosada, preta, marrom, etc.
Etimologia
A aranha originalmente chamada de "tarântula" foi a espécie Lycosa tarantula, uma aranha lobo da família Lycosidae nativa da Europa mediterrânica. A Tarântula recebeu esse nome porque ela foi encontrada pela primeira vez em uma cidade na Itália, chamada Tarento. Além disso, na época as pessoas acreditavam que a picada dessa aranha era fatal e para que a vítima não morresse, a pessoa deveria dançar a “tarantela”, um estilo de música popular. O nome deriva da cidade portuária do sul da Itália, Tarento, região onde estas aranhas são facilmente encontradas e que, posteriormente, foi aplicado a quase todas as espécies de aranhas de grande porte, especialmente a família das Mygalomorphae, das regiões mais quentes da América e as theraphosidae. Durante muito tempo acreditou-se, no sul da Europa, que uma pessoa picada pela tarântula seria tomada de extrema melancolia e poderia mesmo morrer se não se entregasse a uma dança frenética, a tarantela, capaz de eliminar o veneno pela transpiração. Tanto o nome do agente causador do suposto distúrbio quanto o da dança derivam do toponimo da cidade italiana.
O termo vem do latim tarento, de origem grega Taras (do genitivo tarantos, provavelmente a partir da ilíria darantos, que significa "carvalho"), personagem da mitologia grega fundador da colonia grega de Taras (Tarentum, a moderna cidade de Taranto).
Ciclo de vida
As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registrados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.
Hábitos
As tarântulas são animais solitários e noctívagos.
Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.
Essas aranhas possuem hábitos cavadores, ou seja, passam boa parte de suas vidas a cavar buracos e tocas, e moram em baixo da terra. Ela só sai da sua toca quando procura comida, tais como pequenos invertebrados e insetos.
Esse tipo de aranha é muito comum no sudeste da Ásia.
É um animal bem ágil, que se defende muito bem. Seu veneno é potente, podendo provocar cãibras musculares, dor e inflamação local.
A Tarântula Azul tem preferência por lugares húmidos e temperaturas em torno de 25 ºC.
Estes animais apresentam uma enorme variedade de formas e cores e algumas são capazes de mimetizar, ou seja, imitar outros seres vivos, como formigas, besouros, vespas, moscas e partes de vegetação, como galhos.
As tarântulas, de tempos em tempos, perdem o seu esqueleto externo (exoesqueleto), durante um processo chamado de ecdise ou muda, algo muito parecido a uma metamorfose. Elas realizam este processo para conseguirem crescer e, ao mesmo tempo, substituírem órgãos internos ou patas perdidas. Este processo é algo comum em certas famílias de artrópodes.
Muitas vivem próximas a nós, devido ao ambiente em comum e a facilidade de obter comida, tais como insetos, que são atraídos pela presença humana. A maioria não são agressivas e geralmente são inofensivas, porém, muitas espécies são venenosas.
O veneno pode ser fatal, principalmente em crianças. Deve-se procurar uma emergência médica em caso de picada o mais rápido possível!
Toca
A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho normalmente é quem faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.
As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras aranhas ou roedores.
São forradas com a sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo.
Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade.
Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.
Reprodução
O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Os machos têm seus pedipalpos modificados para a cópula. Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de pôr os ovos.
As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão.
Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.
Preservação
A tarântula é espécie ameaçada devido principalmente à destruição do seu habitat, proporcionando um número elevado de atropelamentos e a caça para criação como animal de estimação. Em contrapartida, é uma das aranhas mais criadas em cativeiro.
Quando criadas em cativeiro, as aranhas ficam separadas pois são canibais, ou seja, podem devorar-se umas as outras.
Não existem regras específicas para alimentar as tarântulas, basta dar três ou quatro pequenos insetos, como grilo ou formiga por semana, para terem um crescimento bastante saudável.
Naturalmente, apresentam hábitos solitários.
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