quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Arquétipos da Psique Humana

 





Muitas pessoas ainda percepcionam a astrologia como uma forma de prever acontecimentos, como uma ferramenta disponível para “controlar” a vida ou, pelo menos, torná-la menos imprevisível. Todos temos necessidade de segurança, de certeza… necessidade de ter um senso de permanência. 
Historicamente e, ainda para muitos, a Astrologia servia para preencher estas necessidades. 

O desenvolvimento do Ser Humano e o desenvolvimento da sua complexidade psicológica e da complexidade da sociedade, fez com que, pelo menos do meu ponto de vista, não seja possível continuar a percepcionar a Astrologia desta forma limitadora. 

Se até há pouco tempo um homem nascia e vivia dentro dos limites ambientais e sociais, hoje já não é bem assim. Até há pouco tempo era fácil prever acontecimentos – nascias escravo, escravo serias. 

Nunca o símbolo teve tanto poder como hoje. 
O símbolo ajuda-nos a percepcionar padrões, não acontecimentos… e os padrões podem tomar uma multiplicidade de formas. 

Ficar retido na forma limita a aprendizagem. 
Integrar e harmonizar o padrão potencia a liberdade. 

O símbolo é o meio que nos pode transportar para a maior viagem da nossa vida - o encontro connosco, o caminho para o inteiro. O ambiente e a sociedade podem ainda ter um papel limitador importante na nossa vida, mas ganhámos a liberdade da escolha
Para muitos esta liberdade ainda não é completamente consciente e, por isso, procuram no exterior realização. 

Ver o Universo como uma ordem inteligente, e ver a vida de cada um de nós com um propósito evolutivo dentro dessa ordem, abre-nos, de facto, possibilidades infinitas dentro do caos aparente do dia a dia.


 “Carl Gustav Jung mostrou, além de qualquer dúvida, que os principais agentes motivadores da vida, presentes na psique individual, e os padrões psicológicos globais, presentes em culturas inteiras, são factores arquetípicos na psique humana. Esses arquétipos são essenciais na camada psicológica da vida. Jung descreve os arquétipos como princípios universais que são a base e a motivação de toda a vida psicológica, individual e colectiva. Tanto na Astrologia como na mitologia, esses princípios universais constituem o principal campo de estudo, sendo que a diferença entre elas está no facto de que a mitologia dá ênfase às manifestações culturais dos arquétipos, em vários planos. Enquanto a astrologia utiliza, como sua linguagem, os próprios princípios arquetípicos essenciais, para poder compreender as forças e as configurações fundamentais presentes tanto na vida individual quanto cultural. Em qualquer cultura, o mito serve, idealmente, como uma força vitalizante, porque mostra o relacionamento do homem com uma realidade maior, mais universal. Os Deuses da mitologia (exactamente como os planetas da astrologia) representam forças e princípios vivos existentes no universo e na vida de cada um de nós”
 – In Astrologia, psicologia e os quatro elementos
Stephen Arroyo 

Como o Rudhyar escreveu tão sabiamente, 
 “interesso-me por pessoas que vivem e se esforçam no sentido de realizar a totalidade do seu potencial de Ser, AGORA.” 

Eu sou tudo o que sou… 
o que aprendi, vivi, experimentei… 
o que sei e não sei... 
o que integrei e não integrei... 
e é esse tudo que Eu Sou que está Presente. 
Sempre! 


Vera Braz Mendes




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