segunda-feira, 18 de maio de 2020

Consciência





A Consciência 
é algo muito difícil de definir.
As pessoas 
têm tentado explicar a consciência 
e perceber o que é exactamente.
O que significa para nós, 
Seres Humanos.
Porque é que sequer a temos.

Andrew Newberg




Nick Herbert, físico de Oxford, trabalhou em magnética, electrostática, física termal e óptica, escreveu o livro "Quantum Reality: Beyond the Physics", diz que o universo demonstra a sua interconectividade para além do Espaço e do Tempo. E por isso se dedica agora a investigar a Consciência.
Ele diz que a Consciência é o maior problema, e por isso a Física se descartou desse problema.
Podemos encontrar todas as forças e todas as partículas da natureza mas, e depois?
Diz que vamos ter de lidar com os problemas mais difíceis como, a natureza da Mente, e outros ainda maiores que ainda nem sabemos problematizar.

Todos temos Consciência!
Todos somos seres conscientes.
Ela anda sempre connosco.
Qualquer sensação, experiência, pensamento, acção e interacção joga com a Consciência.
Ela é fundamental a tudo o que fazemos.

Arte, ciência, relacionamentos, vida.
É a constante das nossas vidas.
E contudo, a ciência tem-na examinado com muito pouca profundidade.
Nos seus 400 anos de vida, a ciência fez imensos progressos na compreensão do universo físico a todas as escalas, desde o Quark ao Quasar.
Mas, a consciência continua a ser um "buraco negro intelectual".


Por que estamos nós aqui?
Bem, essa é a questão principal, não é?
Por nós, entendo que se esteja a falar de seres conscientes, ou seja, nós.

Stuart Hameroff


Muitos cientistas, na física como na psicologia e neurologia, ainda estão imersos no paradigma materialista/newtoniano, vêem a consciência como um produto do funcionamento do cérebro.
Chamam-lhe "Epifenómeno", que significa basicamente efeito secundário ou subproduto.
Basicamente isto significa que "Eu" sentir alguém é um acidente da evolução.
E que quando o cérebro morre, o "acidente" desaparece e o pacote vai ter com o resto do embrulho ao lixo.

Se a consciência é tão importante e fundamental, por que é que se sabe tão pouco acerca dela?
Uma das explicações é que é como estar à procura dos óculos com eles na cara. Sempre ali esteve, por isso é tomada como certa. Outra razão ´é que vivemos numa Era extremamente materialista, dominada pela ciência materialista. Por outras palavras, enquanto cultura, estamos muito interessados nas coisas "lá fora" e pouco no que se passa "cá dentro".
E, quando voltamos a nossa atenção para dentro, preocupamo-nos mais com o conteúdo da consciência, a matéria que popula as redes de neurónios - pensamentos, sonhos, planos, especulações - do que com a consciência propriamente dita. Interessamo-nos pelas imagens do filme, mas esquecemo-nos de que sem o ecrãn no qual passam as imagens não estaria lá nada.
Mas, provavelmente a razão mais importante seja que a consciência não cabe no paradigma newtoniano. Não é feita de matéria mensurável. Não podemos pôr uma régua na consciência.
E a maior parte dos cientistas permanece imersa na visão do mundo que há centenas de anos Descartes separou: intangível, ou não-físico, ou espiritual, para sempre separado do físico. Assim, para explicarem a consciência apenas têm um fenómeno de química e circuitos neurais baseados no cérebro. E nesse paradigma, os cientistas chegaram a chamar à consciência uma "anomalia".

"Um grande reflexo da nossa sociedade materialista é:
Quem são os heróis nas nossas escolas?
As escolas significam educação, conhecimento, aprendizagem, ou seja, a vida mental.
Os heróis são os atletas, a vida física!"

William Arntz


A verdade é que, actualmente, a ciência não tem estrutura para compreender a consciência.
E por isso, a maior parte dos cientistas virou-lhe as costas e voltou-se para outras coisas.
Isto é o que acontece quando os paradigmas são desafiados, e as pessoas são postas em causa.
Quando aparecem pela primeira vez anomalias num paradigma, são normalmente subestimadas ou rejeitadas.

"A pesquisa ao nosso cérebro ajudou a lançar luz sobre estados de consciência mais altos, para além de estar acordado, sonhar e dormir. Existem sete estados de consciência. Para além dos três que normalmente sentimos, existe a consciência pura. É o estado mais simples de consciência humana, um estado silencioso, profundamente instalado, de consciência livre no qual a mente se identifica com e sente o campo unificado de todas as leis da natureza."
John Hagelin

O fenómeno do Electromagnetismo não podia ser explicado segundo os termos dos princípios aceites da física, mas também não podia ser descartado. Assim, contra a resistência prevalecente, tornou-se necessário levar os Campos em consideração. Fala-se de Campos desde o início do Séc XIX, mas durante muito tempo não foram levados a sério. Foram então aceites como aspectos intrínsecos e fundamentais do Cosmo.
Talvez seja a altura de fazer o mesmo com a Consciência!
O desafio pode ser semelhante.
Tal como a carga electromagnética e os Campos eléctricos e magnéticos tinham uma característica ou natureza diferente dos objectos sólidos que estavam no âmago do modelo newtoniano, a consciência é um nível de realidade ainda mais subtil do que as Forças ou os Campos de Forças.
Mas, se é um nível de realidade, e se a física pretende arranjar uma genuína "teoria de tudo", a consciência tem de ser incluída, integrada.

"Temos estado dentro de um modelo científico que diz que tudo pode ser reduzido apenas a matéria ou a energia. Tudo é na realidade energia, sendo a matéria uma forma de energia. E segundo este modelo, a consciência como nós a sentimos, é apenas epifenomenal. Ou seja, é um subproduto da actividade cerebral; não é fundamental.
Mas, isto pode não ser verdade!
Pode ser a consciência em si que é fundamental, e a matéria-energia ser o produto da consciência.
Este tem sido o assunto básico com o qual lidamos há muito tempo, sem nunca o conseguirmos resolver com clareza."

Ed Mitchell

O estranho comportamento do mundo subatómico forçou os cientistas a mudar.
O paradigma em que viviam era uma teoria linda destruída por um facto feio.
Há "factores feios" a forçar o mundo científico a mudar, tais como:


  • A maior parte das pessoas já teve pelo menos uma experiência que não pode ser explicada pelos meios normais ou descartada como sendo apenas uma coincidência.
  • Têm sido estudados registos de experiências de quase-morte que relatam experiências muito semelhantes às de "fora-do-corpo".
  • As regressões de memória a vidas passadas apresentaram factos obscuros de tempos passados aos quais o sujeito não poderia ter tido acesso e que se revelaram ser verdade.
  • A visão remota, a capacidade de transcender o tempo e o espaço para obter informação, tem tido tanto sucesso que os EUA e a Rússia tinham e têm equipas de visionários à distância a fazer espionagem, e também a ajudar a resolver crimes inexplicáveis.
  • Existem experiências que demonstram estatisticamente como a intenção humana altera processos quânticos aleatórios, e não apenas colapsar funções de onda.
  • Curas milagrosas, em casos de esperança de vida curta.
  • Sonhos proféticos.
  • E a lista continua...


Começa a parecer um pouco descabido insistir que todos estes factores são apenas ilusões, coincidências, e continuar a negar que a consciência possa ser uma realidade.

"Se a existência da consciência não pode derivar de leis físicas, a Teoria da Física não é uma verdadeira teoria de tudo. Assim, terá de haver uma teoria final que contenha um componente adicional fundamental. Para isto, proponho que a experiência consciente seja considerada uma característica fundamental, irredutível a qualquer coisa mais básica"
David Chalmers

"Penso que a consciência é este alerta que temos, esta vida interior de experiência, que nos distingue dos robots e dos zombies, que podem ter um comportamento complexo, tratando dos seus assuntos e fazendo as suas coisas sem ter nenhuma experiência interior.
Eu diria que a consciência é uma sequência de eventos discretos. Estes eventos conscientes, que são efectivamente este tipo particular de estado de redução quântica devida ao limiar do nível fundamental, de geometria espaciotemporal, acontecem cerca de quarenta vezes por segundo"

Stuart Hameroff


Stuart Hameroff e Roger Penrose avançam nessa direcção, apresentando uma Teoria da Consciência baseada em microtúbulos do cérebro.
Perguntar "O que é a Consciência?", e "O que é a Realidade?", são os dois lados da mesma moeda!
Em vez de presumir que a consciência de alguma coisa provém do mundo material, tal como faz a maior parte dos cientistas, temos de considerar a visão alternativa que diz que a consciência é tida como um composto fundamental da Realidade. Tão fundamental como o Espaço e o Tempo, a Matéria, e talvez ainda mais.
O componente fundamental em que todas as coisas provêm da nascente subjacente da consciência.

"A mais antiga experiência, o início do universo, digamos, acontece quando a consciência pura, o Campo Unificado ao olhar para si próprio, cria dentro da sua natureza essencialmente unificada a estrutura tripla do observador, observado e processo de observação. Daí, no mais profundo nível da realidade, a consciência cria a criação de forma a que, sim, exista uma relação muito íntima entre o observador e o observado. Estão em última análise unidos como um Todo inseparável na base da criação, que é o Campo Unificado, que é também a nossa mais interior consciência, o Eu."
John Hagelin


É preciso usar a Consciência, para investigar a Consciência!!!
Tal como os cientistas físicos usam aparelhos físicos de medição, os exploradores da consciência usam o mesmo veículo para descobrir a realidade. As fronteiras do "Eu" desaparecem revelando que o "Eu" é Tudo, em Todo o Lado, em todos os momentos.
O que sugere que não só a consciência não é criada pelo cérebro, como o cérebro limita a consciência.
Quando essa experiência acontece, apercebem-se de que representa um nível mais fundamental de realidade do que a nossa realidade material quotidiana onde vivemos normalmente.
De facto, quando já não estão a ter a experiência, continuam a percepcionar que essa realidade é mais real, que representa a forma mais verdadeira e mais fundamental da realidade. E o mundo material em que vivem passa a ser uma espécie de realidade secundária para eles.

Mas, estarão a mudar a realidade "lá fora"?
Por exemplo: O risco no seu carro não o afecta grande coisa, mas pode mudar o risco no carro?
Só cada um pode determinar isso para si.



in, Afinal O Que Sabemos Nós?





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