Lá chegará o tempo em que já vibramos num tão elevado estado de Amor, que a escolha perante o Amor e o medo será óbvia e automática. A cada encruzilhada, o Amor e todas as suas infinitas representações e manifestações será imediatamente reconhecido, validado perante as vibrações densas do medo e logo, a escolha, será fácil e fluída.
No nosso tempo, o medo ainda se sobrepõe ao Amor. Ainda temos uma dificuldade imensa de distinguir uma energia da outra. Facilmente nos confundimos ou iludimos e caímos que nem uns patinhos, principalmente quando o medo se disfarça de amor.
Não é raro encontrarmos este fenómeno por exemplo na pessoa sem qualquer respeito pessoal ou amor próprio que diz amar perdidamente alguém. Ou também na pessoa que confunde o seu estatuto social ou riqueza material com amor próprio.
Uma das maneiras mais fáceis então de percebermos se andamos iludidos é tomarmos consciência de onde anda o nosso foco.
- Está no que está fora?
- No que os outros dizem ou acreditam ou esperam de ti?
- Está na segurança material de um bom emprego ou de dinheiro no banco?
- Está na ilusão das relações sem qualidade que manténs no trabalho ou na família?
- Ou, pelo contrário está dentro de ti honrando o ser único e diferente que és e no que sentes?
- Tens o foco nos teus potenciais, na tua segurança e confiança, no teu amor próprio e sentido de responsabilidade pela tua felicidade?
- Está na tua liberdade e alegria de seres quem és e de escolheres dar vida aos teus sonhos e honrares a tua história pessoal?
- Resumindo, ainda precisas de retorno externo ou já aprendeste a validar-te a ti mesmo e a aceitar amorosamente quem és e a fazer escolhas de qualidade?
Onde está o teu foco, está a tua energia.
E onde colocamos a nossa energia, virão as respectivas consequências.
A densidade do medo, nos tempos que correm ainda é a energia dominante. O mundo e a densidade do ser humano é prova disso. Ainda nos é imensamente difícil escolher pelo Amor pois os preços a pagar por tais escolhas são elevadíssimos e por isso mesmo o Amor acaba, na maior parte das vezes, por ser uma escolha adiada.
É então pela experiência que a humanidade, neste estágio, aprende.
Ou seja, como a escolha simples do Amor não é fácil ou sequer possível, se estamos desconectados internamente do Amor e permitindo que o medo ganhe, precisamos percorrer o caminho do que NÃO É AMOR, para que um dia a escolha do Amor possa ser óbvia e feita sem hesitação.
Vera Luz
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