2013, um ano regido por Saturno!
Saturno, favorece muito projectos financeiros, ajuda na organização e na busca por elaborar estratégias para o sucesso no trabalho.
Mas não espere nada cair do céu!
Os signos nativos da Terra (Touro, Virgem e Capricórnio) estarão entre os maiores beneficiados...
Um novo ano está à porta e aproxima-se a grande velocidade, qual furacão a entrar em nossas casas.
E sim, a palavra furacão é uma alusão à incerteza e possíveis dificuldades ainda mais aflitivas que as que este ano vivemos.
A incerteza é uma certeza.
Imaginamos o que nos espera, mas estaremos preparados para um ano ainda mais difícil? Porque as dificuldades que se avizinham serão ainda maiores e mais sentidas se não estivermos preparados para as receber e vivê-las de forma a não nos destruirmos e destruirmos o outro, os outros, os alguéns, os que não vemos e os que vivem ao nosso lado.
O começo de um novo ano faz-nos sondar a passagem do tempo na nossa vida.
O que acaba, o tempo ou a vida?
O tempo é finito, mas a nossa vida pode suportar o tempo e caminhar para além dele.
O que está por vir não é algo predeterminado, mas constrói-se na marcha implacável do tempo. Dentro dele, livremente, vamos ao encontro da felicidade ou da desgraça.
Temos a nossa liberdade para decidir o caminho a escolher.
Uma liberdade lado a lado com a responsabilidade, porque o caminho mais fácil será culparmos todas as crises e todos os outros pelas dificuldades que advirão.
Será nesta liberdade e respeito pelo semelhante que poderemos ter esperança que os problemas poderão ser minorados.
Esta responsabilidade é-nos dada por Dostoievsky:
“Somos todos responsáveis por tudo e por todos e eu mais do que qualquer outro e antes de qualquer outro”.
Desta maneira, cada um tem de responder sob a injunção do outro, independentemente daquilo que cada qual faça.
Ou seja, esta regra é a condição para cada um saber agir por si, sem esperar nada em troca.
É saber agir em função da nossa consciência, do reduto último da nossa humanidade;
é agir em função do bem para além do Ser.
Este é o verdadeiro humanismo: responder em função do apelo do outro sem almejar qualquer recompensa que não a execução do bem pelo bem.
Será o tempo em que teremos de praticar a ética nas nossas vidas em todas as frentes. O habitual é surgir o “eu” que se vai rodeando de diversos predicados, no entanto, a responsabilidade não é uma qualidade do “eu”, é o próprio “eu”.
Quem nos ensina isto são os mestres do saber e da filosofia, desde Levinas a Derrida, passando por Ricoeur.
E esta é a altura para nos socorrermos dos ensinamentos dos Mestres e dos que dedicaram a vida ao conhecimento, porque com eles estaremos mais preparados para enfrentar as adversidades e o desconhecido.
Sem nos recolhermos à nossa concha e apenas olharmos o nosso umbigo.
Porque, este sim é o verdadeiro perigo.
Ao contemplarmos apenas o nosso eu, desprezamos os outros e secamos as nossas vidas e tudo em volta.
Faço, pois, um desafio a todos vós, a todos nós.
Vamos enfrentar um ano difícil, sim.
Mas não esqueçamos os valores, não esqueçamos o outro, numa qualquer desculpa da crise e obstáculos que, sim, também, são, serão, muitos.
Vamos ter esperança em nós e nos outros, sem angústias e desalentos.
Vamos fazer como Orson Welles:
"Mesmo quando não havia nenhuma esperança,
sempre procurei dar o melhor de mim."
E não resisto a citar também António Feio:
“Não se esqueçam de serem felizes!”
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