A maior parte de nós cresceu
sem qualquer consciência
das razões que nos levaram
a escolher os nossos pais.
Não faz parte da nossa cultura esse tipo de educação e por isso quanto mais tensa e difícil a relação, mais sofrimento ela irá causar, mais emoções pesadas ela irá alimentar, mais mecanismos de sobrevivência e proteção iremos desenvolver.
Por ignorância, não iremos no entanto fazer o mais importante, o mais saudável e o mais libertador: compreender as razões que nos levaram a escolher os nossos pais para que então possamos dizer com toda a paz e amor:
"Tu és, ou eras, o pai e a mãe perfeitos para mim, e para a história e aprendizagens desta minha encarnação."
Do ponto de vista da nova alma que encarna, ela faz um projeto e define propostas de aprendizagem que irão implicar pessoas e circunstâncias já pré-definidas e por isso, é importante conhecer esse plano pois, a vida irá trazer-nos não o que queremos ou gostaríamos mas sim o que está em sintonia com esse plano.
Não é raro por isso vermos relações tensas, ou total afastamento dos pais quando eles estão vivos, ou uma enorme culpa ou peso de não ter havido cura e pacificação depois de eles partirem.
É importante lembrar que a cura é um processo pessoal.
Nada tem a ver com pedidos de desculpas, fazer pazes, abracinhos ou perdões e, não precisa sequer de envolver a pessoa com quem sentimos tensão. A cura é pessoal, é interna, implica mudança de perspectiva interna, do julgamento para a compaixão.
Ou seja, usando uma frase maravilhosa do Terapeuta Bert Hellinger,
"a paz acontece quando todas as pessoas da nossa vida têm um lugar de amor no nosso coração".
Se ainda não consegues, ou sentes atrito, tensão e julgamento para com algum dos teus pais, acredita que não só é possível dissolver e transformar essas energias, como elas são essenciais ao teu processo de crescimento e evolução pessoal.
Vera Luz
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