Sim, a Humanidade precisa de rebeldes, de pensadores, de questionadores, de inconformados, de defensores do bem, de quem ainda sonha com pessoas reais, humanas, sensíveis e corajosas, de quem ainda acredita que a humildade, a empatia e a consciência são as ferramentas do Guerreiro da Luz e o espírito de cooperação e a harmonia como família humana o grande objetivo.
Hoje em dia está na moda querer ser diferente, fazer exigências, reclamar direitos, impor vontades, içar bandeiras, defender princípios que infelizmente apenas nos afastam do verdadeiro Caminho, tanto na forma como no conteúdo.
de reclamarmos a nossa rebeldia
perante os outros e o mundo,
precisamos primeiro reclamá-la
dentro de nós.
E como?
Fazendo todo o trabalho de reconhecimento de quem somos, em que acreditamos, que valores defendemos, como nos relacionamos connosco próprios, que consciência e integração já fizemos da nossa sombra, que qualidades e talentos carregamos, que vibração emanamos e quão responsáveis somos pelo que ela causa e nos devolve, que equilíbrio e paz interior já atingimos e como queremos contribuir para um mundo melhor e com mais amor.
Basta abrir as notícias para vermos violência de vários níveis, desrespeito, abusos de poder, mentira, hipocrisia, exigências, jogos de poder e manipulação, corrupção, competição, falsidade.
O olho de terapeuta vê inconsciência pessoal, falta de amor próprio, inseguranças, projeções de sombra, desconexão espiritual, falta de valores, ou seja, muito ego e pouca alma.
O Caminho é interno, é pessoal, faz-se pelo silêncio, é solitário, é exigente pois os desafios não são entre nós e o mundo mas sim, entre o nosso ego e a nossa alma. Entre a nossa sombra e a nossa Luz.
Se fosse fácil já seríamos todos iluminados mas, a realidade mostra bem o quão difícil ele é e como caímos que nem ratinhos na primeira ratoeira das tentações do mundo e da nossa sombra.
Toda a reação aos outros e à realidade exterior, é o ainda reativo mecanismo de sobrevivência, de defesa e ataque do ego. Não é ainda a resposta calma, pensada e sentida, de como a alma escolhe responder ao desafio, sabendo ela que a resposta certa e que garante a sua evolução, será sempre a partir do amor.
A sua vida e as pessoas que lá encontra, é o palco onde escolheu colocar-se à prova, testar-se ao limite, superar-se a si mesmo, vencer as suas batalhas internas que nada têm a ver com o outro. O outro é apenas o activador, a oportunidade, o lembrete da batalha do momento.
Ser rebelde não é então fazer o que queremos mas sim, SER o que queremos. Ou seja:
- Ser o respeito que reclamamos do outro.
- Ser o amor que reclamamos do outro.
- Ser o apoio que reclamamos do outro.
- Ser a atenção que reclamamos do outro.
- Ser a alegria que reclamamos do outro.
- Ser o responsável que reclamamos do outro.
- Ser o sensível que reclamamos do outro.
- Ser o Ser Humano que reclamamos do outro.
Aqui se resume o princípio da Ovelha Negra, a sua exigente mas poderosa proposta.
A pergunta é: estás à altura?
Vera Luz
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