Aquele que coloca em cheque todas as suas crenças é, literalmente, um demônio na sua frente.
Ele representa o seu fim. Se você ouvir o que ele diz, você morre.
Para que você continue vivendo, você precisa ignorá-lo. Não há outra opção.
Uma pessoa vive a sua vida de acordo com suas crenças.
Seus amigos, seu trabalho, sua conduta é toda definida pelo o que ela acredita ser.
Questionar suas crenças é, lá no fundo, questionar toda a sua vida. Todo o motivo da sua existência na terra. Isso é duro demais.
No filme Matrix, o personagem Morfeu tem essa função.
Ele te oferece duas pílulas.
A azul te mantém "vivo" dormindo na matrix.
A vermelha te mata.
Neo morre quando toma a vermelha. Ele tem que renascer fora da matrix. Isso fica muito claro. Tudo aquilo que ele acreditava ser real era uma ilusão. Isso quer dizer que ele viveu sua vida inteira mergulhado nessa ilusão.
Requer muita coragem para escolher a pílula vermelha.
Na azul, nada muda. Você continua seguindo sua vida monótona, sem sentido, indo dormir e acordando sem saber o que você realmente ta fazendo. É claro que você vai ficar doente. Você se tornou uma espécie de ratinho de laboratório num sistema um pouco mais complexo que simplesmente correr na rodinha e comer o queijo. Porém, os mecanismos são os mesmos. O rato não sabe porque tá ali.
Você também não. Você não sabe porque vive a vida que vive. Porque acredita no que acredita.
Você deseja muito a pílula vermelha... mas para isso você precisa enfrentar o seu maior medo: a morte.
Luener Corrêa
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