Chegamos ao fim do dia e cada um
pensa para seu lado que isto não
é vida, deixámos na terra os habituais
sinais com tanto de amor como
de desespero e, de mãos vazias,
de coração ainda com alguma coisa
mas quase vazio, batemos com a força
que nos resta, pela última vez, à porta
das sensações e a porta das sensações
abre-se-nos muito devagar
para uma esplendorosa noite cinzenta.
Helder Moura Pereira
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