segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Theodotos
Consciência das Leis Universais
A espiritualidade, ou seja, a consciência das leis universais e da viagem de evolução pessoal, acordam-nos para cumprirmos o nosso propósito e para a responsabilidade sobre tudo o que vamos colhendo como consequências de ações passadas, e também sobre o que vamos semeando através das nossas escolhas presentes.
Enquanto este Despertar para o nosso mundo interior não acontece, vivemos adormecidos presos à Matrix, ou seja, às realidades exteriores e materiais, sejam elas objectivos e metas profissionais, sociais, familiares ou mesmo românticas.
Este estado de inconsciência espiritual impede-nos de percebermos o que nos acontece, porque nos acontece, quando nos acontece, e quem nos rodeia e faz-nos acreditar que somos impotentes e que estamos sujeitos ao caos, à sorte e ao azar.
O Despertar faz-nos perceber que a realidade exterior é afinal um holograma da realidade interior.
São muitos os filósofos e cientistas que começaram a perceber que a fonte de energia do cosmos é uma só, que é inteligente, que é dual, que é intemporal e que se manifesta tanto no plano físico (ciência) como no plano metafísico (espiritual).
Tenho reparado que ainda há muita gente que vê o caminho espiritual como um caminho de amor, alegria e paz interior. Um caminho onde os testes se tornam mais leves e os desafios são cada vez menores.
A consciência do caminho espiritual é precisamente a capacidade de ver o mundo pelos olhos da dualidade, de a reconhecermos em tudo lá fora no mundo e dentro de nós próprios.
Ou seja, o caminho espiritual pede de nós a atitude do Mestre que enfrenta e ilumina a sombra quando ela se manifesta, e não do velho conceito de "santo" que nos ilude na busca da perfeição.
É por esta razão que muitos sentem o fenómeno de atraírem ainda mais sombra na forma de desafios, quando despertam e se começam a iluminar por dentro. Quanto mais luz resgatarmos dentro, mais preparados estamos para iluminar a sombra fora.
Enquanto vivemos inconscientes da nossa dualidade, luz e sombra são projetados nos outros e por isso tanto amamos, como odiamos. A consciência de que os outros são apenas projeções das nossas próprias energias e que nos cabe a nós curá-las no nosso interior, é uma das mais poderosas e libertadoras propostas do caminho espiritual.
Porque temos o livre arbítrio, muitas vidas se passarão em que iremos escolher a resistência e a projeção, adiando assim a tão ansiada cura e evolução e, claro, acumulando assim situações karmicas por resolver e iluminar.
Não é de estranhar por isso que, de vez em quando, o Cosmos se organize precisamente para "arrumarmos a casa", ou seja, para pormos em dia todas essas cargas acumuladas.
Tenho observado muitas histórias em que a encarnação presente parece ter sido tirada para isso mesmo. Ou anos como foi por exemplo o de 2010 ou o de 2018 e que ainda temos a viver até 2020.
Temos assim pela frente anos de intensidade, de cura, cheios de oportunidade de trazer à consciência velhos padrões que já não fazem sentido manter para que possamos estar livres para a abundância que temos em potencial e que irá aparecer lá mais à frente.
Vera Luz
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Things Ended
Saber Viver
1. "Evite fazer observações sarcásticas.
2. Se entrar em uma briga, bata primeiro e bata com força.
3. Nunca ignore uma mão estendida.
4. Tenha um aperto de mão firme.
5. Escute o que as pessoas têm a dizer. Não interrompa, deixe-as falar.
6. Guarde segredos.
7. Empreste apenas os livros que você espera não ver novamente.
8. Seja corajoso. Mesmo se não for, ao menos finja ser. Ninguém consegue perceber a diferença.
9. Olhe nos olhos das pessoas.
10. Escolha o companheiro da sua vida com cuidado. A partir dessa decisão, virão 80% de toda a sua felicidade ou miséria.
11. Se a casa do seu vizinho está em chamas, a sua também está em perigo.
12. Nunca elogie a si mesmo, se houver elogios, que venham dos outros.
13. Seja um bom vencedor.
14. Solte-se. Relaxe. Exceto por raros assuntos de vida ou morte, nada é tão grave como parece à primeira vista.
15. Quando aflito: respire fundo, assovie ou cantarole.
16. Dê às pessoas uma segunda chance, mas nunca uma terceira.
17. Cuidado ao queimar pontes. Você ficará surpreso quantas vezes precisará atravessar o mesmo rio.
18. Seja rápido em reconhecer aqueles que o ajudaram.
19. Guarde bem o nome das pessoas.
20. Assuma o controle da sua atitude. Não deixe que outra pessoa fale ou faça escolhas por você.
21. Visite amigos e parentes quando estiverem no hospital, você só precisa ficar alguns minutos.
22. A maior riqueza é a saúde.
23. Atenda o telefone com energia em sua voz.
24. Mantenha um bloco de anotações e um lápis em sua mesa de cabeceira. Idéias que valem milhões de reais normalmente surgem às 3 da manhã.
25. Mostre respeito por todos que trabalham para viver. Não importa o quão simples seja a profissão.
26. Vista-se adequadamente.
27. Elogie a refeição quando for hóspede na casa de alguém.
28. Não permita que o telefone interrompa momentos importantes. Ele está lá para sua conveniência, não para a de quem liga.
29. A menos que ela seja da sua família, sempre cumprimente uma mulher comprometida com um leve aperto de mão.
30. Não se demore onde você não é bem recebido.
31. Todo mundo “gosta” de ver você crescer, isso, até você começar a superá-los.
32. A inveja de um amigo é pior que o ódio de um inimigo. ⠀
33. Cuidado com as pessoas que não têm nada a perder. ⠀
34. Nunca pegue o que não é seu. Conquiste.
35. Se a bagunça é sua, limpe você mesmo. Termine o que começou. ⠀
36. Lembre-se de que 70% do sucesso em qualquer área se baseia na capacidade de lidar com pessoas. ⠀
37. Defenda os menores. Proteja os indefesos. ⠀
38. Não espere que a vida seja justa com você. ⠀
39. Ouça os mais velhos.
40. Jamais se esqueça de onde veio e lembre-se diariamente onde quer chegar."
Autor Desconhecido
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Poesia moderna
JOE FERRARO
ENTRE AMIGOS
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
A Pantera
Fugir da Verdade
Deve-se estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efectivamente a verdade. Fujo da verdade como tudo, porque acho que quem tem a verdade num bolso tem sempre uma inquisição do outro lado pronta para atacar alguém; então livro-me de toda a espécie de poder - isso sobretudo.Agostinho da Silva
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Dreamwood
DEPENDÊNCIA E A PROCURA DO ESTADO INTEGRAL
E é então que surge aquele relacionamento especial.
Parece ser a resposta a todos os problemas do ego e parece satisfazer todas as suas necessidades. Pelo menos assim parece, ao princípio. Todas as outras coisas a partir das quais você obtinha a sua sensação de identidade tornam-se agora relativamente insignificantes. Você tem agora um único ponto fulcral que as substitui, que dá sentido à vida e através do qual você define a sua identidade: a pessoa por quem está "apaixonado". Aparentemente, você deixa de ser um fragmento num Universo que não quer saber de si. O seu mundo tem agora um centro: a pessoa amada.
O facto é que o centro está fora de si e, por conseguinte, você continua a ter uma sensação de identidade com origem no exterior, o que ao princípio parece não ter importância. O que importa é que os sentimentos subjacentes ao estado não integral de medo, de carência e de insatisfação pessoal, tão características do estado egoico, deixam de existir.
Será?
Na verdade, esses sentimentos desaparecerão ou continuarão a existir sob a superfície de uma aparência de felicidade?
Chegará uma altura em que o seu parceiro se comportará de uma maneira que deixa de satisfazer as suas necessidades, ou antes, as do seu ego. Os sentimentos de medo, sofrimento e carência, que são parte intrínseca da consciência egoica, mas que foram encobertos pelo "relacionamento amoroso", vêm de novo à superfície.
Tal como qualquer outra dependência, você sentir-se-á bem enquanto a droga estiver disponível, mas chegará invariavelmente uma altura em que a droga deixará de ter efeito em si. Quando esses sentimentos dolorosos reaparecem, você sente-os com uma intensidade ainda maior e, pior ainda, passa a encarar o seu parceiro como a causa desses sentimentos. Significa isto que você os projeta para o exterior e ataca o outro com violência feroz que faz parte da sua dor. Este ataque pode despertar a do próprio parceiro que poderá contra-atacar. Neste ponto, o ego continua a ter a esperança inconsciente de que o seu ataque ou a sua manipulação serão castigo suficiente para levar o parceiro a mudar de comportamento, e assim usá-lo novamente para encobrir a sua dor.
Qualquer dependência tem origem numa recusa inconsciente de você enfrentar e ultrapassar a sua própria dor. Qualquer dependência começa e acaba com sofrimento. Seja qual for a substância de que fica dependente - álcool, comida, drogas legais ou ilegais, ou uma pessoa - você está a usar alguma coisa ou alguém para encobrir a sua dor. É por isso que, passada a euforia inicial, há tanta infelicidade e tanto sofrimento nos relacionamentos íntimos.
Não são eles que provocam sofrimento nem infelicidade. O que eles fazem é fazer ressaltar o sofrimento e a infelicidade que já estão dentro de si. Qualquer dependência faz isso. Qualquer dependência, passado algum tempo, deixa de ter o efeito de acalmar o seu sofrimento, e então você sente o sofrimento mais intensamente do que nunca.
É por essa razão que muitas pessoas estão sempre a fugir do momento presente e a procurar algum tipo de salvação no futuro.
A primeira coisa que encontrariam, se concentrassem a atenção no Agora, seria a sua própria dor, e é disso que elas têm medo,
Se ao menos soubessem como é fácil de aceder, no Agora, ao poder da presença que desfaz o passado e o seu sofrimento, da realidade que desfaz a ilusão.
Se ao menos soubessem quão perto estão da sua própria realidade, quão perto estão de Deus.
Eckhart Tolle
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
The City
....................................... o conceito de normalidade
É a aniquilação da nossa individualidade e o abafar de todas as características que nos tornam únicos, diferentes e maravilhosamente especiais. Não especiais porque somos mais ou melhores do que alguém, mas simplesmente porque somos diferentes e únicos.
O conceito de normalidade, nos dias que correm, não só é perigoso como é altamente subjectivo. Quando julgamos alguém por não ser “normal” estamos apenas a declarar que o outro não se encaixa no nosso modelo do mundo e logo no nosso conceito de normalidade. Infelizmente na maior parte das vezes a comparação vem de mão dada com o julgamento, que arrogantemente usamos para qualificar negativamente a diferença do outro.
- Mas o que é afinal ser normal?
- Que critérios definem normalidade?
- Será que a defesa da normalidade não esconde apenas um medo do diferente?
A verdade é que a diferença ainda é vista como negativa numa sociedade que tenta continuamente impor-nos moldes de igualdade e normalidade absurdos, que inconscientemente nos vão roubando a nossa individualidade.
Quanto mais constatarmos que não existem duas pessoas ou histórias iguais, mais fácil se torna de aceitar o conceito de diferença. E quanto mais aceitarmos o conceito de diferença, melhor o poderemos celebrar e festejar, expressando para o mundo o que nos torna únicos e extraordinários.
Acredito que lá chegaremos, quando pararmos de alimentar o julgamento negativo e conseguirmos sarar todas as consequências psicológicas e emocionais que daí advêm.
Só incentivando o que temos de melhor e diferente, aprenderemos a unir diferenças e poderemos criar um mundo melhor.
- Que lógica teria uma discussão comparativa entre as características e beleza de uma orquídea e entre as características e beleza de uma palmeira?
- Onde fica o conceito de “normal” quando comparamos um peixe com um tigre?
- O que é mais “bonito”, um pôr do sol ou a alegria de uma criança?
A magia da natureza reside precisamente na diversidade, na diferença e em como cada parte individual, única e diferente, contribui para o maravilhoso todo.
Que ridícula seria uma orquestra só com violinos!
Ou um quadro só com a cor amarela ou uma música só com a nota “dó”.
A descompensação desta questão cria dilemas tanto pessoais como sociais e até emocionais.
O nosso amor próprio, a nossa auto-estima, a capacidade de valorizarmos os nossos talentos e dons únicos, só pode acontecer quando abraçarmos a nossa diferença e nos libertarmos da necessidade de tentar encaixar em moldes externos que não respeitam a nossa individualidade. Só na consciência dessa diferença seremos capazes de reconhecer que contribuição única e diferente temos para dar à sociedade. Onde, como, de que maneira iremos oferecer o nosso dom único que trouxemos à Terra.
É no orgulho de quem somos e de quem nos queremos tornar que nasce a responsabilidade por essa diferença pessoal e logo social também.
Se continuarmos a investir a nossa energia a tentar ser normais, obviamente sem retorno positivo, desperdiçamos a nossa vida e perdemos a nossa oportunidade de oferecer ao mundo o tesouro que nos foi confiado, com as respectivas consequências emocionais de vivermos desalinhados do nosso propósito.
Todo o ser humano é diferente. A nossa história é pessoal e única, resultado de infinitos momentos únicos, consequência já das energias que trazemos de vidas passadas e logo não há duas histórias iguais.
Tenho observado que a dificuldade que temos de perceber e aceitar a nossa história pessoal e as energias que trazemos de vidas passadas vem da tomada de consciência de que ela foi, é e sempre será feita de escolhas e que obviamente nem todas foram ideais. Enquanto não houver disponibilidade, abertura e responsabilidade para abraçar a sombra que carregamos em nós, o Universo simplesmente suspende o acesso ao nosso potencial.
Compensando então o vazio que a ignorância sobre a nossa história cria em nós, o nosso ego aproveita-se para criar ilusões e filmes fantasiosos onde na nossa história, nos iremos sempre ver como o herói, o mártir, a vítima, o correto, o poderoso e o perfeito.
Enquanto este estado de encantamento durar, a verdade nua e crua de quem somos e do que carregamos na nossa mochila energética, não tem como se revelar. A partir do ego, a visão do mundo será sempre caótica, os embates positivos irão ser vistos como sorte e os embates negativos irão ser vistos como azares. Na visão do ego, Deus, Cosmos, Ordem Superior, Leis Universais não existem.
Porque a experiência do desligamento faz parte da viagem terrena, mais cedo ou mais tarde, acordamos. Algures num qualquer momento iluminado, com o livro certo, na conversa curiosa, chega a informação que rebenta a bolha da ilusão e do caos, conseguimos ver a ordem pela primeira vez e o despertar acontece.
Num tempo de transição enorme que apanhou o fim de Era, fim de século e milénio, nunca antes houve tantos “despertos”. Depois de séculos de vidas em estado de adormecimento, este despertar devolve-nos o poder perdido, a responsabilidade que rejeitámos e tudo fazemos para voltar à casa esquecida: a nossa alma.
Tenho percebido que em praticamente todos os ambientes e relações nos dias que correm, encontramos o violento embate destas duas visões do mundo. Entre casais, entre pais e filhos, entre colegas, amigos, a discórdia é permanente. Imaginem duas pessoas na mesma janela uma virada para fora e a outra virada para dentro a descrever as suas realidades. Claro que o que vêm é óbvio e real para elas e por isso a mudança interna se torna difícil de considerar e a tentação de julgar a visão do outro absurda ou distorcida toma conta. No entanto, quando são ainda condicionadas a conviver, ambas as visões têm algo a aprender uma com a outra.
O desperto está a trabalhar a sua oportunidade de pôr as leis da atração e do karma em ação. Está a colher as consequências do tempo em que viveu adormecido, está a observar no outro comportamentos seus passados. Está a ganhar humildade e a perdoar o seu próprio passado como adormecido. Está a aprender a libertar com amor e compaixão o que já não lhe faz sentido manter e a abraçar o seu grande objetivo presente; o seu desenvolvimento pessoal e evolução espiritual.
O adormecido na sua obsessão por poder e superioridade está a testar o amor próprio e todas as questões de poder pessoal do desperto. Está a viver as suas ilusões que irão obviamente gerar as respectivas desilusões. Está a fazer uso do seu livre arbítrio, escolhendo o que para si lhe faz sentido mesmo que esteja desalinhado da luz.
O que desempata então as duas visões da realidade e o que nos irá ajudar sempre a fazer boas escolhas?
A eterna dualidade entre o medo e o amor. Entre a culpa e projeção e a responsabilização pessoal. Entre a resistência e o medo e a capacidade de amar, fluir e confiar.
Claro que o que já despertou para a visão do amor irá facilmente reconhecer o adormecido pois ele próprio um dia assim viveu. No entanto o adormecido, fechado ainda na bolha da ilusão, não consegue ainda ver o amor e a luz.
Não é possível prever o momento em que este fenómeno acontece e muito menos forçá-lo a acontecer. É um momento muito mágico num tempo muito sagrado na viagem da nossa existência, que aguarda o alarme cósmico assinalando a hora em que despertamos e finalmente percebermos que a nossa velha visão do mundo era uma ilusão.
O mundo precisa de mais ativistas, de mais rebeldes, de mais atrevidos e de mais causas nobres. Temos dentro de nós o poder de mudar a nossa ação e de aos poucos inspirar quem nos rodeia a fazer mudanças também.
Como poderemos então ajudar a criar esse mundo maravilhoso onde cada um tem a oportunidade de mostrar o seu brilho único?
Qual a nossa contribuição pessoal na construção de um mundo que valoriza e incentiva a diferença?
Sugiro duas maneiras:
1. Atrevidamente defendendo causas que incentivem o amor-próprio, a autenticidade, a individualidade e a nossa essência. Atrevendo-nos a SER cada vez mais nós próprios, inspirando outros a fazer o mesmo. Trabalhando a confiança e coragem de mostrarmos a nossa diferença ao mundo. Sendo um exemplo.
2. Sendo pacificamente rebeldes, expondo a todos os níveis as caixas da “normalidade”. Criando resistências amorosas ou mesmo legais a tudo o que rouba o nosso brilho pessoal e o respeito pela diferença. Oferecendo alternativas criativas, incentivando o espírito de família humana onde cada um se respeita pela sua individualidade. Denunciando todo o tipo de julgamento, bullying, exclusão e desrespeito pela diferença e promovendo atividades que nos lembrem os que nos une como humanos.
Acredito verdadeiramente que a frustração, o stress, a depressão, o sentimento de desorientação da maioria são consequência do desligamento de cada um consigo próprio, com a sua essência e o orgulho de sermos nós próprios. É o resultado de anos a fio dentro da “caixa”.
Que cada um de nós consiga ir derrubando caixas, que se consiga manter fiel às suas causas e sendo capaz de fazer pequenas mudanças no seu mundo pessoal, pois serão todas elas que depois mostrarão resultados globais.
Vera Luz
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Canadian government strategy to Covid-19
THE WORLD ECONOMIC FORUM MISSION
FÁBULA DE JOAN MIRÓ
A Elegância do Comportamento
Inge Schuster
As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância de acordo com suas possibilidades. Isso é natural do ser humano, tanto que muitas pessoas buscam escolas que ensinam boas maneiras. No entanto, existe algo difícil de ser ensinado pelo número reduzido de professores, menor ainda de alunos e muito pouco de praticantes e, que talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a Elegância do Comportamento. É um dom que vai muito além do uso dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras; quando não há festa, cerimonial, etiquetas, nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam. E, quando falam, passam longe das maldades ampliadas de boca em boca.
É possível detectá-la também nas pessoas que não usam tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É cumprir o que promete.
Não mudar seu estilo apenas para adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho, solidariedade e respeito. Sobrenomes, cargos, jóias não substituem a elegância do gesto cordial e amistoso. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e viver nele sem arrogância. A essência do comportamento não se aprende nos bancos da Universidade.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é, no mínimo, simiesco. As pessoas de comportamento elegante falam no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente, não se alteram por motivos banais ou fúteis.
Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.
É respeitar a natureza divina do nosso corpo. É ser amigo sem conivência negativa. Ser sincero sem agressividade. Apresentar sua verdade sem alterar sua serenidade. Ser cordial sem fingimento. É ser simples com sobriedade. É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde. É ser generoso sem humilhar. É superar dificuldades com coragem, é encorajar os outros com a força do acreditar, do estímulo e da alegria nos momentos em que as forças parecem extenuar-se.
Guilherme Brasiliense
sábado, 14 de novembro de 2020
VIII - QUASI
Give without humiliating
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
שואה
A VIDA NÃO ESTÁ POR ORDEM ALFABÉTICA
Tiago Botelho
A vida não está por ordem alfabética como há quem julgue.Surge... ora aqui, ora ali, como muito bem entende, são migalhas, o problema depois é juntá-las, é esse montinho de areia, e este grão que grão sustém?Por vezes, aquele que está mesmo no cimo e parece sustentado por todo o montinho, é precisamente esse que mantém unidos todos os outros, porque esse montinho não obedece às leis da física, retira o grão que aparentemente não sustentava nada e esboroa-se tudo, a areia desliza, espalma-se e resta-te apenas traçar uns rabiscos com o dedo, contradanças, caminhos que não levam a lado nenhum, e continuas à nora, insistes no vaivém, que é feito daquele abençoado grão que mantinha tudo ligado... até que um dia o dedo resolve parar, farto de tanta garatuja, deixaste na areia um traçado estranho, um desenho sem jeito nem lógica, e começas a desconfiar que o sentido de tudo aquilo eram as garatujas.ANTÓNIO TABUCCHIin, TRISTANO MORRE
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
O Amor
O Executivo e o Pescador
"Um executivo de férias na praia observava um pescador sobre uma pedra fisgando alguns peixes com equipamentos bastante rudimentares: linha de mão, anzol simples, chumbo e iscas naturais.
O executivo chega perto e diz:
- Bom dia, meu amigo, posso me sentar e observar?
O pescador:
- Tudo bem, doutor.
O executivo:
- Poderia lhe dar uma sugestão sobre a pesca?
- Como assim? - Respondeu o pescador.
- Se você me permite, eu não sou pescador, mas sou executivo de uma multinacional muito famosa e meu trabalho é melhorar a eficiência da fábrica, otimizando recursos, reduzindo preços, enfim, melhorando a qualidade dos nossos produtos. Sou um expert nessa área e fiz vários cursos no exterior sobre isso - disse o executivo, entusiasmado com a sua profissão.
- Pois não, doutor, o que o senhor quer sugerir? - Perguntou calmamente o pescador.
- Olha, estive observando o que você faz.
- Mas isso eu já tenho hoje! - Respondeu o pescador, olhando fixamente para o mar."