Um surdo um cego um mudo
Sobre um imenso pedestal de silêncio negro
Nada mais do que este olvido sem limites
Este absoluto de um zero repetido
A solidão íntegra e sem falhas
Não há nódoa que caia sobre o dia é pura a noite
Por vezes pego nas tuas sandálias
E vou ter contigo
Por vezes visto o teu vestido e os teus seios
Sou eu que os trago como o teu ventre no meu
Vejo-me então sob o poder da tua máscara
E reconheço-me enfim
Paul Éluard
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