AUTO SABOTAGEM
Aprenda a Exterminar
Sabe aquela situação que insistentemente se repete na sua vida, mesmo após você ter jurado que jamais passaria por tudo aquilo novamente?
Quando somos nós que contribuímos inconscientemente para que tudo aconteça de errado, dá-se o nome a isto de auto sabotagem ou auto boicote.
E você? Se considera uma pessoa que nasceu para dar certo?
Como você reage frente às dificuldades da sua vida?
Espero que você não seja do tipo que reclama de tudo, que se acha injustiçado toda vez que algo dá errado. Pois dependendo do tipo de atitude que tens como “não fazer nada” é relativamente proporcional ao sofrimento.
Quem muito reclama - muito sofre.
Se você compreende que tudo o que acontece é provocado por você, então a única coisa a fazer é mudar.
A pessoa sabe quando se auto sabota?
A resposta é: na maioria das vezes “não”.
Auto sabotagem provoca prejuízo, mas nem sempre a pessoa se dá conta do que está fazendo contra ela mesma, geralmente culpa o destino por tudo que acontece.
Como acontece o auto boicote?
Uma pessoa pode desenvolver no decorrer da vida comportamentos repetitivos prejudiciais e passar a responder não de forma circunstancial, mas de um jeito automatizado.
Às vezes, esse aprendizado pode vir da fase infantil, quando a criança é controlada pelo adulto, vindo a fortalecer a inadequação por experiências então adquiridas no decorrer da vida.
O auto sabotador cria um teor relacionado a circunstâncias passadas e negativas, que com o passar do tempo a mente impede que ele tome certas atitudes, mesmo sem razões lógicas aparentes. Ou também, pode ser que tenha acontecido algo na vida desta pessoa que remeteu a um sentimento de pouco valor.
Quando o mínimo é aceite como “bom” a pessoa passa então a suportar tudo, mantendo esta repetição sem se atentar, pois já está acostumada com isso.
Pode ocorrer de sentimentos como raiva, tristeza, frustração, ressentimento, culpa etc., contribuir fatalmente para a auto sabotagem.
Por que o auto boicote continua apesar dos danos?
Algumas pessoas criam resistências com o que é novo, então, continuam com os comportamentos antigos mesmo que tragam tristeza, outras se acostumaram com a situação de nunca serem felizes de verdade, aliás, muitas nem sabem o que é ser feliz.
Talvez de forma que não perceba, alguém pode agir por meio de auto sabotagens por temer arriscar-se e correr algum perigo. Porém, ao se prender a um problema a situação poderá sempre fazer parte da vida.
Crenças negativas também podem tomar o controle e limitar a liberdade para escolher bem, pois controlam o nosso comportamento. Por exemplo, se um jovem acredita que não passar no vestibular é algo ruim, poderá a partir disso fazer de tudo para evitá-lo, como: não se decidindo em escolher uma área, repetindo o ensino médio várias vezes, e assim por diante.
Às vezes a pessoa repete o comportamento que já conhece para ficar bem, mesmo sendo algo negativo. De forma errada aprendeu que era a atitude certa a ser tomada, e neste caso, a desculpa é a resposta pronta para evitar a mudança.
O resultado do auto boicote é negativo, podendo trazer sentimento de tristeza e desespero.
A exterminação do auto boicote
Estar em harmonia e trabalhar para crescer sempre é possível, desde que a pessoa perceba o que está ocorrendo, e que tal situação é insustentável.
Uma pessoa que se auto boicota é obrigada a se superar para conseguir vencer na vida.
Se você é um auto sabotador também deve ser um bom observador, para analisar em si mesmo as principais dificuldades que precisa superar.
Cada um traz em si mesmo os meios necessários para o seu próprio melhoramento.
A maior virtude que uma pessoa pode ter não é o dinheiro, mas ser forte o suficiente para vencer o limitador que há dentro de si mesmo.
Aquele que se auto boicota é alguém que conheceu muitas dificuldades, também que já se levantou muitas vezes; seria uma virtude se não se repetisse tanto em sua vida a “dor”.
Cada problema, cada dificuldade, faz você crescer e se desenvolver; para melhorar é preciso uma palavra-chave “aprender ”. Aprender a ser diferente, ter uma visão aberta às possibilidades e querer ser feliz.
O auto sabotador precisa reconhecer que cada dificuldade em situações que se repetem é uma oportunidade que a vida lhe proporciona para aprender e agir com uma postura diferente.
Ficar reclamando, maldizendo não adianta, isso só mantém o problema. Se você olhar para trás verá que muitas pessoas gostariam de estar no seu lugar.
É preciso lembrar ainda que por mais que alguém deseje muito ser feliz, pode sentir dificuldade em se permitir isso.
Quando uma pessoa age como se não fosse merecedora de algo melhor, pode permanecer no mesmo padrão de comportamento durante anos, ainda que custe muito sofrimento e dor.
Não importa qual seja a crença limitante, é só pensar no que já conseguiu superar, e a partir disso, acreditar na possibilidade de ser feliz.
No entanto, é preciso se permitir, sem carregar a sensação de estar fazendo algo errado.
Buscar a evolução é tarefa pessoal de cada um, e ninguém mais do que a própria pessoa é responsável pelo crescimento.
Mesmo que a capacidade aponte para outra direcção o auto sabotador tirará completamente suas possibilidades de crescer. Somente a consciência e a mudança de atitude poderão mudar sua história.
O auto sabotador tem que se enfrentar a si mesmo.
É no enfrentamento dos obstáculos que nos tornamos fortes.
É nos obstáculos que encontramos em nós a verdadeira força interior, algo que não ocorreria se tudo estivesse bem. Ou você acha que para ser um vencedor é preciso ser famoso e rico?
EXEMPLOS MAIS COMUNS DE AUTO BOICOTE:
- Uma pessoa traída diz que jamais vai passar por isto novamente. Após um tempo se envolve num relacionamento igual ao anterior.
- Um profissional trabalha numa empresa e é humilhado pelo gestor ou enganado pelos colegas. Promete que tudo será diferente em outro lugar. Posteriormente muda de local e a mesma história se repete no novo emprego.
- Uma pessoa diz que irá fazer regime, porque está muito acima do peso. Na primeira crise de ansiedade come exageradamente tudo que vê pela frente, principalmente alimentos ricos em calorias.
- Alguém fala que não está feliz, mas quando sente alegria já acha que algo ruim vai acontecer para estragar tudo e realmente acontece.
- Uma pessoa insiste em investir seu coração num relacionamento que traz insegurança mesmo sabendo que não dará certo.
- Gasto exagerado com o que não precisa e jamais usa.
As respostas para estas perguntas podem ser reveladoras:
- O que está ganhando ao agir assim?
- O que irá perder se parar com isso?
- O que acontece se você não tiver mais essa desculpa para não dar certo?
- É seguro parar com isso?
- Como irá agir sem se sentir vítima?
- Não sendo coitadinho terá atenção, cuidado e carinho?
- O que recebe agora com o auto boicote?
Crenças limitantes podem ser identificadas ao tentar completar frases como:
Eu não consigo fazer isso devido que __________________________.
Não posso ter isso devido que __________________________.
Como já dizia Krishnamurti, não é sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente. Mas também não é sinal de saúde ficar aí odiando a vida e secretamente invejando todo mundo que você critica. E é através das minhas próprias dores que cheguei a um insight que realmente pode ajudar quem quiser ser ajudado: a busca pelo sucesso, pela felicidade, pela abundância ou por um trabalho com propósito é muito mais um processo de aceitação, observação, análise sem julgamento e contato com o seu Ser Essencial, que está muito além do seu ego fracassado. É um alinhamento com a vibração certa, que atrai as coisas certas. Mas você só consegue mudar a frequência da vibração quando realmente convidar e sentir plenamente todos estes sentimentos contra os quais você desesperadamente tenta lutar inutilmente. No seu mundo agora, se você se identificou com tudo isso, só existe um erro de percepção.
- Está na hora de você se observar e se responsabilizar por sua própria vida.
- Está na hora de você redefinir o seu conceito de sucesso e criar suas próprias regras.
- Está na hora de você entrar em contacto com a sua perfeição e glória.
- Está na hora de você se dar bem neste mundo, mesmo que não pertença a este mundo, e seja lá o que “se dar bem” queira dizer para você…
Mónica Vox
A auto-sabotagem pode ser entendida como um processo sustentado em crenças internas limitadoras que levam a pessoa a adoptar comportamentos repetitivos que lhe são prejudiciais.
É necessário saber de que forma esta voz negativa interna que pode ter várias traduções - tais como “eu não consigo fazer nada bem” “eu não mereço ser feliz”, “acabo por perder todas as pessoas que amo” - pode condicionar a acção do sujeito e o seu sucesso em diferentes aspectos da sua vida, e de que forma é possível pôr fim a esta auto-sabotagem e assumir a direcção por uma vida mais harmoniosa.
Nem sempre o caminho que tomamos nos conduz ao lugar desejado. E, por mais tentativas levadas a cabo, repete-se o resultado de insucesso.
Provavelmente os acontecimentos de vida, as circunstâncias, a interferência de terceiros, ou mesmo decisões pouco ponderadas, poderão ter contribuído para a instalação da situação actual. Mas também as nossas condutas, inconscientes, ou seja, os nossos padrões comportamentais repetitivos, poderão igualmente estar a condicionar o nosso sucesso. A isto chamamos auto-sabotagem, enquanto um processo sustentado em crenças internas limitadoras construídas ao longo da vida e enraizadas na estrutura mental, que levam a pessoa a adotar comportamentos repetitivos que lhe são prejudiciais. Geralmente, este é um processo inconsciente, sendo frequente a projecção da responsabilidade ou da culpa no exterior.
A existência destas crenças negativas e limitantes em relação ao próprio estão associadas a uma auto-imagem e a uma auto-estima negativas.
Esta voz interna negativa pode ter várias traduções, nomeadamente: “eu não consigo fazer nada bem” “eu não mereço ser feliz”, “acabo por perder todas as pessoas que amo”, entre muitas outras. Independentemente da crença limitante, ela pode acabar por condicionar a acção, dada a necessidade do sujeito em confirmar e reafirmar a sua crença a partir do resultado daquele acontecimento. E se é verdade que o resultado do auto-boicote vem reforçar os sentimentos de tristeza e desesperança, por outro lado permite a permanência numa zona de conforto que é familiar e previsível, apesar de limitante e desagradável.
Poderão ser exemplos de auto-sabotagem, aquela pessoa que já reprovou várias vezes no exame de condução, ou a outra que já tentou por várias vezes fazer dieta mas a meio do processo, desiste e retoma os hábitos alimentares antigos e pouco saudáveis. Estas e outras situações, podem representar desafios que colocam em causa a identidade do próprio (a percepção que tem de si) e as sua crenças, pelo que inúmeras resistências são levantadas. Conduzir para alguém com um funcionamento muito dependente, pode representar o medo de tomar as rédeas da sua vida e decidir o caminho que quer seguir. A reprovação repetida no exame de condução pode representar uma forma de fuga e de evitamento a uma situação nova e desconhecida, de maior autonomia, que desperta medo e desconforto.
Auscultar e observar os padrões comportamentais que se repetem e as emoções associadas a situações desconfortáveis, são procedimentos essenciais para começar a proceder a pequenas mudanças.
Tomar consciência destes processos inconscientes é um dos primeiros caminhos para romper com a auto sabotagem e assumir a direcção por uma vida mais harmoniosa. No sentido de promover o auto-conhecimento e a orientação da vida de acordo com o que é desejável, importa saber responder às seguintes perguntas:
“O que é que eu quero para mim?”
“Como é que me quero sentir no futuro?”
“Quais são os meus objectivos?" (Os sentimentais, profissionais, de relacionamento, financeiros, e outros…)
Desfazer crenças negativas que levam à auto-sabotagem, ter um auto-conhecimento profundo, tolerar a frustração e ser persistente perante as adversidades, são aspectos que contribuem para o desenvolvimento do potencial e das habilidades de cada um.
As nossas experiências de vida não nos definem e muito menos nos rotulam.
Muitas vezes vivemos colados a esses rótulos que acreditamos definirem a nossa identidade, consubstanciados nessas “falsas verdades”, quando a verdade é que a nossa plasticidade, capacidade de readaptação e potencial criativo são enormes e possibilitam estar em constante aprendizagem e transformação.
Ousemos então aceitar esse desafio constante chamado vida!
Joana Valério
QUAIS SÃO AS DICAS QUE AJUDAM A EVITAR A AUTO-SABOTAGEM?
1. EVITE PENSAMENTOS COMO ‘’SE TIVESSE SIDO ASSIM’’
Todos nós temos arrependimentos, se tratando de algo que fizemos (se não tivesse largado os estudos), ou algo que não fizemos (se eu tivesse me dedicado mais na minha graduação). Às vezes, entramos no pensamento “se tivesse sido assim “ sobre coisas que não podemos controlar, mas que desejamos que tivessem sido diferentes.
Esses pensamentos podem nos acompanhar por vários anos e o grande problema é que eles não levam à acção, trazendo somente um sentimento de frustração e não estimulam a resolução do problema.
Transforme a sua mentalidade aceitando o que foi feito, mas utilize esse fato para influenciar suas acções futuras. Tal como: “X é assim, mas Y pode ser assim” ou “Não posso desfazer meu passado, mas posso influenciar o meu futuro” ou “Aprendi algo de X, o que é Y e é assim que eu pretendo usá-lo para melhorar as coisas “.
2. NÃO TENHA MEDO DO SEU PENSAMENTO
Quanto mais você luta contra seus pensamentos, mais você se negará a oportunidade de trabalhar com eles e mais você se manterá bloqueado em um padrão negativo.
Tente reconhecer seus pensamentos e enfrentá-los, enfatizando que eles são apenas pensamentos e rotulando-os como tal. Por exemplo: Estou tendo o pensamento de que foi um erro ter trabalhado tanto. Então foque seu pensamento em: “Eu preciso descansar, superar essa semana no trabalho e me sentir diferente. Se eu não fizer isso, terei pensamentos negativos.
3. RECONHEÇA SEUS SENTIMENTOS
Os sentimentos quando escondidos, crescem cada vez maiores. E eles são propensos a corroer as pessoas de dentro para fora. As emoções não tendem a desaparecerem sozinhas apenas porque tentamos escondê-las.
Deixar-se sentir as coisas não é o mesmo que desencadear emoções para o mundo em geral. Na verdade, você será menos propenso a desencadear sentimentos de maneira inadequada se você realmente os reconhecer e trabalhá-los.
Marina Bernardi
Em 1916, Freud escreveu um artigo de grande repercussão no mundo científico intitulado:
"Os que Fracassam ao Triunfar".
Conhecemos pessoas que quando conquistam o sucesso: um bom emprego, um relacionamento feliz, a compra do carro novo, a viagem dos sonhos, ou seja, alcançaram as pequenas e grandes vitórias. Mas no momento de usufruir tais conquistas, fazem de tudo para dar errado, se auto-sabotam pelo medo de ser feliz.
Em 1916, Freud escreveu um artigo de grande repercussão no mundo científico intitulado: “Os que Fracassam ao Triunfar”. Ele tratava de pessoas que possuíam medo de ter satisfação e para tanto, sentiam-se aliviadas quando o que estavam fazendo não dava nada certo. É como se alguém tivesse tudo para ser feliz e, de alguma forma, conseguisse arrumar um jeito para fugir da felicidade.
A auto-sabotagem pode se manifestar em todos os aspectos da vida: namoro, casamento, educação do filhos, escola, trabalho e novos projetos. Os psicoterapeutas são unânimes em afirmar que o processo de cura para este tipo de doença emocional passa pela tomada de consciência de que as pessoas não só estão se sabotando, mas também destruindo o seu futuro.
A origem da auto-sabotagem pode estar lá atrás: na infância, no núcleo familiar que é onde adquirimos referências e construímos nossa base de percepção e atuação no mundo, incluindo traumas, assimilação de traços da personalidade de quem convivemos, sentimentos de abandono, rejeição, culpa, entre outros anseios.
Esse comportamento pode ser tão grave ao ponto de provocar obesidade, depressão, cardiopatias, transtornos de ansiedade, pensamentos suicidas, diabetes e, em casos mais graves automutilação, que é quando a pessoa cria flagelos físicos em si mesma para se punir e liquidar com o sucesso e a felicidade em todos os planos da vida.
Não podemos ter vergonha de falar e lidar com esse sofrimento, pois se trata de uma doença que sente prazer pelo desprazer, significa que quanto mais a vida se torna difícil, mais a pessoa se satisfaz, chega a ter prazer em ser maltratada ou sentir dor. É uma reacção provocada pelo inconsciente que faz com que a pessoa sinta fascinação por tudo que lhe produz destrutividade, tornando-se um complexo de inferioridade crónica.
Não podemos perder a esperança, porque a auto-sabotagem é uma doença da alma que tem tratamento e cura, porém exige determinação e precisa de mudanças significativas de hábitos e atitudes que não basta apenas o desejo de mudar, de fazer algo diferente, se crenças e padrões continuam os mesmos, repetindo o mesmo comportamento e puxando o “próprio tapete”.
Mas como disse Dostoievski: a maior felicidade é saber por que se é infeliz.
Jackson César Buonocore
A armadilha da auto-sabotagem
Há momentos da vida que reconhecemos que estamos prontos para dar um novo salto, para efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de apelido. Mas, aos poucos, nós nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa “vida passada”. É como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos. Isso ocorre porque, apesar de querermos mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar!
Em nosso íntimo, escutamos e obedecemos, sem nos darmos conta, ordens de nosso inconsciente geradas por frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças. Toda família tem as suas. Por exemplo: “Não fale com estranhos” é uma clássica. Como a nossa mente foi programada para não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados. Uma parte de nosso cérebro nos diz “abra-se” e a outra adverte “cuidado”.
Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude:
“Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso”
Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Por isso, enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar.
Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos.
Nós nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com o nosso problema raiz.
A auto-ilusão é um jogo da mente que busca uma solução imediata para um conflito, ou seja, um modo de se adaptar a uma situação dolorosa, porém que não represente uma mudança ameaçadora.
Por exemplo, se durante a infância absorvemos a ideia de que ser rico é ser invejado e assim menos amado, cada vez que tivermos a possibilidade de ampliar nosso património nós nos sentiremos ameaçados! Então, passaremos a criar dívidas, comprando além de nossas possibilidades, para nos sentirmos ricos, porém com os problemas já conhecidos de ser pobres. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-sabotando!
Na auto-ilusão, tudo parece perfeito. Atribuímos ao tempo e aos outros a solução mágica de nossos problemas: com o tempo a dor de uma perda passará; seu amado irá se arrepender de ter deixado você e voltará para seus braços como se nada houvesse ocorrido. No entanto, só quando passarmos a ter consciência de nossos erros é que não seremos mais vítimas deles!
Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros.
Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização.
Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade.
Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos!
Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos, pois, em geral, temos dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los. Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão. Reconhecer que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo é um desafio para connosco mesmos.
Algumas de nossas auto-imagens não querem ser vistas!
É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo.
Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio. No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua acção.
Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino.
O mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro “The Self-Image” (Ed. Crystal Mirror):
“A auto-imagem não é permanente. De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem. Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor. É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado... Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornar flexíveis? Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível actual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e o nosso 'eu'. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida. Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou 'eu' ou 'si mesmo', poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem”.
“A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. Ela o apanha, e você como que a congela. Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo”, explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro “Reflexões sobre a mente” organizado por seu mestre Tarthang Tulku.
Na próxima vez que você se pegar com frases prontas, aproveite para anotá-las!
Elas revelam sua auto-imagem e são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem.
Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal.
O processo de autoconhecimento poderá então se tornar um jogo divertido e curioso sobre nós mesmos!
Bel Cesar
Auto sabotagem é quando criamos obstáculos e empecilhos – de forma consciente ou inconsciente – que nos atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar objetivos.
Quantas vezes você sabia que tinha que fazer algo importante, mas acabou procrastinando e não fazendo?
Seus relacionamentos sempre fracassam?
E a dieta, você até tenta fazer, mas sempre acaba comendo algo que não deveria?
Se alguma dessas situações lhe é familiar, talvez você esteja se sabotando.
Listamos abaixo algumas formas de auto sabotagem, e o mais importante, maneiras de parar este comportamento.
1.Você pula fora quando o relacionamento começa a ficar sério
Há muitas maneiras de arruinar seu próprio relacionamento, inclusive sem nem você perceber que está tendo este comportamento. Na maioria das vezes que isto acontece, é porque a pessoa tem medo de se magoar. Quando a relação começa a ganhar um tom mais sério, normalmente essas pessoas arranjam algum motivo para brigar ou terminar o relacionamento. Talvez porque, no fundo, ela prefira terminar o relacionamento antes de começar a se tornar mais vulnerável e se machucar como em outros romances.
Como parar este comportamento:
Lembre-se: embora os relacionamentos possam ter padrões semelhantes, não existem dois exatamente iguais, então a experiência de cada um deles sempre será diferente. Não pense que toda relação está fadada ao fracasso.
2.Você procrastina em tarefas importantes
Um sinal clássico de auto sabotagem é a procrastinação.
O ato de procrastinar pode parecer apenas preguiça, mas é mais do que isso, e normalmente aponta alguma questão por trás. Pode ser um medo de falhar, cometer erros, entre outros. Os motivo por trás da procrastinação podem ser diversos, porém, é importante investigar porque você está tendo e está agindo desta forma.
Como parar este comportamento:
Por que você está realmente adiando ou evitando aquela situação?
Pense mais fundo e enxergue além da preguiça.
Por exemplo, se você está adiando a possibilidade de se candidatar a um emprego fora da faculdade, talvez esteja tentando evitar assumir as responsabilidades por trás de uma independência financeira ou um medo de sair da zona de conforto.
Depois de entender o que está te atrapalhando, você pode tentar desafiar essas crenças e medos ocultos. Dê pequenos passos para concluir tarefas e visualize um óptimo resultado final – mas permita-se cometer erros ao longo do caminho. Cometer erros é natural e ninguém é perfeito!
3.Você tenta mascarar suas emoções com uso excessivo de álcool ou drogas
Com o álcool e as drogas disponíveis com facilidade, muitas pessoas recorrem a essas substâncias para diminuir os sentimentos desagradáveis ou evitá-los a todo custo. Adquirir o hábito de usar substâncias que alteram a mente é algo perigoso e pode levar ao vício – que já é uma auto sabotagem por si próprio.
Como parar este comportamento:
Não enxergue seus sentimentos como algo negativo. Ter sentimentos é saudável, mas fugir deles não. Ao alterar seu estado de espírito para evitar pensar sobre seus problemas, você pode acabar adiando uma situação negativa, mas em algum momento isso vai aparecer novamente em sua vida.
Em vez de manter seus sentimentos “presos” e evitar pensar nos problemas, permita-se experimentar emoções – até mesmo as negativas. Se você sente que seu hábito se tornou um vício, procure ajuda de um profissional.
4.Você tem a “síndrome do impostor”
A Síndrome do impostor é uma desordem psicológica na qual a pessoa não aceita ou admite suas conquistas, pois não acredita que é merecedor. A pessoa acha que é uma fraude, que seu êxito se deve a sorte e que a qualquer momento alguém pode desmarcá-la.
Como parar este comportamento:
Faça um exercício de pegar um papel e caneta e anotar todas as suas conquistas, mesmo que pequenas. Lute com a voz negativa dentro da sua cabeça e acredite que você é capaz de fazer um óptimo trabalho. Você é merecedor do seu sucesso e da sua felicidade. Leva tempo para quebrar padrões de pensamentos negativos, mas com persistência, você pode sair deles.
Agora, depois de ler isto, você pode identificar padrões que indicam a auto sabotagem.
Saiba que este comportamento pode ser mais comum do que você imagina, mas ele pode ser interrompido. Desafie a sua maneira de pensar e os seus comportamentos e seja gentil com você mesmo.
Em vez de ser seu pior inimigo, por que não ser seu melhor amigo?
in, Fala Freud
Uma auto-sabotagem muito comum que costumo perceber nas pessoas é a autocobrança, a auto exigência excessiva. O medo de errar, a autocrítica.
Normalmente quem tem Saturno retrógrado na mapa natal, ou quem tem Saturno muito forte, como regente do mapa ou na casa 1, apresenta essa tendência. Os nativos dos signos de Virgem e de Capricórnio costumam ser os mais críticos e autocríticos.
Na via positiva, o desejo de fazer um bom trabalho, de cultivar profissionalismo e aperfeiçoamento é sempre bem vindo. Mas o perfeccionismo não, porque a perfeição é algo inatingível, sempre gera insatisfação e frustração.
Vejo pessoas que passam a vida inteira a estudar e nunca se sentem prontas para actuar.
Outras adorariam soltar a sua criança interior com actividades criativas e artísticas, mas não se consideram boas o bastante para criar ou produzir uma obra de arte.
A arte é terapêutica!
Recomendo deixar o senso crítico de lado e pintar, cantar, escrever, dançar, fotografar ou qualquer outra actividade criativa como terapia. Para alimentar a criança interior. Reparem nas crianças, como gostam desse tipo de actividade. Elas ainda não desenvolveram esse sabotador interno.
É assim que aos poucos alimentamos o coração e cultivamos nossa capacidade de criar.
A mente não é criativa.
Quem cria vida e arte é o coração.
É o SENTIR.
Mais uma auto-sabotagem comum, essa inclusive eu também trabalho em mim: o medo de aparecer, o medo de fazer sucesso e ser atacado. Medo de críticas.
Insegurança em mostrar que é bom no que faz, despertar inveja e sentimentos ruins. Queremos sucesso, mas nos auto-sabotamos por receio de brilhar, de mostrar nossa luz.
Isso pode ter várias causas.
Pode ser que tenhamos sido atacados, maltratados em vidas passadas.
Podemos ter sido presos, até sofrido violência física.
Isso fica marcado no inconsciente.
Na infância, talvez os pais ou a família não tenham fornecido a estrutura emocional, o incentivo, a segurança necessária para o investimento em seus dons.
Pessoas que não investem em seus dons e escolhem uma outra carreira porque "dá mais dinheiro" ou porque aquela profissão é mais aceita, dá mais prestígio, ficam frustradas. Pessoas frustradas costumam não permitir que outras brilhem e tenham sucesso.
A sociedade é construída de forma a padronizar, rotular... pessoas devem ser como máquinas e caber dentro de uma caixinha. Para sair da caixinha é preciso consciência, esforço, coragem, autoconhecimento, investimento em si mesmo.
Haja terapias. O objetivo é tornar-se uma pessoa empoderada, autocentrada, segura, consciente de seus dons, de suas habilidades e também de suas fraquezas. Mais neutro diante de ataques e também de elogios. Lógico que os elogios fazem parte do retorno de um bom trabalho, são um bom feedback. Mas o ego deve ser colocado em seu devido lugar.
Continuando o assunto sobre auto-sabotagens: quem foi muito perseguido no passado (nessa vida e em outras vidas), quem sofreu muito bullying, quem não teve a autoestima incentivada pelos pais ou pela família, fica com aquele sentimento de "menos valia".
A nível inconsciente, ou consciente mesmo, acha que não merece as coisas boas da vida, que merece menos.
É muito comum, quando sente que está tudo bem ou quando acontece algo bom, pensar:
- Nossa, está tudo tão bom, algo ruim vai acontecer.
Pronto! Criamos a realidade de acordo com nossas crenças. O Universo quer que sejamos felizes. Nós merecemos sim, saúde, prosperidade, amor, alegria. Basta observar a natureza, que é próspera e abundante. Portanto, se somos parte da natureza, também merecemos crescer.
A dica é observar os sentimentos de culpa e de não merecimento, começar a AGRADECER. Sentir que merecer leva tempo, é um treinamento. É óbvio que temos que semear coisas boas, temos que estar alinhados com o amor, com o bom, o belo e o bem.
Mas principalmente: temos que aprender a nos amar muito, tudo começa a partir daí.
Quer ser promovido no trabalho? Sinta que já foi promovido.
Quer realizar um projeto? Sinta que ele já está se realizando.
Quer ter saúde? Sinta que merece, sinta que ela se fortalece a cada dia.
É importante orar, praticar afirmações positivas, visualizações criativas.
Mas tudo isso deve ser sintonizado com o coração, com o sentir.
É aí que a mágica acontece!
Vamos falar mais sobre auto-sabotagens?
É importante começar a notar o quanto vibramos na insatisfação em nosso dia a dia.
Por exemplo: reparem como costumam pagar contas. Sempre a se queixar? Então...
Regrinhas básicas:
- A prosperidade é cultivada através de trocas amorosas.
- Criamos a realidade de acordo com nossas crenças.
- Atraímos situações de acordo com nossa sintonia energética.
Pagar com gosto e satisfação é bem diferente. Que bom que temos dinheiro para pagar as contas! Podemos até pensar: tudo o que vai, volta muito mais! Assim criamos outra realidade, estamos colaborando para o fluxo de abundância.
Pagar o trabalho dos profissionais autónomos com amor.
Pechinchar só em caso de necessidade.
Valorizar o esforço de outra pessoa.
Empatia, gratidão, troca amorosa.
É assim que a energia flui.
Outro detalhe importante: Parar de falar que é difícil.
Lembram-se que criamos nossa realidade?
Observem o que dizem. Falar que é difícil reforça mais a ideia. Tudo fica mais difícil.
Afinal, o aprendizado efetivo só vem com esforço e dedicação. O mérito conquistado é proporcional ao esforço despendido.
Bora trocar insatisfação por gratidão!
Marcelo Dalla
Sem comentários:
Enviar um comentário