quarta-feira, 26 de abril de 2023

O Mito Do Minotauro

 




Minotauro,  tem origem no idioma grego, sendo a união de duas palavras: Minos e tavros, sendo que a junção das duas palavras faz com que “minotauro” signifique “Touro de Minos”. 
Por sua vez, o nome Astério, seu nome de nascimento, é traduzido como “senhor das estrelas”. Nome que ele compartilhava com o pai adotivo de Minos.

Nasceu como resultado de um caso extraconjugal da esposa de Minos, Pasífae, com um touro que tinha sido presenteado por Poseidon. 
É uma criatura da mitologia grega conhecida por ser parte humano, parte touro, possuindo uma grande ferocidade e se alimentando de seres humanos. 
Tinha o corpo humano, mas com a cabeça e uma cauda de touro. 

Ele foi aprisionado num labirinto construído por Ícaro e Dédalo a mando de Minos, rei de Creta. 
Minotauro era descrito como um ser monstruoso que devorava pessoas vivas.
O monstro foi morto por um herói grego chamado Teseu, com a ajuda de Ariadne, filha de Minos que se apaixonou por esse herói.


Nos mitos gregos, Minos após assumir o trono de Creta, passou a combater seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Rogou então ao deus do mar, Posídon que lhe enviasse um touro branco como a neve, como um sinal de aprovação ao seu reinado.
A história do Minotauro se inicia com a disputa travada por Minos, Radamanto e Sarpedão pelo trono de Creta depois que o pai deles faleceu. Minos assumiu o trono após ter um pedido seu concedido por Poseidon, o que fez com que seus irmãos lhe cedessem o trono. 
Poseidon tinha dado um belo touro para que Minos sacrificasse em sua homenagem.

Envaidecido por tornar-se rei de Creta, Minos decidiu perseguir seus irmãos, expulsando-os de Creta e optando por não cumprir o prometido com Poseidon, o que enfureceu o deus grego. Minos não sacrificou o touro para Poseidon, devido à sua beleza, matando outro touro no seu lugar. 
A punição que Minos recebeu foi dura.
Poseidon fez Pasífae, esposa de Minos, se apaixonar pelo touro. Como forma de punir Minos, a deusa Afrodite fez com que Pasífae, esposa de Minos, se apaixonasse perdidamente pelo Touro Cretense vindo do mar.

Pasífae pediu ao arquitecto Dédalo e seu filho Ícaro, que construíssem uma vaca de madeira, o mais real possível, para que ela pudesse copular com o touro. Pasífae usou a vaca de madeira para enganar o touro dado por Poseidon, se escondeu dentro dela e teve relações sexuais com o touro. 
Dessa relação, nasceu Minotauro.
Parsífae cuidou dele durante a sua infância, porém depois ele cresceu e se tornou feroz; sendo fruto de uma união não-natural, entre homem e animal selvagem, ele não tinha qualquer fonte natural de alimento, e precisava devorar seres humanos para sobreviver. 
Minos, após aconselhar-se com o oráculo em Delfos, pediu a Dédalo que lhe construísse um gigantesco labirinto para hospedar a criatura, localizado próximo ao palácio do próprio Minos, em Cnossos.

O labirinto foi construído na cidade de Cnossos, na Grécia, no subsolo do Palácio de Minos que, todavia, foi edificado pelo arquiteto e inventor Dédalo.
Posteriormente, Minotauro foi colocado no labirinto.

Androgeu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, invejosos das vitórias obtidas por ele nos Jogos Panatenaicos. Já outra versão do mito afirma que Androgeu teria morrido em Maratona, atacado pelo Touro Cretense, o ex-amante taurino de sua mãe, que Egeu, rei de Atenas, tinha ordenado que ele matasse. 
A tradição mais comum conta que Minos teria então declarado guerra a Atenas para vingar a morte de seu filho, e saiu vitorioso do confronto. Cátulo, em seu relato do nascimento do Minotauro, se refere a outra versão do mito, na qual Atenas teria sido "obrigada pela praga cruel a pagar compensação pela morte de Androgeu. Egeu deve então evitar a praga causada por seu crime enviando jovens rapazes, bem como as melhores raparigas virgens solteiras, para um banquete do Minotauro, como pagamento anual. 
Minos exigia que pelo menos sete rapazes e sete donzelas atenienses, escolhidos através de sorteio, lhe fossem enviados, uma vez por ano, para serem devorados pelo Minotauro.

Quando se aproximava a data do envio do terceiro sacrifício, 3 anos depois, o jovem príncipe Teseu se ofereceu para assassinar o monstro, prometendo a seu pai, Egeu, que ordenaria que o navio que o trouxesse de volta para casa erguesse velas brancas, caso ele tivesse sido bem-sucedido na empreitada, ou velas negras, caso ele tivesse morrido. 

Em Creta, Ariadne, filha de Minos, apaixona-se por Teseu e ajuda-o a deslocar-se pelo labirinto, que tinha um único caminho que levava até ao seu centro. Ariadne dá-lhe um novelo de lã, que ele utiliza para marcar seu caminho de modo que ele possa retornar por ele.
Ao entrar no labirinto, foi soltando o novelo aos poucos, à medida que caminhava, para que não se perdesse. 
Teseu então procurou Minotauro no interior do labirinto e, quando ele avistou o Minotauro atacando um dos atenienses, apunhalou-o por trás com a Espada de Egeu, matando-o. Após isso Teseu resgatou os atenienses e voltou pelo caminho do fio de lã dado por sua amada e deixado durante o percurso para marcar a saída.

Na viagem de volta, no entanto, ele se esquece de erguer as velas brancas e seu pai, ao ver o navio e imaginar que Teseu estava morto, se suicida, arremessando-se no mar que desde então leva o seu nome.

Esse episódio não somente tornou Teseu um dos mais importantes heróis da Grécia,  como estreitou os laços entre as duas cidades gregas: Creta e Atenas.


Temos dois caminhos a trilhar com este mito: 
1. o desafiador, que origina inflexibilidade, mente fechada e teimosia onde o animal vence a mente (raciocínio) e nos perdemos no labirinto do Rei Minos.
2. a superação, que gera força estável e confiante, representada por Teseu, no mito mata o Minotauro através da mente e amor (equilibrados) guiado pelo novelo de lã de Ariadne (itinerário evolucional).

Estes dois caminhos estão abertos para caminharmos juntos neste mês Taurino solar. 
Quem define por onde trilharemos "sempre será" nossa consciência individual projetada no coletivo.




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