Está tudo pronto, a mala,
as camisas, os mapas, a fátua esperança.
Estou a tirar o pó das pestanas
e já pus na lapela a rosa dos ventos.
Está tudo, o mar, o vento, o atlas.
Falta só o quando,
o onde, um diário de bordo,
cartas de marear, ventos propícios,
coragem e alguém que saiba
querer-me como nem eu mesmo me quero.
O barco inexistente, o olhar,
os perigos, as mãos do assombro,
está tudo pronto: a sério, em vão.
Juan Vicente Piqueras
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