A dualidade manifestada no mundo material dá-nos uma sensação falsa de caos, de que tudo está desarrumado, de desordem, que por sua vez origina a sensação de ansiedade e medo. Mas esta visão distorcida da realidade é baseada numa crença falsa pois na verdade tudo o que nos rodeia é perfeitamente ordenado, tem um sentido e razão de ser.
Tal como um jogo de xadrez ao fim de 1 hora de jogo, o tabuleiro parece caótico e as peças todas desarrumadas, quando na verdade elas têm uma razão para estar assim de acordo com a intenção dos jogadores. Nenhum dos jogadores está com medo ou ansioso pois sabe que está a lidar com alguém inteligente que está sujeito às mesmas regras que ele próprio deve seguir. Concentra-se sim em preparar a sua próxima jogada de acordo com os movimentos do outro jogador.
Assim é a dinâmica entre nós e a Vida. Os nossos movimentos criam uma reação nos movimentos da Vida e vice-versa, onde somos cada um de nós, pões dessas forças. É uma dança permanente entre os nossos desejos e a intenção da Vida em nos ajudar a evoluir. O nosso jogo flui quando as nossas jogadas são baseadas no amor e a favor do nosso crescimento, amadurecimento e evolução pessoal. Quando os nossos movimentos partem do medo, do egoísmo e do ganhar a qualquer custo, a resposta da Vida torna-se implacável, fazendo um xeque-mate à nossa intenção.
As peças do jogo não discutem diretamente entre si. Aguardam sim a proposta de movimento ditada pelos seus mestres. Não nos deixemos cair então na tentação de personalizar as batalhas com quem quer que seja. A nossa dança é entre nós e a Vida. A harmonia é um processo interno. Os outros são apenas mensageiros que vêm fazer disparar essas forças.
Procuremos sim, antes de reagir, procurar a melhor ação, descobrir que mensagem tem aquele movimento e que movimento inteligente devo fazer como resposta.
Que este Verão repensemos as nossas ações, reações, onde usamos criativamente ou desperdiçamos a nossa energia de maneira a que joguemos com a Vida um jogo inteligente e fluido.
Vera Luz
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