domingo, 30 de março de 2014
A Magia de ser Mulher
No xamanismo aprendemos a honrar todas as nossas relações com todos os nossos ciclos, celebrando cada passagem na vida de uma mulher através de ritos sagrados adaptados ao mundo contemporâneo onde temos a oportunidade de encontrarmos as deusas interiores que habitam em cada uma de nós.
Em cada um dos estágios da vida feminina começando pela menarca, a mulher, a rainha e as sábias anciãs, sacralizamos cada uma dessas fases vivenciando sensações bem particulares, capazes de nos fazer reconhecer nossas potencialidades, explorando assim, uma profunda conexão com a Mãe Terra e a transformações que ocorrem.
Assim como temos a natureza interior cíclica, nós mulheres somos sacerdotisas da lua projectando nossos sonhos e sentimentos em cada uma das lunações que nasce e renasce na terra.
Temos a dádiva de vivenciarmos nossos ciclos de acordo com o fluxo das lunações, sentindo nos quatro corpos: mental, espiritual, físico e emocional, as transformações que vão ocorrendo em nossas águas em cada cheia e minguante.
Na crescente, o arquétipo da Menarca ligada a criatividade, o mundo dos sonhos e das possibilidades, o crescimento e a espontaneidade.
Na cheia, somos terra fértil, habitadas pelo poder da grande mãe, reconhecendo toda nossa plenitude e o potencial da força vital, trazendo mais luz à nossa consciência.
E na minguante, a morte que se aproxima, com o aspecto da deusa anciã, nos preparando através do silêncio interior, os desapegos e renúncias para o próximo renascimento.
Nos correspondemos com a mulher que vive só, através do ciclo menstrual, para devolvermos à terra nossa gratidão e honra por todos os mistérios e possibilidades que nos é revelado nesta fase.
Os mistérios femininos quando considerados de forma sagrada e dependente deste fluxo e refluxo da mãe terra, podemos compreender a adaptações necessárias para que possamos ter a oportunidade de reconhecer e nos tornarmos mais conscientes de nossa missão.
E assim realizarmos nossa caminhada em equilíbrio com o feminino e o masculino, fortalecendo nossos dons e a dádiva da magia e do mistério que é ser mulher.
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