terça-feira, 13 de novembro de 2012

tudo passa



"Se não era amor, era da mesma família.
Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados.
A carência.
A saudade.
A mágoa.
Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que sabemos que vai estabilizar, só não sabemos se vai ser antes ou depois de chocar com o solo.
Eu bati a 200Km/h e estou a voltar a pé para casa, avariada.
Eu sei, não precisas de me dizer outra vez.
Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos.
Talvez seja este o ponto.
Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas.
Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fadas, de achar que mandamos no que sentimos e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria à minha vida satisfatória, sem sequelas, sem registo de ocorrência?

Eu nunca amei aquele...nem sei o que lhe chamar...
Eu tenho certeza que não.

Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada."

Só para dizer, que o tempo cura e o riso volta!
Hoje quando olho para trás e vejo que tudo passou, um aliviooo!  :)

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