quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

A vida é uma constante montanha russa






  • Aprender a reconhecer e aceitar que a vida é uma constante montanha russa. 
  • Que a viagem entre inferno e o Paraíso é muito curta. 
  • Que sentir tudo e intensamente ao limite é o que nos faz viver e evoluir. 
  • Que querer entender o mundo oculto das energias que fazem as coisas acontecer, é uma necessidade e uma prioridade na vida. 
  • Que morrer para a necessidade de controle sobre a vida, as circunstâncias e os outros e renascer, aprendendo a deixar a vida acontecer na sua mais maravilhosa sabedoria, é uma das maiores aprendizagens e o atalho para uma vida mais tranquila, equilibrada e abundante. E quando essas aprendizagens não são feitas pelo próprio de dentro para fora, a Vida as trará sem dó nem piedade de fora para dentro.

O jogo das energias oscila então entre, ou morre o seu ego por escolha e consciência da sua proposta existencial ou algo exterior trará essa proposta de morte na forma de frustração, impotência, revolta, perda, doença ou morte. Não a morte física propriamente, mas sim a morte do controle, da resistência, do desejo, da arrogância, da força de querer que as coisas sejam à sua maneira e não como a Vida dita a cada momento.  

Depois de haver controle, manipulação, jogos de superioridade/inferioridade e conquista de desejos inferiores em todos os palcos externos e relacionais, vem a aceitação da Ordem Maior, há a compreensão das leis que regem o mundo, dá-se a rendição ao plano individual espiritual de cada um, passamos a aceitar o desejo de evolução da Vida e a libertar o desejo do ego. 

Ou seja, independentemente do que estou a viver ou das diferentes propostas externas que por mim vão passando, as aprendizagens internas são sempre idênticas; morrer para o controle e aprender a confiar na Vida. Desistir de uma simples vida terrena e render-me à ideia de que a vida é uma viagem espiritual. Que o ganho exterior não tem significado a não ser integrado com o crescimento interior. Aceitar que a perda exterior está sempre ligada a uma aprendizagem interior. Parar de projetar as minhas sombras nos outros e no mundo e reconhece-las e curá-las dentro de mim. Render-me à ideia de que o equilíbrio e bem estar é um trabalho pessoal, solitário, interior e não um acumular de pessoas, estados ou circunstancias exteriores.

Por mais difícil que seja aceitar, e independentemente das condições sociais vs história Karmica pessoal de cada um, a Vida e o seu inteligente plano, irá cumprir a sua agenda. Por isso tanto vemos pessoas que inesperadamente partem e outras ficam. Por isso as estatísticas terão sempre algum grau de imprevisibilidade ou surpresa. 
Da mesma forma que a hora de nascimento é sagrada, eu acredito que a hora de partida também. 
Apenas muda a forma que o espírito usa para partir e como sabemos são infinitas. Por isso se diz que a morte está sempre no mapa de quem fica e não de quem parte. 

Estas aprendizagens e exigente proposta evolutiva, faz-nos atrair, quer queiramos quer não, experiências intensas que mais se aproximam das aprendizagens que viemos fazer. Ou seja, o espírito irá inconscientemente atrair-se pelas pessoas e experiências que mais o ajudem a fazer a viagem evolutiva.  Ou seja, experiências que o ajudem a sair do palco externo como fonte de felicidade e a descobrir a riqueza do mundo interior como palco de evolução. 

E por isso uma das frases da minha vida é: 
“Não temos o que queremos, mas temos sempre o que precisamos.”   
E aceitar esta frase implica que haverá sempre algo na nossa vida que teremos que abrir mão e aceitar a morte do desejo de queremos que as coisas sejam à nossa maneira assim como haverá sempre algo que teremos que aceitar e que normalmente não é o que queremos, mas é perfeito como o que precisamos para a nossa evolução.

Dito isto e tendo em conta o propósito de evolução destas energias, até que as propostas elevadas sejam feitas e as aprendizagens integradas, não é raro sermos atraídos para situações densas, desconfortáveis e desafiantes, relacionamentos difíceis e instáveis e sentirmos sempre dificuldade em manifestar paz, harmonia e circunstâncias tranquilas. 

Lá está, elas podem ser o que gostaríamos, mas para as energias, não são de todo o que ele precisa para fazer os seus processos de morte e renascimento. Não porque não as mereça, mas sim e apenas porque ainda não as conquistou ou aprendeu a valorizar o mundo interior. Ou seja, ainda não foram superados os testes de controle do ego e ainda não foi aprendida a lição da aceitação e rendição à Vida, ainda não aprendeu a encontrar dentro o que tanto busca fora. 

  • Enquanto ainda houver controle interno, haverá perda externa. 
  • Enquanto buscarmos fora o que nos falta dentro, iremos ser frustrados. 
  • Enquanto não aceitarmos as coisas como são, iremos sofrer por querermos ou impotentemente tentarmos que sejam à nossa maneira. 

Quando o mundo deixar de ser a fonte onde vamos buscar algo e passar a ser o espaço onde damos o que temos de melhor, quando aprendermos a aceitar a vida tal como é e desistirmos que seja à nossa maneira, a Luz manifesta-se. A harmonia aparece. A abundância torna-se acessível. 
Esta é a arte da rendição.

Por mais fácil que a fórmula pareça, por mais lógica que este princípio tenha, a verdade nua e crua é que só mesmo perante a proposta inesperada, trazida pela inteligência da vida, saberemos se estamos à altura de lhe dar resposta positiva ou se o controle ainda cá está a fazer estrago e a resistir. Embora vamos aprendendo de uns episódios para outros, só no momento do teste saberemos se já conseguimos aceitar ou se ainda vamos dar luta a resistir ... 

A vida será sempre um jogo entre a sobrevivência do corpo e o plano e aprendizagens do espírito que estão traçados no nosso mapa natal. 
Que tolos são os que só creem, sem cuidar do corpo, assim como os que só se preocupam com a sobrevivência do corpo sem conhecer a história do espírito.

Estes momentos de escuridão / frustração / perda / impotência são conhecidos desde sempre no caminho sagrado da evolução: 
  • A Noite Escura do Alma, 
  • os Testes Sagrados, 
  • a Provação, 
  • o Limiar, 
  • os Signos de Escorpião e Peixes  
  • os Números 7 e 9 na Numerologia 
Todos nos lembram e representam esse estágio na evolução de todos e, por menos agradáveis ou simpáticos que sejam, todos o conhecemos e já o vivemos em algum grau. 

A grande pergunta que se põe é: 
Como o vivemos? 
Com que atitude? 
Com que grau de rendição? 
Com quanta resistência? 
Com quanta Fé no processo?

Depois de um mergulho no inferno pessoal de cada um, as aprendizagens de cada um estavam feitas. Cada ego tinha sofrido mais um golpe que daria à Alma mais espaço para viver mais livre e fiel à sua fé na inteligência e propósito superior da vida. 
Todos, cada um no seu fundo de poço, começou a melhorar e aos poucos retornando às suas rotinas, obviamente com novas energias e valiosas aprendizagens internas.
 
Tendo em conta que ainda estamos sob a influência das energias de 2020 pois o ano astrológico começa só a 21 de Março, este ano só podia fechar intensamente. 
Quando me lembro que as coisas fluíram como a Vida quer e não como eu quero ou gostaria, resta-me ser imensamente grata à Vida. 
 
Nunca tanto o termo de “inconsciente competente” me faz tanto sentido! 
Quando mais precisei, todos essas fontes de conhecimento, leituras, cursos, aprendizagens, estavam cá dentro, acessíveis, capazes de me ajudar a percorrer aquele caminho difícil.

Talvez pela violência emocional com que tudo foi vivido, dei por mim a fazer 3 meditações essenciais, aquelas que me fizeram sentido e de que fui capaz no momento:
1. Um altar para me render, aceitar a proposta superior, entregar à Vida o desfecho da mesma, minha e dos outros, confiando que o que a vida escolhesse, seria o melhor para todas as partes envolvidas. Mais uma vez e como sempre, a morte do desejo pessoal e a rendição à vontade divina. 
2. Um altar para agradecer as ajudas intermináveis, o apoio de todos, as pequenas, mas boas notícias, os minúsculos gestos e palavras diárias, a disponibilidade incondicional de quem me rodeia, os pequenos sinais de melhoras e tantos outros sinais e gestos de amor e carinho que foram transmitindo boa energia.
3. Um altar para cocriar uma realidade nova. A nova pessoa que iria emergir desta prova. A imagem que representaria a cura pessoal. O pedido à vida de como gostaria de ver curados e felizes todos os que mais amo, sabendo sempre que seria apenas um pedido e não a exigência de um desejo. Que teria que deixar sempre em aberto o desfecho que a própria Vida já tinha definido. 

Acredito que sempre que a morte se aproxima de nós, somos convidados a reformular não só os nossos valores, mas também o sentido de aceitação e rendição à vontade Divina. Não é por acaso que os últimos arquétipos tanto o número 9 na Numerologia como Peixes na Astrologia, representam precisamente esses valores da aceitação, da cura, da rendição e que dependendo de mapa para mapa, serão mais ou menos fortes ou importantes em cada um.

Estou confiante que esta Lua Nova em Aquário de amanhã dia 11 trará já um cheirinho do novo ano 2021 que arrancará apenas em 21 de Março, mas que já o poderemos começar a sentir a partir do meio de Fevereiro. 
  • Que ela possa trazer a nova energia que tanto esperamos. 
  • Que ela nos aproxime mais da mais elevada versão de nós mesmos. 
  • Que ela seja o raio de esperança de uma nova realidade depois de termos sido espectadores do velho mundo a ruir. 
  • Que ela relembre a cada um a capacidade que temos de viver num mundo novo, mais justo, ecológico e consciente, pagando obviamente o preço de deixarmos ir o velho medo, o julgamento e o controle em que vivemos até aqui.

Não é raro ouvir pessoas a desabafarem que gostariam muito de ajudar o mundo e os outros e não sabem como. Ao que eu respondo sempre que a melhor forma de ajudar o mundo é começar por nós próprios, alinhando-nos com o propósito espiritual que trazemos. Curando as nossas feridas. Integrando a nossa sombra. Conhecendo e respeitando o nosso propósito espiritual. Contribuindo individualmente de forma criativa para o bem maior. Vivendo a expressando o amor nas suas mais variadas e infinitas formas. 
Esse sim será um maravilhoso “novo-normal”.


“Don't abandon yourself. Not when you're sick. Not when you're tired. Not when you've lost the thread, the thought, or the thing you thought defined you. You will die many times in one life and create yourself anew. This is natural. This is a gift. I've died a few times now here in this world. The person I was: gone. Throw that older skin into the water. Give it to the sky. Step into what wants to emerge now. Nothing can hold you back when you are willing to be yourself.”  
Jeannette Enchinias



Vera Luz





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