sábado, 12 de outubro de 2024

SERÁ QUE EU ME AMO?


Irena Baker




A gratidão e as afirmações positivas nem sempre são fáceis de sentir e aplicar.
Para uma mente que está habituada a ser negativa, agradecer o que nos rodeia ou sermos capazes de afirmar que somos maravilhosos e perfeitos e nos amamos incondicionalmente, é um esforço imenso que faz muitos inclusive sentirem-se ridículos. Somos nós que temos que inverter esta visão distorcida dentro de nós, aprender a validar a energia do amor de maneira a que um dia sejamos capazes de dizer: Ridículo é o medo!

Torna-se mais fácil de entender esta dinâmica se percebermos que estamos a falar de duas energias opostas, cada uma delas com uma agenda própria:

A voz da mente, normalmente dominada pelo nosso ego, é a voz do medo, é a voz do pessimismo e da negatividade. É a voz que antecipa desfechos catastróficos, que prevê desastres e acidentes, que tudo faz para nos manter ilusoriamente protegidos de um mundo que na sua visão, é caótico e cheio de gente má.

A voz da alma é a expressão do amor e é deste canal que somos capazes de sentir empatia, amor próprio, tolerância e aceitação. É no coração que nasce a esperança e a fé de que tudo o que chega a nós tem um propósito superior e inteligente. O coração é então a voz da humildade mas também da coragem, da liberdade e do equilíbrio.

Enquanto a energia do amor não estiver enraizada numa verdade maior, numa consciência de Cosmos Inteligente, a energia do medo supera-a e usa a nossa mente para fazê-lo. Por isso hoje em dia, todos somos testemunhas diárias dos tantos que pregam a luz e o amor mas que emocionalmente ainda estão presos a vidas, rotinas e relacionamentos condicionados pelo medo.

A expressão livre do amor só é conseguida depois de superado o desafio do medo. E todos temos na nossa vida infinitas oportunidades de identificar e superar os nossos medos pessoais. É a enfrentar o medo que nasce a verdadeira e pura energia do amor numa oitava acima. Até sermos capazes de o superar, ele é apenas um pobre conceito mental que nos ilude a nós próprios.



Deixo algumas perguntas que servirão para sentires onde ainda há medo:


  • Sentes resistência em acreditar que és uma pessoa maravilhosa e imperfeitamente perfeita?
  • Acreditas que és uma representante cósmica de potenciais extraordinários?
  • Consegues-te aceitar a abundância em forma de dinheiro, presentes, ajuda e amor e recebê-los em estado de merecimento?
  • Já és capaz de rejeitar o que sabes não ter qualidade, com a convicção de mereces melhor?
  • Festejas em alegria e gratidão a pessoa que és e a vida que escolheste?
  • Usas a tua energia, coragem e iniciativa para materializares os teus sonhos?
  • Mostras transparentemente a tua verdade? A tua sombra e a tua luz sem resistência?
  • Consegues afirmar com convicção?: “Eu aceito-me exatamente como sou, tanto as minhas incapacidades como potenciais!”
  • Já agradeceste os desafios que te permitem evoluir?


Se ainda há resistência, ainda há medo. É a voz do amor que tem que expor as ilusões do medo. O amor só por si, sem integração do medo, é ilusão. 
Descobre então onde está o medo, como é que ele se veste, como é que ele te fala, como é que ele te provoca e diz-lhe de frente:

– Eu não tenho medo de ti pois o Amor é muito mais poderoso do que tu!




Vera Luz





Sem comentários:

Enviar um comentário