domingo, 19 de janeiro de 2014
Moko
A cabeça era considerada a parte mais sagrada do corpo a ser tatuada, nessa cultura todos os mais importantes membros do clã Māori foram tatuados, e aqueles que não tinham tatuagens eram vistos como pessoas sem nenhum estatuto social.
As tatuagens eram iniciadas na puberdade, acompanhadas de muitos ritos e rituais.
Além de transformar simples jovens em guerreiros atraentes para as mulheres, as tatuagens eram praticadas em rituais de passagem e de eventos importantes na vida de uma pessoa.
Quando eram feitas tatuagens faciais, alguns cuidados deveriam ser seguidos,entre eles incluíam, intimidade sexual e ingestão de alimentos sólidos. Alimentos líquidos e água eram drenados num funil de madeira, para garantir que nenhum produto contaminado entrasse em contacto com a pele inchada, e era a única maneira que a pessoa tatuada podia comer até que as suas feridas fossem cicatrizadas.
O processo todo era muito moroso, um bom artesão iria estudar bem a pessoa,a sua estrutura óssea, antes do início da sua arte.
Todo este processo era muito doloroso, era feito com artefatos de ossos, chanfrados e serrilhados e muito afiados que por punção eram deferidos de forma continua, seguindo a trajectória pretendida.
Esses artefactos, eram emersos numa tinta preta, composta de fuligem da queima de madeira do “KARAKA”, árvore nativa que era cortada e deixada ao sol por um longo período, antes que fosse queimada para obter a sua fuligem, que é a base dessa tinta preta.
As suas folhas serviam também como ligaduras, após terem sido tatuados, como forma de melhorar a cicatrização do local.
O MOKO
Moko eram tatuagens faciais, era o cartão de visita desses povos, um Moko poderia expressar a hierarquia, ferocidade, status e até a virilidade do individuo.
A posição de autoridade e poder eram instantaneamente reconhecidas num Moko.
Diversos outros factores poderiam definir a identidade da pessoa, por exemplo, uma pessoa com um Moko que não contivesse elementos que fossem determinantes para uma leitura de seu status poderia ser retratado com um manto de pele de caça, isso o indentificava como uma autoridade ou possuía um cargo elevado como guerreiro.
Essas eram as formas encontradas para que fossem reconhecidos como autoridades.
O não reconhecimento de uma ilustre personalidade para os Maori era um insulto, e isso muitas vezes gerava uma "Utu" ou vingança.
O Moko geralmente dividia-se em oito secções, que eram:
1. Ngakaipikirau - O centro da área frontal.
2. Ngunga - Ao redor das sombrancelas
3. Uirere - A área do olhos e nariz
4. Uma - A tempora
5. Raurau - A área sob o nariz
6. Taiohou - A área bochecha
7. Wairua - O queixo
8. Taitoto - A mandíbula
A ancestralidade era indicada em cada lado do rosto, do lado esquerdo na maioria das vezes (dependendo da tribo) era o do pai, enquanto do lado direito indicava a ancestralidade da mãe. Esses requisitos eram decididos previamente, ao inicio da realização do Moko, e se um lado da ancestralidade não era de uma dependência nobre naquele local, eram somente colocados ornamentos estéticos e nenhuma mensagem era transmitida.
JANSER TATTOO
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