"Há um momento em que um trabalho só pode avançar na sua capacidade de conter a vibração das iniciações que a humanidade procura sem saber.
Avançar na qualidade de contentor de radiações centrais que vêm do coração e da mente divina e que precisam de canais vivos para chegar aos outros.
E há um momento em que um grupo ou um ambiente necessita de passar por uma revolução energética na qual as pessoas começam a ser convidadas a trazer a sua luz, não a sua agitação, o seu problema.
Isto só é possível se a lei da compaixão, que consiste em aceitar o outro e todos os seus aspectos, já tiver sido demonstrada por todos os aspectos do grupo.
Um grupo não pode evoluir para um estado no qual os problemas das pessoas presentes não contem enquanto não passar para um estado em que os problemas das pessoas presentes contem, porque ficaria psicologicamente inválido se um grupo tentasse começar por escalpelizar, por excluir a dualidade, a angústia, a gradação desta meia luz em que a psique evolui com o nosso corpo, mas se a lei da compaixão já foi demonstrada num certo grau, se a entidade portal já demonstrou não excluir ninguém, se ela já demonstrou uma abertura para receber no seu seio qualquer ser em qualquer situação, desde o mais simples ao mais complexo, desde o mais articulado ao mais insipiente inicial, desde o ser que está aparentemente em harmonia até ao mais desarmonizado, se a entidade portal, perante instâncias mais altas, já demonstrou que a lei da compaixão foi cumprida, o grupo é chamado a reorganizar-se internamente a partir de um novo ângulo do coração.
Trata-se de nós trazermos para o íman a nossa luz.
Trata-se de crescer ao ponto de chegar a uma supra personalidade no qual a nossa história pessoal ou o nosso passado não conta, no qual, de facto, nada do que foi do caminho terrestre conta.
Isso não é um estágio fácil de manter.
Significa que o indivíduo vem contactar ou estar em íman trazendo o seu ser pleno de luz e pela luz que ele é, e que ele traz, dá-se uma multiplicação da luz grupal.
Esta parece ser a diferença entre os grupos de ovelhas (em que as pessoas trazem as suas crises e utilizam a experiência do divino como uma compensação) e os grupos de pastores."
(excerto)
in, PROCURA DO CRISTO INTERNO
OS 5 CORPOS SECRETO (9/9/05)
André Louro de Almeida
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