12 de Abril de 2022
Conjunção de Júpiter e Neptuno em Peixes
Ambos regentes de Peixes
A próxima será daqui a 166 anos
Não é raro perceber padrões astrológicos ou trânsitos do momento, tanto nas consultas como nas pessoas da minha vida. A mente do astrólogo aprende a ver, não apenas pessoas, eventos e comportamentos mas, muito mais arquétipos, ligações karmicas, datas específicas e padrões curiosos e repetitivos.
A partir do momento em que aceitamos que a máquina Cósmica é inteligente e gere amorosa e justamente a vida individual de cada um, muito para além do que possamos imaginar, a nossa relação passa do julgamento para a busca do entendimento. Implica parar de idealizar cenários para passar a descobrir as lições e ligações por trás dos eventos. De perguntar; PORQUE as coisas acontecem para descobrir PARA QUÊ elas acontecem. De perceber que a "justiça" dos homens nem sempre está em harmonia com a justiça Divina.
Este mês de Abril tivemos o grande evento astrológico do ano, o encontro de Jupiter com Neptuno no signo de Peixes. Imagino que os curiosos já tenham lido dezenas de textos sobre o tema, mas porque nenhum de nós irá viver novamente tal encontro, achei que valia a pena escrever sobre o assunto. Até porque os dois planetas envolvidos são me especialmente queridos no meu próprio mapa.
Façamos então algumas questões:
- Tens-te sentido zonz@ e com a cabeça leve?
- Tens sentido falta de energia e desorientação diária?
- Tens dormido mal?
- Tens questionado mais frequentemente a tua vida, existência e rotina?
- Tens tido mais tendência para esquemas escapistas tipo alcool, drogas, comida, necessidade de estar sozinh@, cansaço mental?
- Tens tomado mais consciência dos padrões, pessoas, relações, trabalho que já não ressoam com contigo nem com a tua verdade?
- Tens usado muito a palavra - Desilusão - ?
- Sentes uma leve aura de depressão que insiste em não passar?
- Apetece-te fugir, mudar tudo, começar de novo, descobrir novas formas de viver mais fieis a quem tu és?
Se respondeste sim a quase tudo, acredita que não estás sozinho@.
O encontro entre estes dois senhores levará alguns anos a ser percebido como um extraordinário ponto de viragem, tal como o último encontro em 2009 assinalou uma gigante mudança para muita gente que hoje bem se lembra das reviravoltas e oportunidades desse tempo.
Mas acredito que este encontro agora, é mais mágico do que qualquer outro que estes dois senhores têm feito e que fazem de 13 em 13 anos.
Este ano foi no signo de Peixes, evento só a acontecer novamente daqui a 166 anos, na casa-mãe dos dois envolvidos, Arquétipo por excelência da espiritualidade, rendição ao processo de evolução, libertação de ideais puramente terrenos ligados ao ego e reconexão com o propósito espiritual com que nascemos.
Basta olhar para o mundo para perceber que estamos longe de viver à altura desta proposta.
Para conseguirmos integrar bem estes dois Mestres, há um primeiro passo:Assumir que a nossa felicidade, é uma Responsabilidade Pessoal.
Júpiter representa alinhamento com as Leis Universais, a Ordem Superior, as crenças, o Sentido da Vida, a nossa Verdade pessoal.
Neptuno representa a Unidade, a Fonte divina, a lembrança que somos tudo Um, o Amor Incondicional, a Rendição, a Cura, a ajuda Divina.
Quanto mais "saudável" está o nosso Júpiter mais saudável está o nosso "Neptuno" e o mesmo vale na negativa.
Quanto mais ilusão no TER está Júpiter, mais desilusão do SER traz Neptuno.
Quanto mais alinhamento com Júpiter, mais Cura com Neptuno.
Muito antes de trazer o prémio, a jóia, a recompensa, a Vida através dos eventos planetários convida-nos ao trabalho de merecimento. Ou seja e em linguagem espiritual, precisamos elevar a nossa vibração, libertar a densidade que nos impede de desfrutar desta bênção.
Para isso, a Vida traz-nos os convites de mudança, propõe os desafios, apresenta os padrões e aguarda pela nossa escolha que irá definir se estamos preparados para os superar ou se iremos manter os velhos. Se conseguimos ascender e desfrutar do maravilhoso convite ou se nos iremos manter na baixa vibração da lição dolorosa.
Por ignorância destes movimentos da Vida e dos próprios padrões que carregamos de vidas passadas, não é raro ver pessoas presas a padrões que há muito deveriam ter sido mudados, relações e situações que há muito deveriam ter sido libertadas, e que por resistência em mantê-los, sofremos por mão própria.
Temos o prémio à nossa espera, mas não nos ensinaram como merecê-lo.
O ser humano começa aos poucos a despertar da ilusão de viver apenas para o plano terreno, os papeis sociais, os bens materiais, acreditando que a felicidade é um estado de ter, de idealizar uma vida perfeita e de controlar a realidade de forma a atingi-la.
Algures a meio da vida, cansados de aplicar uma fórmula que não funciona, começa o processo de desilusão dessa mesma ilusão. Começamos a perceber que o sentir tem mais valor do que o ter. Que aceitar é menos doloroso do que lutar. Que confiar é mais saudável do que apegar ou controlar. Que o desconforto de vivermos fieis à nossa verdade vale muito mais a pena do que viver o sofrimento da mentira e da desilusão.
Independentemente da idade que tens ou dos ciclos em que te encontras, é natural que estejas a sentir alguns dos efeitos acima descritos.
Mas quanto mais souberes como este convite colectivo te atinge na tua vida e quais as áreas de vida envolvidas, melhor resposta lhes poderás dar.
Vera Luz
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