segunda-feira, 27 de agosto de 2012

APAV



As mulheres portuguesas continuam a ser vítimas de violência doméstica que pode levar à morte. Só este ano o Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) já registou 23 mortes. Mesmo assim o relatório daquela entidade, que hoje foi divulgado pela associação União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) para assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, refere que o número desceu quase para metade em relação a 2009.
Mesmo com um decréscimo assinalável de casos registados este ano em relação ao ano anterior, não deixa de ser preocupante que 23 mulheres já tenham morrido este ano vítimas de violência doméstica e que na maioria dos casos de homicídio e de tentativa de homicídio já existia violência na relação e "em algumas situações" o crime já era do conhecimento das autoridades.

O relatório divulgado hoje baseia-se em informações recolhidas na imprensa escrita até ao passado dia 11de novembro e regista uma diminuição de homicídios quando comparados com o ano passado, sendo o número semelhante ao de 2007.

Registe-se ainda que maioria das mulheres, cerca de 70 por cento, foi vítima dos maridos ou de alguém com quem mantinham uma relação de intimidade realçando o relatório que "as formas mais graves de violência contra as mulheres ocorrem nas suas residências, muitas delas apôs a separação entre a vítima e o agressor".

No dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres é de assinalar que nos últimos oito anos morreram 241 mulheres nas circunstâncias anteriormente descritas.

Nove em cada dez crimes aconteceram dentro de casa com as facas a continuarem a ser o instrumento mais utilizado pelos homicidas, sendo que em 30 por cento dos casos também foram usadas armas de fogo.

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