segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Idade de Ser Feliz




Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.


Autor Desconhecido

Felicidade e Tristeza




Em uma frase bem conhecida, Buda disse:
“o ódio jamais pode cessar com ódio. O ódio só pode cessar com amor. Esta é uma lei eterna”. Podemos começar a transcender o ciclo de aversão quando conseguimos parar de ver a nós mesmos, pessoalmente, como agentes da vingança.
No final, todos os seres são os donos de seu próprio carma.
Se alguém causou dano, irá sofrer. Se causamos dano, iremos sofrer.
Como o Buda disse no Dhammapada: “somos o que pensamos”.
Tudo o que somos surge com nossos pensamentos.
Com nossos pensamentos, fazemos o mundo.
Fale ou aja com uma mente impura e problemas te seguirão assim como a roda segue o boi que puxa a carroça. …
Fale ou aja com uma mente pura e a felicidade vai te seguir como sua sombra, imperturbável.

“Felicidade e tristeza dependem de nossas ações.”

– Sharon Salzberg

MOTIVAÇÕES E RAZÕES




No mundo prático em que vivemos, o amor frequentemente exige compromissos e limites apropriados; precisamos aprender a dar e tomar, e temos que permanecer ligados à realidade prática.
O amor transpessoal e o desapego não são sinais de indiferença.
Para que os relacionamentos dêem certo, precisamos nos esforçar e as vezes até brigar, em vez de fingir que as coisas não têm importância.
Temos que tentar, de um modo saudável, fazer as coisas funcionarem e aceitar quando elas não derem certo.
O Amor requer sinceridade e autoexame.
Na qualidade de buscadores espirituais que percorremos o caminho da auto descoberta, sempre temos que questionar as nossas motivações e razões para amar.
Temos que procurar dentro de nós e examinar as nossas motivações e intenções enquanto decidimos o que devemos dar, quando devemos dar e para quem devemos dar.

― Lama Surya Das

domingo, 29 de abril de 2012

Californication - Best Scene (Hank's letter for Karen)




Dear Karen,

If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it.
So, good for me.
You don't know me very well, but if you get me started I have a tendency to go on and on about how hard the writing is for me.
But this... this is the hardest thing I ever had to write.
There is no easy way to say this, so I'll just say it: I met someone.
It was an accident, I wasn't looking for it, I wasn't on the make.
It was a perfect storm.
She said one thing and I said another and the next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation.
Now there is this feeling in my gut that she might be the one.
She is completely nuts in a way that makes me smile highly neurotic, a great deal of maintenance required.
She is you, Karen... that's the good news.
The bad news is that I don't know how to be with you right now, and that scares the shit out of me. Because if I am not with you right now I have this feeling we will get lost out there.
Its a big bad world full or twist and turns and people have a way of blinking and missing the moment.
The moment that could have changed everything.
I don't know whats going on with us and I can't tell you should waste a leap of faith on the likes of me.
But damn, you smell good, like home and you make excellent coffee that has to count for something, right?
Call me!

Unfaithfully yours,

Hank Moody

Jimmy Wahlsteen - Rapid Eye Moment - www.candyrat.com

DESNUDA MI ALMA ...




Para cuando tu regreses ,
estare esperando ..
casi desnuda y con
mi rostro limpio..
casi sin llanto, cubrire ..
tu aucencia con 
pensamientos bellos
y mi cuerpo desnudo 
seguirá atento..
tus palabras dulces ....
acompañaran mi calma,
de la espera larga .. 
mi mente tranquila
sabra que sos mi amado 
y nada ,ni nadie 
separara lo nuestro ..
rociare mi piel !!!
con tus pensamientos 
y mis labios comeran fresas 
para concerbar tu aliento ..
te amo tanto ..
que aquí te espero ... 
aunque pase una vida ...
y en esa vida ......
de amor yo muera...

Aroma a hombre



Descanso , plácidamente 
sobre las sabanas de
aroma a hombre..
esta casi inconcluso este día..
e insatisfecha, de la lujuria .. 
que yo quería.. ven 
vuelve a la cama...
que tengo ganas
de tu cuerpo lleno de placer ..
soy toda tuya , si .... siiiiiiiii...
toca lo que tu quieras , 
nunca lo dudes 
soy la que te espera tu
cada mañana 
para que juntos ... 
hhhhsssssssss calla 
que nadie sepa 
lo que pretendo ,..
si... siii..!!! yo..
quiero tu sexo ..
que mas .. creías..
yo soy la flor .. 
de tus placeres .. 
que si no la cuidas .. 
en tus manos muere..
ven , no seas malo ..
que me tienes miedo ??..

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pensar




Entre uma infinidade de hipóteses de não teres nascido, saiu-te a sorte de teres nascido.
Se te tivesse saído a “sorte grande”, haveria gente que se admiraria de isso te ter acontecido.
Tu mesmo dirias talvez que parecia um “sonho”, que era inacreditável, que ainda não tinhas caído em ti do assombro.
Mas essa sorte foi a de um número entre dezenas de milhares ou mesmo centenas.
Mas teres nascido é ter-te saído a sorte entre biliões e biliões e biliões de hipóteses negativas.
Saiu-te o número inscrito numa areia do universo.
Tens pois o privilégio incrível de veres o sol, as flores, os animais.
De ouvires as aves e o vento. De.
E todavia, como esqueces isso tão facilmente.
Breve tudo se te apagará em silêncio.
Breve a oportunidade de estares vivo cessou.
Provavelmente ninguém mais saberá que exististe.
E mesmo dos que o souberem, não se saberá um dia.
Num momento não muito longínquo morrerá o último homem sobre a face da Terra.
Esse é, aliás, o momento da tua própria morte, porque tu és o primeiro e o último homem que nasceu.
Tudo é rápido e contingente e miraculoso.
Tudo é rápido e sem consequências.
A única consequência és tu e a vida que viveres.
Não a desperdices.
Não inutilizes a fabulosa sorte que te calhou.
Vê. Ouve. Pára, escuta e olha, que a morte vai a passar.
E terás cumprido ao menos, para com o universo, um pouco do teu dever de gratidão.

Vergílio Ferreira


AS 10 DOENÇAS ESPIRITUALMENTE TRANSMISSÍVEIS




Kuthumi nos diz que a Espiritualidade é uma armadilha! Algumas delas abaixo....

As seguintes 10 categorizações não se destinam a ser definitivas, mas são oferecidos como uma ferramenta para se tornar consciente de algumas das doenças mais comuns transmitidas espiritualmente.

1. A Espiritualidade Fast-Food: Misture a espiritualidade com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e gratificação instantânea e o resultado é provável que seja a espiritualidade fast-food. A espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e compreensível que o alívio do sofrimento da nossa condição humana pode ser rápida e fácil. Uma coisa é certa, porém: a transformação espiritual não pode ser obtida em uma solução rápida.

2. Falsa Espiritualidade: a espiritualidade do falso é a tendência de falar, vestir e agir como se imagina que uma pessoa espiritual seja. É uma espécie de imitação da espiritualidade que imita a realização espiritual da maneira que o tecido estampado de pele de onça imita a pele genuína de uma onça.

3. Motivações Confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores, incluindo o desejo de ser amado, o desejo de pertencer, a necessidade de preencher nosso vazio interno, a crença de que o caminho espiritual removerá o nosso sofrimento e ambição espiritual, o desejo de ser especial, de ser melhor do que, para ser "o único".

4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua própria, e nós começamos a acreditar que estamos incorporando insights e idéias que surgiram dentro de nós em determinados momentos. Na maioria dos casos,isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo para aqueles que se julgam iluminados e / ou que trabalham como professores espirituais.

5. O Ego Espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e idéias. O resultado é uma estrutura egóica, que é "à prova de bala." Quando o ego se torna espiritualizado, somos invulneráveis a ajudar, uma nova entrada, ou comentários construtivos. Nos tornamos seres humanos e impenetráveis e estamos tolhidos em nosso crescimento espiritual, tudo em nome da espiritualidade.

6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de atuais tradições espirituais da moda , que produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual, ou mestria, que está muito além de seu nível real. Esta doença funciona como uma correia transportadora espiritual: coloca este brilho, leva àquele insight, e - bam! - Você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é aquilo que tais professores ensinam, mas que representam a si próprios como tendo realizado a mestria espiritual .

7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço trabalhado efetivamente alcançou um certo nível de sabedoria e que usa esse conhecimento para se desligar a novas experiências. Um sentimento de "superioridade espiritual" é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de que "Eu sou melhor, mais sábio e acima dos outros porque sou espiritual".

8. Mente de Grupo: Também conhecido como o pensamento grupal, mentalidade de culto ou doença ashram. A mente de grupo é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais da co-dependência. Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o "espírito de grupo" rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão em conformidade com as regras, muitas vezes não escritas do grupo.

9. O Complexo de Povo Escolhido: O complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que "O nosso grupo é mais poderoso, iluminado e evoluído espiritualmente, e simplesmente colocado, melhor do que qualquer outro grupo." Há uma distinção importante entre o reconhecimento de que alguém encontrou o caminho certo, p professor, ou comunidade para si, e tendo encontrado aquele, O Único.

10. O Vírus Mortal: "Eu Cheguei": Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença de que "Eu cheguei" na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se cristalizou em nossa psique, no momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.

"A essência do amor é a percepção", de acordo com os ensinamentos de Marc Gafni, "Portanto, a essência do amor próprio é a auto percepção Você só pode se apaixonar por alguém que você pode ver claramente ? incluindo a si mesmo. Amar é ter olhos para ver. É só quando você se vê claramente que você pode começar a se amar ".

É no espírito dos ensinamentos de Marc que eu acredito que uma parte crítica do discernimento da aprendizagem no caminho espiritual é a descoberta da doença generalizada do ego e auto-engano que está em todos nós. Ou seja, é quando precisamos de um senso de humor e do apoio de amigos espirituais reais. À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto diminuição e perder nossa confiança no caminho. Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros, a fim de realmente fazer a diferença neste mundo.

Por Mariana Caplan, Ph.D.
Adaptado de Eyes Wide Open (Olhos Bem Abertos): Cultivando o Discernimento no Caminho Espiritual (True Sounds)

Mono - Halo

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Deus no Budismo




O Buda, muito longe de negar que havia um Absoluto, garantiu que aqueles que alcançassem a iluminação deveriam se fundir com Isso e assim perceber a Realidade em oposição ao mundo das ilusões e dos fenômenos. O que ele realmente disse, contudo, que tem levado pessoas a acusarem-no de ateísmo, é que não temos nenhum meio de expressar qualquer coisa sobre Isso. Palavras pertencem ao universo dos fenômenos e são aplicáveis apenas à ele. Quando alguém vai além dos fenômenos, em direção à Realidade, palavras precisam obrigatoriamente ser deixadas para trás. Nenhum ensinamento, nenhuma descrição, nenhum pensamento podem expressar o Absoluto — mas podemos experimentá-lo, se suficientemente evoluídos.

O que Buda combateu foram as numerosas tentativas que foram feitas, estão sendo feitas e continuarão a ser feitas, de dizer que o Absoluto é isso ou aquilo, um Deus pessoal, um Criador, um Deus-Pai. Ele insistentemente recusou responder qualquer pergunta sobre o assunto porque isso era inexprimível em palavras. Ele não iria permitir a seus discípulos imaginar um Absoluto a semelhança deles, como é a tendência do homem em todo lugar. Ele assinalou sutilmente que é melhor se ajustar para tentar alcançar a iluminação e, assim, experimentar o Absoluto por si próprio, em vez de perder tempo tentando ineficazmente falar sobre isso, já que nada que possa ser dito sobre Isso pode ser verdade em absoluto. Palavras iriam inevitavelmente modificá-Lo e moldá-Lo, resultando no máximo em uma aproximação grosseira. Palavras podem ser verdadeiras apenas em certo nível, mas apenas nesse nível, portanto serão apenas verdades relativas. Assim, como um entendimento que só funciona por meio de palavras pode conter o que não pode ser colocado em palavras? Apenas pela experiência direta.
Se esse fato tivesse sido assimilado, às custas do orgulho humano, teria havido muito menos intolerância, violência e sofrimento cometidos em nome da religião, entre os vários adeptos de seus seus próprios credos; todos afirmando de maneira confiante e dogmática que somente eles receberam a Verdade e que todos os outros estão errados e devem ser salvos de sua ignorância voluntária.

Então, se não há nenhum Deus no sentido de um Deus pessoal — ou se for compreendido que conceitos de um Deus pessoal, um Criador ou um Deus-Pai, são apenas relativamente verdadeiros e adequados apenas a alguns estágios do desenvolvimento humano — porque há tantas referências aos “deuses” [no budismo tibetano], sugerindo toda uma hierarquia?
A palavra páli “deva” é traduzida como “deus”, mas na verdade significa “espírito”, um ser de um reino superior que, no budismo, pode influenciar seres humanos, ajudar e protegê-los. A Terra não é o único mundo de seres da cosmologia budista. Há incontáveis universos em diferentes planos de existência, isto é, em diferentes estágios de desenvolvimento (espiritual). Alguns são mais elevados que nós (que somos a maioria). Alguns são inferiores. Há muitas referências a seres humanos renascendo em reinos superiores ou inferiores.
Mas, no budismo, não há lugar para a hierarquia massiva da religião Hindu, que acrescentou o próprio Buda a essa hierarquia (até os cristãos fizeram Dele um dos seus santos), nem para a Trindade de Criador, Preservador e Destruidor, nada exceto um Absoluto inexprimível. Em Sua direcção as pessoas estão evoluindo ou involuindo, alguns se tornando espíritos de planos superiores, outros afundando em mundos inferiores. E todos pertencem ao mundo dos fenómenos, não à Realidade. Apenas o Absoluto é Real. E nem podemos realmente dizer isso sem declarar algo menor que a Verdade. Mas Ela está lá para ser realizada por alguém com o desejo e determinação como os de Milarepa.

Todo ser humano, todo ser, é um Buda em potencial. Depende de cada um realizar sua própria Natureza Búdica.

— Lobzang Jivaka

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Encerrar ciclos




Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...

E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

Fernando Pessoa

Apego




Os relacionamentos são complexos. A maioria se baseia em mais do que um simples apego, porém poucos envolvem um amor puro e incondicional, sem nenhum apego. Portanto, a maioria dos nossos relacionamentos é uma mistura de amor e apego. A razão da ansiedade nos relacionamentos não é porque existe muito amor, mas porque existe muito apego.

O teste do amor versus o apego pode ser feito quando você percebe que uma pessoa que você ama muda para pior. O que acontece?

Se o amor for genuíno, os sentimentos de amor crescerão mais fortes. Se o amor for realmente um apego, haverá um afastamento.

— B. Alan Wallace

Diferentes nomes




Os santos e místicos ao longo da história sempre “adornaram” suas realizações com diferentes nomes, a que atribuíram diferentes faces e interpretações, mas o que eles basicamente experimentaram foi a natureza essencial da mente. Cristãos e judeus chamam-na de “Deus”, os hindus referem-se ao “Eu”, a “Shiva”, a “Brahman” e a “Vishnu”; os místicos sufis falam na “Essência Oculta”, os budistas na “Natureza Búdica”. No coração de todas as religiões existe a certeza de que há uma verdade fundamental, e de que esta vida é uma oportunidade sagrada para evoluir e compreendê-la melhor.

Quando falamos Buda pensamos naturalmente no príncipe indiano Sidarta Gautama, que obteve a iluminação no sexto século antes de Cristo, e que ensinou o caminho espiritual seguido por milhões de pessoas em toda a Ásia, hoje conhecido como budismo. “Buda”, no entanto, tem um significado muito mais profundo. Refere-se a uma pessoa, qualquer pessoa, que despertou completamente da ignorância e abriu-se para o seu vasto potencial de sabedoria. Um buda é alguém que terminou definitivamente com o sofrimento e a frustração, e descobriu uma felicidade e paz permanente e imortal.

— Sogyal Rinpoche

Desejo-te




Desejo primeiro que ames,
E que amando, também sejas amado.
E que se não fores, sejas breve em esquecer.
E que esquecendo, não guardes mágoa.
Desejo, pois, que não sejas assim,
Mas se fores, saibas ser sem desesperar.
Desejo também que tenhas amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Possas confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que tenhas inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Te interpeles a respeito
Das tuas próprias certezas.
E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que não te sintas demasiado seguro.
Desejo depois que sejas útil,Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para te manteres de pé.
Desejo ainda que sejas tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Sirvas de exemplo aos outros.
Desejo que, sendo jovem,
Não amadureças depressa demais,
E que sendo maduro, não insistas em rejuvenescer
E que sendo velho, não te dediques ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo também que sejas triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubras
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que descubras,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes e que estão à tua volta.
Desejo ainda que afagues um gato,
Alimentes um cuco e ouças o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, te sentirás bem por nada.
Desejo também que plantes uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhes o seu crescimento,
Para que saibas de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que tenhas dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloques um pouco dele
Na tua frente e digas «Isso é meu!»,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum dos teus afectos morra,
Por ele e por ti,
Mas que se morrer, possas chorar
Sem te lamentares e sofrer sem te culpares.
Desejo por fim que, sendo homem,
Tenhas uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenhas um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a desejar-te.

Vitor Hugo 
(Poeta e escritor francês, 1802-1885)

Partilhar




Hoje é um dia marcante na minha vida, após 2 anos e meio de uma enorme luta...
Partilhei esse momento, de uma forma tão mágica com o Babu e soube bem...
Confesso que ainda tenho muito a evoluir no que diz respeito ao PARTILHAR...

Dizem que aprender a partilhar é uma das coisas mais importantes da vida ...

Eu durante a vida partilhei tantas coisas…ele foram livros, músicas, carteiras da escola ,sandes no recreio e chocolates ….

Partilhei o quarto com a Mana ...mais tarde o quarto com a Lina e depois a casa com diferentes pessoas….Este tipo de partilha é relativamente fácil …uns dias mais fácil outros mais complicado..

Mas o que me parece difícil é partilhar o que vai cá dentro…os sentimentos…as duvidas…os medos …e as inseguranças…

Também é difícil partilhar o que nos faz verdadeiramente felizes ...porque isso faz com que deixemos as pessoas aproximar-se do nosso coração …

Felizmente em algum momento da nossa vida existem pessoas que o conseguem fazer...a família , os amigos e eu acredito que no mundo há alguém que nos esta destinado para que deixemos que entre no nosso coração e que fique lá para sempre , para que as nossas inseguranças fiquem pequenas e que o que nos faz felizes venha ao de cima..e sejamos pessoas melhores!!

Chamem romantismo ou ilusão …mas acredito nisto ….

Afinal partilhar é maravilhoso…

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tô de bem




Tô me aproximando de tudo que me faz completa,
me faz feliz e que me quer bem.
Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem.
Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém.
Tô trazendo pra perto de mim
quem eu gosto e quem gosta de mim também.
Ultimamente eu só tô querendo ver
o ‘bom’ que todo mundo tem.
Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem?
Supera, suporta, entenda:
isento de problemas eu não conheço ninguém.
Queira viver, viver melhor,
viver sorrindo e até os cem.
Tô feliz, to despreocupada,
com a vida eu tô de bem.

A pessoa errada




Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo.
O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Luis Fernando Veríssimo

domingo, 22 de abril de 2012

Pearl Jam - Come Back



From wherever you are
come back
But the strangest thing today
So far away and yet you feel so close
And Im not gonna question any other way
There must be an open door
For you.... To come back

Depois de publicar a música da Ayo " Down on my knees", o Babu dá-me esta música de presente...
Emocionada!
Um abraço de almas!!

Ayo - "Down On My Knees" Music Video OFFICIAL



 I'm dying, I'm crying, I'm begging

A Lógica de Albert Einstein




Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha.
Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.

De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, o gênio Albert Einstein que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples, respondeu o Einstein.

- Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.

UMA SONHADORA FRANCESA... TIVE UM SONHO




(…)
“Gosto de sonhar que, um dia, haverá lugar par ao outro em cada cérebro humano, tal como existe lugar para o outro no corpo das mulheres. O outro que acolhemos durante o amor. O outro que concebemos com a nossa própria carne e para o qual cessamos de produzir anticorpos até ele ser suficientemente forte. Sonho com esa talento do corpo das mulheres a alastrar-se para o espírito das mulheres, dos homens e das suas leis. Com o corpo das mulheres, aberto ao outro, transmitindo uma mensagem de tolerância e de respeito. A paridade não é nenhum cálculo. É um símbolo de aceitação.

O sexo que desde sempre está no comando vai ter de aprender a pensar no outro, a partilhar, para o bem-estar geral a para a justiça social. Parar de impor a sua lei pela força e pelo desprezo. Afastar-se um pouco, deixar um espaço para aquelas que a nossa história obrigou ao silêncio. Toda a gente vai ficar a ganhar com isso, excepto, talvez, aqueles que ocupam vários cargos em simultâneo: os senhores feudais, detentores de feudos rígidos, que deverão ter um a reforma merecida. E na aceitação do exercício misto, virá integrar-se a ideia de que podemos ser simultaneamente diferentes E iguais. E pela primeira vez, desde há dois séculos, as ideias teóricas da revolução irão aproximar-se da realidade, graças às mulheres e àqueles que as apoiaram.
(…)
Quando o nosso país (França) iluminar de novo o mundo, podermos, com os nossos homens, ir ajudar as nossas irmãs estrangeiras, as raparigas afegãs, croatas, argelinas, ruandesas, iranianas, E também as adolescentes chinesas abandonadas, as jovens que se prostituem no mundo inteiro. Todas aquelas que, todos os dias, pagam o preço demasiado alto da barbárie machista.”

Isabelle Alonso
In, Todos os Homens são iguais mesmo as Mulheres

Apenas deixe...




DEIXA-ME TOCAR EM TEU CORPO
CADA PARTÍCULA 
CADA CÉLULA
CADA ÁTOMO
DEIXE-ME OLHAR EM TEUS OLHOS
E VER-ME DENTRO DELES
DEIXE-ME SENTIR TUA ALMA
TUA RESPIRAÇÃO
O BATER DESCOMPASSADO DO TEU CORAÇÃO
AO ME VER CHEGAR
AO ME VER LOUCA
DESPUDORA AO ME VER CAVALGANDO EM TI
AO ME VER LHE OFERECENDO O MELHOR DE MIM
AO NOS VER NUM RITMO ALUCINADO
FRENÉTICO
ACELERADO
AO VER NOSSAS MÃOS SE ENTRELAÇANDO
NOSSA PELE SE ERIÇANDO
NOSSO SUOR SE MISTURANDO
NOS TRANSFORMANDO EM UM SÓ CORPO
NUMA SÓ ALMA
NUM SÓ CORAÇÃO
DEIXE-ME MATAR ESSA SAUDADE LOUCA
DESENFREADA QUE SINTO DE TI
DEIXE-ME DEITAR AO TEU LADO E ME ACONCHEGAR EM TEUS BRAÇOS
SER PROTEGIDA POR TEUS ABRAÇOS
DEIXE-ME SENTIR TEU CALOR A ME AQUECER 
A ME ENVOLVER

DEIXE-ME......
APENAS DEIXE QUE MINHAS VONTADES
MEUS DESEJOS 
MEUS DELÍRIOS
MINHAS INSANIDADES
MEUS INSTINTOS DE FÊMEA AFLOREM JUNTO DE TI
DEIXE.......
QUE ESSA "MENINA" SE ENVOLVA EM TEUS ENCANTOS
QUE ESSA "MULHER" SE ENTREGUE AOS TEUS PRAZERES
DEIXE.....
QUE SEJAMOS "NÓS"
SEJAMOS "PLURAL"
VENHA NÃO PERCAMOS MAIS TEMPO
NÃO DEIXE QUE ESSE AMOR
ESSA PAIXÃO
TODO ESSE DESEJO SE PERCA
NÃO DEIXE QUE ESSE TESÃO QUE EMANA DOS MEUS PÓROS EVAPORE
VENHA E ME DOME
ME TOME
ME FAÇA TUA
ME FAÇA PERDER O JUÍZO
SUSSURRE
GRITE
MURMURE EM MEUS OUVIDOS
PALAVRAS DE DESEJO
SEDUÇÃO
PAIXÃO 
ÊXTASE
PALAVRAS DE AMOR COMPLETO, ÚNICO E REAL
ME DEIXE PERDER EM SEU MUNDO
EM SEUS LÁBIOS
NOS SEUS OLHARES QUE ME DESPEM
EM SUAS MÃOS QUE PERCORREM CADA CURVA DE MEU CORPO
ME SUFOQUE COM SEUS BEIJOS
DESLIZE EM MIM
SE ENROSQUE EM MIM
SE EMBRIAGUE COM MEU NÉCTAR
BEBA ATÉ O ÚLTIMO GOLE 
APENAS DEIXE QUE EU PERMANEÇA AO TEU LADO
APENAS DEIXE 
E FAÇAMOS AMOR........

Tantos os sentimentos



SÃO TANTAS EMOÇÕES QUE PERCORREM EM MIM
QUANDO TUAS MÃOS ME TOCAM
QUANDO TEUS DEDOS ME ERIÇAM
QUANDO TEUS LÁBIOS ME ATIÇAM
SÃO TANTOS SENTIMENTOS
QUANDO TEUS OLHOS PERCEBEM A MULHER QUE HÁ EM MIM
QUANDO TEUS OLHOS AMAM DE UMA FORMA LOUCA E ALUCINADA MINHA NUDEZ
SÃO TANTOS DESEJOS
QUANDO NOSSOS CORPOS SE ENCONTRAM
QUANDO NOSSOS CORPOS SE ENCAIXAM
NUM ENCAIXE PERFEITO
NUMA DANÇA CADENCIADA
DESPUDORA
CHEIA DE CARINHOS
AFAGOS
E BEIJINHOS
SÃO TANTOS SENTIMENTOS, SENSAÇÕES, DESEJOS
QUANDO TE VEJO
QUANDO ME ENLAÇO E ME ENVOLVO EM TEUS ABRAÇOS
QUANDO CAIO EM  TEUS ENCANTOS
CEDO AOS TEUS CAPRICHOS
ESMOREÇO COM TEUS BEIJOS
ME DEIXO SER LEVADA AO CÉU, AO PARAÍSO COM TEU AMOR

Faremos as pazes de novo




"Pode ser que um dia deixemos de nos falar... 
Mas, enquanto houver amizade, 
Faremos as pazes de novo. 
Pode ser que um dia o tempo passe... 
Mas, se a amizade permanecer, 
Um de outro se há-de lembrar. 
Pode ser que um dia nos afastemos... 
Mas, se formos amigos de verdade, 
A amizade nos reaproximará. 
Pode ser que um dia não mais existamos... 
Mas, se ainda sobrar amizade, 
Nasceremos de novo, um para o outro. 
Pode ser que um dia tudo acabe... 
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, 
Cada vez de forma diferente. 
Sendo único e inesquecível cada momento 
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. 
Há duas formas para viver a sua vida: 
Uma é acreditar que não existe milagre. 
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre. "

Albert Einstein

Ilusão de óptica




"O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de óptica de sua consciência.
E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afecto por pessoas mais próximas.
Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza.
Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objectivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior."

Albert Einstein

sábado, 21 de abril de 2012

Hungry Ghosts - I Don't Think About You Anymore But, I Don't Think About...

Nunca duvide




Nunca duvide do valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, emfim, de tudo que faz a vida florescer.

Mas duvide de tudo que a compromete.
Duvide do controle que a miséria, ansiedade, egoísmo, intolelância e irritabilidade exercem sobre você.

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.

Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho de sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.

Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã.
Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção.
Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios.

Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil. Os sonhos regam a existência com sentido.(...)

Augusto Cury

quinta-feira, 19 de abril de 2012

NADA COMO O TEMPO




Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

— Mário Quintana

Essência




Na China, havia um monge Zen, chamado mestre Dori, que, por fazer zazen empoleirado num pinheiro pára-sol, fora alcunhado de mestre Ninho de Passarinho.

Um poeta muito célebre, Sakuraten, foi visitá-lo e, ao vê-lo fazer zazen, disse-lhe:
"Tomai cuidado, que isso é perigoso; podereis, um dia, cair do pinheiro!"

"De maneira nenhuma," respondeu mestre Dori.
"Vós é que correis perigo de um dia cair."

Sakuraten refletiu.
"Com efeito, vivo dominado por paixão, é como brincar com o raio".

E perguntou ao mestre Zen:
"Qual é a verdadeira essência do budismo?"

Mestre Dori respondeu:
"Não façais nada violento, praticai somente o aquilo que é justo e equilibrado."

"Mas até uma criança de três anos sabe disso!" exclamou o poeta.

"Sim, mas é uma coisa difícil de ser praticada até mesmo por um velho de oitenta anos..." completou o mestre.

O seu Verdadeiro Eu



Um homem muito perturbado foi até um mestre Zen, apresentou-se e disse:

"Por favor, Mestre, eu me sinto desesperado!
Não sei quem eu sou.
Sempre li e ouvi falar sobre o Eu Superior, nossa verdadeira Essência Transcendental, e por muitos anos tentei atingir esta realidade profunda, sem nunca ter sucesso! Por favor mostre-me meu Eu Verdadeiro!"

Mas o professor apenas ficou olhando para longe, em silêncio, sem dar nenhuma resposta.
O homem começou a implorar e pedir, sem que o mestre lhe desse nenhuma atenção.

Finalmente, banhado em lágrimas de frustração, o homem virou-se e começou a se afastar. Neste momento o mestre chamou-o pelo nome, em voz alta.
"Sim?" replicou o homem, enquanto se virava para fitar o sábio.
"Eis o seu verdadeiro Eu." disse o mestre.

O tesouro em casa




Um dia, um jovem chamado Yang Fu deixou sua família e lar para ir a Sze-Chuan visitar o Bodhisattva Wu-Ji. Ele sonhou que junto àquele mestre poderia encontrar um grande tesouro de sabedoria. Quando já se encontrava às portas da cidade, após uma longa viajem cheia de aventuras, encontrou um velho senhor.

Este lhe perguntou:
"Onde vais, jovem?"
"Vou estudar com Wu-Ji, o Bodhisattva." - respondeu o rapaz.
"Em vez de buscar um Bodhisattva, é mais maravilhoso encontrar Buddha."

Excitado com a perspectiva de encontrar o Grande Mestre, disse Yang Fu:
"Oh! Sabes onde encontrá-lo?!"
"Voltes para casa agora mesmo. Quando lá chegares, encontrarás uma pessoa usando uma manta e chinelos trocados, que lhe cumprimentará. Essa pessoa é o Buddha."
O rapaz pensou, aterrado: "Como posso retornar agora, quando estou às portas do meu objetivo? Eu teria que confiar muito no que este simples velho me diz".

Então Yang Fu teve uma forte intuição de que aquele simples homem à sua frente era alguém de grande sabedoria. Num impulso, voltou-se para a estrada, sem jamais ter encontrado Wu-Ji. Ele retornou o mais rápido que pode, ansioso pela vontade de encontrar Buddha.

Chegou em casa tarde da noite, e sua amorosa mãe, em meio à alegria e pressa de abraçar o filho que retornava ao lar, cobriu-se de uma manta usada e calçou seus chinelos trocados.

Olhando para sua mãe desse modo, que vinha sorrindo e pronta a abraçá-lo, Yang Fu atingiu o *Satori. Este era o maior tesouro.

*Satori: Termo japonês budista para iluminação. A palavra significa literalmente "compreensão".

Don Juan DeMarco



Don Juan DeMarco
1995

Directed by Jeremy Leven

Johnny Depp : Don Juan DeMarco


Um homem de 21 anos (Johnny Depp) dizendo ser o famoso amante Don Juan vai até Nova York para encontrar seu amor perdido, mas, sentindo que não alcançará seu objectivo, tenta se matar. Porém, um psiquiatra (Marlon Brando) consegue convencê-lo a mudar de ideia e começa a tratá-lo. Entretanto, o paciente possui um romantismo irrecuperável e contagioso, que começa a influenciar o comportamento do médico.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Partir




Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

Fábio de Melo

Coma os morangos



Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco, havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Em baixo, prontas para engoli-lo quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.

Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Abaixava depressa a cabeça para não perdê-la na sua boca. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas de seu pé. As onças em baixo querendo comê-lo, e o urso em cima querendo devorá-lo.

Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas reflectindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango. Quando pode olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango a boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.

Talvez você me pergunte:
“Mas, e o urso?” Dane-se o urso e coma os morangos!
“E as onças?” Azar das onças, coma os morangos!
Às vezes, você está em sua casa no final de semana com seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, seu (sua) esposo (a) lhe diz: – Meu bem, relaxe e aproveite o domingo!
E você, chateado(a), responde: “Como posso curtir o domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na Empresa?”

Relaxe e viva um dia por vez. Coma o morango.
Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças, arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida, é importante saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças.

Você pode argumentar: Eu tenho muitos problemas para resolver.
Problemas não impedem ninguém de ser feliz. O fato de seu chefe ser um chato não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual não os impede de tomar sorvete juntos. O fato do seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade para experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos. Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida. Mas o importante é saber aproveitar o morango, porque o urso e a onça não dá para aproveitar. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora.

O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos. As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela historia da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança.
As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade. Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes.

Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.
A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você.
A felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração.
A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua autocriação.


Roberto Shinyashiki 

Sete ideias da felicidade



Um grande executivo amigo meu me pediu para falar sobre felicidade para um grupo de altos executivos de empresas. Vou contar para você o que eu contei pra eles: as sete ideias da felicidade.

1. Todos nós, homens e mulheres, temos “TPM”. Com uma diferença: as mulheres sabem quando estão de TPM, mas os homens não! Nesses dias é melhor tomar cuidado e não agir de modo impulsivo. Muito cuidado para não colocar o seu mau humor em cima de ninguém.

2. Felicidade é ter equipa. Quando você tem uma equipa, seja na sua vida profissional ou na vida pessoal, tem com quem dividir as responsabilidades e os esforços, tem alguém que ajuda você, de modo que pode viver mais tranquilo e feliz.

3. O mestre Osho diz que “somente os perdedores podem ganhar a felicidade”. O espírito de querer ganhar sempre cria uma situação insustentável e ansiosa. Quem quer ganhar todas as disputas, perde a vida.

Felicidade é um estado de aprendizagem, de evolução. Você perdeu? Aprenda. Na verdade, ninguém erra. Ou você acerta, ou aprende.

4. Na vida não existe preto nem branco. Nada é tanto o céu ou é tanto a terra. Ninguém é tão maravilhoso que não tenha defeitos e ninguém é tão defeituoso que não tenha virtudes. Compreenda esse equilíbrio e não crie expectativas irreais.

5. As pessoas não brigam com você. Elas brigam para jogar as próprias frustrações nas suas costas. Elas brigam contra aquilo que você representa.

6. Os caminhos do sucesso não levam à felicidade. Para ter sucesso você tem de correr atrás de um objetivo. Para ser feliz você tem de gostar daquilo que tem neste momento.

7. Tenha alto astral. Sorria, conte uma piada, brinque. Não se leve tão a sério.


Roberto Shinyashiki

Ninguém é de ninguém!




Essa ideia de que a gente tem uma alma gémea a ser encontrada, uma pessoa que vai nos completar e nos tornar inteiros faz sentido, é verdade!

No entanto, sinto que existem alguns detalhes a serem esclarecidos sobre esse assunto...

Muitas pessoas passam a vida acreditando que enquanto não encontrarem essa tal metade, não podem ser inteiramente felizes, completamente realizadas ou que sua existência jamais fará pleno sentido.

Isso não é exatamente uma verdade. O facto é que amar é um privilégio e uma oportunidade maravilhosa de nos tornarmos pessoas mais evoluídas e satisfeitas.

Mas somos seres absolutamente completos. Nascemos dotados de todas as ferramentas que precisamos para sermos felizes, independentemente de com quem estamos, onde e quando estamos...

A felicidade é uma escolha pessoal, um dom que desabrocha de dentro de cada um, um exercício diário, uma busca que se faz só.

Viemos ao mundo para uma missão que só pode ser realizada por nós mesmos e por isso nascemos únicos, singulares e individuais.

As pessoas com quem nos relacionamos, as que escolhemos para amar são nossas companheiras de jornada, são presentes e facilitadores que Deus nos enviou para tornar nossa caminhada mais leve e prazerosa.

Mas não são, nunca, de forma alguma, a nossa felicidade, a nossa realização, a essência de nossa vida.

Percebo que, muitas vezes, entorpecidos por um sentimento genuíno de amor, confundimos o que somos com o que o outro é. Atribuímos a nossa felicidade e a nossa razão de existir ao outro e perdemos a referência de nosso real valor.

Assim, passamos a acreditar que sem o outro não poderíamos nos sentir tão bem, que sem o outro toda a beleza e toda a alegria estariam perdidas, como se tudo de bom (e de ruim também) não existisse – antes de em qualquer outro lugar – dentro de nós mesmos!

É isso: tudo o que somos, sentimos e vemos, tudo o que entendemos como mundo é reflexo do que temos dentro da gente.

Assim, se somos felizes ao lado de alguém que amamos é porque nos tornamos capazes de sentir felicidade e de amar.

E se somos tristes e insatisfeitos, também é porque estamos exercendo nossa capacidade de sentir tristeza e de não nos satisfazermos com o que temos.

Dessa forma, creio que está mais do que na hora de compreendermos que podemos, sim, nos tornar melhores através do amor que trocamos com alguém, mas que não é o outro que nos faz melhores e sim nós mesmos que nos permitimos crescer e ser melhor.

Ninguém é de ninguém porque não somos coisas. Somos pessoas e pessoas são eternamente ímpares.

É o que cultivamos e alimentamos em nós que nos faz ser como somos. A única pessoa que temos e por quem realmente somos responsáveis é a gente mesmo.

Portanto, sugiro que você comece a se apropriar de sua felicidade como mérito seu, assim como de suas tristezas e insatisfações.

E a partir de então, poderá abrir mão das pessoas, desapegar-se, compreender que o amor que você sente por alguém não torna esse alguém seu, mas apenas um companheiro de aprendizagem e de importantes descobertas.

E na mesma medida, poderá exercer todos os seus dons e suas capacidades a fim de tornar a sua vida e a das pessoas que caminharem ao seu lado pela longa estrada da vida muito melhor, mais inteira e, sem dúvida, mais verdadeira!

Rosana Braga

Sobre a coragem de mudar



Em tempos passados o normal era que um jovem escolhesse uma carreira e permanecesse nela até morrer, ainda que ela não lhe desse felicidade, tal como acontecia também com os casamentos. Para sempre, até que a morte os separe. Uma coisa boa dos tempos em que vivemos, a despeito de todas as suas confusões, é que as pessoas descobriram que é possível mudar a direção do vôo. Nada as obriga a voar sempre na mesma direção até o fim.

Eu mudei minhas direcções várias vezes e não me arrependo. Meu amigo Jether era um próspero dentista na cidade do Rio de Janeiro. Estava ficando rico. Riqueza dá segurança. Segurança dá tranquilidade à família. Mas enquanto ele olhava para o mundo delimitado pelos dentes dos seus clientes, a sua alma voava por outros mundos!

E foi assim que, num belo dia, ele resolveu voar. Chegou em casa e comunicou à esposa Lucília: “Meu bem, vou vender o consultório”. E assim, com mais de quarenta anos, voltou para a estaca zero e foi se preparar para o vestibular… E ele seguiu um caminho feliz! Está com 82 anos, tem cara de 60, disposição de 40 e leveza de criança!

Cada profissão delimita um mundo: há o mundo dos advogados, dos dentistas, dos engenheiros, dos professores, dos médicos, dos músicos, dos artistas, dos palhaços, do teatro. O jovem estudante do filme Sociedade dos poetas mortos sonhava em ser artista de teatro. Mas seu pai havia mirado seu arco para a medicina… Dezoito ou dezanove anos é muito cedo para definir o que se vai fazer pelo resto da vida. Esse é um tempo de procuras, indefinições, sonhos confusos.

É normal que, ao meio do curso universitário, o jovem descubra que tomou o trem errado e se disponha a saltar na próxima estação. É angústia para os pais. Claro, porque o que eles mais desejam é ver o filho formado, empregado, ganhando dinheiro. Isso lhes daria liberdade para viver e permissão para morrer… Mas não seria terrível para ele – ou ela – se, só para não “perder tempo”, “só para não voltar ao início”, continuasse até o fim? Se não quero ir para as montanhas, se quero ir para a praia, por que continuar a dirigir o carro pela estrada que vai para as montanhas? Pais, não fiquem angustiados. Sua angústia é inútil. E nem fiquem com a ilusão de que o diploma dará emprego ao filho.

Não dará. Assim é melhor ir devagar seguindo a direcção que o coração manda. O difícil, para os pais, será se o filho, no último ano de direito, lhes comunique: “Descobri que não gosto de Direito. Vou estudar para ser palhaço!” Aí posso imaginar o embaraço do pai e da mãe quando, em meio a uma reunião social, quando se fala sobre os filhos, alguém lhes dirija a palavra e diga: “Meu filho está no Itamarati. Vai ser diplomata. E o seu?” Resposta: “O nosso está no circo. Vai ser palhaço…” Cá entre nós: não sei qual profissão dá mais felicidade, se a de diplomata ou se a de palhaço…

Rubem Alves

Uma vida exterior simples




Uma vida exterior simples e modesta só pode fazer bem, tanto ao corpo como ao espírito. Não creio de modo algum na liberdade do ser humano, no sentido filosófico. Cada um age não só sob pressão exterior como também de acordo com a sua necessidade interior. O pensamento de Schopenhauer: «O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas não pode querer o que quer», impressionou-me vivamente desde a juventude e tem sido para mim um consolo constante e uma fonte inesgotável de tolerância. Esse conhecimento suaviza benéficamente o sentimento de responsabilidade levemente inibitório e faz com que não tomemos demasiado a sério, para nós e para os outros, uma concepção de vida que justifica de modo especial a existência do humor.

Do ponto de vista objectivo, pareceu-me sempre desprovido de senso querer-se indagar sobre o sentido ou a finalidade da própria existência ou da existência da criação. E, no entanto, cada homem tem certos ideais, que o orientam nos seus esforços e juízos. Neste sentido o bem-estar e a felicidade nunca me pareceram um fim em si (chamo a esta base ética o ideal da vara de porcos). Os ideais que me iluminavam e me encheram incessantemente de alegre coragem de viver foram sempre a bondade, a beleza e a verdade. Sem o sentimento de harmonia com aqueles que têm as mesmas convicções, sem a indagação daquilo que é objectivo e eternamente inatingível no campo da arte e da investigação científica, a vida ter-me-ia parecido vazia. Os fins banais do esforço humano: propriedade, êxito exterior e luxo pareceram-me desprezíveis desde jovem.

Albert Einstein

Siga pelo desvio



Siga pelo desvio!


Já reparou quantas vezes deixamos de tomar certas decisões fundamentais para nossas vidas ou de fazer certas escolhas que poderiam modificar completamente o cenário atual baseando-nos em ‘desculpas’?

Isto é, por medo de olhar para nós mesmos e nos questionar que caminho desejamos seguir, compreendendo que cada caminho tem seus prós e seus contras, preferimos viver acomodados na mediocridade.

Cada hora temos um novo problema, um outro obstáculo. Agora não podemos conversar sobre a relação porque o outro anda muito cansado por conta do trabalho. Será mesmo? Ou será que temos medo do que vamos ouvir ou de não conseguirmos falar tudo o que gostaríamos?

Agora não podemos iniciar uma atividade física porque não temos dinheiro. Estamos investindo na educação dos filhos. Será mesmo? Ou será que não queremos arcar com a disciplina que um novo compromisso exige de nós?

Agora não podemos rever nossas escolhas profissionais e arriscar uma nova área porque falta apenas 10 anos para a aposentadoria. Será mesmo? Ou será que temos receio de optar pelo desconhecido e enfrentar novos desafios?

E assim a vida vai passando... De repente, os filhos cresceram, o amor esfriou e perdeu o brilho, o trabalho já não realiza e a tão esperada aposentadoria serve para nos deixar ainda mais enfadonhos e vazios...

E pra não perder o costume, estes então se tornam os nossos novos problemas. “Estou velho demais pra recomeçar”. “Já passou muito tempo; é melhor deixar as coisas como estão”. “Meus netos vão precisar de mim; preciso estar aqui para cuidar deles”.

Mas e você? Cadê você? Quem é você? O que você realmente quer? O que faz o seu coração bater mais forte? Quais são seus mais íntimos desejos? Você justificou-se a vida toda com ‘desculpas’, mas quais são os verdadeiros fatos?

Muitos de nós tem passado ano após ano ‘em obras’; sempre inventando uma nova reforma, sempre quebrando e consertando os mesmos lugares dentro da gente, numa tentativa insana de acreditar que algo vai mudar. Mas nada muda! Continua sempre igual, porque não tem você, não tem seu coração, não tem sua alma.

E quando você descobre que os problemas não existiam, mas que você passou tanto tempo insistindo em inventá-los, já não sabe como voltar para o seu caminho. Perdeu-se.

Sabe o que há de bom nisso? Enfim você descobriu e agora pode se reencontrar, se reinventar, desbravar um novo caminho. Começar uma nova viagem. Fazer novos planos. Entretanto, há uma condição: que você não fique dando voltas, pegando atalhos, desvios ou retornos só para evitar o desconhecido.

Vá em frente, porque ainda que lhe restasse apenas um dia de vida, mas você percebesse que o que ainda não foi vivido está aí para ser experimentado e sentido, tudo seria novo.

Portanto, saiba que, algumas vezes, o novo é realmente assustador, mas que ter medo é humano. Deixar-se paralisar por causa dele é subestimar a sua coragem e o seu potencial.

Cuidado com as obras que tem feito desnecessariamente em seu caminho. Cuidado com as ‘desculpas’ que tem dado para fugir de si mesmo. Dedique a cada um o tempo que for de cada um, sem negligenciar sua vida em nome daquilo que nunca foi e nunca será um fato. Porque o fato é que você precisa descobrir a que veio... para que quando partir, tenha feito diferença!


Rosana Braga