quarta-feira, 15 de maio de 2019

...................... get over your own bullshit






At a certain point, you have to get over your own bullshit.

You have to get tired of your addiction to suffering with the same tired story you've been repeating for years.

You have to stop blaming your challenges on others, or your circumstance in life. Your challenges exist to help you grow, not to keep you down. You are only a victim to your own mental limitations.

Once you recognize your challenges, it's good to emotionally process the anger, sadness, and fear. But at a certain point, lingering in self-pity by pointing the finger externally only hurts yourself by neglecting self-responsibility.

People say "trust your feelings" and "go with the flow", but this isn't always good advice. Would you tell an alcoholic to "trust their feelings" when they want to beat their spouse and keep drinking? Of course not. You have to accept that you are addicted to lying to yourself, imagining you can see reality clearly, and trust your own thinking 100%. Depending on how quickly you want to turn your life around, you may need to subject yourself to "spiritual maturity bootcamp". Sometimes self-love is a swift kick in the ass. You may need to post reminders on your walls. You may need to set your alarm to 7am each day, with a schedule of priorities you must achieve. You may need to recruit the help of a friend or life coach. You may need to sell all your belongings and change your life entirely because you have too many distractions surrounding you.

Don't be afraid to set fire to your life. It's better to burn in a blaze of intensity and make a few "mistakes" than slowly simmer your life away in the pitiful embers of apathy and regret.


Humberto Braga





VARIAÇÃO PRIMEIRA





Ao sol ardente, ao mar azul, ao vento que
lhes faz vibrar a pele, os deuses dão-se
numa nudez total de agreste juventude
que impudica se exibe e se deseja,
se acaso olhos humanos os espiam.
.
Promíscuos tombam num tropel de corpos,
de pernas, braços, bocas e cabelos,
ancas e mãos, de línguas e gemidos,
uivos de espasmo, seios e tremuras,
e sexo é tudo o que se entrega e tudo
o que num ritmo seguro arranca
sacões em que se ajusta mais ao fundo
e túrgido se escoa e recomeça.
Torcem-se os corpos, arfam e agitam-se,
soerguem-se e arqueiam-se e descaem,
e pouco a pouco vão ficando plácidos
e como que dormindo na difusa,
anónima e divina confusão final.
.
De súbito, levantam-se altíssimos
ao pé dos corpos que ainda jazem trémulos.
Mais outros se levantam, se recortam
na luz que irisa a negridão dos sexos.
As gargalhadas tinem pela praia clara
num cascalhar sereno da ressaca
lambendo a areia que, trazida, fica
como suspensa no limiar do vento.
.
Ao mar acorrem que espadanam breves,
enquanto um só dos deuses se demora
à beira de água e se espreguiça erguendo
ao alto os braços num curvar das ancas
sobre as retesas pernas que espraiada
a espuma molha pelos tornozelos.
Num grito atira-se e mergulha e segue
os outros que são pontos na distância,
ou sombras só de pequeninas vagas
quebrando-se, e ao longe, contra a luz.
.
Silvos ligeiros, lépidos, irónicos
alisam pela praia o que ficou dos corpos
— areia remexida, vagos moldes
de ancas e torsos, calcanhares e nucas,
e até gotas dispersas de vertido amor.
.
Promíscuo o amor dos deuses, se os espiam
olhares humanos, sequiosos, turvos,
e dissipado, violento, abrupto.
.
Apenas o tinir das gargalhadas
subsiste ainda, e na memória o vulto
do deus que se espreguiça à beira de água.


JORGE DE SENA
in, VARIAÇÕES SOBRE UM CORPO




segunda-feira, 13 de maio de 2019

AMOROSA ANTECIPAÇÃO





Nem a intimidade da tua fronte clara como uma festa,
nem o hábito do teu corpo, ainda de menina e misterioso e tácito,
nem a sucessão da tua vida assumindo palavras ou silêncios
serão favor tão misterioso
como olhar o teu sono envolvido
na vigília dos meus braços:
Virgem milagrosamente outra vez, pela virtude absolutória do sono,
serena e resplandecente como a alegria que a memória escolhe,
dar-me-ás essa margem da tua vida que tu própria não tens.
Entregue à serenidade,
divisarei essa praia última do teu ser
e ver-te-ei acaso pela primeira vez
como Deus te verá,
já dissipada a ficção do Tempo,
sem o amor, sem mim.



JORGE LUIS BORGES






I’ve learned that...






If I’ve learned anything from life, it’s that sometimes, the darkest times can bring us to the brightest places. I’ve learned that the most toxic people can teach us the most important lessons; that our most painful struggles can grant us the most necessary growth; and that the most heartbreaking losses of friendship and love can make room for the most wonderful people.

I’ve learned that what seems like a curse in the moment can actually be a blessing, and that what seems like the end of the road is actually just the discovery that we are meant to travel down a different path.

I’ve learned that no matter how difficult things seem, there is always hope. And I’ve learned that no matter how powerless we feel or how horrible things seem, we can’t give up.

We have to keep going. Even when it’s scary, even when all of our strength seems gone, we have to keep picking ourselves back up and moving forward, because whatever we’re battling in the moment, it will pass, and we will make it through.

We’ve made it this far.
We can make it through whatever comes next.


Daniell Koepke





MOROCCAN GNAWA MUSIC

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Não Sabemos Mesmo O que Importa





Com todos os pensamentos saí
do mundo: e aí estavas tu,
tu, meu silêncio, tu, minha abertura, e -
recebeste-nos.

Quem
disse que tudo nos abandonou,
quando o olho se quebrou?
Tudo despertou, tudo principiou.

Um grande sol aproximou-se a nado, nítida
oposição lhe moveram as almas, claras
e severas lhe ocultaram
seu rumo.

Ameno
se abriu teu seio, mudo
um sopro se elevou no éter,
e o que toldou não era,
não era forma nem do nosso mundo,
não era
tão bom quanto um nome?


Paul Celan





It's Karma Time!





Karma é o movimento entre ação e sua respectiva reação ou consequência.
O Karma não é bom nem mau.
Ele depende da qualidade dos nossos actos e do uso mais ou menos consciente que fazemos do nosso livre arbítrio.

Na visão astrológica, o karma é representado pelo signo de Capricórnio e pelo seu regente Saturno, ou seja, onde ambos se encontram no nosso mapa é onde seremos convidados a aprender e amadurecer através precisamente do que a vida nos traz como consequência de actos antigos.

Saturno é considerado o Mestre do Tempo. 
Não o Tempo Chronos que conhecemos tão bem da nossa realidade física diária mas sim, do Tempo Kairos que rege o tempo interior que levamos a atingir a nossa iluminação ou melhor dito, o Tempo que levamos a amadurecer, a aprender as nossas lições e a "voltar a casa".

Porque todo o acto gera consequências e porque elas precisam do tempo certo para retornarem, muitas destas consequências são empurradas de uma vida para a outra, tal como fazemos com tarefas que não fizemos ontem mas que teremos que cumprir hoje.

Este fenómeno explica o sentimento de "injustiça" ou a sensação de sermos "vítimas" de alguém ou das circunstâncias quando na verdade na visão karmica nenhuma das palavras se aplica pois pela Lei da Atração, tudo o que chega a nós, é nosso!
Ou seja, embora tenhamos o nosso Karma pessoal na posição que Saturno ocupa no nosso mapa, tudo o que chega à nossa vida, traz "feedback" de algo que também nós já demos início algures num outro tempo.

Saturno leva cerca de 29 anos a cumprir uma volta completa ao Zodíaco, o que quer dizer que só de 29 em 29 anos é que Saturno volta à sua posição Natal, tornando-o mais forte e poderoso do que nas suas visitas a qualquer outro Signo, e é onde ele está desde Dezembro de 2017 até Dezembro de 2020.

Não sei se já sentiram ou repararam como as consequências dos nossos actos estão mais rápidas do que nunca. O estado do mundo nas notícias mostra bem isso... Com o devido olho da visão karmica podemos ver cada um a colher consequências dos seus actos, cada vez mais pessoas apanhadas em flagrante, a natureza a acelerar os processos de purificação, fogos simbólicos a pedir morte e renascimento.

E se para uns estes retornos são a oportunidade de limpeza e libertação dessas velhas energias e padrões negativos, ainda vemos muita resistência em todos os que ainda não renderam os seus planos de poder pessoal ao Poder Maior.

Se estivermos atentos, iremos perceber isto nas nossas vidas, nas nossas relações pessoais, nos eventos e circunstâncias diárias. A proposta é então resistirmos à fácil reação do nosso ego que está programado para resistir a qualquer processo de responsabilidade pessoal, e aprendermos a observar o que nos chega como velhas energias que um dia criámos e que agora voltam em busca de consciência, cura, transformação.

⭐️Se for uma dor ou incómodo no corpo estranho, procura o seu significado simbólico.

⭐️Se for um encontro casual com alguém desconhecido, procura o "recado" que essa pessoa te vem trazer de ti mesma nesse momento.

⭐️Se for uma pessoa desafiante, estuda o espelho do que ela te devolve de partes inconscientes de ti mesma. Resiste a projetar no outro, agradece a mensagem e liberta com compaixão.

⭐️Se for uma perda, abandono, traição, considera que grau de apego tinhas a essa coisa ou pessoa e aceita a proposta presente de reencontrares o teu equilíbrio sem aquele apego.

⭐️Se for uma emoção pesada, procura a oposta correspondente que precisas ativar para encontrar o equilíbrio das duas. Aproveita este tempo poderoso para olhares mais para dentro numa qualquer terapia.

Ainda temos uns mesinhos intensos pela frente de intenso crescimento interior.
Mas se a educação Ocidental nunca incentivou a responsabilidade pessoal, inspiremo-nos nos Budistas que, melhor do que qualquer outro povo, vivem a cada momento o princípio do Karma com a atitude certa: Rendição à Vida, aceitação incondicional do que a vida devolve, postura de amor e humildade, princípio da não reação, responsabilidade pessoal de expressar amor.

O Karma não é mau, como muitos ainda pensam. 

Se apenas agirmos pelo amor, verdade, coragem, alegria, responsabilidade, e todos os bons valores, Saturno não tem como não devolver as maravilhosas consequências destes atos e na verdade, essa é a grande e última lição do ser humano. Até lá, precisamos de ainda lidar com as consequências de não sermos ainda capazes de tão elevada proposta.



Vera Luz




quarta-feira, 8 de maio de 2019

PODIA


Andrey Zadorin





Podia dizer-te que não me importo
Podia fingir que fugi
Ou que estou morto.
Podia adiar para outro dia
Invocar uma qualquer lei
Dizer-te que não sei
Ou fiquei sem bateria.

Com a verdade mais pura
A única verdade
A única que dura
Faria a minha despedida
A promessa de mil abraços
E uma palavra sofrida

Podia dizer-te que volto
E seria breve
Como um poeta escreve
Livre e solto.

(E tu, minha vida, acreditas
Nas palavras que não digo?
Será o silêncio castigo?
Será em silêncio que gritas?)

Podia dizer-te que são pequenas
As saudades do teu sorrir
Mas seriam palavras apenas
E seria mentir.


CARLOS CAMPOS
in, "RIO DE DOZE ÁGUAS, 12 POETAS"






When a man chooses a woman who follows her calling






When a man chooses a woman who follows her calling, his only chance to maintain the connection is in following her… and above all in creating space for her to follow her own path.

It may happen that he needs to abandon his own neediness, or that he finds a means of healing through their common path – but not in the gentlest manner.

When a man chooses a woman who heals the collective wounds of the women by following her calling, his Yes for her equals a Yes to a bigger purpose far beyond building a house or raising children. Their connection goes beyond fulfilling the classical gender role models.

For this man accepts the job of having the back of this woman, of catching her when she cannot transform the pain of the world anymore. It means for him to welcome a different form of sexuality, since healing on the level of sexuality is one of the most profound issues of the woman who needs to become a healer.

For him this, again, is about welcoming slowness, softness and healing –about holding back or redirecting his own drive.. about being present for the whole.

Because when a man chooses a woman who aims for freedom, they can only achieve this together, and by him leaving his narcissistic aspects behind and recognizing the path of the woman as his own path towards freedom.

When a man chooses a woman who is bigger, he cannot dwell in the places of energies of oppression or of playing small. He – if he chooses to take on this mission with her – accepts a task serving the well-being of all men, even though it happens in the background. Within this background he creates space of security, of keeping her safe from an ambush bred by his own old wounds, driving her into submission.

When a man chooses a woman out of his fascination with her radiance and wisdom, it must be obvious to him that he cannot be stuck within his own deficits in a way that makes him want to diminish her radiance… purely out of fear of having to share her with others.

When a man chooses a woman who follows her calling, he cannot fear these words: respect, humility and surrender. He will rather walk the path of divinity – alongside his woman, the healer – with gratitude and an overflowing heart.

For such a woman will choose – if she ever needs to choose – in favour of the well-being of all women …and she will choose walking her path alone instead of leaving it for him. Nevertheless, she is aware of the power that lies in the presence of a man who is beating the drums… for her.


Mokshadevi





domingo, 5 de maio de 2019

Palavras





Direi apenas as palavras de amor que te endereço
envolvidas na nudez inicial!...
Direi as que te envio pelo fio telefónico,
as que te escrevo numa carta lacrada,
as que guardas à chave na gaveta;
as que a minha boca coloca nos teus olhos
e as que transformam o teu riso em arbustos floridos.
Direi somente as palavras vulgares e milenárias, 
viciadas pelos usos mais diversos,
que têm mentido amores, construído amores,
envenenado e sustentado amores...
direi apenas essas - mais nenhumas!
As que projectam luz directa nos teus passos
para contar a nossa história, a pobre história
de uma casa, uma cama, um orçamento,
- a história tão banal mas espiada
por entidades misteriosas e solenes
que velam para que nada seja escrito.
Direi apenas as palavras de paixão
que te remeto em flechas aceradas
por sobre a multidão espavorida;
as que te arrancam de um corredor sombrio
para outro que os meus dedos iluminam;
as que fecham o alçapão das tuas mágoas
e rasgam a parede de silêncio;
as que telefono com a cabine aberta
cuspindo na ironia dos que passam;
as que te oferecem um galhardete colorido
e te auxiliam a patinar sorrindo
sobre a endurecida maldição antiga;
as que destroem o veneno da tristeza
e garantem a tua marcha musculado;
direi apenas essas... mais nenhumas!
As que arborizam o interior da solidão
e as que te escrevo com um dedo nas espáduas.


Egito Gonçalves





O choque de gerações





É conhecido o choque de gerações. Embora a maturidade e a experiência de vida sejam as duas normais grandes fontes de atrito entre pais e filhos, existe uma outra bem pior que, ao contrário da maturidade e a experiência de vida, poderia ser evitável; a idealização.

Todos os dias, pais queixam-se dos filhos, filhos queixam-se dos pais, ambos curiosamente pela mesma razão; “Eles não são/foram o que eu queria que eles fossem ou não me dão/deram o que eu precisava.”

Esta ilusão de procurarmos a perfeição no outro e de o idealizarmos exageradamente, leva-nos a grandes desilusões, frustrações e as mais variadas dores emocionais que normalmente passam pela solidão, rejeição, abandono, violência, etc. sem o devido entendimento das forças invisíveis que fizeram juntar pais e filhos, vamos perpetuar essas mesmas dores e viver num estado permanente de vitimização, de sensação de injustiça, de impotência e resistência que nada mais são do que fruto da ignorância em relação aos movimentos da vida.

Resistimos o mais que podemos a assumir a responsabilidade pelo que a nossa energia atrai pois é tão mais fácil por a “culpa” nas costas do outro do que assumirmos o poder de sermos criadores da nossa realidade, seja ela negativa ou positiva. O problema com a projeção é que culpar o outro não resolve o problema, não nos permite evoluir e transcender a frequência em que estamos.

Mais cedo ou mais tarde, por consciência ou desespero, procuramos abordagens diferentes e acabamos por perceber o que até ali nos recusávamos a aceitar:


  • Que somos responsáveis pelo estado da nossa energia.
  • Que o fenómeno dos espelhos é o que nos permite ver de fora o que carregamos em nós.
  • Que a lei do karma irá sempre devolver-nos as consequências dos nossos atos passados.
  • Que a lei da atração irá mostrar-nos o estado da nossa energia fazendo-nos atrair energias idênticas.
  • Que o que atraímos não se limita ao que somos hoje, mas ao que carregamos também de inconsciente, tanto de vidas passadas como de potencial futuro.


Porque a nossa educação espiritual não nos ensinou esta visão e estas leis, passámos a julgar, criticar, projectar e culpar o outro quando na verdade o outro foi escolhido e está na nossa vida, não por aquilo que idealizámos como pais ou filhos, mas porque são as energias que precisamos para cumprirmos a nossa história.

Percebermos por exemplo que as desafiantes características daquela mãe ou daquele pai difíceis, são na verdade velhas expressões de nós próprios em vidas passadas, que ainda precisamos curar em nós, irá ajudar-nos a olhar esses mesmos pais com a humildade e compaixão de quem já aceita essas mesmas características em si mesmo. Idêntico fenómeno se passa com os filhos que tanto podem ser espelhos das nossas questões passadas e por isso nos escolheram como pais para os ajudarmos a curá-las, como podem ser a representação de um potencial futuro de cura e por isso nos chocam pela sua diferença e por serem capazes do que para nós ainda é difícil ou impensável.

Porque cada um de nós tem uma energia pessoal, condicionada pelos padrões karmicos tanto pessoais como familiares, cada história deve ser analisada individualmente e por isso a comparação é inútil e impede-nos de ver das verdadeiras razões do papel das pessoas na nossa vida. E embora pais e filhos escondam muitas vezes as propostas mais fortes, precisamos levar o mesmo principio para todas, mas mesmo todas as pessoas que estão presentes na nossa realidade pessoal.

Se ainda não percebeste quem te rodeia e te achas vitima de pais ou filhos difíceis, tenta descobrir qual o papel deles para que possas curar e transcender essas energias. Sem esse entendimento, elas irão manter-se e materializar-se noutras pessoas à nossa volta.



Vera Luz




quinta-feira, 2 de maio de 2019

Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável





Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das coisas
O natural é o agradável só por ser natural.

Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno—
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no facto de aceitar—
No facto sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.

Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.

Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só com a inteligência.
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer coisa que não fosse o Mundo.


ALBERTO CAEIRO
in,  POEMAS INCONJUNTOS







The structure of space-time





The structure of space-time is a quantized infinite scalar Flower of Life lattice. 
In other words, space itself is made of discreet super tiny tiny tiny packets of energy: the smallest little vibration that the electromagnetic spectrum manifests. These tiny packets are what you could think of as the "pixels" that make up the universe and since they are not square, but spherical, they are actually called "voxels".

First discovered by Max Planck, the smallest distance you can possibly measure is the length of this universal fundamental wave-from called the Planck length: 0.000000000000000000000000000000000001616cm
(10 to the -35cm)

It is nearly impossible to visualize how small the Planck is. 
However if you picture a little dot that is .1mm (or about the smallest thing the unaided human eye can see) and blew up that little dot like a balloon to the size of the observable universe, the Planck would then be about a .1mm dot in that universe. Or in other words, that original .1mm dot is about 1/2 way in scale between the size of the observable universe and the Plank!

Nassim Haramein calls these tiny energy packets Planck Spherical Units (PSUs) because they are spherical, like most other structures the universe creates at all scales. These spherical waveforms overlap and perfectly pack together to form the 3D flower of life structure of space itself.

Using these universal voxels (spherical pixles), Nassim calculates how many of them fit on the inside of a proton volume compared to how many are present on the outside surface area of the proton (or any black hole). This ratio, a geometric relationship, is the gravitational field!

Gravity is essentially a ratio of information on the inside to information on the surface of black holes in a holofractographic space-time manifold.

Nassim has discovered a discreet, quantized, pixelated (voxelated) way of describing gravity in which all you need to do is essentially count these little Planck Spherical Units without having to use highly complex tensor equations normally needed to solve Albert Einstein's field equations.

A geometric solution for gravity.

The irony of it all is that this solution has been right under our noses this whole time thanks to many ancient cultures encoding this geometric relationship right into their monuments and documents in the form of the flower of life symbol...



Jamie Janover