quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Ampulheta
AMPULHETA
Petria Chaves
Se os dias forem estranhos, toma tua forma de céu e transcreva aqueles versos que ainda ninguém leu. Vira a criança que semana passada você criou. Chora, tira a roupa. Deita aqui. De tangente soslaio como os seus olhos fazem quando não acreditam em mim.
Marca um ponto no horizonte e joga o dardo. Vota nulo e escreva o conto que eu te li. Chora a mágoa, toma a água, espera o efeito passar. Toma conta de mim. A criança que semana passada você criou. Pensa que é a última vez. Subtraia e multiplique seus dedos, entenda meus medos, sorria e coma bem.
Quando os dias forem estranhos, desafia a morte. Sonha que o paraíso comprou mais terreno e te deu. Meu corpo cresceu. Acorda e vem disputar nossa última batalha. Já posso viajar sozinha. Espera pela pergunta antes da minha resposta mesquinha. Não olha pra trás. O destino passou.
Toma um gole do que é meu. Lembra que eu vi as mentiras bonitas. Pensei e fiquei com nojo e parei de respirar. Falei pouco e não quis escutar. Nem discutir. E na terceira pessoa tudo parecia mesmo esquisito. Contrário, diferente daquele que proclamava tratados. Todos falsos. E o mentiroso ficou com nariz de palhaço e não caiu por um triz. Mas a máscara derreteu. E ficou só o corpo amorfo e descomunal, que pena a decadência, mas continua ali.
Não deixa os dias ficarem estranhos assim. Faz velocidade do meu amanhecer. Olha o relativismo que compõe as meninas de mim. Ana, Joana, Viridiana, Catarina. Que rimavam enquanto pulavam a amarelinha pintada no chão. Não esqueça meu cigarro e minha xícara de chá. Toda a minha freqüente alucinação. Me proteja da agressão. Do palhaço, do mago, do infeliz.
Da dor de garganta, da minha pretensão.
(Petria Chaves é paulista. Tem 25 anos. É jornalista. Hoje, repórter da rádio CBN em São Paulo. Escreve contos e crônicas por diversão há oito anos. É uma apaixonada por cidades, sentimentos e sorrisos)
O Girassol e o Céu Azul
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Fernando Pessoa
As escolhas de uma vida
A certa altura do filme Crimes e Pecados,
o personagem interpretado por Woody Allen diz:
'Nós somos a soma das nossas decisões'.
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta
e de lá nunca mais saiu.
Compartilho do cepticismo de Allen:
nós somos o que nós escolhemos ser,
o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que,
ao fazer uma opção,
estamos descartando outra,
e de opção em opção vamos tecendo essa teia que
se convencionou chamar 'minha vida'.
Não é tarefa fácil.
No momento em que se escolhe ser médico,
se está a abrir mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de actriz,
será quase impossível conciliar com a arquitetura.
No amor, a mesma coisa:
namora-se um, outro, e mais outro,
num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é
preciso decidir entre passar o resto da vida
sem compromisso formal com alguém,
apenas vivenciando amores
e deixando-os ir embora quando se acabam,
ou casar, e através do
casamento fundar uma microempresa,
com direito a casa própria, orçamento
doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras:
viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista?
Todas as alternativas são válidas,
mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera que pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses,
ser casados de segunda a sexta
e solteiros nos finais de semana,
ter filhos quando se está bem-disposto
e não tê-los quando se está cansado.
Por isso é tão importante o auto conhecimento.
Por isso é necessário ler muito,
ouvir os outros,
estagiar em várias tribos,
prestar atenção ao que
acontece à nossa volta e não
cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas,
elas têm que refletir o que nós somos.
Lógico que se deve reavaliar decisões e
trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar,
e não para anular a vivência do
caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa e o tempo é curto.
Não deixes de fazer nada que queiras,
mas tem responsabilidade e maturidade
para arcar com as
conseqüências destas acções.
Lembrem-se:
As vossas escolhas têm 50% de hipótese de darem certo,
Mas também 50% de hipótese de darem errado.
A escolha é tua...
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Mulheres Possíveis
MULHERES POSSÍVEIS...
Texto na Revista do Jornal O Globo
'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
Martha Medeiros
Jornalista e escritora
Morre lentamente... Poema de Pablo Neruda ou de Martha Medeiros??
Houve uma confusão no mundo político italiano. Um senador usou um texto da Martha Medeiros em seu discurso para derrubar o primeiro-ministro Romano Prodi.
O texto, que costuma ser creditado ao Pablo Neruda como "Morre Lentamente", na verdade chama-se "A Morte Devagar".
Isto aconteceu em 24/01/08. Clemente Mastella, líder da Udeur, leu a crônica da tribuna do Senado, emocionado, como se fosse do Pablo Neruda. Dono de poucos mas decisivos votos, Mastella ilustrou sua decisão de trair o governo com o bonito texto.
Relembro a bela crónica da poderosa gaúcha , publicada em 2001 , no Zero Hora.
Foi escrita na véspera do dia de Finados:
A MORTE DEVAGAR
Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois, quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.
O poema Muere Lentamente (Morre Lentamente), atribuído por engano a Pablo Neruda, circula há anos na Internet sem que nada nem ninguém seja capaz de deter a bola de neve.O poema que não se chama Morre Lentamente, mas A Morte Devagar, e não é do poeta chileno como assegurou à EFE a Fundação Pablo Neruda, mas da escritora e poeta brasileira Martha Medeiros.
Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e de Isabella Matos de Medeiros, é jornalista no jornal Zero Hora de Porto Alegre e de O Globo no Rio de Janeiro.
Morre lentamente
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is"
em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Morre lentamente...
Porque não é apenas Muere Lentamente o único "falso Neruda" que encontram os internautas. Também costumam atribuir ao autor do Canto Geral os poemas Queda Prohibido, que é de Alfredo Cuervo, escritor e jornalista espanhol, e Nunca Te Quejes, de autor ignorado pela Fundação.
O director executivo da Fundação, Fernando Sáez, diz que não é a primeira vez nem será a última, que as pessoas imputem a um poeta famoso textos que ele jamais escreveu e cuja autoria é desconhecida.
Um dos enganos do género aconteceu com um famoso texto atribuído a Borges sobre as maravilhas da vida, que nem com sua maior ironia ele teria suportado e menos ainda escrito. O suposto poema de Borges, Instantes, segundo esclareceu a viúva do escritor, María Kodama, é de autoria da escritora norte-americana Nadine Stair.
Mais estrondoso ainda foi o falso apócrifo atribuído a Gabriel García Márquez, La Marioneta, com o qual o prémio Nobel de Literatura colombiano se despedia de seus amigos, após saber que estava com um câncro. "Se por um instante Deus se esqueceu de que sou uma marionete de pano e me presenteasse com um pouco mais de vida, aproveitaria esse tempo o mais que pudesse..." diz o texto cuja "autoria" quase matou de verdade García Márquez, como ele mesmo disse ao desmentir que o poema fosse criação sua.
"O que pode me matar é a vergonha de que alguém acredite de verdade que fui eu que escrevi", disse Gabo.
Muere Lentamente é uma poesia da escritora brasileira Martha Medeiros, autora de numerosos livros e cronista do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, conforme informou à EFE a Fundação Neruda.
Cansada de ver as pessoas a dizer que o poema é do poeta chileno, a própria escritora entrou em contacto com a Fundação Neruda para esclarecer a autoria do texto, pois os versos coincidem em grande parte com o seu texto A Morte Devagar, publicado em 2000, às vésperas do Dia dos Mortos.
Em declarações à EFE, Martha reconhece que não sabe como o poema começou a circular na internet, já que há "muitos textos" seus que estão na rede "como se fossem de outros autores". "Infelizmente, não há nada a fazer", acrescenta.
A poeta e romancista brasileira de 47 anos admira profundamente o poeta chileno Pablo Neruda, de quem se declara uma fã, mas prefere que "cada um tenha o seu trabalho reconhecido". No entanto, não perde o sono com essas coisas e assegura que tem "humor suficiente para rir de tudo isso".
A Fundação concorda com Martha e afirma que pouco pode ser feito para deter esta bola de neve na rede, já que ao fazer uma busca no Google sobre o poema Muere Lentamente associado ao nome do poeta Pablo Neruda, vão aparecer milhares de referências ao poema associado ao nome do poeta.
domingo, 12 de setembro de 2010
Into the Wild - Trailer
Esta é a história verídica de um recém formado com distinção, que entrou em choque com a sociedade. Abandona tudo e anseia por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura. O que lhe acontece durante este percurso transforma o jovem num símbolo de resistência para inúmeras pessoas.
Christopher dá igualmente início a uma aventura que mais tarde viria a encher as páginas dos jornais e que termina com a sua morte no Alasca.
É inspirado na história real de Christopher McCandless.
Escrito e dirigido por Sean Penn,o filme por si é sensacional, é muito bem apoiado na banda sonora do Eddie Vedder,e adaptado do romance de Jon Krakauer.
Eddie Vedder compôs sozinho a banda sonora para Into The Wild. O álbum traz doze faixas interpretadas por Eddie Vedder, destaque para o single "Hard Sun", belíssimo duelo de vilões e guitarras. Mas o elo com o Pearl Jam ainda aparece em algumas letras, como a de "Society" e "Long Nights". Sensacional!
Este trabalho de Eddie Vedder foi o seu primeiro álbum a solo e obteve nomeação para vários prémios nas categorias de melhor canção("Guaranteed") e melhor banda sonora.
Aqui ficam algumas das críticas:
the moral of the movie is you can go anywhere in search of peace but you have to find peace in your own heart. the answers are not out on the open road but only on the road inward. love yourself, love your brother, love your family, your friend, and most of all your enemy. that is the food that will satisfy you.
This man was a free spirit who just wanted to be free. His life was made full by the new experiences he had on his journey. Have you not had the calling to just be out there, free in the wild? Society, wealth, and possessions held no importance to him. BEautiful story. Inspirational.
Some people take risks and challanges in life, some don't. I sometimes think i'd be a lot happier if I was a bit braver to take chances and just do things, regardless of preparation or safety in following dreams. Thats the question, do we take the risk or not...
Cenas mais marcantes:
"I read somewhere how important it is in life not necessarily to be strong, but to feel strong!"
― Jon Krakauer, Into the Wild
"Happiness is only real when shared"
― Jon Krakauer, Into the Wild
“...the sea's only gifts are harsh blows and, occasionally, the chance to feel strong.
Now, I don't know much about the sea, but I do know that that's the way it is here.
And I also know how important it is in life not necessarily to be strong but to feel strong, to measure yourself at least once, to find yourself at least once in the most ancient of human conditions, facing blind, deaf stone alone, with nothing to help you but your own hands and your own head...”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“make a radical change in your lifestyle and begin to boldly do things which you may previously never have thought of doing, or been too hesitant to attempt. So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservation, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more damaging to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man's living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun. If you want to get more out of life, you must lose your inclination for monotonous security and adopt a helter-skelter style of life that will at first appear to you to be crazy. But once you become accustomed to such a life you will see its full meaning and its incredible beauty.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“I'd like to repeat the advice that I gave you before, in that I think you really should make a radical change in your lifestyle and begin to boldly do things which you may previously never have thought of doing, or been too hesitant to attempt. So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more damaging to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man's living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun.
If you want to get more out of life, Ron, you must lose your inclination for monotonous security and adopt a helter-skelter style of life that will at first appear to you to be crazy. But once you become accustomed to such a life you will see its full meaning and its incredible beauty. And so, Ron, in short, get out of Salton City and hit the Road. I guarantee you will be very glad you did. But I fear that you will ignore my advice. You think that I am stubborn, but you are even more stubborn than me. You had a wonderful chance on your drive back to see one of the greatest sights on earth, the Grand Canyon, something every American should see at least once in his life. But for some reason incomprehensible to me you wanted nothing but to bolt for home as quickly as possible, right back to the same situation which you see day after day after day. I fear you will follow this same inclination in the future and thus fail to discover all the wonderful things that God has placed around us to discover.
Don't settle down and sit in one place. Move around, be nomadic, make each day a new horizon. You are still going to live a long time, Ron, and it would be a shame if you did not take the opportunity to revolutionize your life and move into an entirely new realm of experience.
You are wrong if you think Joy emanates only or principally from human relationships. God has placed it all around us. It is in everything and anything we might experience. We just have to have the courage to turn against our habitual lifestyle and engage in unconventional living.
My point is that you do not need me or anyone else around to bring this new kind of light in your life. It is simply waiting out there for you to grasp it, and all you have to do is reach for it. The only person you are fighting is yourself and your stubbornness to engage in new circumstances.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“When you forgive, you love. And when you love, God’s light shines upon you.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more dangerous to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man’s living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“I'm going to paraphrase Thoreau here... rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth. ”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“We like companionship, see, but we can't stand to be around people for very long. So we go get ourselves lost, come back for a while, then get the hell out again.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“It is easy, when you are young, to believe that what you desire is no less than what you deserve, to assume that if you want something badly enough, it is your God-given right to have it.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“It is true that I miss intelligent companionship, but there are so few with whom I can share the things that mean so much to me that I have learned to contain myself. It is enough that I am surrounded with beauty...”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“He read a lot. He used a lot of big words. I think maybe part of what got him into trouble was that he did too much thinking. Sometimes he tried too hard to make sense of the world, to figure out why people were bad to each other so often. A couple of times I tried to tell him it was a mistake to get too deep into that kind of stuff, but Alex got stuck on things. He always had to know the absolute right answer before he could go on to the next thing.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“I understood what he was doing, that he had spent four years fulfilling the absurd and tedious duty of graduating from college and now he was emancipated from that world of abstraction, false security, parents, and material excess.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“He was unheeded, happy, and near to the wild heart of life. He was alone and young and wilful and wildhearted, alone amid a waste of wild air and brackish waters and the seaharvest of shells and tangle and veiled grey sunlight.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“On July 2, McCandless finished reading Tolstoy's "Family Happiness", having marked several passages that moved him:
"He was right in saying that the only certain happiness in life is to live for others...
I have lived through much, and now I think I have found what is needed for happiness. A quiet secluded life in the country, with the possibility of being useful to people to whom it is easy to do good, and who are not accustomed to have it done to them; then work which one hopes may be of some use; then rest, nature, books , music, love for one's neighbor - such is my idea of happiness. And then, on top of all that, you for a mate, and children, perhaps - what more can the heart of a man desire?" ...”
― Jon Krakauer, Into the Wild
The very basic core of a man’s living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
“At long last he was unencumbered, emancipated from the stifling world of his parents and peers, a world of abstraction and security and material excess, a world in which he felt grievously cut off from the raw throb of existence.”
― Jon Krakauer, Into the Wild
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Pearl Jam - Just Breathe (unofficial video)
Yes, I understand that every life must end, uh-huh
As we sit alone, I know someday we must go, uh-huh
Oh I'm a lucky man, to count on both hands the ones I love
Some folks just have one, yeah, others, they've got none
Stay with me...
Let's just breathe...
Practiced all my sins, never gonna let me win, uh-huh
Under everything, just another human being, uh-huh
I don't wanna hurt, there's so much in this world to make me bleed
Stay with me
You're all I see...
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me
As I come clean...
I wonder everyday, as I look upon your face, uh-huh
Everything you gave
And nothing you would save, oh no
Nothing you would take
Everything you gave...
Did I say that I need you?
Oh, did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me
And I come clean, ah...
Nothing you would take
Everything you gave
Hold me til I die
Meet you on the other side...
BRUTAL
Esta música arrepia-me os ossos!
Não se explica...
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
The Bucket List - Trailer
Só vivemos uma vez, portanto, por que não viver com estilo?
Essa é a conclusão a que chegam dois pacientes portadores de câncro internados no mesmo quarto, um irascível bilionário (Jack Nicholson) e um simplório mecânico (Morgan Freeman), quando recebem as más notícias. Cada um deles faz uma lista de coisas a serem feitas até o momento derradeiro, e juntos saem mundo fora para viver a maior aventura de suas vidas. Salto de pára-quedas? Perfeito. Pilotar um Mustang Shelby em alta velocidade? Feito. Admirar a grande pirâmide de Khufu? Feito. Descobrir a alegria em suas vidas antes que seja tarde demais? Feito!
Sob a competente direcção de Rob Reiner, estes dois astros oferecem interpretações de corpo e alma nesta inspirada saudação à vida, que prova que o melhor momento para se viver ainda é o agora.
Amei ver este filme!!
The Pursuit of Happyness Trailer
À procura da felicidade
I´m a great believer in luck, and I find the harder I work the more I have of it."(Thomas Jefferson)
Dentro de cada um de nós, há um Chris Gardner guardado; Desperta o que está dentro de ti, tem entusiasmo, atitude, coragem, perseverança, dedicação, sonhos, metas e acredita em ti mesmo, pois estas são virtudes de pessoas vencedoras e cada um de nós pode ser vencedor na vida, assim como o Chris Gardner.
A postura do próprio Chris Gardner enfatiza esse abismo que separa os eternos fracassados daqueles que chegam ao sucesso.
Numa determinada cena do filme, quando Gardner jogava basquet com seu filho, uma preciosa lição de vida foi passada aos espectadores. O próprio pai fala para o filho desistir do sonho de ser um campeão algum dia, e ao perceber o desânimo do filho,ralha com ele, explica-lhe que ele não deve jamais deixar outros - inclusive o próprio pai - colocá-lo para baixo, repetir que ele não é capaz de algo. A inveja faz com que outros tentem diminuir as habilidades alheias, desestimulando qualquer um que pareça um pouco mais capaz em determinada tarefa. O pai afirma então que o filho nunca deve valorizar isso, para o que os outros falam dele, e que nada deverá ficar entre seus sonhos e a realização deles. Protege os teus sonhos sempre! A responsabilidade é individual, e isso vale ainda mais num país onde muitos esperam passivamente soluções milagrosas através do governo.
Lembro que o dinheiro aqui é apenas um subproduto, um indicador do sucesso que Gardner teve na vida. Pois seu valor mesmo, como homem íntegro que soube vencer barreiras inacreditáveis e educar seu filho sob tais circunstâncias, esse não pode ser mensurado pelos seus milhões de dólares.
O importante aqui são os valores e os princípios que um pai passa para um filho!
Mesmo numa situação de desespero!
O dinheiro não compra a felicidade, mas se o soubermos usar, pode ajudar a chegar lá!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A morte não é nada
A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que eu era para ti,vou continuar a ser.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala comigo como sempre falaste.
Continua a viver no mundo das criaturas,
Que eu estou a viver no mundo do Criador
Não mudes o tom, para triste ou solene.
Continua a rir com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza por mim.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou
Sem ênfase de qualquer tipo
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida continua a significar o que sempre significou
continua a ser o que era.
O cordão de união não foi cortado.
Porque eu estaria fora dos teus pensamentos?
Apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do Caminho.
Tu que ficaste aí,
Segue em frente,
A vida continua,
Linda e bela, como sempre foi.
Já verás, tudo está bem...
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas
e se me amas,
não chores mais!
Henry Scott Holland
Este poema, na verdade, não é um poema mas sim um sermão, chamado "Death the King of Terrors".
É falsamente atribuído a Santo Agostinho na net...
O sermão deste padre inglês, e professor de Teologia na Universidade de Oxford, é assim:
Death is nothing at all. It does not count. I have only slipped away into the next room. Nothing has happened. Everything remains exactly as it was. I am I, and you are you, and the old life that we lived so fondly together is untouched, unchanged. Whatever we were to each other, that we are still. Call me by the old familiar name. Speak of me in the easy way which you always used. Put no difference into your tone. Wear no forced air of solemnity or sorrow. Laugh as we always laughed at the little jokes that we enjoyed together. Play, smile, think of me, pray for me. Let my name be ever the household word that it always was. Let it be spoken without an effort, without the ghost of a shadow upon it. Life means all that it ever meant. It is the same as it ever was. There is absolute and unbroken continuity. What is this death but a negligible accident? Why should I be out of mind because I am out of sight? I am but waiting for you, for an interval, somewhere very near, just round the corner. All is well. Nothing is hurt; nothing is lost. One brief moment and all will be as it was before. How we shall laugh at the trouble of parting when we meet again!
Henry Scott-Holland, "Death the King of Terrors"
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Desmond and Penny in The Constant
Lost pára as minhas noites, esperar por mais interrogações. Isso mesmo. Interrogações.
Lost é assim, uma sensação de, o que tu acabàste de ver, não é nada daquilo que tu realmente viste.
Mas foi nessa quarta temporada que apareceu uma das cenas mais significativas que já assisti.
Se tu não és um Lost maníaco, não entenderás a profundidade da cena, mas para quem, assim como eu, acompanha essa história... compreenderá o que eu estou a dizer.
A referência capaz de salvar a tua vida. Uma pessoa. O resgate daquilo que tu foste, é e sempre será. Perfeito!
Impressionante... mas sou capaz de chorar (rs) com Lost!
Neste episódio, Desmond calls ME! rs
Lost é assim, uma sensação de, o que tu acabàste de ver, não é nada daquilo que tu realmente viste.
Mas foi nessa quarta temporada que apareceu uma das cenas mais significativas que já assisti.
Se tu não és um Lost maníaco, não entenderás a profundidade da cena, mas para quem, assim como eu, acompanha essa história... compreenderá o que eu estou a dizer.
A referência capaz de salvar a tua vida. Uma pessoa. O resgate daquilo que tu foste, é e sempre será. Perfeito!
Impressionante... mas sou capaz de chorar (rs) com Lost!
Neste episódio, Desmond calls ME! rs
As she goes… Nobody knows.
Sun been down for days
A pretty flower in a vase
A slipper by the fireplace
A cello lying in its case
Soon she's down the stairs
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
Awoken by a cloud of steam
She pours a daydream in a cup
A spoon of sugar sweetens up
And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
with a thought she has caught
by a thread
she pays for the bread
and she goes…
Nobody knows
Sun been down for days
A winter melody she plays
The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Perhaps a stranger she could love
And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
with a thought she has caught
by a thread
she pays for the bread
and she goes…
Nobody knows
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