Ao longo da nossa fugaz viagem do berço até ao tumulo, a nossa existência baseia-se fundamentalmente na confiança. Confiamos nos nossos pais, nos nossos filhos, no nosso companheiro, nos nossos amigos, na nossa empresa, no nosso banco e, às vezes, até no nosso governo. A sociedade funciona porque é um imenso acto de confiança colectiva.
Mas, como tanta outras coisas, isso está a mudar:a informação flui livremente, a suspeita instalou-se e já não colocamos as mãos no fogo por ninguém. É esse o sinal do avanço dos tempos.
Perante esta situação, há duas posições: não prestar atenção, virar a cabeça para outro lado e aceitar as regras do jogo que nos impuseram, ou confrontá-lo tentando encontrar um resquicio de luz por entre tanta escuridão.
A miopia de não vermos mais além das nossas próprias crenças pode fazer-nos perder para sempre aquilo que nos torna autenticamente livres: a capacidade de duvidar!
O diabo é um vendedor de verdades do qual devemos fugir o mais rapidamente possível, porque se comprarmos a sua mercadoria, a nossa própria alma corre perigo.
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