sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Quando um homem quiser






Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão 

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão 

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher 

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão 

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão 

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.


Ary dos Santos
in, As Palavras das Cantigas






Natal Pelo Mundo

 





"Feliz Natal" em diversos idiomas:

África - "Geseënde Kersfees"
Alemanha - "Fröhliche Weihnachten"
Arábia - "Milad Majid" ou "Milad Saeed"
Argentina - "Feliz Navidad"
Armênia - "Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand"
Boêmia - "Vesele Vanoce"
Bulgária - "Tchestita Koleda" ou "Tchestito Rojdestvo Hristovo"
Camboja - "Soursdey Noel"
China (Cantonês) - "Sing Daan Faai Lok"
China (Mandarin) - "Sheng Dankuai Le"
Coréia - "Sung Tan Jul Chuk Ha"
Croácia - "Sretan Bozic"
Dinamarca - "Glædelig Jul"
Escócia - "Nollaig chridheil huibh"
Eslováquia - "Vesele Vianoce. A stastlivy Novy Rok"
Eslovênia - "Srecen Bozic"
Espanha - "Feliz Navidad"
Esperanto - "Gojan Kristnaskon"
Estônia - "Roomsaid Joulu Puhi"
Filipinas - "Maligayang Pasko"
Finlândia - "Hauskaa Joulua"
França - "Joyeux Noël"
Frísia - "Noflike Krystdagen en in protte Lok en Seine yn it Nije Jier"
Gália - "Nadolig Llawen"
Grã-Bretanha - "Nedeleg laouen na bloavezh mat"
Grécia - "Kala Christouyenna"
Havaí - "Mele Kalikimaka"
Holanda - "Vrolijk Kerstfeest"
Índia - "Shub Naya Baras"
Indonésia - "Selamat Hari Natal"
Inglaterra - "Merry Christmas"
Iraque - "Idah Saidan Wa Sanah Jadidah"
Islândia - "Gledileg Jol"
Israel - "Mo'adim Lesimkha. Chena tova"
Itália - "Buon Natale"
Japão - "Meri Kurisumasu"
Lituânia - "Linksmu Kaledu"
Malaia - "Selamat Hari Natal dan Tahun Baru"
Noruega - "Gledelig Jul"
Nova Guiné - "Meri Christmas"
Paquistão - "Shadae Christmas"
Pensilvânia - "En frehlicher Grischtdaag"
Peru - "Felices Fiestas" ou "Feliz Navidad"
Polônia - "Wesolych Swiat Bozego Narodzenia"
Portugal - "Feliz Natal"
Romênia -"Sarbatori Fericite"
Rússia - "S Rozhdestvom Kristovym"
Sérvia -"Hristos se rodi"
Suécia - "God Jul"
Tailândia - "Suksan Christmas"
Taiti - "Ia ora'na no te noere"
Turquia - "Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun"
Ucrânia - "Z Rizdvom Krystovym" ou "Veselogo Rizdva""
Vietnã - "Chuc Mung Giang Sinh"




Portugal
Num país maioritariamente católico como Portugal, o Natal tem fortes tradições. As famílias reúnem-se na noite de 24 de dezembro para a consoada, na qual o prato tradicional é o bacalhau. Já no dia 25, a tradição é o peru recheado. No Norte, o polvo também é tradicional. Os doces como as filhoses e as fatias douradas são populares em todo o país. Os presépios têm forte tradição de Norte a Sul do país. No Algarve, por exemplo, é costume montar-se um presépio em escadinha, com o menino Jesus em pé no alto, rodeado de laranjas, flores e searinhas.




El Caga Tío


Espanha
Feliz Navidad - Bom Nadal (em catalão)!
As celebrações de Natal começam no dia 8 de dezembro em Espanha, com a Festa da Imaculada Conceição.
Na Catalunha, a 8 de Dezembro, há uma celebração especial chamada "El Caga Tío" (Tió de Natal) - um tronco composto pelo típico chapéu catalão (a barretina), pequenas pernas de madeira e uma cara com um sorriso. Todas as noites até ao dia 24 de dezembro, as crianças "alimentam" o feliz tronco com frutos secos e nozes. Também cobrem o Tió de Nadal com um cobertor, para que este permaneça quente.
Depois, na véspera de Natal, o pequeno tronco é trazido para fora e as crianças batem-lhe com paus, enquanto cantam uma canção tradicional. Depois disto procuram debaixo do cobertor para descobrir que o Tió de Nadal deixou muitas guloseimas!
Tal como na Polónia, a principal refeição de Natal é comida na véspera, chamada la Nochebuena.
Outra tradição acontece a 22 de dezembro. Há um grande sorteio de lotaria chamado El Gordo, que passa na televisão e na rádio, onde muitas pessoas ganham dinheiro.
As crianças podem receber alguns presentes no Dia de Natal, dia 24, mas tradicionalmente só são abertos no dia 6 de janeiro, dia de Reis. A isto chama-se Epifanía, quando se acredita que os Três Reis visitaram o menino Jesus e lhe deram presentes.
O Natal na Espanha começa no dia 22 de dezembro quando é realizado o sorteio da Loteria de Natal, que é o sorteio mais importante do mundo. A tradição da Nochebuena (noite antes do Natal) é totalmente familiar.   
As Celebrações de Natal têm uma dança tradicional chamada de Jota, que é uma dança que tem sido realizada por centenas de anos. Em vez de acreditar que o Papai Noel era o portador de presentes as crianças espanholas acreditam que os Três Reis Magos irão trazer os presentes em 6 de janeiro.
Em algumas cidades da Catalunha, persiste uma das mais excêntricas tradições natalinas do planeta, o "Caga Tió", onde as pessoas usam um tronco oco para encher de doces durante todo o mês de dezembro, e no dia 25 o tronco é espancado com pedaços de pau pelas crianças, para que ele devolva o que "comeu".
Só no dia 6 de janeiro, dia de Reis, é que os espanhóis realizam a troca de presentes, mas na véspera de Natal, na noite de 24 de dezembro, as famílias também se reúnem para a ceia de Natal e depois assistem à tradicional missa do Galo. Na mesa natalícia pode encontrar-se o presunto “pata negra”, mariscos e peixes, paella, cordeiro assado, o torrone (doce feito de amêndoas e açúcar) e o roscón de reyes, parecido com o nosso bolo-rei.
A montagem do presépio também é uma tradição importante na Espanha. Manda a tradição que, à  meia-noite da virada do dia 24 para o dia 25 de dezembro, uma vela seja acesa do lado do Menino Jesus que só é colocado no presépio à meia-noite. Os presentes das crianças espanholas só chegam no dia 6 de janeiro, e são entregues pelos três reis magos.
Na região da Catalunha, existe a tradição de se incorporar ao presépio El Caganer, a figura de um camponês agachado, pronto para fazer suas necessidades. Ele fica escondido no presépio que, nesta parte da Europa, mostra toda a cidade de Belém. A missão de encontrá-lo cabe às crianças.


Itália
Buon Natale!
É um Natal marcadamente religioso e a maioria das famílias assistem à missa da meia-noite. Tal como em Espanha, é necessário esperar pelo dia 6 de janeiro para a abrir os presentes. Na mesa natalícia italiana encontram-se diversos pratos de peixes, nomeadamente enguias e bacalhau, massas, peru recheado e o Panettone, um doce de Natal original de Milão que já se difundiu por todo o país.
Uma das tradições de Natal italianas é a montagem do presépio nas casas, no entanto, nesse país a figura do menino Jesus só é colocada nele na noite de Natal.
A Epifania, a 6 de janeiro, é uma celebração italiana em que as crianças recebem uma meia cheia de doces, se tiverem sido boas, ou uma meia cheia de carvão se não se tiverem portado bem, trazido pela bruxa de Natal italiana, que se chama La Befana.
A bruxa é velha, feia e veste-se mal porque é um símbolo do ano velho que está próximo de terminar. Algumas famílias italianas deixam um copo de vinho e alguma comida para La Befana.
Na Itália, além do Papai Noel, há também a figura da Befana, também conhecida como Strega ou Vecchia, uma espécie de bruxa que visita as crianças no dia 5 de janeiro. Quem foi comportado, ganha doces. Quem não foi, ganha pedaços de carvão. Diz a lenda que a senhora presenteia com esses doces por ter negado abrigo aos Três Reis Magos durante o percurso para visitar Jesus, acontecimento celebrado em 6 de janeiro. 

Alemanha
Fröhliche Weihnachten!
Na Alemanha, uma das tradições do Natal é o Adventskranz, uma coroa de ramos de pinheiro geralmente decorada com quatro velas, que são acessas uma a uma, nos quatro domingos que antecedem o Natal.
A Alemanha começa as celebrações de Natal antes, no dia 06 de dezembro, que é conhecido como Nikolaustag, dia em que as crianças recebem presentes em seus sapatos, que são deixados para fora na noite de 05 de dezembro, na porta da frente do domicílio. Se a criança não se comportou durante o ano receberá varas ao invés de brinquedos.
Em todo país é possível ver pinheiros adornados que enfeitam praças e vários cantos da cidade, além de diversos Mercados de Natal.
A árvore de Natal nasceu neste país no século XVI. As coroas do Advento são típicas e as quatro velas que as compõem devem ser acesas, uma de cada vez, nos quatro domingos que antecedem o Natal. Os pratos de carne de porco, enchidos, chouriços e salsichas são comuns. O bolo Stollen, confecionado com uvas, amêndoas e cerejas, é muito popular, assemelhando-se a um bolo-rei mais alongado, em forma de torta.
Os alemães têm um costume bem curioso: enfeitar a árvore de Natal com um pepino. Geralmente, ele é artificial e é escondido no meio dos galhos da árvore durante a montagem.
No dia de abrir os presentes, a criança que achar o pepino primeiro ganhará um presente extra, mas se um adulto achar antes, isso quer dizer que terá boa sorte.
Na Alemanha, as celebrações do dia de São Nicolau - o Pai Natal - começam a 6 de dezembro. Os sapatos das crianças são polidos e colocados no exterior, junto à porta. Na manhã seguinte aparecem cheias doces, nozes e pequenos presentes, se as crianças se tiverem portado bem durante o ano - se não, o ajudante do São Nicolau, Knecht Ruprecht, deixa galhos de àrvores nos sapatos.

Áustria
Fröhliche Weihnachten!
A Áustria tem uma tradição um pouco diferente, no dia 5 de dezembro, os austríacos celebram a existência do Krampus, espécie de demônio que pune as crianças más. Nesta data, as pessoas saem às ruas fantasiadas, batendo umas nas outras.
Mas em compensação, de todas as cidades da Europa, Viena é a que tem a temporada mais festiva e procurada, afinal, há séculos a cidade se transforma em lugar encantado, com mercados natalinos em todos os lados, luzes e decorações brilhantes. Sem contar as apresentações de coro do mundo inteiro que se exibem em diversos pontos da cidade.
O Natal na Áustria é marcado por um personagem sombrio chamado Krampus. A figura é uma espécie de demônio que, no dia 5 de dezembro, sai pelas ruas do país para punir as crianças que não se comportaram bem durante o ano.
Nessa data, as pessoas saem fantasiadas como o personagem, levando correntes, varas e sinos para assustar crianças – e os adultos também!

Bélgica 
Joyeux Noël,  Vrolijk Kerstfeest!
Existem duas celebrações diferentes de Natal na Bélgica, dependendo da língua falada, para aqueles falam francês são visitados por Pere Noel que primeiro vem visitar em 4 de dezembro com seu companheiro Pere Fouettard, neste dia eles determinam se as crianças têm se comportado, dependendo da resposta em 6 de dezembro eles retornam com doces ou galhos. No dia 06 de dezembro é feita a celebração religiosa e a maioria das famílias passam o dia na casa igreja e vao pra casa para a festa de São Nicolau. 
Já quem fala flamengo ou holandês, recebem o St. Niklaas no dia 6 de dezembro. Neste dia St. Niklaas visita as crianças para presenteá-las.

França
Joyeux Noël!
Como em outros países europeus, as famílias católicas vão à missa da meia-noite e depois juntam-se à mesa para cear. A gastronomia varia muito de região para região. Em Paris, por exemplo, o prato mais tradicional é feito à base de ostras, enquanto na Alsácia o ganso é o prato de eleição. O peru assado acompanhado por castanhas cozidas também é muito apreciado no país.
Na parte sul do país, o Natal é comemorado no dia 25 de dezembro. E segue tradições mais próximas às de outros povos mediterrâneos. Lá, o Père Noel tem como ajudante o Père Fouetard, personagem encarregado de informar quais as crianças que se comportaram bem durante o ano.
Na região da Alsácia-Lorena, influenciada pela tradição alemã, a comemoração acontece no dia 6 de dezembro. Nesta data, São Nicolau distribui presentes às crianças.
Entre as crianças, uma das tradições é colocar os sapatos junto à lareira para esperar o Papai Noel. Se elas se comportaram bem durante o ano, o bom velhinho enche-os com presentes.
O que diferencia em relação a outros paises é o costume que os franceses têm da pratica da chamada reconciliação do Natal: no dia 25 de dezembro, a pessoa vai até a casa de um inimigo para fazer as pazes com ele.

Grã-Bretanha
As crianças penduram meias junto à lareira para o Pai Natal colocar os presentes depois de descer pela chaminé. É na manhã do dia 25 de dezembro que se abrem as prendas. Na gastronomia, o pudim de ameixa é um doce muito típico desta quadra.Na noite do dia 24, as famílias com crianças costumam ir para a cama antes da meia-noite para que o Santa Claus possa fazer a visita à casa sem ser incomodado. É comum deixar um copo de leite e uma tortinha doce para que o bom velhinho faça um lanchinho durante a visita e também cenouras cruas para as suas renas! Na manhã de Natal, as crianças acordam ansiosas para abrir os seus presentes.
Uma das tradições são os Christmas Crakers, enfeites “explosivos” de Natal. Você e outra pessoa devem segurar as pontas opostas e puxá-las até que estourem (não se preocupe, não é perigoso e o barulho não é tão alto). Quem ficar com a maior parte do cracker é o “vencedor”. Dentro há uma coroa de papel, um brinquedo ou presente pequeno e/ou um papelzinho com uma piada.
O almoço de natal tem 6 pratos típicos: Turkey and Stuffing, Roast Potatoes, Beef Wellington, Pigs in Blankets, Yorkshire Pudding e English Trifle.
Outros pratos e acompanhamentos comuns no almoço além dos listados acima são:
Vegetais cozidos ou assados;
Pão caseiro;
Molho de cranberry;
Molho de pão (feito de migalhas de pão, com creme de leite, leite, manteiga e cebolas);
Couve-de-bruxelas;
Sopa de diferentes tipos, como alho-francês e batata;
Torta de maçã ou de frutas e nozes;
Bolo de Natal: massa com frutas e cobertura de marzipan com decoração de temas natalinos.
Outra tradição britânica é assistir ao Discurso do Rei na televisão, uma mensagem gravada pelo Rei e transmitida à tarde no dia 25 de dezembro, após o almoço. O discurso é assistido por milhões no país todo. Nele, o Rei Charles III reflete sobre os últimos 12 meses e compartilha os seus desejos para o próximo ano.
Mais recentemente, o especial de Natal do Dr. Who, série britânica no ar desde 1963, também já se tornou uma tradição familiar.
O dia 26 de dezembro é feriado no Reino Unido e é chamado de Boxing Day. Embora também seja celebrado em outros países como Canadá, Hong Kong, Austrália e Nova Zelândia, ele é mais famoso na Grã-Bretanha e é marcado por diversas promoções.

Escócia 
Na Escócia, o Natal é maior festa da temporada de férias que vai até o Ano Novo, este feriado é conhecido como Hogmanay. As famílias têm o costume na véspera de Natal de deixar algo queimando, seja numa lareira ou fogueira, na esperança de que isso irá assustar os elfos traquinas que querem causar problemas nos lares.

País de Gales 
Nadolig Llawen! (em galês)
Antes do cristianismo se difundir pela Europa, em dezembro aconteciam diversas festas pagãs para celebrar o inverno, uma delas, é celebrada até hoje, a Mari Lwyd, que ocorre no último dia do ano em certos lugares do País de Gales. As pessoas saem pelas ruas para invadir casas e pubs carregando a ‘’Mari’, um boneco com a caveira de uma égua como cabeça.

Suécia
God Jul!
O espirito natalino na Suécia começa no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Nesse dia as crianças escrevem suas cartas e trocam por um saquinho de caramelos ou nozes. Os presentes chegam no dia 25.
Nos países escandinavos o natal tem seu início em 13 de Dezembro, data em que se comemora o dia de Santa Luzia, neste dia é feita uma procissão por diversas cidades do país com uma tocha acesa.
Na Suécia é costume enterrar, no dia 25 de dezembro, uma semente de cevada. Quando chega a germinar, é presságio de boas colheitas.
Neste país da Europa, o frio é intenso no Natal e as crianças acreditam que são duendes que lhes levam as ofertas natalícias. Nos países escandinavos, que incluem a Suécia, a Noruega, a Dinamarca e a Finlândia, as comemorações iniciam-se a 13 de dezembro, quando se celebra o dia de Santa Luzia. É tradição a filha mais velha vestir-se de branco, colocar uma coroa de velas na cabeça e acordar os pais com uma canção.
Há mais de 50 anos, que na cidade de Gavle, existe uma tradição de fazer uma Yule Goat gigante na praça central da cidade, a Praça do Castelo. Vândalos, todos os anos, fazem questão de destruir a cabra, disfarçados de pai natal e de duendes.
Na Suécia há uma celebração especial: o Dia de Santa Lúcia, a 13 de dezembro. Não é completamente claro de onde vem a tradição de Santa Lúcia, pois há histórias que podem ter-se misturado. Uma dessas histórias diz que Santa Lúcia era uma jovem cristã, que foi morta no século IV por causa daquilo em que acreditava.
O povo sueco marca o dia com procissões de Lúcia, conduzidas por uma rapariga com um vestido branco e uma coroa de velas.
As crianças abrem os seus presentes na véspera de Natal. Na noite anterior, espera-se que deixem uma tigela de papa para Tomten - o nome para Pai Natal - para que este lhes deixe presentes.
Quanto à hora da refeição, o povo sueco também tem uma tradição na véspera de Natal: um grande buffet chamado Julbord.

Noruega
As crianças norueguesas procuram duas criaturas no Natal: o Julebukk, um gnomo que entrega presentes e o Jul Nisse, que guarda os animais da quinta e prega partidas às crianças, se não lhe deixarem papas de aveia.
A Noruega também dá, anualmente, ao Reino Unido uma árvore de Natal, que se encontra em Trafalgar Square, em Londres, como forma de agradecimento pelos ingleses terem ajudado os noruegueses durante a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o folclore norueguês, a véspera de natal é quando as bruxas e espíritos travessos decidem pregar partidas às pessoas com as suas magias. E por isso, os noruegueses escondem as suas vassouras e qualquer coisa usada na limpeza que tenha um pau, para as bruxas não conseguirem voar e irem fazer as suas travessuras. 

Holanda
Vrolijk Kerstfeest!
O Sinterklaas - o Pai Natal - chega de barco no último sábado de novembro. Já o resto da viagem, durante o mês de dezembro, não é feito de trenó, mas sim num cavalo branco chamado Amerigo. As crianças deixam à porta de casa um sapato com uma cenoura, para o cavalo Amerigo.
Por norma, as crianças recebem os presentes na noite de 5 de dezembro, que é conhecida como Véspera de Sinterklaas.
A Holanda tem uma tradição polêmica: a festa do Zwarte Piet ("Pedro Preto", em português), que seria o ajudante negro do Papai Noel, sendo assim no dia 5 de dezembro as pessoas pintam o rosto de preto e usam perucas e desfilam nas ruas.
São Nicolau chega em novembro para aqueles que vivem em Amsterdão, ele chega num barco com seu companheiro, Zwarte Piet. As pessoas vão para o cais para ver a chegada do barco e assistir São Nicolau montar num cavalo branco e seguir pelas ruas num desfile.
Em 06 de dezembro as famílias celebram e as crianças encontram seus sapatos que tinham sido deixados com feno e açúcar na noite anterior cheios de doces. Os holandeses também celebram o Natal em 25 de dezembro e o dia de Reis em 6 de janeiro que marca o fim de todas as celebrações. 
Tal como na Rússia e na Ucrânia, o feriado não é celebrado no 25 de Dezembro, mas sim no dia 6 de Dezembro.
Nesse dia 6, as crianças esperam a chegada do Sinterklaas - o Pai Natal holandês - e o seu ajudante Black Pete, que chegam a cavalo e entregam doces e nozes a quem se portou bem. As crianças deixam nos parapeitos das janelas os seus sapatos com feno e açucar para os cavalos.

Finlândia
Hauskaa Joulua!
A Finlândia respira Natal, principalmente em Helsinque que enfeita suas ruas com arcos de luzes e vitrines reluzentes. Sem contar que é possível visitar a terra do Papai Noel na Lapônia, em Rovaniemi, considerado um dos lugares mais belos do planeta, e onde a cultura do Natal é considerada a mais forte do mundo. O Papai Noel da Lapônia recebe aproximadamente 700 mil cartas por ano, de cerca de 150 países, com pedidos de presentes.
Muitos finlandeses acreditam que o Papai Noel —  o verdadeiro! —  mora no norte daquele país. As preparações para o Natal são levadas a sério, e costumam começar até um mês antes da data. Antes do jantar da véspera de Natal, uma visita às saunas é tradicional. Depois do jantar, as famílias costumam ir ao cemitério e acender velas em memória de amigos e parentes já falecidos. O Papai Noel usa a porta para entrar nas casas. E, antes de entregar os presentes às crianças, sempre pergunta se elas se comportaram bem.
Na Finlândia é possível ver uma rena de verdade na paisagem branca num cenário que parece ter saído de um filme, as cores do Mercado de Natal, além de ver a beleza dos leopardos-da-neve no zoológico, fazer safári de husky, patinação no gelo e até mesmo passear de trenos puxados por renas.
A tradição natalina na Finlândia é visitar cemitérios para homenagear os entes falecidos.
É a terra do Pai Natal e a quadra decorre no cenário que compõe o nosso imaginário infantil, com neve na rua e a lareira acesa em casa. O abeto é a árvore do Natal. A troca de presentes decorre na noite de 24 para 25 de dezembro, quando a família se reúne para a refeição principal. Do menu constam purés variados (de cenoura ou batata), a salada de beterraba, o salmão cru salgado, o arenque e a perna de porco assada. A sobremesa inclui biscoitos de gengibre, creme de ameixas e doces com molhos de frutos. Como está muito frio, é usual os finlandeses fazerem sauna nesta data.
A véspera de Natal é um dia importante na Finlândia, enquanto que o próprio dia de Natal é mais calmo e passado a relaxar em casa, com a família.
Numa cidade chamada Turku acontece uma cerimónia especial, que muitas pessoas veem na televisão ou ouvem na rádio. No programa é anunciado o início do período de paz, que começa a partir do meio-dia da véspera de Natal até aos 20 dias seguintes.
Tradicionalmente, as pessoas comem papas de arroz e bebem sumo de ameixa ao pequeno-almoço da véspera de Natal. Existe a tradição de esconder amêndoas nas papas e quem as encontrar terá um ano de sorte à sua frente. O Pai Natal é conhecido como Joulupukki, que significa "Cabra de Natal". Por causa disto, as pessoas vestem-se com máscaras de cabra para entregar presentes.

Dinamarca
Glædelig Jul!
A Dinamarca não só celebra a ocasião com alimentos, mas também o mal. Dinamarqueses acreditam que um duende travesso chamado Nisse pode aparecer caso as pessoas esqueçam de deixar uma tigela de pudim de arroz para o duende, caso contrário, não serão defendidas  contra o mal.

Hungria 
Boldog Karácsonyt!
A celebração de Natal na Hungria começa no início do mês, quando Mikulas visita as crianças nas cidades acompanhado por um menino vestido de preto com chifres do diabo segurando uma chave feita de galhos. As crianças que foram desobedientes ganham um tapinha e as que se comportaram recebem um pequeno presente. Na Hungria, os presentes deixados sob a árvore são trazidos pelo menino Jesus e os anjos que o acompanham. Os presentes são abertos na véspera de Natal antes de ir para a Missa do Galo.

Polónia 
Wesolych Swiat Bozego Narodzenia!
Para os poloneses, a véspera de Natal é um momento com a família. Na Polônia, as tradições natalinas têm como maior característica a construção de presépios em casas, igrejas, vitrines das lojas e também nas praças das cidades.
Algumas crianças polacas recebem presentes no dia 6 de dezembro, o dia de Sw Mikolaj - o Pai Natal no país. A véspera de Natal é também um grande acontecimento na Polónia, onde as famílias se reúnem tradicionalmente para uma refeição conhecida como Wigilia. A refeição começa quando é possível ver a primeira estrela no céu nocturno. A família partilha uma bolacha especial chamada Oplatek - que simboliza o perdão -, e trocam-se os presentes.

EUA
Merry Christmas!
O cinema ajudou a criar no imaginário mundial a imagem do Natal norte-americano, com músicas da época a ouvirem-se na rua e uma corrida às lojas para comprar presentes. Nas casas, as decorações com luzes, velas, árvores de Natal, coroas e bonecos de neve completam o cenário. À mesa encontram-se diversas tradições gastronómicas, uma vez que os Estados Unidos integram uma grande multiplicidade de culturas.
Os americanos começam a entrar no espírito natalino assim que o Thanksgiving Day (Dia de Ação de Graças) acaba, na última quinta-feira de novembro. O sentimento de gratidão segue até ao dia de Natal – as famílias e amigos se reúnem para uma refeição em comunhão.
Nos Estados Unidos, o almoço do dia 25 de dezembro é muito mais importante do que a ceia do dia 24. Peru de Natal, puré de batata e torta de abóbora são alguns dos pratos tradicionais do almoço de Natal americano.
A figura do Pai Natal que desce pela chaminé e a tradição de pendurar meias na lareira são comuns nesse país.As crianças gostam de deixar biscoitos e um copo leite próximos à árvore para o Papai Noel e cenouras no quintal para as renas. Para manter a magia, enquanto os filhos dormem, os pais deixam apenas migalhas no prato e pegadas na neve, entre outras encenaçõezinhas, para surpreendê-los na manhã de Natal. Presentes adicionais são colocados debaixo das árvores e nas meias na lareira como se tivessem sido deixados pelo Papai Noel. Os presentes, lá, são abertos na manhã do dia 25 de dezembro. E a reunião familiar acontece na hora do almoço deste dia, em torno do tradicional peru de Natal.
Um fato curioso é que, ao contrário do que acreditamos, nem todas as casas têm lareira. Por isso, há 40 anos, uma emissora de TV dos Estados Unidos, a WPIX, tem uma programação especial. Durante 24 horas, entre os dias 24 e 25 de dezembro, transmite um vídeo de uma lareira acessa.
Outras tradições de Natal nos Estados Unidos:
1- Christmas carols: músicas natalinas que tocam em todos os lugares, inclusive em apresentações de corais em locais públicos;As crianças as aprendem nas escolas e as apresentam nas festinhas de encerramento do semestre. Em alguns lugares, corais de crianças se juntam para cantar carols em apresentações ou de porta em porta das casas para arrecadar dinheiro para caridade. Entre as carols mais conhecidas estão Jingle Bells e We Wish You a Merry Christmas.
2- Christmas sweater: como o Natal acontece no inverno, as pessoas vestem suéteres com estampas natalinas.São camisolas de lã temáticas com estampas de rena, Papai Noel, bonecos e flocos de neve, árvores de natal, luzes pisca-pisca, entre outros símbolos natalinos.
3- Patinar em pistas de gelo locais;
4- Secret Santa: a versão americana da nossa brincadeira de “amigo secreto”.
5- Stocking –  No Hemisfério Norte, o Natal acontece durante o inverno e, em várias regiões, o mês de dezembro é de muita neve. Por isso, é normal que as pessoas tenham lareiras em suas casas. O Christmas stocking é o costume de pendurar meias ou bolsas em forma de meia na lareira para que o Papei Noel deixe lembrancinhas (como brinquedos, doces, frutas, moedas ou outros presentes pequenos) para as crianças, durante a passagem pela casa na noite de Natal.
6- Mistletoe – O mistletoe é uma planta – visco ou azevinho, em português – verde de frutos vermelhos. Costuma-se pendurar galhos desta plantinha nas festas de Natal, e a tradição diz que quem passar por baixo dela tem que se beijar. No filme "Harry Potter e a Ordem da Fênix", por exemplo, o bruxo dá o primeiro beijo na namoradinha Cho Chang embaixo de um mistletoe.
7- Candy cane – As candy canes são aqueles docinhos em forma de bengala, normalmente listrados de vermelho e branco, com sabor peppermint (hortelã). O formato da bala faz referência aos cajados dos pastores que visitaram o bebê Jesus na manjedoura e, por isso, o doce está associado ao Natal. Elas começam a aparecer nas prateleiras de lojas e supermercados em dezembro, e são usadas para enfeitar as casas também.
8- Winter break – As férias de inverno que começam na metade de dezembro e vão até a primeira semana de janeiro.
Nos Estados Unidos, apesar de também falarem “Merry Christmas”, as pessoas costumam dizer “Happy Holidays”, uma forma mais genérica de desejar “boas festas” para evitar ofender quem não é de uma religião cristã.
Os Estados Unidos têm uma miríade de filmes e álbuns natalinos que passam e tocam exaustivamente nos canais e estações de rádios todos os anos. As cidades ficam todas enfeitadas e iluminadas com pisca-pisca, além de árvores de Natal enormes por todos os lugares.
No entanto, o Boxing Day não é feriado nos Estados Unidos como acontece no Reino Unido. Muitos voltam imediatamente para o trabalho após o dia de Natal.

Disney World - Orlando - EUA
Merry Christmas!
Como todos sabem a Disney World é um lugar mágico durante todo ano, e não poderia deixar de ser diferente no Natal.
Além da decoração, iluminação e um show pirotécnico especial, o destaque fica por conta da parada natalina, onde personagens entram em contato com o público para desejar um Feliz Natal e posar para fotos. 
No parque Magic Kingdom, é realizada a Festa de Natal do Mickey com diversos personagens com roupas típicas natalinas. O Castelo de Cinderela é iluminado com 200 mil luzes brancas brilhantes.
No parque Disney's Hollywood Studios acontece "O Espetáculo de Luzes Dançantes da Família Osborne", com efeitos 3D e neve artificial. Já no parque Epcot é realizado uma "Procissão à luz de velas", acompanhado por uma orquestra e uma missa com coral. No parque Animal Kingdom ocorre a "Mickey's Jingle Jungle Parade", desfile em que se misturam melodias natalinas e diversos ritmos mundiais.

Japão
Meri Kurisumasu!
Apesar de ser um país de fraca tradição católica apenas com 2% de católicos,em que a maior parte é budista e xintoísta, a comemoração do Natal, apesar de não ser tradicional lá, tem vindo a tornar-se popular entre as crianças e a troca de presentes, em especial eletrónicos, é já bastante comum. 
Casas e empresas recebem decorações temáticas e muitas vezes as celebrações são celebradas junto ao Aniversário do Imperador no dia 23 de dezembro, uma data importante no país.
O Natal acabou se tornando um dia bastante romântico no Japão. Os casais planejam jantares em restaurantes especiais e passeiam pela cidade de mãos dadas para ver a iluminação – que, na verdade, passou a ser relacionada mais à estação do inverno do que ao Natal.
As árvores de Natal não são comuns nas casas dos japoneses, mas algumas empresas e shoppings adotam a decoração. Além disso, a tradição da visita do Papai Noel também é comum entre as crianças do país, mas ao invés de entrar pela chaminé, ele é tido como um tipo de aparição mágica que deixa presentes na casa.
As compras de Natal não têm um apelo grande no Japão, porque a troca de presentes não é comum na data como na cultura ocidental. Para quem é cristão e faz questão de manter as tradições religiosas, há igrejas nas grandes cidades que realizam missas no Natal.
Quanto à gastronomia, os japoneses que festejam o Natal importaram os hábitos ocidentais, incluindo a refeição de peru, por exemplo, mas colocam também na mesa de Natal o sushi e o sashimi. Mas, o prato principal, é o frango frito Kentucky Fried Chicken(KFC) na noite de ceia, sendo preciso encomendar com antecedência.

Austrália
Na Austrália esta época está associada a temperaturas muito elevadas, é o pico do Verão, e as famílias festejam, frequentemente, a data com picnics e idas à praia. Nas celebrações frente ao mar, é habitual verem-se Pais Natal surgirem em pranchas de surf ou barcos salva-vidas. 
A troca de presentes acontece no dia 25.
Por causa do clima mais quente, é mais comum servir pratos frios na ceia de Natal.
A partida de críquete do Boxing Day, dia seguinte ao Natal, é uma grande tradição na Austrália. As famílias reúnem-se em frente à televisão para assistir ao jogo. Ou então vão para o quintal, jardim, parque público ou praia para jogar a sua própria partida de críquete.
Além disso, os campos de críquete por toda a Austrália, por mais de 70 anos, têm recebido concertos temáticos natalinos chamados"Carols by Candlelight" na véspera de Natal, com bandas ao vivo tocando várias canções de Natal. O maior show atual ocorre no Sidney Myer Music Bowl em Melbourne.

África
A minoria católica do continente celebra a data substituindo o tradicional pinheiro pelo cipreste. Na mesa dos cabo-verdianos, por exemplo, costuma estar o cozido, enquanto os moçambicanos preferem o cabrito assado e os angolanos degustam pratos vegetarianos com mandioca. Muitas famílias realizam a festa de Natal ao ar livre por estar calor.
África do Sul - Geseënde Kersfees! O natal na África do Sul acontece durante o verão, devido ao calor os sul-africanos preferem reunir-se ao ar livre e a ceia de natal acontece no jardim ou no quintal.
Como na maioria dos países, as tradições como árvores de natal e presentes são quase obrigatórias. Em todas as cidades há corais que fazem apresentações à luz de velas, formando um espetáculo inesquecível.A parte mais importante da celebração do Natal é uma oferenda que cada indivíduo ou família faz a sua igreja, uma espécie de "oferta de amor" como um presente para Jesus. 

Coreia do Sul
O Natal é um feriado nacional, mas também é celebrado como um feriado romântico, em que muitos casais saem juntos. Aproximadamente 25% da população da Coreia do Sul é cristã. Embora seja apenas um quarto de seus habitantes, o dia 25 de dezembro é um feriado público e até mesmo o restante da população (70% se declara budista ou agnóstico) acaba celebrando a data de alguma forma, embora seja bem mais modesta do que no restante do mundo.
Um dos costumes natalinos na Coreia é trocar cartões com dinheiro como presente. Além disso, a cultura coreana tem a sua própria versão do Papai Noel, Santa Haraboji, ou Avô Papai Noel, que se veste com um chapéu coreano tradicional e um casaco comprido coreano verde.
Há menos decoração natalina na Coreia do Sul do que nos países asiáticos, mas os estrangeiros residentes costumam enfeitar suas casas e negócios. Uma tradição que tem crescido cada vez mais é ir à igreja do dia de Natal, mesmo entre não-cristãos.
Uma atividade bastante comum nessa época do ano é patinação do gelo em shoppings e áreas centrais das grandes cidades.
 

Filipinas
Maligayang Pasko!
Conhecido como o país com o mais longo feriado de Natal, as Filipinas comemoram a data durante quatro meses: de setembro a dezembro! Canções de Natal costumam ser tocadas desde o primeiro mês das celebrações.
Na cidade de San Fernando, a "capital do natal" nas Filipinas, acontece o Festival das Lanternas Gigantes (Ligligan Parul Sampernandu), no sábado anterior à véspera de natal, atraindo gente do mundo inteiro.
Antigamente, as lanternas eram bem simples, feitas com papel de hapon - como um origami japonês - medindo mais ou menos meio metro e iluminadas com velas.
Hoje, as lanternas são feitas de vários materiais e chegam a medir mais de 6 metros, e são iluminadas por lâmpadas eléctricas que brilham formando um caleidoscópio de sequência de luz.
Onze barangays(vilas) participam neste festival, onde existe uma divertida competição para eleger a lanterna mais bonita. 

China
Sheng Tan Kuai Loh! (em mandarim)
Na China as casas são enfeitadas com lanternas de papel, flores e árvores de Natal. Já que a grande maioria dos chineses não é crista, a maior celebração do inverno é o Ano Novo Chinês, no fim de janeiro. O Bom Velhinho é chamado de Dun Lhe dao Ren, que significa "Velho Natal".
Celebrar o Natal é um costume recente na China. Entre os chineses menos tradicionais, há quem tenha adotado o hábito de montar  árvores de Natal artificiais, decorando-as com enfeites feitos de papel.
Em Hong Kong, o Natal é celebrado como uma época de renovação e paz, em que uma das tradições é queimar uma lista com os nomes dos moradores locais, na esperança de que, com as cinzas do papel, eles cheguem  ao céu.
Fora de Hong Kong e Macau, as celebrações de Natal na China tendem a ser particulares entre familiares e amigos. Ou seja, não é uma comemoração pública nacional como noutros países. Os hotéis acostumados a receber turistas estrangeiros ganham decorações temáticas e alguns shoppings realizam promoções especiais, mas a data não é importante na China.
Para a maior parte do país, o dia 25 de dezembro é um dia comum de trabalho, ainda mais que o ano novo chinês é celebrado em Fevereiro.

Lituânia
Na Lituânia, os enfeites tradicionais de Natal são feitos de palha, feno ou, na falta desses materiais, de canudinhos para refrigerante. Eles são trançados formando formas geométricas que lembram estrelas, sinos e flocos de neve. Para muitos, a celebração começa com a missa da véspera de Natal. Ela é seguida de um jantar em que um lugar vago é mantido à mesa, em homenagem aos entes queridos já falecidos.

Grécia
Kala Christouyenna!
A celebração do Natal na Grécia é focada principalmente nas festas, ao invés de dar presentes para cada membro da família, as pessoas doam presentes a hospitais e orfanatos. 
Durante os doze dias de Natal as famílias gregas acreditam que duendes podem vir à Terra para causar danos, e para tentar afastar a má sorte, os gregos colocam um pequeno pedaço de manjericão em volta de uma cruz de madeira, que é mantido em uma tigela de madeira.
Os 12 dias que antecedem o Natal têm um significado especial para os gregos. Segundo o folclore grego, é nesse período que os Kallikantzaroi, uma espécie de elfos travessos, saem da terra para assustar e pregar peças nas pessoas.  Parte das tradições de Natal, então, inclui rituais para mantê-los afastados, como pendurar um feixe de linho na porta da frente ou manter o fogo da lareira aceso durante essa época.
No dia 24 de dezembro, grupos de crianças costumam visitar as casas cantando para anunciar o nascimento de Cristo. Acredita-se que abrir a porta para ouvi-las cantar traz boa sorte e prosperidade. Quem o faz, geralmente saúda as crianças com doces ou dinheiro.
A figura do Natal grego é São Basílio, um santo popular na região da Ásia Menor. No dia 2 de janeiro, é ele quem traz os presentes para as crianças.
No Natal grego as crianças vão de casa em casa, na véspera de Natal, tocam música e cantam canções natalícias em troca de doces.
Antes do Natal, há a tradição de enrolar manjericão fresco à volta de uma cruz de madeira, que é utilizada para salpicar com água, à volta da casa, para afastar os duendes maus chamados Killantzaroi. Algumas famílias mantêm uma fogueira acesa para impedir os duendes de causar o caos em casa.
Os presentes são normalmente dados a 1 de janeiro.

Letónia
Prieci'gus Ziemsve'tkus!
Acredita-se que a primeira árvore de Natal tenha sido decorada em Riga, na Letônia, em 1510. Nesse país, é costume as crianças ganharem presentes de Natal em cada um dos 12 dias que antecedem a data.

Rússia 
S Rozhdestvom Kristovym!
Na Rússia o Natal não é comemorado no dia 25 de dezembro, mas no dia 7 de janeiro. Durante o regime comunista, as árvores de natal foram banidas do país e substituídas por árvores de Ano Novo.
Na Rússia é comum orar e jejuar em 6 de janeiro, que é a sua véspera de Natal. Após o aparecimento da primeira estrela no céu as famílias se juntam para uma grande refeição que consiste em um prato para cada uma dos doze apóstolos.
É, provavelmente, o último país a celebrar o Natal. Lá, a comemoração acontece no dia 7 de janeiro. Isto porque, a Igreja Ortodoxa, segue o antigo calendário juliano, implantado pelo antigo líder romano, Júlio César, no ano 46 a.c. orações especiais são feitas durante 39 dias antes da véspera do Natal, e a ceia é composta por 12 pratos diferentes, para homenagear cada apóstolo.
Os enfeites das árvores de natal são teias e aranhas artificiais para dar sorte.
Ninguém pode começar a comer antes de surgir a primeira estrela no céu. Reza a lenda que, os "famintos" saem para "caçar" a primeira estrela. 
O grande feriado do país, entretanto, é o Ano Novo, quando o Ded Moroz, o “vovô do frio”, chega às casas vestido de azul para distribuir os presentes às crianças.

Irlanda
Nollaig Shona dhuit!
Na ceia, famílias e vizinhos se reúnem em casa ou nos pubs locais, que normalmente fecham mais cedo na véspera de Natal.
Ao longo do mês de dezembro, acontecem as tradicionais feiras de Natal (que, inclusive, também estão presentes em outros países, como no Reino Unido), que são como feiras artesanais de rua, mas com decoração, músicas e produtos temáticos natalinos. Um dos mais bonitos Christmas markets da Irlanda é o de Belfast em frente ao City Hall.
Os irlandeses não vivem sem a sua Guiness preta, e até o Pai Natal gosta da sua cerveja preta.
Não existe a tradição da Ceia na véspera de Natal.
Deixam perto da sua chaminé um pedaço de Mince Pie, uma tarte doce, cookies e uma garrafa de Guiness como presente para o Pai Natal.
Nos últimos 10 anos, ocorre a "Maratona dos 12 Pubs de Natal", que segundo reza a lenda, tem a sua origem numa canção de natal, chamada "12 Days of Christmas". Esta brincadeira alcoolica é também conhecida por "Pub Crawl", e os participantes fazem o roteiro dos 12 pubs (cada pub representa um mês do ano), bebendo um pouco em cada um, com regras a serem cumpridas e quem desobedecer tem de berber ainda mais como castigo.
O dia seguinte ao Natal é feriado na Irlanda. Na República da Irlanda, é conhecido como Dia de Santo Estêvão (St Stephen's Day), em homenagem ao primeiro mártir católico.

 
República Checa
Veselé Vánoce!
O Natal aqui parece um conto da cinderela. As mulheres solteiras, para saberem se vão casar no ano seguinte, ficam de costas para a porta e atiram o seu sapato para trás por cima dos ombros.Se o sapato cair de pé, com o calcanhar virado para a porta, não se casará no próximo ano. Mas, se cair virado para cima e com a biqueira do sapato virado para a porta, irá casar em breve.

Islândia
As crianças na Islândia têm de esperar até que todos terminem de jantar, na véspera de Natal, para poderem abrir os presentes. Tradicionalmente, o prato principal da refeição chama-se Hangikjot, uma perna de cordeiro assado.
Na Islândia existem 13 Pais Natal, chamados Yule Lads, que vivem nas montanhas e visitam as cidades, uma a uma, nos 13 dias que antecedem o Natal. As crianças deixam sapatos à porta para que os Yule deixem presentes se tiverem sido bons, ou batatas podres se tiverem sido maus.
Há uma tradição que diz que todos devem receber uma nova peça de roupa para usar no Natal.
Aqui é bem divertido porque, tem 13 Pais Natal. É um grupo de "trolls", que segundo a tradição eram brutos, asquerosos que roubavam e etormentavam a população, e assustavam as crianças. 13 dias antes da véspera do Natal, segundo a lenda, os "trolls" chamados de Jólasveinar, deixam as montanhas onde vivem, e durante essas 13 noites à noite, visitam as casas islandesas, onde as crianças deixam um sapato no parapeito da janela antes de se deitarem, na esperança de receberem um presente. as que foram boazinhas, recebem doces, e as que se portaram mal, recebem batatas podres.
Outra tradição na Islândia é que os presentes sejam apenas livros. O natal é celebrado com troca de livros na família, e depois da Ceia de Natal, passam a noite a ler os livros que receberam uns aos outros.
Uma das tradições do Natal na Islândia são os rapazes de Yule. Eles são um grupo de duendes que adoram comer e brincar com as pessoas durante as visitas às cidades do país ao longo do mês de dezembro.
Os duendes costumam deixar presentes para as crianças, que colocam sapatos nas janelas. Se as crianças não se comportarem, eles deixam uma batata ou uma mensagem dizendo para os pequenos serem bonzinhos.

Canadá
As tradições do Natal no Canadá são bem similares às dos Estados Unidos. No entanto, como o Canadá é um país que celebra o multiculturalismo, há uma mistura de celebrações nesse período do ano (que é inverno no Hemisfério Norte).
As cidades canadenses, especialmente as metrópoles como Toronto, Ottawa e Vancouver, têm festivais de luzes natalinas e desfiles temáticos, além de uma grande árvore de Natal num local central. A maiorias das cidades do Canadá também tem algum ringue de patinação no gelo durante essa época.
Toronto, ocorre o evento "Cavalcade of Lights", que marca o início das festividades. A praça e a árvore de natal são iluminadas com mais de 300 mil luzes LED, de energia eficiente, que ficam ligadas desde o entardecer até às 23h, até ao Ano Novo. Ocorre um Show de Fogo de Artifício, enquanto as pessoas patinam no gelo ao ar livre.
As tortinhas de fruta seca, chamadas de Mincemeat Tarts, e os bolos de frutas, são bastante tradicionais no Canadá.

Nova Zelândia
As árvores de Natal na Nova Zelândia costumam ser um pouco diferentes das outras que conhecemos. No país, a tradição é feita com a árvore Pohutukawa, chamada de árvore-de-fogo.
Ela possui lindas flores vermelhas que são usadas em enfeites natalinos ou mesmo na própria árvore, fazendo a vez dos pinheiros que estamos acostumados a ver e enfeitar.
O Natal também acontece bem no meio do verão na Nova Zelândia, então é comum passar as férias de final de ano e, consequentemente, a ceia de Natal na praia ou em “casas de férias” chamadas de baches.
As cores natalinas têm significados especiais na Nova Zelândia:
Vermelho: as flores vermelhas das Pōhutukawa trees, árvores-de-fogo típicas da Nova Zelândia
Verde: a exuberante folhagem tropical que floresce no verão da Nova Zelândia
Branco: a areia das praias neozelandesas
Inclusive, apesar de várias famílias terem um pinheiro de Natal, como é mais comum pelo mundo, a Pōhutukawa é a árvore símbolo natalino na Nova Zelândia.
Muitas cidades têm um desfile do Papai Noel em carros alegóricos decorados feitos por empresas e/ou igrejas locais, com bandas e música ao vivo. Mas, assim como na Austrália, o bom velhinho se veste com chinelos e óculos escuros e o seu traje tradicional pode ter mangas curtas e shorts para combinar com o tempo. Sim, o Papai Noel é surfista na Austrália e Nova Zelândia!
Os neozelandeses podem comemorar o almoço de Natal com um churrasco em casa ou na praia e também costumam jogar críquete.

Etiópia
Melkam Yelidet Beaal, Poket Kristme
Esse é um país que segue as tradições cristãs ortodoxas, que acompanham o calendário juliano, comemorando o Natal em 7 de janeiro, e não em 25 de dezembro.
Na data, a população segue em procissão durante a madrugada para celebrar. Outra tradição que eles têm no Natal é o Ganna, um jogo de rua semelhante ao hóquei, e é jogado para celebrar.
As famílias passam o dia na igreja, homens e mulheres não podem sentar juntos. Ao entrar na igreja, todos recebem uma vela acesa e o visitante deve dar três volta ao redor da igreja antes encontrar o seu lugar.

Singapura
Singapura tem o maior número de residentes estrangeiros do mundo, por isso, é um dos países onde você notará mais decorações e comemorações nessa época do ano. Embora o cristianismo não seja predominante, o Natal é amplamente comemorado, mas sem um caráter religioso.
Os shoppings são decorados e a Orchard Road, famosa via central da cidade-estado, é enfeitada com luzes natalinas. O site oficial de turismo Visiting Singapore, inclusive, diz que “o natal é uma grande celebração que proporciona aos locais mais uma desculpa para fazer o que mais amam: comer e fazer compras”.
Como Singapura tem uma mistura enorme de nacionalidades, o Natal também acaba adotando uma versão multicultural com toques asiáticos. O tradicional peru, por exemplo, ganha um tempero com ervas, gengibre e pimenta mais típico do país.
Santa Run for Wishes: desde 2013, há uma corrida anual em dezembro e toda a renda arrecadada com as inscrições é doada à organização Make a Wish Singapore.
Orchard Road: essa avenida central de Singapura é famosa pelas suas lojas e shoppings; nessa época do ano ela é bastante enfeitada com decoração natalina de tema diferente a cada ano e oferece diversas promoções ao longo do mês.
Christimas Wonderland: do final de novembro ao dia 26 de dezembro todos os anos, você pode visitar a Christmas Wonderland nos Gardesn by the Bay em Singapura, um festival com decoração natalina, barracas de comida e jogos, corais, atividades e muito mais.

Malásia
Com uma mistura de cultura malaia, chinesa, europeia e indiana, a Malásia é um dos países que mais comemora diferentes festivais ao longo do ano e o Natal não fica de fora. Ou seja, você vai ter muita coisa para fazer durante o seu tempo livre se escolher passar o natal nesse país incrível.
Embora o dia 25 de dezembro seja um feriado público no país, ele tem uma natureza comercial e não religiosa. Cristãos ou não, a maioria dos malaios vão ao shopping, um passatempo bem comum no país, para fazer compras nessa época e aproveitar de atividades e eventos como jogos e apresentações.
Assim, os shoppings têm decorações estravagantes com árvores de Natal enormes e a cada ano mudam o tema e tentam superar a edição anterior. O Pavilion Kuala Lumpur, famoso shopping da capital, inclusive, uma vez teve neve artificial ao longo de dezembro!
Na véspera de Natal, à meia-noite, também é comum ver shows de fogos de artifício pelo país, especialmente em Kuala Lumpur.
Para as pessoas que conseguem tirar alguns dias de férias nesse período, um destino bastante popular são as Cameron Highland, um distrito em Pahang onde o clima é mais frio no final do ano.

Hong Kong
Mesmo fazendo parte da China, a influência ocidental é bem evidente em Hong Kong, inclusive nessa época do ano. Os ambientes públicos são decorados com árvores de Natal e piscas-piscas e os famosos arranha-céus de Hong Kong disputam quem tem a iluminação mais bonita.
De fato, Hong Kong talvez tenha uma das principais celebrações de Natal na Ásia, com feriados públicos nos dias 25 e 26 de dezembro. De novembro a fevereiro, o território autônomo realiza um festival chamado Hong Kong WinterFest, que a CNN classificou como uma das dez melhores celebrações natalinas do mundo. Nele, você encontra:
Mega promoções nos shoppings;
A Sinfonia de Luzes, um show audiovisual 3D high tech, com iluminação e música natalina coordenadas nos prédios da região central;
Apresentações musicais temáticas e muito mais.
O Balé de Hong Kong faz apresentações especiais do espetáculo "O Quebra-Nozes" nessa época do ano no Centro Cultural, com grandes cenários e figurinos e participação da Sinfonia de Hong Kong. Também é comum que a Orquestra Filarmônica faça espetáculos especiais para a data.

Argentina 
Feliz Navidad!
Na Argentina a cerimônia religiosa desempenha grande parte da celebração do Natal, depois de assistir cultos de natal, ao voltar para a casa às famílias se reúnem para comer, dançar e trocar presentes, em alguns lugares fogos de artifício são lançados para comemorar o aniversário de Jesus Cristo.

Chile 
Feliz Navidad!
A celebração do Natal no Chile envolve figuras de barro de presépio, chamados “pesebre” que são colocados junto à árvore de Natal. Os presentes são distribuídos no dia de Natal pelo “Viejito Pascuero” que faz questão de desejar a todos um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo também.

Costa Rica 
Feliz Navidad!
O foco principal da celebração da Costa Rica no Natal é o presépio. As famílias muitas vezes têm presépios grandes e elaborados em suas casas. Em 15 de dezembro em San Jose é celebrado o “Festival de la Luz”, o desfile com carros cheio de luzes e cores. 

México 
Feliz Navidad
No México, o mais comum são as festas tradicionais chamadas de “posadas”, que contam a história de José e Maria, durante nove dias, de 16 a 24 de dezembro. O que não pode faltar nesta festa é a Piñata, uma brincadeira em que um pote cheio de doces é suspenso por uma corda e as crianças tentam quebra-la de olhos vendados com um pedaço de pau, quando conseguem, todos se atiram para recolher as guloseimas.

Uruguai
As famílias reúnem-se em casa dos avós ou parentes mais velhos. É tradição a “picadita”, que consiste na preparação e degustação de aperitivos frios, queijos, uísques, vinhos, pedaços de cordeiro ou leitão antes da ceia e ao longo da noite de Natal.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Palavras de água


 Resat Kuleli



Fechei-me dentro dos muros 
onde o meu corpo não cabia 
contente de ser prisioneira 
do cárcere que eu transcendia. 

E fui no vento que tudo 
tudo o que havia varria, 
contente de ser mais veloz 
que o vento que me impelia. 

Fiquei suspensa dos ramos 
que os meus cabelos prendiam 
contente de ser o destino 
da árvore em que me fundia. 

E dei-me como leito às águas 
dos sonhos que me transcorriam 
contente de ser o curso 
da água em que me esvaía.


Natália Correia
Superação 
in, O Sol nas Noites e o Luar nos Dias



Why we never feel good enough

Juan Pablo Serrano Arenas



 

 “Why do I always question whether I’m good enough for a man before I even consider if I actually like him? Even when he makes me feel insecure and anxious, I still feel emotionally drained when he doesn’t get attached to me.” 

 

This is a common trap we can all fall into: 
wanting to be impressive, attractive, interesting, accepted. 
We can even find ourselves trying to win the approval of people we wouldn’t actually want if we got them! 

Why do we look for people’s approval in this way? 
I believe it’s in huge part a result of us not having made peace with ourselves. 
We haven’t accepted ourselves as worthy of love, so we go looking for someone to make us feel we are worthy, or perhaps even more deeply, to prove what we suspect is true already: that we are not.

To take a brief-but-related tangent, I’ll share with you a story:
 
Kate grew up in a highly conservative household, and then proceeded to “rebel” (as she put it) in her 20s by having two one-night stands. Years later, she would find herself in a relationship, where, upon speaking about their dating histories, she shared this information. She described her boyfriend’s initial reaction as one of shock . . . he told her it felt so out of character with what he knew about her.

His response provoked a tidal wave of shame inside her. 
It was like her parents’ judgment came back to haunt her all over again. 
Interestingly, he was able to get over this detail about her past pretty quickly—not that there was anything to get over in the first place—by exploring where his reaction came from and seeing his overreaction. But it didn’t matter. His reaction awakened something in her she couldn’t seem to shake. She found herself wishing she could erase the past, even asking herself: 
“Am I a horrible person?”

The truth is, the voice of her parents had been internalized a long time ago as a voice of shame she used to berate herself. Her boyfriend’s initial reaction wasn’t the problem . . . it was that it validated a fear she already had about herself: that it was unacceptable for her to step outside the lines, and that her having done so made her unlovable. 

 
Because she hadn’t fully acknowledged and accepted herself in all her wonderful complexity, she was looking for this acceptance and approval outside of herself. 

She still needed to learn that those one-night stands didn’t make her bad. 
They were simply the result of a part of her that was trying to get a need met—maybe independence, freedom, full expression, spontaneity, or sexuality. 

These are wonderful things, by the way! 
And those parts of her still exist today, even if she meets them in ways that suit her better in this chapter of her life. Those parts of her don’t deserve shame, but love. And acceptance. 

 

This is the kind of love and acceptance I do not believe Agatha (who asked the original question above) is giving herself, which is why she is seeking the approval of everyone else. 
When there are major parts of ourselves we haven’t accepted, we go out into the world looking for someone who will tell us we’re OK—that we are a good person, desirable, and worthy.

 
We need to accept the good, the bad, and the sometimes-ugly parts of us. 
We also have to accept that our best still won’t be good enough for a lot of people, just as my best basketball skills will never be good enough for the NBA. And that’s OK. 
But our best has to be enough for us, because it’s unreasonable to expect any more of ourselves. 

 

Acceptance is: 
“I’m in control of doing my best, and anyone my best isn’t good enough for isn’t for me. 
That’s all I need to know.”

 
If you operate from that place, you’re at peace. 
You’re no longer comparing yourself to someone who’s better-looking, younger, more charismatic. 
You also realize that the person who’s meant to be with you will be happy with your best—not the fake best you may try to construct to impress them in the beginning, as you contort yourself into what you think they want—but your actual, everyday best. 

This brings about a kind of peace, and a kind of presence. 
We start wanting the best for ourselves. 
It is from this place that we can simply ask ourselves: 
“Who accepts me and treats me the way I deserve to be treated—the way I accept and treat myself?”


This is true discernment, which self-acceptance makes possible. 
Because she hadn’t accepted herself, she wasn’t able to be discerning. 
Her priority wasn’t finding someone who was good for her, but someone who made her feel she was “good enough,” which invariably gives everyone, including the bad types, too much power over her.

Remember, you only need to be good enough for you, which is something only you can measure, because only you know what you’ve had to deal with to get here, what has made you who you are . . . and when it comes to finding a partner, your job is to find someone who appreciates that.



Key Takeaways
  • We can’t truly be ourselves in a relationship until we’ve made peace with who we are—with the facets of our personality that comprise the whole.
  • When we haven’t made peace with all of us, we start to look for external validation instead of giving it to ourselves. This gives people too much power, and stops us from being discerning about whether we are making good choices.
  • Your best has to be enough for you. And anyone your best isn’t enough for isn’t for you. When it comes to finding a partner, your job is to find someone who appreciates who you are, not who you wish you were.




What About You?
  1. What have you struggled to accept about yourself? 
  2. What do you keep beating yourself up about from the past? Which parts of you do you keep hiding or rejecting? 
  3. How could you start to show these parts of you more compassion, starting today?



Matthew Hussey



quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Aniversário






Eu percebo: como estou me tornando
mais incerto, confuso,
dissolvendo-me no ar
cotidiano, bruto
pedaço de mim, desgastado
e em frangalhos.

Eu compreendo: vivi
mais um ano, e isso é muito duro.
Pulsar o coração todos os dias
quase cem vezes por minuto!

Viver um ano requer
morrer muito muitas vezes.


Ángel González




Meditação XVII





Nunc lento sonitu dicunt, morieris. 
Now, this Bell tolling softly for another, says to me, Thou must die.




 Talvez aquele 
para quem estes sinos dobram 
esteja tão doente que 
ele nem sequer sabe que 
dobram por ele. 


E talvez eu possa me achar muito melhor do que sou, como fazem aqueles que me rodeiam, e ao ver o meu estado podem tê-lo feito dobrar por mim, e eu nem saiba disso. 

A Igreja é católica, universal, e assim são todas as suas ações; tudo o que ela faz pertence a todos. Quando batiza uma criança, esta ação diz respeito a mim, pois esta criança é ligada a essa cabeça que também é a minha, enxertada neste corpo do qual sou um membro. 
E quando a Igreja enterra um homem, esta ação também me diz respeito; toda a humanidade provém de um autor, e forma um único livro; quando um homem morre, um capítulo não é arrancado do livro mas traduzido para uma linguagem melhor, e cada capítulo deve ser assim traduzido; Deus emprega inúmeros tradutores; algumas peças são traduzidas pela idade, algumas pela doença, algumas pela guerra, algumas pela justiça, mas a mão de Deus está em cada tradução, e sua mão reunirá outra vez todas as nossas folhas espalhadas formando a biblioteca onde cada livro deverá permanecer aberto aos outros, da mesma maneira que, quando o sino toca chamando para o sermão, não exorta apenas o pregador mas também toda a congregação; nos chama a todos, e ainda mais a mim, que sou trazido para perto da porta por esta doença.

Houve uma disputa e mesmo um processo (onde se misturaram piedade e dignidade, religião e opinião) sobre qual ordem religiosa deveria tocar primeiro chamando para as orações no início da manhã, e foi determinado que tocaria primeiro aquela que acordou mais cedo. Se entendermos bem a dignidade deste sino, dessas badaladas para a nossa oração da noite, ficaríamos felizes tornando-as nossas, madrugando, nessa aplicação, que poderia ser nossa e também sua, como de fato é. 

O sino toca por ele, e pelas coisas que fez; e embora intermitente, ainda nesse minuto, como no momento em que tocou sobre ele, ele já está unido a Deus. 
Quem não levanta seu olhar para o sol quando ele nasce? 
Mas quem tira o olho de um cometa quando irrompe no céu? 
Quem não inclina seu ouvido a qualquer sino, que toca em qualquer ocasião? 
Mas quem pode removê-lo desse sino no momento em que um pedaço de si próprio está passando para fora deste mundo?

Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório, ou perdido o solar de um amigo teu, ou o teu próprio. A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso, nunca mandes perguntar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.

Nem podemos chamar isso de mendicância de miséria, ou empréstimo de miséria, como se não fossemos nós mesmos suficientemente miseráveis, mas precisássemos buscar mais na casa ao lado e tomar para nós a miséria dos nossos vizinhos. Na verdade esta seria uma cobiça desculpável, se o fizéssemos, pois a desgraça é um tesouro do qual poucos homens têm o suficiente. 

Nenhum homem tem desgraças o suficiente, eles não são amadurecidos e aprimorados por elas, e apelam a Deus por essa aflição. Se um homem levar um tesouro em ouro maciço ou em barras, mas não tiver algum cunhado em moeda atual, seu tesouro não vai custeá-lo durante sua viagem. 
A atribulação é tesouro em sua natureza, mas não é moeda corrente em seu uso, exceto se ficarmos mais próximos e mais próximos de nossa moradia, o céu, por meio dela. 

Uma outra pessoa pode estar doente também, à beira da morte, e esta aflição pode estar em suas entranhas, como o ouro numa mina, e não ser de uso para ela; mas este sino que me conta sobre a sua aflição, desenterra este ouro e aplica-o em mim: se por esta consideração sobre o perigo que outro corre, tomo o meu próprio em contemplação, me asseguro a mim mesmo e faço o meu recurso a meu Deus, que é a nossa única segurança.


ORIGINAL: 
PERCHANCE he for whom this bell tolls may be so ill, as that he knows not it tolls for him; and perchance I may think myself so much better than I am, as that they who are about me, and see my state, may have caused it to toll for me, and I know not that. The church is Catholic, universal, so are all her actions; all that she does belongs to all. When she baptizes a child, that action concerns me; for that child is thereby connected to that head which is my head too, and ingrafted into that body whereof I am a member. And when she buries a man, that action concerns me: all mankind is of one author, and is one volume; when one man dies, one chapter is not torn out of the book, but translated into a better language; and every chapter must be so translated; God employs several translators; some pieces are translated by age, some by sickness, some by war, some by justice; but God's hand is in every translation, and his hand shall bind up all our scattered leaves again, for that library where every book shall lie open to one another. As therefore the bell that rings to a sermon, calls not upon the preacher only, but upon the congregation to come, so this bell calls us all; but how much more me, who am brought so near the door by this sickness. There was a contention as far as a suit (in which both piety and dignity, religion and estimation, were mingled ), which of the religious orders should ring to prayers first in the morning; and it was determined, that they should ring first that rose earliest. If we understand aright the dignity of this bell that tolls for our evening prayer, we would be glad to make it ours by rising early, in that application, that it might be ours as well as his, whose indeed it is. The bell doth toll for him that thinks it doth; and though it intermit again, yet from that minute that that occasion wrought upon him, he is united to God. Who casts not up his eye to the sun when it rises? but who takes off his eye from a comet when that breaks out? Who bends not his ear to any bell which upon any occasion rings? but who can remove it from that bell which is passing a piece of himself out of this world? No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if a promontory were, as well as if a manor of thy friend's or of thine own were: any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee. Neither can we call this a begging of misery, or a borrowing of misery, as though we were not miserable enough of ourselves, but must fetch in more from the next house, in taking upon us the misery of our neighbours. Truly it were an excusable covetousness if we did, for affliction is a treasure, and scarce any man hath enough of it. No man hath affliction enough that is not matured and ripened by it, and made fit for God by that affliction. If a man carry treasure in bullion, or in a wedge of gold, and have none coined into current money, his treasure will not defray him as he travels. Tribulation is treasure in the nature of it, but it is not current money in the use of it, except we get nearer and nearer our home, heaven, by it. Another man may be sick too, and sick to death, and this affliction may lie in his bowels, as gold in a mine, and be of no use to him; but this bell, that tells me of his affliction, digs out and applies that gold to me: if by this consideration of another's danger I take mine own into contemplation, and so secure myself, by making my recourse to my God, who is our only security. 


John Mayra Donne
in, Devotions Upon Emergent Occasion, and severall steps in my Sicknes





domingo, 24 de novembro de 2024

Homens À Beira-Mar

 

Ersen Cira




Nada trazem consigo. As imagens
Que encontram, vão-se delas despedindo.
Nada trazem consigo, pois partiram
Sós e nus, desde sempre, e os seus caminhos
Levam só ao espaço como o vento.

Embalados no próprio movimento,
Como se andar calasse algum tormento,
O seu olhar fixou-se para sempre
Na aparição sem fim dos horizontes.

Como o animal que sente ao longe as fontes,
Tudo neles se cala pra escutar
O coração crescente da distância,
E longínqua lhes é a própria ânsia.

É-lhes longínquo o sol quando os consome,
É-lhes longínqua a noite e a sua fome,
É-lhes longínquo o próprio corpo e o traço
Que deixam pela areia, passo a passo.

Porque o calor do sol não os consome,
Porque o frio da noite não os gela,
E nem sequer lhes dói a própria fome,
E é-lhes estranho até o próprio rasto.

Nenhum jardim, nenhum olhar os prende.
Intactos nas paisagens onde chegam

Só encontram o longe que se afasta,
O apelo do silêncio que os arrasta,
As aves estrangeiras que os trespassam,
E o seu corpo é só um nó de frio
Em busca de mais mar e mais vazio.


Sophia de Mello Breyner Andresen 



Biophotons: The Light in Our Cells








There are trillions of cells that make up your body. 
For the moment I want you to think about just one. 
That one cell is incredibly busy. In just the last second there were over 100,000 chemical reactions that occurred in this cell. 

Now, step back and consider your body as a whole. 
The sheer volume of activity happening inside you at any given moment is almost incomprehensible. With so much information being processed all at once, it’s fair to ask how it all works.

The consensus in the scientific community used to focus on a mechanistic approach to explain the inner workings of your body. In this model, molecular reactions were assumed to follow a very linear formula. Essentially event A produces event B which produces event C, etc. In this theory the human body isn’t a fluid, ever-changing system but a static one, governed by a set of rigid rules where the laws of attraction and repulsion of molecular charges run the show.

In the 1970s Fritz Popp and a team of researchers at the University of Marburg started doing work with biophotons. 
Biophotons are considered ultra-weak photo emissions (UPEs). 
Popp’s work has transformed our understanding of biophotons and the role they play. 

At one point biophotons were considered byproducts of chemical reactions within our DNA. 
We now know that the biophotons emitted from our cells are highly coherent energy that may be responsible for the operation of our biological systems.  

You may have heard of a concept in nature called bioluminescence whereby an animal like a jellyfish or firefly emits light. Biophotons fall into a similar realm of bioluminescence. However, the light coming from our bodies is very faint – invisible to the naked eye – and can only be measured with powerful scientific instruments.

Research into biophotons raises some interesting possibilities. 
Russian scientist Sergey Mayburov observed a batch of eggs from fish and frogs. He found that biophotons communicate in short, synchronized, quasi-periodic bursts. Previous experiments showed that fish eggs stored in different locations were able to sync their development through the use of biophotons. This idea of non-local communication between systems suggests that the light emitted from our cells may carry information which transcends current mainstream thought about how our biological systems work.

Mayburov likens this form of communication to the way error-correcting software sends binary data over a noisy incoherent channel. The goal in Mayburov’s example is to restore the system to coherent working order and that’s important when you consider the potential for biophotons in the human body. Since all frequency carries information, it makes sense that the coherent energy from this light could organize and influence matter into a more healthy balance.

Remember, coherence refers to a highly-structured and organized frequency. 
Think of a drum circle where all the players are working in the same rhythm and beat. This music is synchronized, organized and easy on the ears. That’s coherence. 
Now, picture a few of those drummers playing at a different speed or putting an emphasis on the wrong note. This music is jumbled and much harder to understand or enjoy. That’s incoherence.

Another Russian scientist named Peter Gariaev placed DNA inside a quartz container and zapped it with a laser (a very coherent form of light). The DNA absorbed the light and stored it for up to thirty days inside a corkscrew shaped spiral in an exact blueprint of light reflecting the DNA pattern. 
Even more interesting is that the spiral of light stayed in the same place even after the quartz container and the DNA had been removed

Gariaev’s work suggests some unknown force is holding the light in place. 
One possible explanation is that the DNA is responding to an external energy field. This energy field is exchanging information with your cells in the form of light. In essence, our bodies are working as a giant antenna that is constantly sending and receiving signals from the field.

This research even suggests that all living biological systems, including us, have the exact blueprint of our physical bodies stored in a field of light. 
We don’t have to look too hard to find similar examples of this phenomenon elsewhere in nature. Experiments done years earlier with plants showed that when part of leaf was cut off, a field of light – like the one from Gariaev’s tests – still remained around the perimeter of the leaf for an extended period of time.

The work into biophotons challenges our current understanding of cellular processes. 
In the traditional Newtonian model, the chemical reactions in our cells are essentially runners in a relay race handing off pieces of information at a specific time and place just like runners pass a baton to one another. If the research into biophotons proves correct then our cells behave much more like a symphony.

Picture a conductor using his hands and wand to send cues about whether or not to be louder or quieter, faster or slower. The musicians respond with small adjustments that keep the piece flowing smoothly which cues the conductor which cues the musicians and so on. Viewed in this way, our cells have more of a symbiotic relationship to each other and with the world around them.



Biophoton Manipulation: Scientific Explanation of Energy Manipulation




According to Popp’s research, the symphony of cells in our bodies send and receive messages faster than the speed of light, which further challenges the old Newtonian model of how our bodies operate.   The pace of this interaction means it’s a quantum phenomenon and needs to be evaluated differently. Indeed, the relatively new field of information biology is built on the belief that cells are guided by some external field of information and are not exclusively regulated by molecular charges.

Now, whether or not the biophotons in our cells are responding to an energy field or something else entirely is still being investigated. However, it does appear that we have the ability to influence the light coming from our bodies.

In a recent study, eight volunteers were placed in a darkened room and asked to visualize a bright light. The participants were monitored with light detectors that picked up an aura of light particles coming from the right side of their brains.   In a sense they were enhancing light.

What does this mean? 
We know that our cells emit light and that this light is constantly sending and receiving information. We also know that we have at least some ability to affect this light. If this is true then we have access to the control center of our minds and bodies. And if we have access and influence then we have the ability to change ourselves at the most fundamental level by enhancing our light.

In our Advanced Workshops that are conducted around the world, we have actually measured significant positive changes in this invisible field of light with our participants and it seems to directly correlate with changes in their health.



Dr Joe Dispenza