quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

The most important lesson from 83,000 brain scans | Daniel Amen | TEDxOr...

O Espaço Livre

 

 



Desocupado, livre, 
sem vestígios, ao sol, 
tronco devorado pela luz, 
ondulada frescura no dorso, 
sem laços, sem raízes, desabitado. 

Conheço o tempo 
e a demora 
lenta, 
o vazio da casa na manhã, 
a manhã deserta ao sol, 
a cegueira da luz tão leve, 
o deserto simples, 
o nome prolongado e nulo. 

Estou 
no silêncio, 
na habitação do silêncio, 
no mar imaginado, 
na planura verde sussurrante, 
na seara das brisas, 
nos adeuses prolongados em ondas desfeitas, 
no vazio da terra fresca, 
no silêncio sempre novo, 
nas vozes sobre o mar, 
no sono sobre o mar. 

Estou deitado 
e alto. 
Sou a tranquilidade dos montes, 
a lenta curva das baías, 
os olhos subterrâneos da água, 
a liberdade dispersa do vento, 
a claridade de tudo. 

Escrevo sobre dunas 
silenciosamente. 
Oiço o tempo que não passa. 
Um século de frescura 
inunda-me. 
Não esperava habitar esta vasta clareira 
límpida. 
Não esperava respirar esta brisa de paz, 
de liberdade isenta, 
de morte desvelada, 
de vida renovada. 

Abraço todo o espaço na liberdade viva.


António Ramos Rosa 
in, Estou Vivo E Escrevo Sol


Resgate de fractais de alma









Somos afetados por ondas eletromagnéticas, pela poluição, pelo consumismo desenfreado, pelo excesso de informações, por condicionamentos culturais, sociais e religiosos. Sofremos o impacto do que a humanidade faz, da influência direta das pessoas com as quais convivemos e, logicamente, de nossas próprias ações

Esses impactos são percebidos em nossa saúde física, mental e emocional. Traumas, bloqueios, arrependimentos, mágoas e expectativas submergem o ser humano em um oceano de experiências complexas e conflituosas. Atualmente, compreendemos que o bem-estar e a qualidade de vida que desejamos não podem ser isolados e desenvolvidos apenas em setores. A saúde mental dependerá de relacionamentos saudáveis, o equilíbrio emocional da realização profissional e a disposição física do apoio interno, acabando com a ilusão de ser feliz ou bem-sucedido apenas em uma área da vida.

O resgate de fractais de alma (RFA) é uma terapia integrativa, com uma visão holística, que utiliza diversas ferramentas em busca do equilíbrio do interno com o externo, com a aplicação de técnicas que recuperam nossas partes machucadas, dissolvendo memórias dolorosas, dando novos significados a nossas experiências e abrindo nosso campo para a expressão de potenciais e a realização de objetivos.

Alma
A alma é um elemento que se interioriza e interpenetra todas as camadas do ser humano. E, ao mesmo tempo, expande-se e vai além daquilo que consideramos como corpo físico. Alma é aquilo que “anima”, que gera o movimento da vida.

Da mesma forma que a mente não está localizada no cérebro, a alma não se aloja no peito. Assim como a mente, a alma se expressa através do físico, mas ambas não se limitam e não são controladas por sistemas fisiológicos. A mente beneficia-se do conhecimento, do exercício lógico e de todas as experiências humanas, mas não é o grau de intelectualidade que denota o nível de saúde mental de uma pessoa. Há uma relação direta entre a forma como nos sentimos e nos expressamos e os estados da alma (alegria, tristeza, paz, felicidade, vazio…), sem que isso se limite apenas aos estados psicológicos e emocionais controlados pelas ações químicas dos hormônios. Embora nossa realidade física seja moldada pelos cincos sentidos, e por aquilo que consideramos como sexto sentido (a intuição), a alma revela-se como o sentido do bom senso, como o “órgão” do discernimento. É a alma que, passando por cima dos condicionamentos culturais e sociais, orienta cada pessoa na hora de decidir a fazer suas próprias escolhas.

O pouco que compreendemos sobre a alma, hoje, ainda se baseia muito nos conhecimentos de antigas civilizações, em concepções culturais e espirituais. No entanto, assim como acontece com aquilo que de diferentes formas concebemos como espírito, o estudo e a compreensão da alma ganha cada vez mais espaço na ciência moderna. É a espiritualidade voltando a ser um campo de estudo, livre de dogmas e preceitos religiosos, sem se prender ao pragmatismo de uma ciência ultrapassada e preconceituosa. A espiritualidade torna-se natural quando não fica enclausurada em templos. A ciência torna-se compreensível quando não fica restrita apenas nos laboratórios. A ciência da espiritualidade é alma do ser humano integral, livre e integrado ao micro e ao macrouniverso.


A dimensionalidade do ser
Podemos partir do conceito de microuniverso adentrando uma célula, que é a unidade básica do corpo humano. De uma forma simplista, a célula é uma usina de energia. Ao receber oxigênio e nutrientes, ela é capaz de gerar energia para realizar um trabalho, uma função específica de acordo com o órgão e o sistema fisiológico que ela integra.

O complexo trabalho de uma célula depende do desempenho de seus inúmeros componentes, cada qual com uma função específica e essencial para a célula e consequentemente para todo o organismo. Realmente, o trabalho no interior de uma célula funciona como numa usina. Parte da energia gerada serve para alimentar a própria usina (a célula) e a outra parte servirá para abastecer uma rede maior (o corpo). Porém, o sucesso dessa usina depende da interação com o exterior. É no espaço livre entre as células (matriz extracelular) que uma rica atividade se desenvolve, uma comunicação mais rápida e direta do que aquela que ocorre entre os próprios neurônios.

Vamos pensar agora no macrouniverso, começando com esse planeta que chamamos de Terra (embora seja composto em sua maior parte por água, assim como o corpo humano), que faz parte de um sistema composto de outros planetas, que orbitam uma estrela chamada Sol. E assim vamos expandindo, formando uma galáxia, um universo. E vai crescendo, ampliando, denotando um sistema que é uma pequena parte, que compõe uma coisa maior, e continua…

Assim como vamos expandindo para fora essa concepção do macro, podemos adentrar mais no microuniverso. Por mais que pareça contraditório, ainda continuamos expandindo “para dentro”, descobrindo novos universos interiores. Entre um quantum, um fóton, um elétron e uma supernova, a diferença é muito pequena, dependendo do sentido em que se expande, para dentro ou para fora.

Nas medicinas antigas – não só no Oriente, como também nas tradições xamânicas espalhadas pelo mundo inteiro – o ser humano sempre foi tratado dentro dessa relação entre o micro e o macrouniverso. Mesmo variando a abordagem e a compreensão em cada cultura, é notável como esses conhecimentos milenares conectam o ser humano com a terra (natureza) e o céu (fonte cósmica).

Também de acordo com a sabedoria dessas medicinas, somos constituídos em planos e camadas. Somos formados de outros corpos, sendo o corpo físico apenas uma camada e existindo outras mais sutis à nossa percepção sensorial, que são detectáveis através de sentidos extrafísicos e de aparelhos modernos. Na indagação sobre esses corpos sutis, consideremos que matéria é um estado de energia condensada, enquanto a energia pode ser vista como matéria radiante. E toda essa dimensionalidade do ser é uma extensão da própria alma.


Frequências
O Sol emite ondas que viajam longas distâncias até chegar ao planeta Terra, possibilitando as inúmeras manifestações de vida e que atingem também os outros planetas, com intensidade que varia conforme o espaço percorrido. Com relação ao corpo humano, fica fácil pensar nas vibrações do coração, bombeando sangue para todo o organismo. No entanto, todas as células emitem vibrações. Da mesma forma que a pequena pedra atirada no centro do lago gera vibrações que chegam às margens dele. Conforme a terceira lei de Newton, toda ação gera uma reação. A vibração da unidade (a célula) alcança um sistema maior (partindo do coração para todo o sistema circulatório), que reverbera pelo todo (o corpo) e também retorna para a unidade (trazendo mais oxigênio e nutrientes).

Toda vibração é realizada numa frequência, com intensidade variável. A luz solar atinge a Terra, mas sua intensidade vai variar em cada região do planeta (dependendo, é claro, da posição e de diversos outros fatores). São situações diferentes, mas que ajudam a ilustrar a relação existente entre vibração e frequência. Posso desejar para você boa sorte (uma vibração), só que por diversos motivos você não está receptivo. Por isso, a vibração que eu emiti não surtiu efeito, pois você não estava na frequência adequada.

Lembra da pedra no lago? E que o corpo humano é composto de 70% de água? Só que em vez de pedras atiramos pensamentos, sentimentos, emoções, conceitos e ideias. Nenhum ser humano é uma ilha. Mesmo que na superfície possamos parecer uma porção isolada, na profundidade estamos interligados, compondo um todo. Lembra do espaço entre as células, onde ocorre uma transmissão contínua de informações, transporte e trocas? Isso também acontece na interação humana, assim como na relação do ser humano com o meio ambiente (incluindo animais, vegetais e minerais) e o meio que o cerca (desde casas, prédios e objetos até equipamentos eletrônicos).


Sistemas operacionais
Compreender nossa realidade como uma sobreposição de camadas distribuídas em planos de diferentes densidades, a princípio pode parecer um tanto inconcebível, uma ficção ou uma simples especulação. Então vamos pensar no nosso cotidiano moderno. Mais especificamente em máquinas inteligentes que facilitam nossas tarefas diárias, no trabalho, em casa, para estudar, se distrair e até se relacionar. O computador saiu das mesas dos escritórios e adentrou o celular, o relógio, o carro. Encurtou distâncias, facilitou a comunicação e a informação, rompeu barreiras. Olhando para esses aparelhos, vemos apenas a estrutura física, a parte visível de um todo.

Apertar um botão ou tocar a tela de um celular representa apenas uma camada. Embora o que você visualiza na tela do seu celular não seja palpável, você consegue ler, assistir e até conversar com pessoas do outro lado do mundo. Há uma interação, mas essa camada visível aos sentidos (no caso, visão e audição) é o subproduto do trabalho de um sistema operacional com diversas funções. Isto é, dentro daquilo que qualquer pessoa com conhecimento básico consegue fazer com esse aparelho. Um profissional dessa área é capaz de enxergar além. Ele sabe que antes desse sistema, existe outro sistema dando suporte, e que muitos outros ainda podem ser necessários, conforme a complexidade da máquina. Quanto mais recursos e capacidade de trabalho, mais camadas serão necessárias para suportar tal desempenho.

O computador é semelhante a um ser humano, mas está longe de atingir nossa sofisticação. Se somos tão sofisticados, como fazemos tantas coisas “erradas”? Por mais que você tenha uma tecnologia avançada ao seu alcance, se não tiver conhecimento e discernimento, pouco uso fará do que dispõe, sendo capaz de causar danos aos outros e a si mesmo. Conhecemos o corpo físico, com seus órgãos e sistemas, aprendemos cada vez mais sobre nosso funcionamento e cada vez mais reconhecemos que há muito a se compreender. Sabemos sobre a profundidade da mente, adentramos o cérebro, dissecamos todo o sistema nervoso central e percebemos que existem muitos componentes físicos que se associam e refletem nossos pensamentos, sentimentos e emoções. Porém, longe estamos de atingir e mapear tudo aquilo que somos, o que nos faz reconhecer que somos mais do que aquilo que vemos e tocamos e nos mostra que aquilo que não é palpável (sentimentos, emoções e pensamentos) reflete-se no físico, mas provavelmente vai além dessa camada.

O corpo físico é como a tela de um computador, é um veículo de manifestação. Por meio do corpo e dos sentidos físicos, expressamos, realizamos e criamos uma realidade. Respiramos sem consciência e nossos órgãos internos trabalham ininterruptamente. Existe um sistema operacional cuidando dessas funções,  sendo que encontramos uma parte desse comando dentro do próprio corpo físico, através dos sistemas nervoso e endócrino. Dentro desse quadro, onde podemos nos alimentar, dormir, trabalhar, pensar e sentir, apenas 10% das funções são exercidas por meio de um controle consciente. Dando suporte para essa realidade, para os sistemas que trabalham e se manifestam nessa realidade visível, temos diversas camadas e programas que operam na faixa dos 90%, ou seja, do inconsciente. 

De uma forma bem breve, podemos colocar o consciente como nossa relação com o mundo externo através dos sentidos. E o inconsciente como tudo que se refere aos planos subjacentes ao consciente e que está além do perceptível aos sentidos físicos. Entre essas duas configurações, existe ainda o subconsciente, fazendo a ponte entre o consciente e o inconsciente.


Partes e arquivos
Se você lembrar de um acidente, em que se machucou e precisou de um certo tempo para se livrar da dor, poderá se recordar exatamente dos detalhes. A dor já passou, mas vem a sensação do sofrimento vivido. Conscientemente, você sabe que está bem e protegido, mas ao passar por uma situação semelhante, em que poderia se machucar novamente, a memória é revivida.

No seu computador, você cria arquivos e depois de utilizá-los guarda-os numa pasta ou manda-os para a lixeira. Quando a máquina começa a ficar muito cheia, você vai lá e apaga todo aquele lixo. Com o passar do tempo, isso não será suficiente, pois parte desses arquivos gera resíduos que ficam armazenados em outras camadas a que você não tem acesso. E existem aqueles arquivos que você nem chega a deletar, porque ficam guardados em pastas que você não costuma usar. Com o tempo, você até se esquece desses arquivos e dessas pastas. Se precisar, pode fazer uma busca para encontrar um arquivo que não lembra onde salvou. Em meio a tantos dados, perdem-se senhas, ocultam-se vírus, perde-se memória e compromete-se o desempenho de todo o sistema.

Nosso inconsciente armazena tudo aquilo que vivemos: nossas lutas, vitórias, derrotas, aquele momento bom esquecido, aquela desilusão aparentemente superada, aquele trauma que enterramos para fugir da dor. Nossas vivências são como mecanismos de busca. Ao comer uma fruta, rapidamente uma informação será processada, confirmando que você está comendo uma maçã. Não seria possível sentir outro sabor, pois já existe esse registro no seu sistema. Às vezes, você come uma coisa diferente que remete ao sabor de algo já experimentado. Como não tinha nada nos seus arquivos, houve uma “sugestão de busca”. Conscientemente, ao pegar uma maçã você já sabe qual será o sabor. Talvez ela esteja mais doce, suculenta ou amarga, mas a referência já estará presente, sendo facilmente identificada no seu consciente.

Em diversas ocasiões, acessamos inconscientemente sensações de momentos que já vivenciamos e então os experienciamos com uma intensidade maior. Isso porque, ao viver uma situação, dispara-se um gatilho em que são trazidas várias experiências similares. É como colocar em seu mecanismo de busca “paz” e diversas lembranças e sugestões serem alinhadas na mesma pesquisa. Infelizmente, nem sempre essas memórias são tão agradáveis ou serenas.

Você marca um encontro com um amigo e no dia previsto ele não comparece. Você decide aproveitar o passeio sozinho, mas inexplicavelmente começa a sentir uma sensação estranha, passa a se sentir para baixo. De repente, recebe uma mensagem do seu amigo explicando a ausência. E mesmo com a justificativa, persiste um sentimento de abandono. No seu inconsciente, ao viver esse momento inesperado, um gatilho foi disparado e as sensações de várias experiências de abandono se somaram. Mesmo que não se recorde mais delas, as sensações de memórias parecidas foram somatizadas. Como na vez em que esqueceram de lhe buscar na escola ou sobre aquela pessoa que não se lembrou de seu aniversário. Em todas as vezes que você se sentiu abandonado, memórias com essa emoção ficaram arquivadas no seu inconsciente e, através do subconsciente, reverberam no seu momento atual. É por isso que o consciente não consegue processar o motivo de tal carga emotiva.


Fractais de alma
Fractais são memórias com cargas emotivas. Considerando que tudo que já vivemos ainda se encontra registrado em nosso inconsciente, um fractal é uma memória que ficou presa numa situação. Na primeira vez que você se sentiu abandonado, um fractal foi gerado. Seu pai ficou de lhe pegar na escola, mas sofreu um pequeno acidente de trânsito. Sem saber, o seu subconsciente registrou o atraso como “ninguém me quer, esqueceram de mim”. Depois, ele o levou para tomar sorvete e você esqueceu, mas o que entrou no arquivo do seu inconsciente foi “abandono”. Com o tempo você esquece desse fato, mas esse fractal continua arquivado.

Ao longo da vida vivenciamos diversas situações: momentos que se repetem, momentos que são únicos, fatos agradáveis e desagradáveis. Vivemos vários personagens, conforme o lugar e a situação. Quando tudo está bem em casa, um papel é vivido, quando acontece uma briga, um novo papel se desdobra. O mesmo acontece nas situações profissionais, com cada pessoa da empresa, com cada um de seus amigos e em cada fase da vida. Com tantas vivências, com tantos amores, dissabores, ilusões e desilusões, quantos fractais geramos no decorrer de uma vida?

Um fractal de alma não é uma coisa negativa, é apenas um arquivo gerado com a memória e discernimento que você tinha disponível na época. Há vinte anos, você não tinha um celular para ligar para seu pai e, por isso, ele não pôde avisá-lo sobre o imprevisto. Hoje tudo seria diferente e você nem dependeria de ninguém para voltar para casa. Sua reação, consciente e inconsciente, foi resultado da sua consciência do momento.


O resgate de fractais
Provavelmente, você já se encontrou em uma situação em que nada fazia sentido. E sentiu-se muito mal, porque aparentemente não havia motivos para ficar desmotivado, triste ou sem ânimo. O que muitas vezes acontece é uma “referência cruzada”. Tudo que vivemos gera fractais: memórias físicas (uma queda, uma dor de dente, um machucado), memórias emotivas e sentimentais (amor, alegria, tristeza, raiva, paz, ódio), memórias de medo (traumas, fobias, imposição cultural) e memórias de padrão (crenças e condicionamentos). Ao chegar num patamar da sua vida, em que esteja, por exemplo, ganhando muito dinheiro, um fractal pode ser disparado, associado a uma crença de que “dinheiro não traz felicidade”.

A função do resgate de fractais de alma (RFA) é tirar a carga emotiva desses fractais, resgatando aquela parte que foi perdida, que ficou presa numa situação do passado. Uma parte sua ainda vive naquela experiência, como se você estivesse vivenciando aquilo agora. Quando no presente algo é disparado, tudo aquilo vem à tona e torna-se um catalisador que bloqueia determinada área da sua vida. Pensando na mecânica de nosso sistema, o RFA simplesmente desabilita esses fractais. Se para essas partes aquela situação ainda está acontecendo, isso significa que uma parcela da energia que nos alimenta é desviada para abastecer esses fractais. Não seria mais fácil apagar essas memórias? O que somos hoje é a somatória de nossas experiências, positivas e negativas. Em vez de apagá-las, basta tirar a carga emotiva, ou seja, a energia que as alimenta. Dessa maneira, você pode, por exemplo, acessar a memória das habilidades que precisou desenvolver para andar de bicicleta, sem ter que reviver as dores do aprendizado.

O resgate de fractais de alma foi idealizado pelo Prof. Arlindo Matheus Marcon Junior, fundador do IEEC (Instituto de Estudos de Expansão da Consciência), com base em sua experiência clínica e em práticas desenvolvidas em grupo ao longo dos anos, experimentando diversas técnicas e abordagens dedicadas ao estudo e pesquisa da expansão da consciência.

Com uma combinação de técnicas, entre elas o resgate de almas do xamanismo, apometria, desdobramentos múltiplos e apometria quântica, por meio do RFA podem ser tratadas questões de saúde física, psicológica e emocional, traumas do passado, dores crônicas, medos e problemas de relacionamento e realização profissional. 

O RFA pode também ser aplicado em animais e ambientes.


JP Paixão





sábado, 18 de fevereiro de 2023

Com palavras








 Com palavras me ergo em cada dia!
Com palavras lavo, nas manhãs, o rosto
e saio para a rua.
Com palavras - inaudíveis - grito 
para rasgar os risos que nos cercam.

Ah!, de palavras estamos todos cheios.
Possuímos arquivos, sabemo-las de cor 
em quatro ou cinco línguas.
Tomamo-las à noite em comprimidos 
para dormir o cansaço.

As palavras embrulham-se na língua.
As mais puras transformam-se, violáceas,
roxas de silêncio. De que servem 
asfixiadas em saliva, prisioneiras?

Possuímos, das palavras, as mais belas;
as que seivam o amor, a liberdade...
Engulo-as perguntando-me se um dia
as poderei navegar, se alguma vez 
dilatarei o pulmão que as encerra.

Atravessa-nos um rio de palavras com:
com elas eu me deito, me levanto,
e faltam-me palavras para contar...


Egito Gonçalves
in 'Antologia Poética'



Eight Erikson's Stages of Development








Erik Erikson was an ego psychologist who developed one of the most popular and influential theories of development. While his theory was impacted by psychoanalyst Sigmund Freud's work, Erikson's theory centered on psychosocial development rather than psychosexual development.

The stages that make up his theory are as follows:

Stage 1: Trust vs. Mistrust 
(Infancy from birth to 18 months) 
Stage 2: Autonomy vs. Shame and Doubt 
(Toddler years from 18 months to three years) 
Stage 3: Initiative vs. Guilt 
(Preschool years from three to five) 
Stage 4: Industry vs. Inferiority 
(Middle school years from six to 11) 
Stage 5: Identity vs. Confusion 
(Teen years from 12 to 18) 
Stage 6: Intimacy vs. Isolation 
(Young adult years from 18 to 40) 
Stage 7: Generativity vs. Stagnation 
(Middle age from 40 to 65) 
Stage 8: Integrity vs. Despair 
(Older adulthood from 65 to death)


Let's take a closer look at the background and different stages that make up Erikson's psychosocial theory.



Erikson's Stages of Psychosocial Development
Joshua Seong




Overview of Erikson's Stages of Development

So what exactly did Erikson's theory of psychosocial development entail? Much like Sigmund Freud, Erikson believed that personality developed in a series of stages.
Unlike Freud's theory of psychosexual stages, however, Erikson's theory described the impact of social experience across the whole lifespan. Erikson was interested in how social interaction and relationships played a role in the development and growth of human beings.

Erikson's theory was based on what is known as the epigenetic principle. This principle suggests that people grow in a sequence that occurs over time and in the context of a larger community.


Conflict During Each Stage
Each stage in Erikson's theory builds on the preceding stages and paves the way for following periods of development. In each stage, Erikson believed people experience a conflict that serves as a turning point in development.

In Erikson's view, these conflicts are centered on either developing a psychological quality or failing to develop that quality. During these times, the potential for personal growth is high but so is the potential for failure.

If people successfully deal with the conflict, they emerge from the stage with psychological strengths that will serve them well for the rest of their lives.3 If they fail to deal effectively with these conflicts, they may not develop the essential skills needed for a strong sense of self.


Mastery Leads to Ego Strength
Erikson also believed that a sense of competence motivates behaviors and actions. Each stage in Erikson's theory is concerned with becoming competent in an area of life.

If the stage is handled well, the person will feel a sense of mastery, which is sometimes referred to as ego strength or ego quality. If the stage is managed poorly, the person will emerge with a sense of inadequacy in that aspect of development.






Stage 1: Trust vs. Mistrust
The first stage of Erikson's theory of psychosocial development occurs between birth and 1 year of age and is the most fundamental stage in life. Because an infant is utterly dependent, developing trust is based on the dependability and quality of the child's caregivers.

At this point in development, the child is utterly dependent upon adult caregivers for everything they need to survive including food, love, warmth, safety, and nurturing. If a caregiver fails to provide adequate care and love, the child will come to feel that they cannot trust or depend upon the adults in their life.

Outcomes
If a child successfully develops trust, the child will feel safe and secure in the world.2 Caregivers who are inconsistent, emotionally unavailable, or rejecting contribute to feelings of mistrust in the children under their care. Failure to develop trust will result in fear and a belief that the world is inconsistent and unpredictable.

During the first stage of psychosocial development, children develop a sense of trust when caregivers provide reliability, care, and affection. A lack of this will lead to mistrust.

No child is going to develop a sense of 100% trust or 100% doubt. Erikson believed that successful development was all about striking a balance between the two opposing sides. When this happens, children acquire hope, which Erikson described as an openness to experience tempered by some wariness that danger may be present.

Subsequent work by researchers including John Bowlby and Mary Ainsworth demonstrated the importance of trust in forming healthy attachments during childhood and adulthood.


Stage 2: Autonomy vs. Shame and Doubt
The second stage of Erikson's theory of psychosocial development takes place during early childhood and is focused on children developing a greater sense of personal control.

The Role of Independence
At this point in development, children are just starting to gain a little independence. They are starting to perform basic actions on their own and making simple decisions about what they prefer. By allowing kids to make choices and gain control, parents and caregivers can help children develop a sense of autonomy.2

Potty Training
The essential theme of this stage is that children need to develop a sense of personal control over physical skills and a sense of independence. Potty training plays an important role in helping children develop this sense of autonomy.

Like Freud, Erikson believed that toilet training was a vital part of this process. However, Erikson's reasoning was quite different than that of Freud's. Erikson believed that learning to control one's bodily functions leads to a feeling of control and a sense of independence. Other important events include gaining more control over food choices, toy preferences, and clothing selection.

Outcomes
Children who struggle and who are shamed for their accidents may be left without a sense of personal control. Success during this stage of psychosocial development leads to feelings of autonomy; failure results in feelings of shame and doubt.

Finding Balance
Children who successfully complete this stage feel secure and confident, while those who do not are left with a sense of inadequacy and self-doubt. Erikson believed that achieving a balance between autonomy and shame and doubt would lead to will, which is the belief that children can act with intention, within reason and limits.


Stage 3: Initiative vs. Guilt
The third stage of psychosocial development takes place during the preschool years. At this point in psychosocial development, children begin to assert their power and control over the world through directing play and other social interactions.

Children who are successful at this stage feel capable and able to lead others. Those who fail to acquire these skills are left with a sense of guilt, self-doubt, and lack of initiative.

Outcomes
The major theme of the third stage of psychosocial development is that children need to begin asserting control and power over the environment. Success in this stage leads to a sense of purpose. Children who try to exert too much power experience disapproval, resulting in a sense of guilt.

When an ideal balance of individual initiative and a willingness to work with others is achieved, the ego quality known as purpose emerges.


Stage 4: Industry vs. Inferiority
The fourth psychosocial stage takes place during the early school years from approximately ages 5 to 11. Through social interactions, children begin to develop a sense of pride in their accomplishments and abilities.

Children need to cope with new social and academic demands. Success leads to a sense of competence, while failure results in feelings of inferiority.

Outcomes
Children who are encouraged and commended by parents and teachers develop a feeling of competence and belief in their skills. Those who receive little or no encouragement from parents, teachers, or peers will doubt their abilities to be successful.

Successfully finding a balance at this stage of psychosocial development leads to the strength known as competence, in which children develop a belief in their abilities to handle the tasks set before them.


Stage 5: Identity vs. Confusion
The fifth psychosocial stage takes place during the often turbulent teenage years. This stage plays an essential role in developing a sense of personal identity which will continue to influence behavior and development for the rest of a person's life. Teens need to develop a sense of self and personal identity. Success leads to an ability to stay true to yourself, while failure leads to role confusion and a weak sense of self.

During adolescence, children explore their independence and develop a sense of self.2 Those who receive proper encouragement and reinforcement through personal exploration will emerge from this stage with a strong sense of self and feelings of independence and control. Those who remain unsure of their beliefs and desires will feel insecure and confused about themselves and the future.

What Is Identity?
When psychologists talk about identity, they are referring to all of the beliefs, ideals, and values that help shape and guide a person's behavior. Completing this stage successfully leads to fidelity, which Erikson described as an ability to live by society's standards and expectations.

While Erikson believed that each stage of psychosocial development was important, he placed a particular emphasis on the development of ego identity. Ego identity is the conscious sense of self that we develop through social interaction and becomes a central focus during the identity versus confusion stage of psychosocial development.

According to Erikson, our ego identity constantly changes due to new experiences and information we acquire in our daily interactions with others. As we have new experiences, we also take on challenges that can help or hinder the development of identity.

Why Identity Is Important
Our personal identity gives each of us an integrated and cohesive sense of self that endures through our lives. Our sense of personal identity is shaped by our experiences and interactions with others, and it is this identity that helps guide our actions, beliefs, and behaviors as we age.


Stage 6: Intimacy vs. Isolation
Young adults need to form intimate, loving relationships with other people. Success leads to strong relationships, while failure results in loneliness and isolation. This stage covers the period of early adulthood when people are exploring personal relationships.2

Erikson believed it was vital that people develop close, committed relationships with other people. Those who are successful at this step will form relationships that are enduring and secure.

Building On Earlier Stages
Remember that each step builds on skills learned in previous steps. Erikson believed that a strong sense of personal identity was important for developing intimate relationships. Studies have demonstrated that those with a poor sense of self tend to have less committed relationships and are more likely to struggler with emotional isolation, loneliness, and depression.

Successful resolution of this stage results in the virtue known as love. It is marked by the ability to form lasting, meaningful relationships with other people.


Stage 7: Generativity vs. Stagnation
Adults need to create or nurture things that will outlast them, often by having children or creating a positive change that benefits other people. Success leads to feelings of usefulness and accomplishment, while failure results in shallow involvement in the world.

During adulthood, we continue to build our lives, focusing on our career and family. Those who are successful during this phase will feel that they are contributing to the world by being active in their home and community.2 Those who fail to attain this skill will feel unproductive and uninvolved in the world.

Care is the virtue achieved when this stage is handled successfully. Being proud of your accomplishments, watching your children grow into adults, and developing a sense of unity with your life partner are important accomplishments of this stage.


Stage 8: Integrity vs. Despair
The final psychosocial stage occurs during old age and is focused on reflecting back on life.2 At this point in development, people look back on the events of their lives and determine if they are happy with the life that they lived or if they regret the things they did or didn't do.

Erikson's theory differed from many others because it addressed development throughout the entire lifespan, including old age. Older adults need to look back on life and feel a sense of fulfillment. Success at this stage leads to feelings of wisdom, while failure results in regret, bitterness, and despair.

At this stage, people reflect back on the events of their lives and take stock. Those who look back on a life they feel was well-lived will feel satisfied and ready to face the end of their lives with a sense of peace. Those who look back and only feel regret will instead feel fearful that their lives will end without accomplishing the things they feel they should have.​

Outcomes
Those who are unsuccessful during this stage will feel that their life has been wasted and may experience many regrets. The person will be left with feelings of bitterness and despair.

Those who feel proud of their accomplishments will feel a sense of integrity. Successfully completing this phase means looking back with few regrets and a general feeling of satisfaction. These individuals will attain wisdom, even when confronting death.





Strengths and Weaknesses of Erikson's Theory
Erikson's theory also has its limitations and attracts valid criticisms. What kinds of experiences are necessary to successfully complete each stage? How does a person move from one stage to the next?

Criticism
One major weakness of psychosocial theory is that the exact mechanisms for resolving conflicts and moving from one stage to the next are not well described or developed. The theory fails to detail exactly what type of experiences are necessary at each stage in order to successfully resolve the conflicts and move to the next stage.

Support
One of the strengths of psychosocial theory is that it provides a broad framework from which to view development throughout the entire lifespan. It also allows us to emphasize the social nature of human beings and the important influence that social relationships have on development.

Researchers have found evidence supporting Erikson's ideas about identity and have further identified different sub-stages of identity formation.4 Some research also suggests that people who form strong personal identities during adolescence are better capable of forming intimate relationships during early adulthood. Other research suggests, however, that identity formation and development continues well into adulthood.



Why Was Erikson's Theory Important?
The theory was significant because it addressed development throughout a person's life, not just during childhood. It also stressed the importance of social relationships in shaping personality and growth at each point in development.

It is important to remember that the psychosocial stages are just one theory of personality development. Some research may support certain aspects of this theoretical framework, but that does not mean that every aspect of the theory is supported by evidence. The theory can, however, be a helpful way to think about some of the different conflicts and challenges that people may face as they go through life.

It is also easy to look at each stage of Erikson's theory and consider how it can apply to your life. Learning about each stage can provide insight into what you might face as you age. It can also help you reflect on things that may have happened in the past and help you see ways you might be able to improve your coping skills to better deal with today's challenges.


Kendra Cherry


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Louise Glück’s poem “Gratitude”





Gratitude

Do not think I am not grateful for your small
kindness to me.
I like small kindnesses.
In fact I actually prefer them to the more
substantial kindness, that is always eying you
like a large animal on a rug,
until your whole life reduces
to nothing but waking up morning after morning
cramped, and the bright sun shining on its tusks.



The speaker ingeniously sends at least three messages at once. 
First, “I don’t go for conventional expressions of gratitude, but that doesn’t mean I don’t appreciate what you’ve done for me.” 
Second, “However, even these small acts of kindness agitate me, so,” 
Third, “I’m warning you not to try anything more ambitious.” 

Here, kindness is perceived as a camouflaged demand, its motive perhaps hidden from the giver of favors. The giver’s unknowingness may be what most irritates the speaker.

Both the suspicion of kindness and the discomfort of exposure are familiar to most of us. 
But why do we have issues with kindness in the first place – with this capability Marcus Aurelius called “mankind’s greatest delight”?

Insofar as the speaker won’t say “thank you” and let it go at that, “Gratitude” dramatizes a very particular act of unkindness paid in the currency of its sharp tone to a potentially sinister beast. 
But does the speaker have obscure motives, too?

I thought of “Gratitude” while reading On Kindness by psychoanalyst Adam Phillips and historian Barbara Taylor. By book’s end, an additional facet had emerged in my sense of the poem.

On Kindness argues that “the kind life – the life lived in instinctive sympathetic identification with the vulnerabilities and attractions of others – is the life we are more inclined to live, and indeed is the one we are often living without letting ourselves know that this is what we are doing … Kindness — not sexuality, not violence, not money – has become our forbidden pleasure … Once we allow it as a pleasure, it makes us more porous, less insulated and separated from others.”

This prescription may sound like sentimentalism. 
But after stating its thesis, On Kindness goes on to examine why it is so difficult for us to “allow it as a pleasure” and to enact kindnesses that don’t turn into large animals with tusks. 
As the authors say, “Sentimentality is cruelty by other means.” (So, if the poem’s speaker has detected sentimentality in the small kindness, the sharp tone may be a defense against the embedded cruelty. 
On the other hand, the speaker may simply be a bad sport.)

Drawing mainly on Freud and Winnicott, Phillips focuses largely on early childhood experiences of kindness. As infants we ensure our safety and satisfy our needs by pleasing and showing kindness to (ie., bribing) parents, thus reinforcing our dependence. But as we grow up, a too radical independence may entail a rejection of kindness stained with the pain of dependency. 

Phillips puts it this way:

“On the one hand the child has to be weaned from her tendency toward self-reliance, from her belief that she can satisfy herself, and that everything she needs comes from herself … On the other hand, the child has to be weaned from her absolute dependence on her mother for her survival and well-being. The child, and the adult she will become, has to renounce her wishful world of fantasy in order to be nourished by reality … the acknowledgement that other people have what we need and that their well-being matters to us.”
Kindnesses are extended throughout the struggle – along with a series of disgusts. 
The frustrated child hates the parent. But later, if we’ve survived childhood more or less intact, we may find “genuine kindness … can accommodate hostility and aggression … hatred that is lived through without severing the relationship.”

Sometimes the situation is much more difficult. 

“Too much kindness is a sabotour of development, of fully formed independence,” says Phillips. But also, “Parents who recruit the child to save themselves, who punish the child when he cannot make the world a good place for them, may destroy the child’s belief in kindness.”

Taylor’s contribution deals with the philosophical and social histories of kindness, from the Stoics through Augustine and the Reformation to Malthus, where kindness as “enlightened self-interest” takes hold as we know it today – with the “radical benevolence” of Rousseau as its antidote. 

Unfortunately, one must abide cant like “Capitalism is no system for the kindhearted” and “Free markets erode the societies that harbor them,” phrasing unworthy of an otherwise stimulating set of five speculating essays.

I’ll read anything Adam Phillips writes. 
The synopses above fail to capture his ability to express the feel of a mind stepping around the traps it sets for itself. 

“Whatever else it is,” he writes, “psychoanalysis is an account of how and why modern people are so frightened of each other. What Freud called our defenses are the ways we protect ourselves from our desires, which are also our relations with others.”

That brings me back to “Gratitude.” 
If it is true that inside my aggressiveness and active neglect lives a desire for intimacy, then the one I protect myself from is the one I desire. 

The authors write, 
“There is not going to be any consensus inside us about what we want and what we need; there is only going to be a coexistence of competing claims, the conflict of rival pleasures.” 

I may be wary of your small and large kindnesses, and my wariness may be warranted – but I’m also in danger of missing another opportunity for intimacy. Kindness is a demand in that it expresses a desire, but it’s also an offer.

I think this is the pleasure of “Gratitude” – that familiar experience of intimacy hanging in the balance. Louise Glück’s poem embodies a wish for intimacy with its reader by precluding the potential for too much kindness. As Phillips puts it, “Kindness should not be an obstacle to intimacy.”

One could say On Kindness embodies the type of kindness it recommends. 
If it were too kind to us, it would formulate the steps to achieving the right kind of kindness. 
Instead, it makes us work and wonder.

As Phillips says, 

“Unkindness, lack of regard and of consideration, is a precondition for what Freud refers to [in ‘On the Universal Tendency to Debasement in the Sphere of Love,’ 1912] as ‘psychical potency’ in love.”


Or, as Nick Lowe puts it —

“Cruel to be kind, in the right measure,
Cruel to be kind, it’s a very good sign,
Cruel to be kind, means that I love you,
Baby (you gotta be cruel)
You gotta be cruel to be kind”






Robert Giroux, Roger Williams Straus Jr., John C. Farrar
in, Farrar, Straus & Giroux 



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Às vezes


Umberto Shaw







 Às vezes sentimos que o tempo chegou ao fim, que 
as portas se estão a fechar por trás de nós, que já nenhum ruído 
de passos nos segue; e temos medo de nos voltar, de dar 
de frente com essa sombra que não sabíamos que nos 
perseguia, como se ela não andasse sempre atrás de nós,
e não fosse a nossa mais fiel companheira. Às vezes,
em tudo o que nos rodeia, encontramos essa impressão de
que não sabemos onde estamos, como se o caminho para 
aqui não tivesse sido o mesmo, desde sempre, e tudo 
devesse ser-nos, pelo menos, familiar. A solução é pegar 
no fim e metê-lo à boca, como se fosse uma pastilha 
elástica, derreter o sabor que o envolve, por amargo 
que seja, e no fim pegar nesse resto que ficou e, tal 
como se faz à pastilha elástica, deitá-lo fora. Para 
que queremos nós o nosso próprio fim? Já bastou 
tê-lo saboreado, derretido na boca, sentido o seu 
amargo sabor. Então, libertos do nosso fim, veremos 
que as portas se voltarão a abrir, que a gente continua 
a andar à nossa volta, que a sombra já não nos mete medo,
e que se nos voltarmos teremos pela frente o rosto 
desejado, o amor, a vida de que o fim nos queria ter privado.


Nuno Júdice


Perder-me...para me encontrar







Se não estamos preparados para nos perdermos, 
não estamos disponíveis para nos encontrarmos.

 


Para quem já deu alguns passos na viagem espiritual de busca de si mesmo, sabe bem o que significa esta frase. 
Fosse por sua própria iniciativa, fosse por convite da vida, são pessoas que já se permitiram passar por uma enorme desconstrução de velhas crenças, valores, ideias e apegos emocionais e estão já disponíveis para a construção de um Novo Eu. 

Quem ainda vive agarrado às velhas roupas karmicas, preso a disfuncionais e tóxicos padrões de vida, não está preparado para se despir, estendendo assim o seu próprio sofrimento e de quem o rodeia.

Mais cedo ou mais tarde, a roda da vida movimenta-se e aplica o princípio da morte e do renascimento. Seja esse processo consciente ou inconsciente, algures nesta ou numa vida futura, e para que o processo de evolução aconteça, teremos que morrer para as velhas formas e permitirmo-nos renascer para umas novas.

O colete de forças que trazemos connosco não é fácil de usar pois condiciona-nos a dois movimentos opostos:
  • Metade de nós, o velho ego da resistência, ainda quer a zona de conforto, o "seguro", o previsível e controlável (assim acreditamos). 
  • A outra metade, a Alma, nasce aventureira, sempre pronta para seguir em frente e desbravar novos caminhos. 

Obviamente que por escolha ninguém quer ficar para trás. 
Ou sequer assumir que está a escolher a resistência. 
Mas evoluir tem vários preços altos que nem todos estão à altura de pagar tal como passar pelo processo de morte e renascimento, fazer o desapego de pessoas, crenças e bens que nos impedem de evoluir, assumir a responsabilidade pela própria viagem, pela cura das próprias feridas e pelo resgate dos próprios dons. 

  • Evoluir implica coragem, coração aberto, uma fé inabalável e não raras vezes, caminhar sozinho. 
  • Evoluir exige humildade, consciência, responsabilidade pessoal.

É um grau de mestre e por isso temos tão poucas referências quando olhamos para a humanidade, embora não seja impossível e é para isso que cá estamos.
 

Se não estamos preparados para nos perdermos, 
não estamos disponíveis para nos encontrarmos. 
Que este mantra te acompanhe 
e te inspire no teu dia a dia e ao longo da tua vida.




Vera Luz




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Relato sentimental da memória


Alexei Bednij




 Amor e tempo é um conflito
que se resolve sempre com dor e esquecimento.
Porque compreender não quer dizer amar,
mas afastar-se mais: já o suspeitava
há muitos anos, quando ainda exercia arquitectura.
Aprendo tudo de novo.
Agora preciso apenas de lealdade
a alguma coisa vaga e solitária,
dura como uma rocha no meio do mar.
Às vezes a mente dos velhos
engrena com fúria a sua lógica.
Vejam-na deambular pelas suas memórias:
percorre uma costa desolada,
porque compreender não quer dizer amar,
mas afastar-se mais. Aprendo tudo de novo.


Joan Margarit



Jean Klein - Observe e Não Faça Nada

The "Planets And Psyche"







Planets And Psyche 
shows the relationship between 
the planets in our solar system 
and our psyche.


Planets And Psyche covers the 10 planets, the Lunar Nodes, and Chiron. According to this framework, the planets build on each other’s expression, according to their distance from the Sun.



The Personal Planets  
Sun, Moon, Mercury, Venus, Mars

SUN AND MOON: We start with the Sun and the Moon. The Sun and the Moon are our identity – the Sun is the creative, initiating, YANG identity, and Moon is the receptive, manifesting, YIN identity. We are 50% our Sun, 50% our Moon. Sun and Moon are our identity.

MERCURY: After the Sun and the Moon comes Mercury. Mercury is how we express our Identity (Sun and Moon) and how we interact with the world. These interactions are internalized through language and thinking processes. Mercury is our thoughts.

VENUS: After Mercury comes Venus. Venus is the emotional value we place on our Mercurial input/output. Not all information carries the same weight. Not all Mercury sensorial input is relevant.

We don’t have to remember every single conversation or what we have for breakfast. You will however remember that excellent local dessert or that coffee that had spoiled milk and got you sick. Venus gets to decide what’s relevant and what’s not. Venus is our feelings.

MARS: Next comes Mars. Once we’ve become aware of what’s important to us (Venus), we then take action to fulfill our emotional, subjective desires. If we like (Venus) strawberries, we buy (Mars) strawberries from the supermarket. If we find someone attractive (Venus) we try to get their attention (Mars). Mars is our actions.



The Social Planets – Jupiter and Saturn

JUPITER: After we take action (Mars) according to our wants and desires we get feedback from society (Jupiter). Jupiter is the code of norms and behaviors that are ‘acceptable’ or desirable from a societal standpoint.

Within our psyche, Jupiter is expressed through our beliefs (religious, political beliefs, etc.) i.e. those norms and codes of conduct that we think will help us succeed in life. Jupiter is our beliefs.

SATURN: If we live by our Jupiter beliefs, we will eventually get to reap our Saturn results. If Jupiter, with its unwritten norms and codes of conduct, is the subjective expression of society, Saturn, with its rules and regulations, is the objective, concrete expression of society.

If we live by the rules of society, we get a diploma, we get a job, we have a family, we buy a house, etc. Saturn is our results.



The Planets And Psyche Model
Sun/Moon → Mercury → Venus → Mars → Jupiter → Saturn

Identity → Thoughts → Feelings → Actions → Beliefs → Results

When we look at the planets through the Planets And Psyche lens, we see how these planetary qualities build on each other, which in turn helps us understand where we are ‘stuck’ in our developmental process.

If we have communication problems (Mercury) is perhaps because we don’t know who we are (Sun and Moon). If we don’t get what we want (Mars) is perhaps because we don’t know what we want (Venus).

If we can’t get a job (Saturn) is because we don’t have sound beliefs or support groups (Jupiter) to guide us. Or the issue may be way down the line: we don’t get a job because we don’t send resumes (Mars), or because we don’t know what kind of jobs we like (Venus), or because we don’t know who we are and what makes us special (Sun and Moon).



The Outer Planets – Uranus, Neptune, Pluto

We can’t understand Jupiter and Saturn if we don’t make sense of Mars and Venus first, and we can’t understand Uranus, Neptune, and Pluto until we understand Jupiter and Saturn.

While personal planes (Sun, Moon, Mercury, Venus, Mars) and social planets (Jupiter and Saturn) represent conscious influences that we can integrate with relative ease within our psyche, the outer planets Uranus, Neptune, and Pluto represent collective influences that are beyond our conscious control.

Uranus, Neptune, and Pluto manifest as fated events and influences that happen to us.

The outer planets also represent creative solutions that the universe offers us when the personal and social planets’ “tried and tested” approach no longer works.

The outer planets represent the collective unconscious – the wisdom of our ancestors – as well as the collective superconscious – or those possibilities that have not yet been manifested in the physical plane.

Uranus is the higher octave of Mercury. There is a limit to what we can understand with our limited, human (Mercury) cognition. Uranus is the meta-level of Mercury and it represents intuition, unexpected messages and downloads that seem to come from outside of our mental plane.

Neptune is the higher octave of Venus. If Venus is personal love, Neptune is universal love; we can access Neptune through dreams, art, spirituality, or devotional practices.

Pluto is the higher octave of Mars. If Mars is personal action, Pluto is collective action. We can get a glimpse of Pluto when we follow the flow of nature, for example when we surf, ski, or motor racing.



Mars And Chiron – The “Bridge” Planets

Two planets play a special role in the “Planets And Psyche” model. 
These planets are Mars and Chiron.

Mars helps us connect the personal planets with the social planets, and Chiron helps us to connect the social planets with the outer planets. Due to their strategic placement, we call Mars and Chiron “bridge” planets.

Mars is a bridge planet because it is the first planet to do a full circle around the Sun (as seen from Earth). Mars is the first planet that breaks away from the Sun, helping us move beyond the basic structure of our Ego.

When we operate from the Sun, Moon, Mercury and Venus alone, we live in a bubble. We are trapped in our ego structure, and we have difficulties relating to other people or understanding different viewpoints.

When we embrace Mars, when we take action, we burst that personal bubble and engage with society, with what’s beyond ourselves.

Chiron is the missing link between the social planets and the outer planets; its role is to help us find wholeness, so we can become receptive to the higher influences of the outer planets and discover our greatest gift.



Planets And Psyche In Practice

We can use the Planets And Psyche model in a myriad of ways. 
Here are some applications:

  1. To understand the planetary archetypes at a deeper level (learning astrology)
  2. To understand our psychological processes (self-knowledge)
  3. In counseling, to get to the root cause of a problem (awareness and healing)
  4. In coaching, to offer practical solutions (mitigating change, getting results)


Let’s take an example:

If someone has relationship issues (Venus), the root cause is found by looking at the planet before Venus. That’s Mercury. Most likely, the reason why their relationships (Venus) are not working is rooted in some negative/outdated mental models (Mercury).

When we can’t express ourselves, or we don’t express ourselves authentically, (Mercury) we don’t build sound values and we don’t know what we want (Venus) – hence, our relationships are affected. When we don’t communicate effectively (Mercury) it’s hard to make ourselves likable and attract other people (Venus).

While the planet BEFORE points to the root cause of the problem, the planet AFTER comes with the solution. The planet after Venus is Mars.

While digging into one’s thoughts and mindset (Mercury) can help us understand the “why”, taking actual action (Mars) can help us overcome the Venus problem by getting out there, meeting people, or going on dates – basically taking Mars action.

The Venus sign, house placement, and the aspects Venus makes with other planets will give further clues about one’s relationship profile and particular challenges and opportunities.



Astro Butterfly