quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Lua Nova...venha ela!


Amanhã dia 30 de Janeiro, temos mais uma Lua Nova a 10º 55` de Aquário às 21h40.

A Lua Nova é um inicio de um novo ciclo com forte concentração de energia, mas essa energia precisa da nossa participação, do nosso foco e intenção para ter poder.
Aproveitando o sextil que esta Lua Nova faz a Urano em Carneiro( meu Ascendente,) é boa altura para arregaçar as mangas e fazer as mudanças inevitáveis que tenho vindo a adiar....

Como diz a música..." Muda de vida..se não estás satisfeito, muda de vida...estás sempre a tempo de mudar..."
Atreve-te a mudar!

Não vou gastar mais tempo e energia a reclamar do que está mal, e depois continuar de braços cruzados sem nada fazer para alterar a minha realidade.

É a minha vida e ninguém mais pode fazer isso por mim.
Amanhã é dia de lançar novas sementes, e de plantar novas intenções, e de resgatar o meu poder interior e co-criar a vida que tanto desejo e mereço!
E no Sábado, lanço-me aos Lobos, sem medo!
Espero voltar de lá a liderar a Matilha...

Agnes Obel - The Curse (Official Video)

..........cansado


“Não estou cansado.
Estou apenas a querer descansar.
O cansaço acontece quando não estou a fazer nada do que gostaria de estar a fazer, ou então quando estou a fazer o que gostaria de fazer, mas mais depressa do que era suposto.
Não é esse o caso.
Quero descansar porque o descanso é-me fundamental quando me apresto a iniciar uma nova jornada. É sempre entre duas jornadas que me remodelo e dou mais um pouco de significado a tudo aquilo com que me identifico.
Mesmo que o quisesse, não poderia fazê-lo de outra maneira.
Não fui feito para correr sem parar.
Não nasci para morrer sem viver.
A vida é uma diversão que não tenciono desperdiçar.
Por isso, descanso para poder prosseguir.
Descanso porque, enquanto o faço, valorizo o sagrado diante do imperfeito, o desvario diante da loucura, o amor diante do medo, e inicio de cada vez a nova jornada muito mais calmo e animado, mais ainda do que quando desisti para sempre do esforço de não desistir.”

José Micard Teixeira

A Alegria na Tristeza


Alegría de la tristeza
En las viejas telarañas de la tristeza
suelen caer las moscas de sartre
pero nunca las avispas de aristófanes

uno puede entristecerse
por muchas razones y sinrazones
y la mayoría de las veces sin motivo aparente
sólo porque el corazón se achica un poco
no por cobardía sino por piedad

la tristeza puede hacerse presente
con palabras claves o silencios porfiados
de todas maneras va a llegar
y hay que aprontarse a recibirla

la tristeza sobreviene a veces
ante el hambre millonaria del mundo
o frente al pozo de alma de los desalmados

el dolor por el dolor ajeno
es una constancia de estar vivo

después de todo / pese a todo
hay una alegría extraña / desbloqueada
en saber que aún podemos estar tristes

Mario Benedetti


O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

Martha Medeiros

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Cuando buscas una pareja


"Cuando buscas una pareja, ten presente que la vibración que tú creas es la vibración que vas a atraer.
Atraerás una persona que va a complementarse con esa vibración que creas.
Si buscas una pareja, debes trabajar en tu desarrollo interior y nutrir esa relación con el trabajo interior.
También se puede hacer de otra manera, la gente se casa, se divorcia, la pareja es una manifestación más de como ser consciente.
Siendo consciente quieres hacer las cosas guiado por tu intuición, no al azar.
Ahora me gusta, sale bien y si no sale bien, me busco a otra persona.
No necesitas buscar a nadie, simplemente llegará alguien a tu vida para complementarse con tu vibración, no habrá obstáculos, solo dos almas que se unen."

~ Yogi Bhajan ~

domingo, 26 de janeiro de 2014

Chama gémea



"Não se esqueçam de que os seres femininos, literalmente, trazem vida ao planeta pois a vida sai do corpo feminino."

 "A energia nos homens está estagnada porque sobe do primeiro para o segundo chakra e pára.
O centro do sentimento na vibração masculina não foi activado.
Faz parte da experiência dos últimos quatro a cinco mil anos.
A energia feminina, que sente, traz vida ao planeta e representa a criatividade, entrou em estado de submissão para dar oportunidade à vibração masculina, que não possui senti­mento, de governar o mundo. 
Nós queremos que vocês enxerguem a cena global.
Buscamos movimentos de consciência.
A energia feminina, portadora da magia e da intuição, concordou em abdicar dessas qualidades - energia feminina significando não apenas os se­res fisicamente femininos, mas a consciência feminina. Diver­sas culturas nativas que viveram na Terra e conheciam a vida possuíam características predominantemente femininas.
Não se esqueçam de que os seres femininos, literalmente, trazem vida ao planeta pois a vida sai do corpo feminino.
Os seres femininos, portanto, são portadores de sentimentos, porque não se pode trazer vida ao planeta e não sentir - a não ser que você participe do movimento patriarcal que cria drogas para embotar os sentimentos.
Quem não consegue sentir a vida, não lhe dá valor. 
Quando você sente a vida, participa da criação e traz uma vida ao mundo, lhe dá um valor muito maior porque a conheceu.
O movimento patriarcal nos últimos cinco mil anos afastou-se completamente do processo do nascimento para poder dedicar-se ao desenvolvimento de armas e ao contínuo aniquilamento dos seres humanos.
O bloqueio da energia nos homens foi propositada; em geral está estagnada no segundo chakra, ou no pênis.
As mulheres estão com um "nó na gar­ganta" porque concordaram, há quatro ou cinco mil anos, man­ter silêncio acerca da magia e da intuição que representavam e conheciam como parte da chama gémea. 
A chama gêmea con­siste na energia masculina e feminina coexistindo num só cor­po, quer seja ele fisicamente masculino ou feminino. 
A sociedade patriarcal tem sido governada pelo aspecto masculino do Eu.
Vocês todos experimentaram, através da consciência, e aprenderam o que funcionaria melhor, prepa­rando-se para a época em que as chamas, juntas, irão acender­se no vosso corpo.
Neste momento, a chama gémea não mais será procurada como um parceiro fora do Eu, mas compreen­dida como a integração dos Eus feminino e masculino e o amadurecimento de tudo aquilo que o Eu já realizou.
Depois que tiverem integrado as energias feminina e masculina dentro de vocês e activado a chama gémea, irão procurar uma pessoa que também esteja completa, não alguém que preencha uma ne­cessidade vossa, ou vice-versa.(...) 

 "Durante este período de mudança, será necessário que as mulheres desatem o "nó da garganta" e se permitam falar. 
Chegou a hora.
Para os homens, o desafio consiste em com­preender as mulheres e sentir.
Devem deixar que o sentimento entre na expressão da vossa sexualidade e dos vossos relacio­namentos.
Muitos homens estão atravessando um período de grande dificuldade em relação às mulheres.
É verdade.
O que estamos sugerindo à vibração masculina - e isso vale também para as mulheres, quando operam seu aspecto masculino - é que deixem o sentimento entrar na área da sexua­lidade.
Sintam a amplitude da emoção e não apenas a sexuali­dade física, o estímulo localizado.
Existe um estímulo emocio­nal que necessita de um compromisso emocional e de uma confiança emocional.
No campo electromagnético, este estímu­lo emocional vai abrir uma frequência dentro de vocês.
Esta frequência, que a sexualidade representa, é um remanescente da vossa divindade.
Os homens fecharam o seu centro do sentimento para serem os comandantes do planeta. 
Foram capazes de guerrear, matar e dominar o planeta por terem fechado este chakra do sentimento. 
E as mulheres concordaram em fechar o chakra da laringe, o centro da fala, para que os homens tivessem a oportunidade de comandar o sistema. 
Tudo isso agora está chegando a um ponto de equilíbrio, de estabilização, de equalização.
As mulheres começaram a abrir sua garganta há cerca de trinta anos, passando a ter a oportunidade de falar sempre. 
O problema é que muitas mulheres acabaram fechando o centro do sentimento ao abrirem o da fala. Começaram a parecer homens. 
É necessário equi­líbrio. 
A mulher agora está sentindo a necessidade de despertar o princípio feminino dentro dela.
Vive num corpo feminino e controla o uso da vibração masculina no seu interior.
Saiu para o mundo, sente-se poderosa.
Pode andar pelas ruas sem um véu a esconder-lhe o rosto e decidir se deseja, ou não, se casar.
É dona de si.
É responsável por suas próprias decisões.
Está começando a se tornar mais suave, despertando seu lado fe­minino que a nutre e vitaliza.
Ao se tornar inteira, com suas porções masculina e feminina, e se permitir vivenciar o DNA evoluído, ela transmite uma frequência.
E esta será a frequência predominante no planeta.
É inevitável que os homens abram o centro do sentimento.
É o próximo passo que precisam dar para estabelecer o equilíbrio com as mulheres.
Isto vai acontecer muito depressa para os homens." (...)

 In, Mensageiros do Amanhecer 
 – Barbara Marciniake

quatro leis da espiritualidade



Na Índia, são ensinadas “quatro leis da espiritualidade”:

A primeira diz:
"A pessoa que vem é a pessoa certa". 
Ninguém entra em nossas vidas por acaso.
Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo connosco, têm algo para nos fazer aprender e evoluir em cada situação.

 A segunda lei diz:
"Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido". 
Nada, nada absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe.
Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa..."
Ou "aconteceu que um outro ...".
Não.
O que aconteceu foi tudo o que deveria ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente.
Todas e cada uma das situações que acontecem nas nossas vidas são perfeitas.

 A terceira diz:
"Toda vez que iniciares algo é o momento certo". 
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois.
Quando estamos prontos para iniciar algo novo nas nossas vidas, é que as coisas acontecem.

 E a quarta e última afirma:
"Quando algo termina, termina". 
Simplesmente assim.
Se algo acabou nas nossas vidas é para a nossa evolução.
Por isso, é melhor sair, ir em frente e enriquecer-se com a experiência.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Etiquetas para tudo.....



Hoje, estava aqui na net a ver coisas relacionadas com dança, e encontro um site de uma Escola de Dança que anunciava aulas de Bio Tango, Bio Bança...
E fiquei aqui a pensar...

Nesta New Age, está na moda, parece bem esta coisa do Bio, do Eco e do Orgânico.
As pessoas procuram nomes que as aproximem à natureza, para parecerem mais naturais, mais limpas de alma e mais conectadas com o Universo, mas continuam a beber água engarrafada em garrafas de plástico, a usar laca para o cabelo, tampões e pensos higiénicos, entre outros exemplos...
Por esta, e por outras, é que deixei de ser vegetariana...deixou de fazer sentido.

É alucinante esta grande mentira que nos estão a fazer viver, para quem quer ser enganado, aproveitando as mentes influenciáveis e débeis para nos fazer crer que seremos mais equilibrados se praticarmos, comermos ou fizermos algo com um adjectivo natural.
Essas mesmas pessoas não passam mais do que 10 minutos com os filhos, as suas relações amorosas fracassam umas atrás das outras e as suas conversas espirituais não passam de frases feitas, ditas por pessoas que nem sequer conheceram nem conhecerão.
No entanto, praticam Yoga, são vegetarianas, e têm uma horta biológica.

Sem enganar a Alma, para mim, o mais importante para ter uma vida sã é:
Ter pensamento positivo, energia positiva, ter consciência do ritmo natural das coisas e da vida, ter consciência que fazemos parte de um todo, e ter Amor pelo nosso Corpo.
O meu corpo vai-me dizendo o que quer comer, o que quer sentir e como quer viver, sem nomes nem etiquetas...e isso sim, é ser BIO, ECO e ORGÂNICO.

O que estamos a fazer na realidade, pelo nosso Planeta, pelo nosso Corpo?
Onde está a verdadeira Liberdade de Ser, sem nomes, etiquetas e sem tantos adjectivos?

Quanto a mim, já não papo Grupos...sou tudo, e não sou nada.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O HOMEM E A MULHER


O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.

O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.

O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.

O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força.
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas.

A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublima.

O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;

Ante o sacrário ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.

Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu...


Victor Hugo

Que Deus??????


"A palavra Deus tornou-se vazia de significado ao longo de milhares de anos de utilização imprópria.
Emprego-a ocasionalmente, mas com moderação.
Considero imprópria a sua utilização por pessoas que jamais tiveram a menor ideia do reino do sagrado, da infinita imensidão contida nessa palavra, mas que a usam com grande convicção, como se soubessem do que estão falando.
Existem ainda aqueles que questionam o termo, como se soubessem o que estão discutindo.
Esse uso indevido dá origem a crenças, afirmações e delírios absurdos, tais como “o meu ou o nosso Deus é o único Deus verdadeiro, o seu Deus é falso”, ou a famosa frase de Nietzsche, “Deus está morto”.
A palavra Deus se tornou um conceito fechado.
Quando a pronunciamos, criamos uma imagem mental, talvez não mais a de um velhinho de barba branca, mas ainda uma representação mental de alguém ou de algo externo a nós e, quase inevitavelmente, alguém ou alguma coisa do sexo masculino. "

IN, O PODER DO AGORA 
Eckharte Tolle

Transformação


Tudo traz até nós a intenção de transformação.

Tal como a água serve para lavar, o calor para secar, o detergente para desengordurar, o lume para cozinhar.
O calor, a água, o detergente e o lume não são o fim em si, mas apenas agentes de transformação que irão causar um mais belo produto final.

Assim são as pessoas e os eventos que vamos atraindo.
Apenas agentes de transformação.
Por não percebermos o seu propósito inicial. e lidarmos com eles através das nossas limitadas e distorcidas crenças, acreditamos ainda que são "almas-gémeas, caras-metade, ou alguém que acreditamos ilusoriamente que nós vem trazer amor e fazer felizes para sempre".

As perdas, a desilusão, as guerras, a cobrança, as traições, os abandonos, a solidão ou até a violência não são mais do que sinais exteriores que a dita transformação ainda não ocorreu.
Não fomos ensinados a ganhar responsabilidade pela nossa energia, ou sequer que o amor é algo que se dá, que tem que nascer em nós e jorrar para fora.
Dessa crença de desvalorização, de incapacidade de nos amarmos a nós próprios, nasce a carência e a distorcida crença de que "precisamos de alguém que nos ame".

Toda a rejeição é um convite à interiorização e ao amor próprio.
Cuida desse trabalho sagrado.
Aceita e confia nessa transformação e encontrarás o teu equilibrio...

Vera Luz

¿Como elegir tu pareja para toda la vida?


1- Elige a alguien como si fueras ciego. Cierra los ojos y observa qué puedes sentir de esa persona, de su gentileza, su lealtad, su comprensión, su devoción, su habilidad para ocuparse de ti, su habilidad para cuidar de sí mismo como un ser independiente. En nuestra cultura nos basamos mucho en lo que vemos con nuestros ojos externos. Pero cuando miramos al objeto de nuestro amor, es mucho más importante lo que vemos con los ojos cerrados.

2- Elige a alguien que tenga la habilidad de aprender. Si hay algo que verdaderamente hace diferencia entre un amante para toda la vida y uno fugaz, es una persona que tenga la habilidad de aprender. Dice el refrán “el ignorante es poco tolerante”. Aquellos que no pueden aprender cosas nuevas, ver las cosas a la luz de lo nuevo, ser curiosos acerca del mundo y de cómo funcionan las cosas o las personas, a menudo se cierran y dicen. “No, esto tiene que ser así, de este modo” y para una relación de toda la vida es mejor estar con alguien que se abra y se cierre aprendiendo y evolucionando.

3- Elige a alguien que quiera ser como tú, fuerte y sensible a la vez. Para no confundir el significado de estas palabras, no relacionarlas con la rigidez y la fragilidad. La fuerza en el sentido en que es fuerte un árbol: pueden soplar fuertes vientos pero se sostendrá porque es flexible y se moverá para adelante y para atrás con el viento. Y en cuando a la sensibilidad, estoy hablando de ver, estar alerta a las cosas que están alrededor de uno. Algunas personas pueden necesitar una pequeña ayuda en esto, pero a menudo en algún en algún lugar profundo en su mente, o en su corazón, ya están despiertos y alerta a todas estas cosas, si bien no saben cómo articularlas. Y es por eso que el número 2 es tan importante: la habilidad para aprender. Puedes tener todas las posibilidades, todas las potencialidades del mundo para ser amable, amoroso, devoto, bueno y el mejor amante conocido del género humano pero si no puedes aprender a desarrollar ese potencial. ¡Entonces no sirve de nada!

4- Elige a alguien que cuando lo hieras, sienta dolor y te lo muestre. Y viceversa… elige a alguien que cuando te hiera, vea tu dolor y lo registre. Esto es muy importante. Hay muchos modos en que la gente muestra el dolor. A veces reclamando es una de las cosas que hacen las personas más extrovertidas. Reclaman, se vuelven locos… pero es su propia expresión de dolor. Lo peor es cuando le haces a tu compañero algo que no es amable, o que es impensado y él no muestra reacción. Como si no se permitiera a sí mismo mostrarse verdaderamente humano en tu presencia. Pasamos por muchas relaciones o unas cuantas, antes de encontrar a alguien con quien querríamos pasar nuestra vida. Sentimos las heridas en tantas relaciones que empezaban con grandes esperanzas pero que terminaban con fallas y accidentes. Por otro lado, te vas a encontrar con otro que no está intacto, que también está herido de algún modo. Como resultado de esto es que la habilidad de tu compañero de mostrar su dolor es tan importante como su habilidad para percibir tu dolor. ¡Es muy importante! Porque por naturaleza de las relaciones hay momentos de tensión en que presionamos o hicimos algo que lastimó al otro y esto no puede ser evitado completamente, pero no debe ser la misma herida una y otra vez. La gente tiene que aprender cada vez. Puede que alguien haya acumulado enojo y sufrimiento, heridas de los amantes anteriores, y haya adquirido así la habilidad de herir al nuevo amante y hasta ser desbordado por el deseo de herirlo. Entonces debe ser capaz de parar, de detenerse cuando ve el dolor en la otra persona.

5- Elige a una persona que tenga una vida interior. Trabajando, dibujando, escribiendo, a través de la meditación, la religión, algo que ame. Elige a una persona que esté en viaje y te vea como a un compañero de camino, un compañero de viaje. La habilidad para estar completamente con el otro y al mismo tiempo enteramente separado es muy importante. Las relaciones son cíclicas y hay momentos para estar muy cerca el uno del otro y otros momentos para apartarse.

6- Elige a alguien que tenga pasiones similares a las tuyas en la vida. Una relación construye una memoria. Estas memorias, lo compartido, son el “pegamento” lo que une la relación. Por el placer que es recordar buenos tiempos juntos, pero también los tiempos duros. Si no hay nada que verdaderamente disfruten juntos, es muy difícil pasar estos tiempos con el otro. Aun cuando cada uno pueda ser muy distinto del otro y hacer cosas muy diferentes, tiene que haber algo, algo tan simple como descansar juntos en la bañera o secarse juntos el pelo al sol, o dar vuelta a la manzana cada noche, o cualquier cosa de estas muy simple… sé que estarás pensando, cepillarse juntos los dientes a la mañana… Si, poco más que esto.

7- Elige a alguien que tenga valores similares. En cuanto a tener hijos, al nacimiento de los niños, la familia, roles de hombres y mujeres y las ideas acerca del dinero y la religión. Tal vez todas estas cosas juntas son el ideal y no las puedas encontrar todas sobre todo al principio de la relación, pero puedes tener esto en cuenta. Elegir a alguien que tenga valores similares tiene que ver con disminuir las fricciones en la relación y estas cosas deben sintonizarse si ha verdadero compromiso. Esta sintonía debe darse también en un nivel pragmático y cuando se da en estos niveles prácticos en más fácil que pueda darse en otros niveles más sutiles.

8- Elige a alguien compasivo, a alguien que sea capaz de escuchar, a alguien que te dé tiempo. Particularmente si eres una persona impulsiva, al tener un compañero que no sea tan impulsivo como tú, eventualmente hallarás cierta lentitud que será buena para ti. También alguien que sea un poco lento, al estar con un compañero que sea bien distinto se acelerará un poco. Y podrán después de un tiempo hallar un ritmo propio de la relación. A veces las personas tienen que estar ocho o nueve años hasta tener este ritmo completamente desarrollado. Lleva tiempo construir un milagro… no un milagro porque estén juntos sino por la fuerza que hay en el centro de una relación por la profunda guía del amor.

9- Elige a alguien que se pueda reír de sí mismo. Poder hacer un chiste y reír de la situación y de sí mismo es muy importante. Pero supongamos que no tienes un compañero muy chistoso, elige a alguien que pueda parar una discusión y aprender a reírse de la situación (vuelve al punto 2, alguien que tenga habilidad para aprender)

10- Elige a alguien a quien puedas tolerarle las fallas y características. En los momentos de tensión y cansancio, las cosas que más te atraerían de un compañero, las cosas más encantadoras, serían las que después te volvería loca… Así que no pienses que podrías vivir con alguien que tiene cosas que realmente molesta a las otras personas y que para ti no son importantes porque él o ella las está haciendo y él o ella es tu amante. Hay algunas cosas que son intolerables en cualquier relación sea el matrimonio o las sociedades y los negocios. Tales como el alcoholismo, el abuso sexual, el juego, las actividades criminales, Una persona que no dice la verdad, una persona que no te puede mirar a la cara, una persona por la que no podrías dar fe, una persona que puede hacer cualquier cosa por tapar sus errores. Todo eso sería construir una relación en un terreno inseguro.

11- Ser amigos y no-solo amantes. Y no es solo que digas “si yo sé lo que eso significa, significa que me guste y que lo ame” Significa más que eso y un modo de juzgarlo es pensar. ¿Harías por tu pareja lo que estás dispuesta a hacer por tu mejor amigo? ¿Estás dispuesta a escucharlo, estás dispuesta a hablar de las cosas de las que él tiene ganas de hablar, a prestar atención a los detalles de lo que dice o tiene ganas de hacer? Esto no significa que tengan que estar cuidándose el uno al otro siempre y para siempre, pero sobre ciertas bases y en algunos detalles por cierto que deben hacerlo. Entonces cuando pienses en lo que harías por tu mejor amigo y en lo que harías por tu amante, las cosas se aclararán para ti.

12- Elije a alguien que haga tu vida más grande y no más pequeña.


Clarissa Pinkola Estés

..........................e de repente



De repente tudo vai ficando tão simples que assusta.
Nós vamos perdendo as necessidades, vamos reduzindo a nossa bagagem.
As opiniões dos outros, são realmente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não tem importância.
Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada.
E, isso não faz a menor falta.
Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim a vida que cada um escolheu experimentar.
Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento.
E só.

Jorge Coutinho




terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Emotional intelligence

Who am I?


The question 'Who am I?' is the most important question a human being can ask.
To feel some attraction to this question already signals an auspicious life.
From the birth of this body something inside has been saying:
'I am, I want, I know, I love, this is me, this is mine,'
But when asked, What or who is 'I'?
No clear answer is given.
The 'I' itself appears to know many things but it itself it doesn’t know.
What exactly arises as 'I'?
What is the substance of 'I'?
These are the most powerful questions that can emerge inside the human consciousness.
Why powerful?
Because they have the power to break open and dispel every delusion and so remove the ego's grip on us.
Ego is the unreal identity and nature, and makes us feel uneasy in the presence of other beings. It often brings in fear and insecurity, which causes us to hold onto feelings of rejection, jealousy, hatred and desire.
However, by its very nature, ego can also help us to grow in understanding and aspire for lasting freedom by forcing us to seek what is true within ourselves.
Satsang speeds up our liberation.

~ Mooji 



By the enquiry ‘Who am I?’. 
The thought ‘Who am I?’ will destroy all other thoughts, 
and like the stick used for stirring the burning pyre, 
it will itself in the end get destroyed. 
Then, there will arise Self-realization.

Ramana Maharshi


CARTA DE UMA MÃE PARA UMA FILHA ...


“Minha querida menina, no dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça, por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir.

Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho?

Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lhe dar com os problemas da vida todos os dias...o dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.

E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.

Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive por você, eu apenas quero dizer, eu te amo minha querida filha.”




INTIMIDADE NOS RELACIONAMENTOS


"É nos relacionamentos íntimos que surgem os nossos maiores desafios.
A proximidade requer vulnerabilidade e, para muita gente, derrubar paredes, aparentemente protectoras, pode ser demasiado assustador.
Quantas vezes não precisámos, ao longo da vida, de nos proteger, protegendo o coração!
No entanto, se quisermos que alguém nos conheça de verdade, precisamos de ter a capacidade de nos expormos, de nos pormos a nu.
A nu, com a nossa beleza e com a nossa dor.
Se quisermos que nos vejam, temos de estar na disposição de nos mostrarmos.

E precisamos, além disso, de nos conhecer.
De outro modo, como poderemos saber o que é verdadeiro e o que é bom para nós?
Como saber o que nos incendeia e o que nos assusta?
Como saber o que queremos no âmago do nosso coração?
Como responsabilizar-nos pelo que é nosso no inevitável jogo de projecções?
A capacidade de reconhecer o que é nosso é de suma importância para pedirmos desculpa, se for caso disso, para nos explicarmos com clareza e para podermos trabalhar nessas áreas que ainda nos puxam para trás.

A paixão é fácil.
A intimidade não.
Mas se quisermos amar de verdade, isso requer que sejamos vulneráveis e é preciso coragem para se ficar nessa nudez de corpo e de alma.
De olho no olho.
Temos medo da intimidade porque tememos a dor.
E tememos a dor porque receamos crescer, porque o desconhecido nos faz medo."

Como ser uma Mulher de verdade?


"Estudando atentamente a natureza.
Mas antes de mais, é importante que aprendas a conhecer-te e a aceitar-te a ti mesma como és. Apenas tens de ser tu mesma e mais ninguém.
Muitas vezes construímos a nossa vida, recolhendo os fragmentos da existência dos outros, e procuramos imitar modelos que nos são impostos do exterior.
É muito provável que a tua mãe tenha tido influência sobre ti ou que, na realidade, tenhas sido porventura influenciada pela tua avó, pela tua tia, por uma amiga ou por outras pessoas tuas conhecidas.
São estes os fragmentos com que vais tecendo uma espécie de máscara que te esconde dos outros e que te torna infeliz.
A verdadeira mulher descobre quem é e segue o seu caminho, plenamente consciente de si mesma.

São muitas as mulheres que procuram parecer o que não são e bastante poucas as que, pelo contrário, encontram tempo para perscrutarem dentro de si mesmas e descobrirem quem são e o que realmente querem da vida.
No teu caso, a natureza deu-te um corpo e uma alma nos quais habita o espírito.
Só tu, como mulher, e mais ninguém, pode mudar a tua vida."

in, "A profecia da curandeira", 
Hernán H. Mamani

.........los muertos




No me gusta 
que le lleven flores a los muertos,
ni que oren por ellos, 
o que lloren por ellos,
porque cuando
estaban vivos, 
nadie les llevó flores,
ni oraron por ellos,
o lloraron por ellos.


Santiago Jimenez





Adorei este poema!

Pela primeira vez leio algo tão bonito, sobre algo que sinto, e que choca a maior parte das pessoas.
Eu, como pagã que sou, detesto cemitérios, detesto funerais.
Tanta hipocrisia, tanto cinismo, tanta lágrima de crocodilo.
Tanta fofoquice, maus julgamentos e condenação alheia.

É o verdadeiro circo...
Para além de tudo isso, o ser enterrado numa cova para ser comido pelos bichos, não me agrada nada.
Prefiro a cremação, e virar cinza.
Como os meus ancestrais faziam...




segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

mágoa e dor desejável



"A questão da mágoa ou dor desejável, ou da sua necessidade, também deve ser enfrentada.
 O crescimento e a realização plena da pessoa serão possíveis sem dor, aflição e atribulações?
 Se estas são, em certa medida, necessárias e inevitáveis, então até que ponto?
 Se a aflição e a dor são, por vezes, necessárias ao crescimento da pessoa, então devemos aprender a não proteger delas as pessoas, automaticamente, como se fossem sempre coisas más.
Por vezes, podem ser boas e desejáveis, tendo em vista as boas conseqüências finais.
Não permitir às pessoas que expiem seu sofrimento e protegê-las da dor poderá resultar numa espécie de superproteção que, por seu turno, implica uma certa falta de respeito pela integridade, a natureza intrínseca e o desenvolvimento futuro do indivíduo."

 - Abraham H Maslow 


La Danza por los Arquetipos


05:19h de la madrugada, el Lobo que me ama recibió mi mensaje de buenas noches a 600 km de distancia de mi Cuerpo, más no de mi alma.

Hasta mañana Amor, por hoy he terminado, me voy a dormir.

Era muy tarde, como tantas noches imposibles de arrancarme de la inspiración y las ganas, pero ayer, mucho más...

Una inversión de tiempo y sensaciones muy bien empleada.
Se hizo la cata de los aromas puros de cada estación, de cada Arquetipo, las mezclas de aceites esenciales para impregnar cada fase.
Tisanas para equilibrar, de hierbas y plantas mil, reconociendo a cada momento qué lugar tenían entre las cuatro Diosas que habita en la Mujer.
Libros abiertos, calendarios Lunares, el flujo de las mareas, diagramas, nuestras ancestras, la auto observación y la intuición.
Más de 6 horas ininterrupidas de contrastes, exploración y conocimiento.
También hoy, un poco de dolor de espalda.....

¿Y a donde quiero llegar con todo esto??

Gestando los módulos de La Danza por los Arquetipos, estoy amando más aun si cabe cada una de las fases por las que transitamos, todas de igual importancia para llegar a la realización de nuestros proyectos, sueños e ilusiones, pero, ¿que está sucediendo a mi alrededor?

Descubro constantemente a Mujeres que sólo quieren o creen representar la fase de La Bruja, creyendo que ser Bruja es sinónimo de magia, poder y seducción, siguen viviendo desde fuera, desde los cuentos, cuando el ser princesa rosa se ha convertido en algo aburrido, emular ahora la Bruja es divertido, se crean códigos, se habla de vidas pasadas, se tornan más aparentemente seguras y místicas... creen haber sido quemadas en hogueras en el tiempo de la inquisición y lo único que se consigue con eso es crear una psicosis, alejarte de tu verdadero centro, de comunicación con el mundo exterior y sentir la necesidad de venganza por lo que nos hicieron en aquel entonces.

Si realmente creéis en la reencarnación del cuerpo en otro cuerpo humano (cosa que respeto pero no comparto) donde vuelves a la Tierra siendo aquella que fuiste hace 400 años atrás pero con otro nombre, creerme,
¡no recordarías casi nada! alguna leve sensación que te ate a aquella otra vida, algún recuerdo esporádico, pero sea lo que sea, lo que está claro es que has vuelto para evolucionar y no para volver a ser lo que supuestamente fuiste.

Ser Bruja es aparentemente atractivo, pero Mujeres, todas somos Brujas de vez en cuando, no siempre! 

Magia sí hacemos, siempre.

Siendo doncellas descubrimos, nos sorprendemos, actuamos, la vitalidad nos convierte en torbellinos de soluciones y arranques de proyectos, el inicio de todas las cosas, al contrario de la Bruja que es inactividad física absoluta, silencio, oscuridad necesaria para vernos y oírnos por dentro, pero si te quedas estancada en esta fase, jamás tomarán forma tus deseos, tus proyectos.
Solo sembrarás y sembrarás y nunca verás florecer nada, ni recogerás sus frutos ni sentirás la realización. 
¿De verdad quieres ser siempre Bruja o realmente quieres hacer magia en tu vida? 

Por favor, sentido común y realidad.

Cuando hablamos de Arquetipos, que la Bruja no os atrape como algo "atractivamente" negativo, con sed de venganza, con gritos de dolor, la Bruja es silencio y bienestar en ese silencio, volver al centro de la Madre Tierra.

El Akelarre, queridas Diosas está en las Doncellas que juntas bailan en un verde prado descalzas, rodeadas de flores y sonriendo con inocencia, en el círculo que crean las Madres que se reúnen para masajear a sus bebés, en las Hechiceras que se reúnen para hablar de seducción, y en las Brujas, viejas chamanas que se reúnen para coser los calcetines rotos de la comunidad.
Todo es Akelarre cuando las Mujeres nos juntamos para emprender la danza de la Vida.

Esto es muy serio, es un proceso real, fisiológico y espiritual.

La Danza por los Arquetipos es un proyecto de reconocimiento de ti misma a través del Cuerpo, el olfato, el gusto, la danza, la meditación, el escenario y la Naturaleza. 
Algo realmente potente por lo que estoy segura y emocionada de hacerte pasar, eso sí, sin cuentos, que aunque atrayentes, son sólo eso, cuentos y nuestra realidad, siempre, supera la ficción.

Seguimos gestando y en primavera, te espero para danzar con los primeros brotes de Vida.


Rous Baltron

domingo, 19 de janeiro de 2014

Provérbios Maori


Whakatauki (Provérbios,) desempenham um papel importante dentro da cultura maori. 
Eles são usados como ponto de referência nos discursos, e também como orientações faladas para os outros dias. 
É uma forma poética da língua maori, muitas vezes se funde a acontecimentos históricos, ou perspectivas holísticas, com mensagens subjacentes que são extremamente influentes na sociedade Maori.

Provérbios são muito divertidos para aprender e carregados com vantagens na aprendizagem da linguagem.
Eles podem ser interpretados como achar melhor.
Existem inúmeros provérbios, e será muito útil lembrar-me deles sempre que puder, servem como incentivo de auto ajuda nas adversidades do dia a dia.
Para os maoris, cada dia era dia de abater um Leão. 

Abaixo estão alguns, dos muitos que existem:

Kaua e rangiruatia te ha o hoe te e korewaka tatou ae u ki uta.
"Não levante o remo fora de sintonia, ou a nossa canoa nunca vai chegar à costa".

Este provérbio realça a importância de todos os que trabalham em união.
É um incentivo para ter sucesso em qualquer projecto conjunto.



Ele mahi kai te taonga
"Sobrevivência é a meta estimada"

A capacidade de prover a subsistência tem grande importância, sendo essencial para a sobrevivência do grupo.
Hoje, o significado é quase o mesmo - De ter um emprego estável, que dá à família um digno padrão de vida.



Kaua e mate ururoa mate wheke
"Não se deve morrer como um polvo, sim morrer como um tubarão-martelo"

Polvos são conhecidos pela sua falta de resistência ao serem capturados, porém um tubarão-martelo irá lutar duramente até o fim, ao ponto que quando ele é servido como filé fresco, sua carne ainda treme.
É muito usado para encorajar alguém a não desistir, não importa o quão difícil é a luta.



Komainkaiatu komaru kaimaikangohengohe
Dê o quanto você receber e tudo vai ficar bem.
"Não seja egoísta, viva uma vida equilibrada"




Mate atu he tetekura, ara mai he tetekura
Quando uma folha de samambaia morre, outra tomará o seu lugar
"A vida continua em nossos filhos"




JANSER TATTOO

O que são as tatuagens maoris?


A tradicional tatuagem Maori era chamada de Moko, esses desenhos tradicionais chamam-se Tā moko. 

Desde os primeiros desenhos, os Moko eram parecidos com brotos de samambaia, folhagens que nasciam em espirais . Os desenhos sempre possuem significados particulares em cada traço, parte do corpo ou pessoa, correspondendo alguma história ou conquista já vivida.
As tatuagens Moko também eram utilizadas como sinal de força, poder e beleza dentro da tribo. 
As pessoas mais experientes possuíam um maior número de tatuagens do que os demais, tendo mais respeito sobre os outros, e da mesma forma, se uma pessoa não possui as tatuagens, automaticamente ela tem menor significância dentro da tribo, como um símbolo de status de baixo-nível social.

Tradicionalmente, os homens faziam tatuagens mais no rosto, e as mulheres na boca e no queixo, pois essas são as formas de mostrar maior respeito e poder dentro da tribo. 
Outros lugares tradicionalmente tatuados pelos Maori são as coxas, as nádegas, as costas e a barriga, isso se tratando dos homens. 
As mulheres tatuavam as coxas, nádegas, costas, e também o pescoço e nuca.

Hoje em dia, as tatuagens ainda demonstram autoridade e respeito para quem sabe seus significados.
Por exemplo, uma mulher que possui o queixo tatuado pode significar que é casada ou possui um grande respeito dentro de um grupo.

No caso dos homens, podemos ver isso no governo do país, que é dividido entre Kiwis e Maoris.
A grande maioria dos Maoris que possuem altos cargos no governo tem grande parte do rosto tatuada, se não por inteiro.
Já os de cargos mais baixos, possuem menos experiência e por isso menos tatuagens no rosto.

Os tatuadores especialistas em Tā Moko são chamados de Tohunga Tā moko, e dentro da tribo são considerados sagrados, tendo sempre um em cada tribo.
No início, para fazer as tatuagens, ao invés das agulhas, os Tohunga usavam ossos de albatrozes em formato de cinzéis, e para a pigmentação, eram feitas misturas de fuligem de madeira queimada com gordura de animal.
Essa forma de tatuar foi modificada no século 19, para diminuir os enormes riscos à saúde dos Maori, começando assim a utilizar os materiais mais próximos do que conhecemos hoje em dia, tintas industrializadas, agulhas de aço, e em algumas tribos até o uso da maquina eléctrica...

No mesmo século, no ano 1860, o estilo Moko foi liberado para o uso dos outros nativos neozelandêses, os Kiwis, também chamados de Pākehā (povo não Maori) .
Nos anos seguintes, o estilo foi popularizando na europa, e assim ganhando reconhecimento de pessoas famosas pelo mundo, como artistas e principalmente jogadores de futebol.
Porém, aí foi onde começou todo o problema histórico das tatuagens Moko.
Graças à popularização, muitas pessoas começaram a fazer tatuagens Moko, porém de forma errada. As pessoas que não fazem as suas tatuagens Moko com um Tohunga, muitas vezes podem estar a fazer desenhos com significados completamente inversos aos seus desejos e conquistas, pois cada traço feito possui um significado particular.
Por isso, grande parte das pessoas acabavam por fazer as tatuagens com a linguagem da tribo dos Maori, mas de uma forma extremamente controversa, sujando assim a linguagem Tā Moko.

Por causa de toda essa confusão, de uns anos para cá, a tribo Maori chamada “Te Uhi a Mataora” decidiu fazer uma espécie de conciliação com o resto do mundo para que pudessem continuar utilizando o estilo, porém colocando um outro termo, chamado Kirituhi.

O Kirituhi (traduz-se literalmente "pele tatuada") e, diferente do Moko, não possui significados particulares para cada pessoa tatuada, quando feito de forma aleatória,  assim podendo ser utilizado por qualquer um que ache o desenho simplesmente bonito, assim como a grande maioria dos outros desenhos tribais.

Devido ao interesse crescente por esse estilo, tatuadores mais atentos começaram a desenvolver projectos utilizando os elementos da cultura maori, e adaptando-os para tatuagens que são feitas em qualquer parte do corpo, esse estilo é o que tem maior procura e que agrada à maioria dos Pākehā, assim como os donos dessa arte gostam de nos chamar.


JANSER TATTOO

Mitos da Oceânia


Se queremos falar da mitologia da região, devemos começar, situando a Oceânia no contexto físico, dado que, embora se fale dela como se se tratasse de mais um continente, não é tão simples precisar com claridade a sua justificação geográfica. O acordo mais recente que se tomou sobre os seus limites precisa que é um conjunto de terras dividido em duas zonas. 
Australásia e Melanésia, que compreendem a Austrália e Nova Zelândia por um lado, e a Melanésia, propriamente Micronésia e Polinésia. 
Mas também se costuma considerar a Oceânia dividida em quatro grandes itens:  

O primeiro é Austrália com a maior massa de terra firme.
Atrás dela estão Micronésia, Melanésia e Polinésia.
A Polinésia é o grupo mais extenso dos insulares, dado que compreende todas as ilhas encerradas num polígono que vai desde as duas maiores ilhas, as de Nova Zelândia, até a ilha de Páscoa, a mais próxima da costa americana, passando pelas Havai, Taiti e Samoa.

Portanto, foram abandonadas as antigas convenções que supunham que Malásia, a actual Indonésia, ou uma parte dela, Filipinas e outras ilhas, como o arquipélago japonês das Kuris, faziam parte desta quinta região continental.

Oceânia é uma zona eminentemente insular, dado que, à parte do grande território continental da Austrália, mais a ilha de Tasmânia, Papua e as duas ilhas da Nova Zelândia, o resto está composto por mais de dez mil ilhas e ilhéus, com uma extensão total de uns 120.000 quilômetros quadrados, o que vem a dar uma (enganosa) média de pouco mais de dez quilômetros quadrados por ilha, número que dá ideia da escassa concentração humana, da dispersão da sua população, e da elevada quantidade de áreas separadas que formam este conjunto tão heterogêneo.

Quanto à divisão da sua população digamos autóctone, há dois grandes grupos étnicos muito diferenciados:
melanésios, de rasgos predominantemente negróides,
e micronésios, de rasgos mais mongolóides.

Os micronésios, por sua vez, se distribuem aproximadamente em dez zonas linguísticas diferentes. A primeira população desta região, chegou principalmente da Ásia (já que também houve emigrações menores da América) por sucessivas ondas há só uns vinte mil anos, e muitos dos territórios insulares mais orientais são de muito recente população, alguns até receberam a sua população primitiva no primeiro milénio da nossa era, como é o caso particular das ilhas Havai, que receberam os primeiros imigrantes,vindos das ilhas Marquesas, no século V, com a segunda emigração que chegou do Taiti, nos séculos IX e X.

UMA CONSTANTE ANIMISTA

Em toda a Oceânia,especialmente na Melanésia,o animismo é o sistema de crenças mais importante. Este sistema animista, como apontava Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores estudos da zona, é a demonstração de que aqui a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança perdida.

O animismo tem duas notas peculiares: 
o particularismo e o ceremonialismo. 
Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada um dos elementos sobre os quais se deseja actuar e, ao considerar a sua personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar o espírito em questão.
Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas desenvolve a cerimónia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a sua intenção.
Neste caso, resulta claro que não há necessidade de mediador,de sacerdote,porque as regras se vão criando segundo aparece a necessidade correspondente.
O espírito da coisa, do animal,ou do fenómeno em questão,é uma alma concreta e o praticante também o é;portanto,a cerimónia animista é uma conversa, um contacto pessoal entre o espírito e o demandante, que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu dos seus maiores ou que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião concreta.

O ANIMISMO HOJE

Temos um interessante exemplo actual deste culto animista na Papua Nova Guiné, a metade independente da ilha de Nova Guiné, com uma extensão de perto de meio milhão de quilómetros quadrados e uma escassa população, pouco mais de três milhões de habitantes.

Ora bem, neste novo país, no qual apenas três por cento da população se declara oficialmente não cristã, existe o culto animista mais moderno que se conhece.
Começou com a chegada dos europeus e a sua exibição de grandes embarcações,das quais desciam portentosas maquinarias, instrumentos e bens, até essa altura desconhecidos para os papus (nome malaio que se refere ao cabelo encrespado dos aborígenes).

Pois bem, desde a Segunda Guerra Mundial, num momento em que os papus assistiram a um portentoso incremento de transportes militares na sua ilha, Papua viu como se acelerava e se institucionalizava o culto da carga (Cargo Cult), com cerimónias particularizadas na espera dos papus para cessar a intervenção maléfica do homem branco, o estrangeiro que muito bem sabem que foi quem desviou a carga a eles destinada, primeiro nos barcos e agora nos aviões.

O ritual colectivo deste culto oficia-se através de modelos de aviões feitos ingenuamente em madeira, com os quais se invoca os de verdade; a cerimónia desenvolve-se periodicamente nas imediações do aeroporto da capital,noutra maquete ritual do aeroporto de Port Moresby,precisamente para fazer com que a magia actue em substituição, ao ser evidente que os aborígenes não têm o poder nem os meios técnicos necessários para reclamar pela força essa carga tão ansiada que exigem.

Com certeza, se afirma que não há sinais de que este culto tenha remetido com a passagem do tempo, ao contrário, cada dia parece mais estabelecido e melhor definido.
Mas, ao mesmo tempo que existe este culto moderno, se continua julgando que Kat foi o herói que trouxe a noite aos humanos.
A magia, em toda a Oceânia, se assimila a uma forma de defesa perante a realidade e a sua última consequência, a magia destrutiva é simplesmente uma arma utilizada pelo oficiante num acto de legítima defesa para destruir o inimigo, que não se pode parar doutro modo, mas esta magia destrutiva só reveste o inofensivo aspecto (para nós, que não temos a maldição) de um sortilégio pronunciado com todas as condições prescritas pelo ritual.

O TOTEMISMO, O OUTRO PILAR

Uma visão especialmente significativa foi a que obteve da Austrália o grande sociólogo Emile Durkheim, que descreveu na sua obra "As formas elementares de vida religiosa"(1915) tudo o que pôde observar sobre o totemismo na Austrália, nos núcleos de população indígena, definindo esse totemismo com uma forma de pensamento que concebe os seres humanos como outra das diversas partes integrante duma única natureza.

No totemismo, a vida inteira é uma unidade, e a vida religiosa, a crença, está tudo encadeado ao conjunto universal.
As cerimónias são a parte mais importante desta forma de crença e, mais ainda, as grandes cerimónias (como em todas as religiões estabelecidas) são também outra forma directa de explicar a sociedade; por isso, nos escassos grupos aborígenes que vivem no interior da Austrália, ainda se podem encontrar grandes ritos onde a presença da mulher está vetada.
Esta proibição é outra forma de acentuar a diferença social entre homens e mulheres.

Estas,por sua parte, também tinham e têm cerimónias exclusivas e separadas, como separada na sua vida civil.
Naturalmente, trata-se duma sociedade em que a poligamia era uma forma habitual de construção familiar, com um número de esposas variável dentro do continente australiano, mas oscilando entre um mínimo de duas ou três e um máximo de vinte e nove entre os tiwi.
No estabelecimento do número de esposas, o critério mais importante era o dos meios de que dispunha o cabeça de família e,como em todas as poligamias,a primeira ou primeiras esposas eram as que pediam que se tomassem novas, dado que a incorporação de esposas jovens descarregava de trabalho as existentes e se traduzia num aumento da potência económica do grupo familiar.

PRÁTICAS TOTÉMICAS DA AUSTRÁLIA

Entre as práticas religiosas próprias da Austrália é possível encontrar em Arnhem verdadeiros cantores tradicionais do ritual da "alcovitagem", oficiantes em transe que recitam o que os espíritos lhes estão a comunicar no seu especial diálogo pessoal.

Mas a prática totémica mais representativa do território Ananda, na Austrália, está nos Tjurunga, os objectos sagrados elaborados sobre pedras ou peças de madeira, com decoração e linguagem sagradas,feitos à base de incisões rituais.

Outros ritos totêmicos de Arnhem foram desde tempo imemorial os maraiin e os rangga.
Os primeiros eram representações realistas de pessoas, animais, plantas e objetos;
Os rangga eram postes cerimoniais.
Mas tudo isso construído sem nenhuma ideia de permanência, dado que se tratava de objectos que se sabiam perecíveis, porque só estavam destinados a servir de mensagem ritual nessa ocasião concreta.

No totemismo, a preocupação transcendental dos seres humanos centra-se unicamente em dois pontos:
em primeiro lugar, que as estações não interrompessem a sua habitual sucessão, nem variassem na sua forma climática;
depois, que a vida mantivesse também o seu ritmo habitual e que decorresse com a continuidade esperada, isto é, que os seres vivos pudessem continuar vivendo tranquilamente, como sempre se tinha vivido, dentro das coordenadas conhecidas através de gerações, sem que se tivesse que sofrer por consequência de alguma mudança inesperada e não desejada.

A FÁCIL ENTRADA DOS EUROPEUS

Na Oceânia, o homem branco que acaba de chegar à zona não encontra oposição alguma,nem à sua presença nem às suas ideias.

Só os fortes núcleos maoris da Nova Zelândia, os habitantes mais guerreiros de toda a Oceânia, se enfrentam aos recém-chegados homens brancos e fazem-no durante um longo período, sem se importarem com as numerosas baixas causadas por um inimigo melhor armado e ainda melhor informado. 

São duas as causas desta aceitação tão rápida, à parte do carácter aberto dos diferentes grupos de população estabelecida.
Nas ilhas de menor tamanho e população da Polinésia e, sobretudo nas Havai, torna-se evidente a superioridade dos recém-chegados e os habitantes, com um pragmatismo admirável, preferem seguir em tudo os ditados dos europeus, até no concernente às suas diversas doutrinas cristãs que trataram com eles, para tomarem todo o tempo necessário,até chegarem a estabelecer a forma mais conveniente de actuar depois.
Por outra parte, na Melanésia,a cor pálida das peles europeias está relacionada com a morte, com os sagrados espíritos dos mortos.
É esse aspecto esbranquiçado o que torna os homens brancos respeitáveis aos olhos dos melanésicos e, em consequência, se acata a sua presença e se obedecem as suas ordens, porque são a gente vinda do mais-além, não só do outro lado do mar e, para maior evidência,o poder que emana deste heterogéneo,mas decidido grupo de marinheiros,penados,soldados, traficantes, missionários e aventureiros,com as suas grandes e até a essa altura desconhecidas embarcações,as suas armas de fogo e as suas inexplicáveis posses e energias, só faz reforçar o primeiro conceito de que pertencem a um grupo diferente de seres sobrenaturais, pelo menos.

MITOS COMUNS

Há muitos pontos comuns na mitologia dos diferentes agrupamentos insulares da Oceânia.
Mas, naturalmente, as coincidências são tantas como as discrepâncias e as peculiaridades de cada etnia ou grupo,digamos nacional, sobretudo porque a enorme dispersão geográfica torna impensável que, embora se partisse da mesma raiz religiosa, fosse possível conservar inalterada a essência após pouco mais de um par de gerações, principalmente na cultura de transmissão oral,na qual três gerações é o máximo passado que se pode estabelecer com precisão cronológica.

Portanto, a característica primeira da mitologia de toda a região da Oceânia é que se misturam com facilidade os cultos gerais da zona com os desenvolvidos localmente, sem que exista absolutamente nenhuma colisão ou oposição a esse casamento.

Um dos seres legendários e semi-divinizados que aparece com maior frequência nas diferentes áreas é Maui ou, mais exatamente, Maui-Tiki-Tiki, que é o herói legendário, o ser divinizado de origem um humano pescador.
Foi capaz de realizar o descobrimento do fogo.
E, como em tantas e tantas mitologias, esse herói proporcionador do supremo bem do fogo não actuava em seu proveito, porque o grande Maui-Tiki-Tiki, uma vez que possuiu o segredo do fogo, cedeu-o generosamente aos seus companheiros os humanos.

Também se tem o grande Maui por divindade dos primeiros frutos nalgumas zonas da Polinésia e Micronésia.
Na Nova Zelândia, para os maoris, Maui é a divindade que representa o Céu;
nas ilhas Havai, Maui-Tiki-Tiki é o mesmo deus que Kanaroa, isto é, é o deus supremo do seu panteão,
enquanto nas ilhas Tonga,ao noroeste da Nova Zelândia, Maui é somente um dos deuses simplesmente importantes do seu abigarrado olimpo local.

Mas também em Nova Zelândia, no Havai e nas Tonga, coincide-se em relacionar Maui, o pescador, com a origem da terra; firme, dado que nas três zonas, tão diversas, se fala do pescador Maui como do artífice desse prodígio que foi recuperar a terra seca e habitável das profundidades do mar.
Noutras zonas da Austrália, como Queensland ou New South Wales, conta-se que Maui marcou de vermelho a cauda de um pássaro local, porque a ave quis roubar-lhe o fogo que ele tinha descoberto, que é uma lenda muito similar à que se conta dos pássaros e do fogo nas ilhas Havai.

A ILHA DE PÁSCOA. NO EXTREMO ORIENTAL

A Ilha de Páscoa, Rapa-Nui no seu toponímico original, marca o confim oriental da Oceânia, numa longínqua avançada que se situa a mais de duas mil milhas marinhas da Polinésia Francesa, a mais de mil milhas de Pitcairn e a outras duas mil milhas da costa do Chile, país ao qual agora está adscrita, quase em zona de ninguém.
Esta ilha, à parte das estupidezes extraterrestres que se tramaram a partir da surpreendente presença dos moais, as suas peculiares estátuas monolíticas, é também a amostra de que a separação implicou a perda da tradição original maori, embora se conserve grande parte do idioma primitivo na linguagem actual.

No caso concreto da Ilha Rapa-Nui, também há que dizer que as sucessivas erupções dos seus três vulcões, que praticamente chegaram a acabar com quase toda a vida humana na sua superfície,são a causa deste esquecimento das tradições, junto com as mortíferas incursões de piratas e as não menos cruéis expedições a partir das costas americanas à procura de mais escravos para dotar de mão de obra barata as grandes plantações continentais, o que leva à perda da capacidade de compreensão e interpretação completa da linguagem autóctone dos pictogramas que se conservam nas escassas tabuinhas supervinientes, nas poucas rangorango não destruídas.

O que sim se mantém em parte é a lenda do rei Hotu Matua, de um ariki do desconhecido e longínquo reino de Hiva, que se viu obrigado a abandonar a sua terra quando as águas do mar circundante começaram todas a crescer, inundando pouco a pouco a ilha de Hiva, destruindo tudo com a sua imparável enchente, homens,animais e cultivos.
Hotu Matua mandou um dos seus mais leais súbditos, o fiel Hau Maka, que realizasse uma viagem de exploração, submerso nos poderes de um sonho mágico, para encontrar uma nova terra para onde levar a parte do seu povo que pudesse salvar.
Hau Maka sonhou em primeiro lugar com os ilhéus que rodeiam Rapa-Nui, e deu-lhes os nomes dos netos que teria no futuro; de lá viu a ilha grande e para ela foi.
Percorreu-a toda, pela costa e o interior,vendo as praias e subindo aos vulcões, pondo a todos os pontos o seu devido nome até Anakena, na costa do norte da ilha,como lugar de chegada para as canoas que tinham que vir trazer mais tarde toda a gente de Hiva que pudesse escapar da morte segura.

A EXPEDIÇÃO A RAPA NUI

Despertado do seu sonho, Hau Maka comunica o conteúdo do mesmo ao ariki Hotu Matua; o rei, contente com a precisa mensagem onírica recebida por Hau Maka, ordena que sete homens saiam para a ilha para esperar nela a chegada do grosso da emigração que tem que conduzir mais tarde o araki.

Saem então para a ilha salvadora de Rapa Nui os sete escolhidos:
Ira, Raparenga, A-Huatava, Ku-uku-u, Nomona A-Huatava, Ringingi A Huatava, Uure A-Huatava e Makoi Ringingi A-Huatava.

Cumprindo o real mandato, os sete chegam à ilha indicada, mas o que vêem não lhes agrada, pois estão numa ilha arrasada pelos ventos, rodeados por fortes correntes circulares que não permitem a navegação para o mar aberto, numa má terra cheia de matagais e onde não parece possível cultivo algum.

Após os sete anos dedicados à construção dos dois catamarans gigantes, chega,por fim,a Rapa Nui a expedição de Hiva, com o ariki Hotu Mútua, com a ariki Vakai, comandando um catamaran.
No outro vai a sua irmã Ava Rei Pua, esposa do ariki Tuu-ko-Ihu.

Em total são duzentos os passageiros das duas grandes embarcações, cem em cada uma delas.
De terra, os sete da ilha tratam de avisar para que não se deixem levar pelas águas e saiam de lá, pois Rapa Nui não é um bom sítio para tentar continuar a vida.
Mas Hotu Matua responde que não há outra terra para eles senão essa ilha.
E se separam as duas pirogas, para que cada uma chegue a Anakena a partir de um rumo diferente: Hotu Matua e a sua esposa Vakai fazem-no pelo este, a sua irmã Ava Rei Pua aproxima-se pelo oeste.
As duas mulheres parem os bebés assim que pisam terra firme; Vakai teve um filho, a sua cunhada Ava Rei uma filha; a estirpe real foi a primeira em nascer na nova terra.
Após o duplo nascimento, o rei e a sua comitiva plantaram as primeiras sementes, aquelas sementes trazidas da Polinésia e que dão forma a uma ilha de Hiva ressuscitada, apesar de que já não se pode sair de Rapa Nui e o povo de navegantes esquece a navegação e fica confinado no último canto do Pacífico.

OS DEUSES DE RAPA NUI E OS MOAIS

No entanto, em todo este relato da saída do rei Hotu Matua (Matua significa pai) da ilha Hiva e a posterior chegada dos maoris a Rapa Nui, não há nenhuma explicação para os gigantescos Moais, que nada significam para os actuais habitantes, nem como ídolos sagrados nem como estátuas de personagens históricos ou legendários respeitados, à parte do facto de comentar-se que antes de estes maoris chegarem, habitava a ilha a gente de orelhas largas, que o povo das orelhas curtas do araki Tuu-ko-Iho, o esposo de Ava Rei Pua, matou tentando explicar o seu desconhecimento sobre a origem dos moais.
E a plausível versão da desaparição dos talhistas daqueles monólitos antropomórficos,dos quais só sabem que muitos estão abandonados nas canteiras das cimeiras,a meio talhar, sem que nenhum rapanuino tenha podido dar conta de quando nem de como se produziu tal interrupção na sua talha e posterior erecção, nem a razão da sua presença nas ladeiras da ilha.

Quanto à mitologia da ilha de Páscoa, se menciona em primeiro lugar o deus-pássaro Makumaku,do qual há multidão de talhas antigas,seguramente da mesma época que a dos construtores de maois, nas rochas das montanhas vulcânicas da ilha: se fala da existência dos Aku-aku, os espíritos invisíveis que dão a chave das almas à população de origem maori; se pensa em outros deuses secundários, como são Hava, Hiro, Raraia Hoa e Tive, mas não existe uma doutrina sólida que una estes deuses e espíritos duma maneira coerente, nem sequer que possa estabelecer um nexo entre as esculturas e os povoadores actuais, dado que os nomes do mito que se mantiveram após a cristianização só são personificações animistas residuais, que dão sentido a determinadas manifestações visíveis das forças mais temidas da natureza.

DE REGRESSO À AUSTRÁLIA

Embora a Austrália seja um continente-ilha duma enorme extensão, com quase oito milhões de quilómetros quadrados,a desertificação do interior fez com que,desde tempo imemorial, os núcleos de população aborigem da Austrália se tenham dispersado nas mais férteis zonas costeiras; por essa razão, são muito diversos os desenvolvimentos mitológicos próprios, com influências exteriores ou sem elas.

Entre os deuses principais está Upulera, o Sol, mas nas tribos de Queensland diz-se que o Sol (que é feminino) foi criado pela Lua, e a tribo Arunta pensa que o Sol é uma mulher nascida da terra e que ascendeu ao céu com uma tocha, embora muitos grupos acreditem que o Sol saiu do interior de um grande ovo de emú lançado para o Céu, recebendo o deus do Céu advocacias como Koyan e Peiame.

Como se pode ver,a Lua é uma divindade de mais categoria que o Sol, o seu criador em muitas ocasiões, e se dá bastante mais importância ao seu percurso nocturno do que ao diurno do Sol.

Em Vitória, no sudoeste australiano, é o deus Pungil ou o seu filho Pallian, o criador do primeiro homem, que modelam, um ou outro, do barro, embora outras tribos do país falem do excremento dos animais como a base da sua criação, ou de homens feitos de pedras e mulheres feitas com a madeira dos arbustos, ou tiradas do fundo dum charco, com Pungil como pai dos homens e Pallian como pai das mulheres.

Também se cita os irmãos gêmeos Inapertwa como os dois criadores dos primeiros seres humanos, sendo o deus Nurrudere o criador do Universo completo.

Em Queensland, no nordeste, Molonga é o nome dado ao demónio. 
O demónio Potoyam é outra das personificações do mal, sendo Wang o nome das almas sem corpo dos defuntos,enquanto Ingnas é o apelativo dado aos duendes e o de Kobone é o nome de um animal totêmico com poderes mágicos.

Mas, como já se comentou antes, são as explicações animistas dos animais as que figuram no primeiro lugar da mitologia indígena australiana, com os pássaros ocupando, por sua vez, o degrau principal dos totens zoomórficos, sobretudo nas lendas relacionadas com o descobrimento do fogo, dado que são pássaros tão diferentes entre si como o corvo, a gralha, o falcão, o régulo, os que roubam, trazem ou conseguem directamente com o seu esforço o primeiro brote da chama viva; mas também os pássaros são mensageiros do dia e da noite, da vida e da morte, pescadores e caçadores primitivos, e até uma grande ave terrestre, como é a avestruz australiana, o Emú. É mãe involuntária do Sol, porque de um ovo seu, saiu o astro-rei.

NOVA ZELÂNDIA

Os maoris foram os mais combativos e aventureiros povoadores da área, emigrantes eternos dos mares da Oceânia; com eles se estenderam também as suas divindades, sob a presidência do deus Tangaroa, que é o ser supremo e com a inevitável presença da divindade mais ubíqua, Maui, que é o deus do Céu e está acompanhado pela sua esposa Innanui. 

Nesse céu brilha Rona, o Sol do dia, e Moramá, a Lua da noite, embora exista Papa, a Mãe, que também representa a Lua, sendo então Rangi ou Raki, o seu companheiro e o deus do Céu para outros grupos da Nova Zelândia, para quem esta é a dualidade suprema.

A raça humana começou com Oranova e Otaia, sendo Dopu, o filho de Otaia, o senhor das trevas.
No paraíso reina Higuleo e é Hne-Nui-Te-Po que se encarrega de levar lá os espíritos dos humanos após a sua morte, porque é a deusa das almas, enquanto Tokai representa na terra o poder do fogo e o perigo dos vulcões, e no céu está Tawhaki, deus das nuvens e o trovão, um dos seis filhos de Papa e Rangi, e irmão de Tane Mahuta, que é uma divindade da selva.
Estes dois irmãos, fiéis aos seus pais, enfrentaram os outros quatro maiores, que queriam matar Papa e Rangi para que a luz do céu lhes chegasse a eles, e conseguiram o seu propósito, embora na briga, a fúria do combate arrastasse grande parte da superfície sob as águas do mar, por isso ficou tanta extensão de água e tão pouca de terra firme.

Finalmente, os animais totémicos Kobong de Nova Zelandia cumprem a mesma função dos seus homónimos, os fetiches Kobone da Austrália.

A POLINÉSIA FRANCESA

O Taiti goza-se duma rica mitologia, com o casamento dos deuses Tane e Tarra como seres supremos e criadores de tudo o que existe no nosso Universo visível, incluídos os seres humanos, como também o são em partes da Nova Zelândia, onde Tane, criador da primeira mulher,teve com ela os humanos.

No Taiti, o divino casal está acompanhado na sua glória por outras deidades como são:
Po, a noite; o deus Aie, representação do céu;
Avié, divindade da água doce;
Atié deidade do Mar, ou Malai, divindade do Vento.
No céu estão o luminoso Mahanna, o deus do Sol e as suas mulheres, como Topoharra, que também é a divindade das rochas, e Tanu.

Mas há uma grande deusa, a deusa Pelé, a divindade do respeitado, por temível, interior dos vulcões,que tem na maligna divindade de Tama-Pua, o porco-homem, o seu inimigo mortal e eterno, embora Pelé conte com uma grande família de muitos irmãos e irmãs, tão vulcânicos como ela, sempre dispostos a ajudá-lo na sua luta.

Trata-se de irmãos como Kamo-Ho-Arii, o deus dos vapores vulcânicos; Tané-Heitre, o terrível bramido; Ta-Poha-I-Tahi, a explosão do vulcão; Te-ua-Te-Po, o da chuva noturna, e o furioso Teo-Ahitama-Taura, o filho da guerra que cospe fogo.

As mais importantes irmãs da deusa Pelé são oito, desde as doces Ópio, a personificação da juventude, e Tereiia, a que faz as guirnaldas de flores, até Ta-bu-ena-ena, a personificação da montanha em chamas, passando por Hiata-Noho-Lani, a Mãe e Senhora do Céu, Taara-Mata, a deusa dos olhos brilhantes, Hi-te-Poi-a-Pelé, a que beija o seio de Pelé, Makoré-Wa-Wa-hi-aa, a dos olhos fulgurantes que envia a brisa para as pirogas, e Hiata- WawahiLani, a irmã que tem o poder de abrir os caminhos ao Sol e à Lua no céu e nas nuvens.

OUTRAS MITOLOGIAS INSULARES

Os criadores, nas ilhas Havai, são Haumea e Akea, com Kanaroa, outra das identidades do criador, como ser supremo, que também se conhece como o Maui Tikitiki que reina sobre tantas ilhas do Pacífico, embora também se pense que foram três os criadores do ser humano, os deuses Lono, Kane e Ku.

Na ilha de Molokai, Karai-Pachoa é o deus do Mal, enquanto o seu oponente, Keoro-Eva, é o deus do Bem.
O primeiro casal da Terra está formada por Rono, que também é o deus do Mar, e a sua esposa Haiki-Vani-Ari-Apouma.
No grupo de cento 150 pequenas ilhas que formam o reino de Tonga, Kala-Futonga é a deusa criadora verdadeiramente aborigem, enquanto Maui e Tangaloa, adoptados aqui como em tantas outras zonas de Oceânia, são simplesmente divindades importantes do panteão local, mas sem chegarem a ser da entidade de Kala-Futonga, embora aqui também Maui seja o herói que pescou a terra firme do fundo do mar e proporcionou a sua morada aos humanos, embora fosse despedaçada em ilhas apartadas.

Junto deles estão Fenulonga, divindade da chuva: Tali-Ao-Tubo, da guerra; Alo-A-Io, divindade dos elementos da natureza; Futtafua e a sua esposa Falkava, divindades do mar,e os dois filhos de Tangaloa,Vaka-Ako-Uli e Tubo.

Nas ilhas Fidji,como no grupo das Tonga, outra deusa, Viwa, é a criadora primordial do Universo e de tudo o que nele existe, incluídos os seres humanos, embora também esteja o deus criador Onden-Hi, e Naengei seja um deus supremo à parte.
Junto deles estão Rua-Hata, divindade das águas e Rokowa, o ser legendário que se salvou do dilúvio.

Finalmente, para ajudar os humanos no êxito dos seus cultivos está o deus Ratumaimbalu.


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Moko


A cabeça era considerada a parte mais sagrada do corpo a ser tatuada, nessa cultura todos os mais importantes membros do clã Māori foram tatuados, e aqueles que não tinham tatuagens eram vistos como pessoas sem nenhum estatuto social.

As tatuagens eram iniciadas na puberdade, acompanhadas de muitos ritos e rituais.
Além de transformar simples jovens em guerreiros atraentes para as mulheres, as tatuagens eram praticadas em rituais de passagem e de eventos importantes na vida de uma pessoa.

Quando eram feitas tatuagens faciais, alguns cuidados deveriam ser seguidos,entre eles incluíam, intimidade sexual e ingestão de alimentos sólidos. Alimentos líquidos e água eram drenados num funil de madeira, para garantir que nenhum produto contaminado entrasse  em contacto com a pele inchada, e era a única maneira que a pessoa tatuada podia comer até que as suas feridas fossem cicatrizadas.

O processo todo era muito moroso, um bom artesão iria estudar bem a pessoa,a sua estrutura óssea, antes do início da sua arte.

Todo este processo era muito doloroso, era feito com artefatos de ossos, chanfrados e serrilhados e muito afiados que por punção eram deferidos de forma continua, seguindo a trajectória pretendida.
Esses artefactos, eram emersos numa tinta preta, composta de fuligem da queima de madeira do “KARAKA”, árvore nativa que era cortada e deixada ao sol por um longo período, antes que fosse queimada para obter a sua fuligem, que é a base dessa tinta preta.
As suas folhas serviam também como ligaduras, após terem sido tatuados, como forma de melhorar a cicatrização do local.

O MOKO

Moko eram tatuagens faciais, era o cartão de visita desses povos, um Moko poderia expressar a hierarquia, ferocidade, status e até a virilidade do individuo.
A posição de autoridade e poder eram instantaneamente reconhecidas num Moko.

Diversos outros factores poderiam definir a identidade da pessoa,  por exemplo, uma pessoa com um Moko que não contivesse elementos que fossem determinantes para uma leitura de seu status poderia ser retratado com um manto de pele de caça, isso o indentificava como uma autoridade ou possuía um cargo elevado como guerreiro.
Essas eram as formas encontradas para que fossem reconhecidos como autoridades.
O não reconhecimento de uma ilustre personalidade para os Maori era um insulto, e isso muitas vezes gerava uma "Utu" ou vingança.

O Moko geralmente dividia-se em oito secções, que eram:

1.      Ngakaipikirau - O centro da área frontal.
2.      Ngunga - Ao redor das sombrancelas
3.      Uirere - A área do olhos e nariz
4.      Uma - A tempora
5.      Raurau - A área sob o nariz
6.      Taiohou - A área bochecha
7.      Wairua - O queixo
8.      Taitoto - A mandíbula


A ancestralidade era indicada em cada lado do rosto, do lado esquerdo na maioria das vezes (dependendo da tribo) era o do pai, enquanto do lado direito indicava a ancestralidade da mãe. Esses requisitos eram decididos previamente, ao inicio da realização do Moko, e se um lado da ancestralidade não era de uma dependência nobre naquele local, eram somente colocados ornamentos estéticos e nenhuma mensagem era transmitida.


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